PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda-feira,
11 de janeiro de 2021
LITURGIA
Segunda-feira
da semana I
Verde – Ofício da féria (Semana I do
Saltério).
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Hebr 1, 1-6; Sal 96 (97), 1 e 2b. 6 e 7c. 9
Ev Mc 1, 14-20
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.
ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Hebr 1, 1-6
«Deus falou-nos por seu Filho»
Início da
Epístola aos Hebreus
Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos
Profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por seu Filho, a quem fez
herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o universo. Sendo o Filho
esplendor da sua glória e imagem da sua substância, tudo sustenta com a sua
palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, sentou-Se
à direita da Majestade no alto dos Céus e ficou tanto acima dos Anjos quanto
mais sublime que o deles é o nome que recebeu em herança. Na verdade, a qual
dos Anjos disse Deus alguma vez: «Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei»? E ainda:
«Eu serei para Ele um Pai e Ele será para Mim um Filho»? E de novo, quando
introduziu no mundo o seu Primogénito, disse: «Adorem-n’O todos os Anjos de
Deus».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 96 (97), 1 e 2b.6 e 7c.9 (R. cf. 7c)
Refrão: Adorai o Senhor, todos os seus
Anjos. Repete-se
O Senhor é rei: exulte a terra,
rejubile a multidão das ilhas;
a justiça e o direito são a base do seu trono. Refrão
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória,
todos os deuses se prostram diante do Senhor. Refrão
Vós, Senhor, sois o Altíssimo sobre toda a terra,
estais acima de todos os deuses. Refrão
ALELUIA Mc 1, 15
Refrão Aleluia Repete-se
Está próximo o reino de Deus;
arrependei-vos e acreditai no Evangelho Refrão
EVANGELHO Mc 1, 14-20
«Arrependei-vos e acreditai no Evangelho»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a
proclamar o Evangelho de Deus, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o
reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho». Caminhando junto ao
mar da Galileia, viu Simão e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar,
porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde comigo e farei de vós
pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco
mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no
barco a consertar as redes; e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no
barco com os assalariados e seguiram Jesus.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação do vosso povo
e fazei que ela santifique a nossa vida
e torne eficaz a nossa oração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 35, 10
Em Vós, Senhor, está a fonte da vida: na vossa luz veremos a luz.
Ou Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que nos alimentais com os vossos sacramentos,
dai-nos a graça de Vos servir com uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS – Hebr 1, 1-6: Durante 4 semanas vamos ler a
Epístola aos Hebreus, escrito dirigido a cristãos de origem judaica,
acostumados à solene liturgia do templo, para lhes fazer compreender que o
Antigo Testamento era todo ele figura anunciadora de Jesus Cristo. A leitura de
hoje põe frente a frente a Palavra de Deus transmitida por Cristo e as
revelações do Antigo Testamento; e afirma a igualdade de Cristo com Deus Pai.
Mc 1, 14-20: Nos dias de semana do Tempo Comum,
leremos, em cada ano, os três Evangelhos Sinópticos, em primeiro lugar o de S.
Marcos, que ocupará nove semanas. Hoje ouviremos o grande convite à conversão,
com que principia este Evangelho. A conversão é o primeiro fruto da Palavra de
Deus no coração dos homens e o ponto de partida no caminho que leva a Deus, ou
antes, a primeira resposta a Deus que Se dirige a nós.
AGENDA DO DIA
15.00 horas: Funeral em
Nisa
A VOZ DO PASTOR:
MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
PAPA FRANCISCO
PARA O
XXIX DIA MUNDIAL DO DOENTE
(11 de fevereiro de 2021)
«Um só é o vosso
Mestre e vós sois todos irmãos» (Mt 23,8)
A relação de
confiança na base do cuidado dos doentes
Queridos irmãos
e irmãs!
A celebração do XXIX Dia Mundial do Doente, 11 de
fevereiro de 2021, memória de Nossa Senhora de Lurdes, é momento propício para
prestar uma atenção especial às pessoas doentes e a quantos as assistem, quer
nos centros de saúde quer no seio das famílias e das comunidades. Penso de modo
particular nas pessoas que sofrem em todo o mundo os efeitos da pandemia do
coronavírus. A todos, especialmente aos mais pobres e marginalizados, expresso
a minha proximidade espiritual, assegurando a solicitude e o afeto da Igreja.
1. O tema deste Dia inspira-se no trecho evangélico
em que Jesus critica a hipocrisia de quantos dizem mas não fazem (cf. Mt 23,1-12).
Quando a fé fica reduzida a exercícios verbais estéreis, sem se envolver na
história e nas necessidades do outro, então falha a coerência entre o credo que
se professa e a vida real. O risco é grave; por isso Jesus usa expressões
fortes, para acautelar do perigo de derrapagem na idolatria de si mesmo, e
afirma: «Um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos» (v. 8).
Esta crítica feita por Jesus àqueles que «dizem e
não fazem» (v. 3) é sempre salutar para todos, pois ninguém está imune do mal
da hipocrisia, um mal muito grave, cujo efeito é impedir-nos de desabrochar
como filhos do único Pai, chamados a viver uma fraternidade universal.
Diante da condição de necessidade do irmão e da
irmã, Jesus apresenta um modelo de comportamento totalmente oposto à
hipocrisia: propõe deter-se, escutar, estabelecer uma relação direta e pessoal,
sentir empatia e enternecimento, deixar-se comover pelo seu sofrimento até se
encarregar dele, servindo-o (cf. Lc 10,30-35).
2. A experiência da doença faz-nos sentir a nossa
vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, a necessidade inata do outro. Torna ainda
mais nítida a nossa condição de criaturas, experimentando de maneira evidente a
nossa dependência de Deus. De facto, quando estamos doentes, a incerteza, o
temor e, por vezes, o pavor impregnam a mente e o coração; encontramo-nos numa
situação de impotência, porque a saúde não depende das nossas capacidades nem
do nosso afã (cf. Mt 6,27).
A doença impõe uma pergunta sobre o sentido que, na
fé, se dirige a Deus. Uma pergunta que procura um significado novo e uma nova
direção para a existência e que, por vezes, pode não encontrar imediatamente
uma resposta. Os próprios amigos e familiares nem sempre são capazes de nos
ajudar nesta procura desgastante.
A este respeito, é emblemática a figura bíblica de
Job. A esposa e os amigos não conseguem acompanhá-lo na sua desventura; até o acusam,
aumentando nele a solidão e o desorientamento. Job cai num estado de abandono e
de incompreensão. Mas é precisamente através desta fragilidade extrema,
rejeitando toda a hipocrisia e escolhendo o caminho da sinceridade para com
Deus e os outros, que faz chegar com insistência o seu grito a Deus que acaba
por responder-lhe, abrindo um novo horizonte. Confirma que o seu sofrimento não
é uma punição ou um castigo, nem mesmo um estado de distanciamento de Deus ou
um sinal da sua indiferença. Assim, do coração ferido e reparado de Job, brota
aquela vibrante e comovente declaração ao Senhor: «Só Vos conhecia por ouvir
falar de Vós, mas agora já Vos viram os meus próprios olhos» (Job 42,5).
3. A doença tem sempre um rosto, e até mais que um:
o rosto de cada pessoa doente, mesmo daquelas que se sentem ignoradas,
excluídas, vítimas de injustiças sociais que lhes negam direitos essenciais
(cf. Encíclica Fratelli tutti,
22). A atual pandemia pôs em evidência muitas insuficiências dos
sistemas de saúde e carências na assistência às pessoas doentes. Aos idosos,
aos mais frágeis e vulneráveis, nem sempre é garantido o acesso aos cuidados
médicos, ou não o é sempre de forma equitativa. Isto depende das opções
políticas, do modo de administrar os recursos e do empenho de quantos revestem
funções de responsabilidade. Investir recursos nos cuidados e na assistência às
pessoas doentes é uma prioridade ditada pelo princípio de que a saúde é um bem
comum primário. Ao mesmo tempo, a pandemia pôs também em evidência a dedicação
e generosidade de profissionais de saúde, voluntários, trabalhadores e
trabalhadoras, sacerdotes, religiosos e religiosas que, com profissionalismo,
abnegação, sentido de responsabilidade e amor ao próximo, ajudaram, trataram,
confortaram e serviram tantos doentes e os seus familiares. Uma série
silenciosa de homens e mulheres que optaram por olhar para aqueles rostos,
ocupando-se das feridas de pacientes que sentiam como próximos em virtude da
pertença comum à família humana.
Com efeito, a proximidade é um bálsamo precioso, que
dá apoio e consolação a quem sofre na doença. Enquanto cristãos, vivemos uma
tal proximidade como expressão do amor de Jesus Cristo, o bom Samaritano, que
com compaixão Se fez próximo de todo o ser humano, ferido pelo pecado. Unidos a
Ele pela ação do Espírito Santo, somos chamados a ser misericordiosos como o
Pai e a amar, de modo especial, os irmãos doentes, frágeis e atribulados (cf. Jo
13,34-35). E vivemos esta proximidade pessoalmente, mas também de forma
comunitária: na realidade, o amor fraterno em Cristo gera uma comunidade capaz
de curar, que não abandona ninguém, que inclui e acolhe sobretudo os mais
frágeis.
A propósito, quero recordar a importância da
solidariedade fraterna, que se manifesta concretamente no serviço, podendo
assumir formas muito diferentes, mas todas elas tendentes a apoiar o próximo.
«Servir significa cuidar dos frágeis das nossas famílias, da nossa sociedade,
do nosso povo» (Homilia em Havana, 20
de setembro de 2015). Neste compromisso, cada um é capaz «de pôr de lado as
suas exigências e expectativas, os seus desejos de omnipotência, diante do
olhar concreto dos mais frágeis [...]. O serviço olha sempre o rosto do irmão,
toca a sua carne, sente a sua proximidade até, em alguns casos, a “sofrer”, e
procura a promoção do irmão. Por isso, o serviço nunca é ideológico, já que não
servimos ideias, mas pessoas» (ibid.).
4. Para que haja uma boa terapêutica é decisivo o
aspeto relacional, através do qual se pode conseguir uma abordagem holística da
pessoa doente. A valorização deste aspeto ajuda também os médicos, enfermeiros,
profissionais e voluntários a ocuparem-se daqueles que sofrem para os
acompanhar ao longo do itinerário de cura, graças a uma relação interpessoal de
confiança (cf. Nova Carta dos Agentes de Saúde, [2016], 4). Trata-se,
pois, de estabelecer um pacto entre as pessoas carecidas de cuidados e aqueles
que as tratam; um pacto baseado na confiança e no respeito mútuos, na
sinceridade, na disponibilidade, de modo a superar toda e qualquer barreira
defensiva, colocar no centro a dignidade da pessoa doente, tutelar o
profissionalismo dos agentes de saúde e manter um bom relacionamento com as
famílias dos doentes.
Esta relação com a pessoa doente encontra uma fonte
inesgotável de motivações e energias precisamente na caridade de Cristo,
como demonstra o testemunho milenar de homens e mulheres que se santificaram
servindo os enfermos. Efetivamente, do mistério da morte e ressurreição de
Cristo brota aquele amor que é capaz de dar sentido pleno, tanto à condição do
doente, como à da pessoa que dele cuida. Assim o atesta muitas vezes o
Evangelho quando mostra que as curas realizadas por Jesus nunca são gestos
mágicos, mas fruto de um encontro, uma relação interpessoal, em
que ao dom de Deus, oferecido por Jesus, corresponde a fé de quem o acolhe,
como se resume nesta frase que Jesus repete com frequência: “Foi a tua fé que
te salvou”.
5. Queridos irmãos e irmãs, o mandamento do amor,
que Jesus deixou aos seus discípulos, encontra uma realização concreta também
no relacionamento com os doentes. Uma sociedade é tanto mais humana quanto
melhor souber cuidar dos seus membros frágeis e atribulados e o fizer com uma
eficiência animada por amor fraterno. Tendamos para esta meta, procurando que
ninguém fique sozinho, nem se sinta excluído e abandonado.
Confio todas as pessoas doentes, os agentes de saúde
e quantos se prodigalizam junto aos que sofrem, a Maria, Mãe de Misericórdia e
Saúde dos Enfermos. Que Ela, da Gruta de Lurdes e dos seus inumeráveis santuários
espalhados por todo o mundo, sustente a nossa fé e a nossa esperança e nos
ajude a cuidar uns dos outros com amor fraterno. A todos e cada um concedo, de
coração, a minha bênção.
Roma, em São João de
Latrão, a 20 de dezembro de 2020, IV Domingo de Advento.
Francisco
Sem comentários:
Enviar um comentário