PARÓQUIAS
DE NISA
Domingo,
03 de janeiro de 2021
LITURGIA
DOMINGO
DA EPIFANIA DO SENHOR
SOLENIDADE
Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. da Epifania.
L 1 Is 60, 1-6; Sal 71 (72), 2. 7-8. 10-11. 12-13
L 2 Ef 3, 2-3a. 5-6
Ev Mt 2, 1-12
* Na Missa deste dia, depois do Evangelho, podem anunciar-se as festas móveis,
segundo a fórmula indicada no princípio deste Diretório, p. 4-5 (cf. Missal
Romano, p. 1382).
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* Festa da Infância Missionária.
* Na Diocese do Algarve – Ofertório para a Restauração de Igrejas.
* Nas Irmãs Missionárias do Espírito Santo – Aniversário da Fundação (1921).
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Mal 3, 1;
1 Cron 19, 12
Eis que vem o Senhor soberano.
A realeza, o poder e o império estão nas suas mãos.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus omnipotente,
que neste dia revelastes o vosso Filho Unigénito
aos gentios guiados por uma estrela,
a nós que já Vos conhecemos pela fé
levai-nos a contemplar face a face a vossa glória.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 60, 1-6
«Brilha sobre ti a glória do Senhor»
Leitura do Livro
de Isaías
Levanta-te e resplandece, Jerusalém, porque chegou a tua luz e brilha sobre ti
a glória do Senhor. Vê como a noite cobre a terra e a escuridão os povos. Mas,
sobre ti levanta-Se o Senhor e a sua glória te ilumina. As nações caminharão à
tua luz e os reis ao esplendor da tua aurora. Olha ao redor e vê: todos se
reúnem e vêm ao teu encontro; os teus filhos vão chegar de longe e as tuas
filhas são trazidas nos braços. Quando o vires ficarás radiante, palpitará e
dilatar-se-á o teu coração, pois a ti afluirão os tesouros do mar, a ti virão
ter as riquezas das nações. Invadir-te-á uma multidão de camelos, de
dromedários de Madiã e Efá. Virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e
proclamando as glórias do Senhor.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 71 (72), 2.7-8.10-11.12-13 (R. cf. 11)
Refrão: Virão adorar-Vos, Senhor,
todos os povos da terra. Repete-se
Ó Deus, concedei ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade. Refrão
Florescerá a justiça nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra. Refrão
Os reis de Társis e das ilhas virão com presentes,
os reis da Arábia e de Sabá trarão suas ofertas.
Prostrar-se-ão diante dele todos os reis,
todos os povos o hão-de servir. Refrão
Socorrerá o pobre que pede auxílio
e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos. Refrão
LEITURA II Ef 3, 2-3a.5-6
Os gentios recebem a mesma herança prometida
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Certamente já ouvistes falar da graça que Deus me confiou a vosso
favor: por uma revelação, foi-me dado a conhecer o mistério de Cristo. Nas
gerações passadas, ele não foi dado a conhecer aos filhos dos homens como agora
foi revelado pelo Espírito Santo aos seus santos apóstolos e profetas: os
gentios recebem a mesma herança que os judeus, pertencem ao mesmo corpo e
participam da mesma promessa, em Cristo Jesus, por meio do Evangelho.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Mt 2, 2
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vimos a sua estrela no Oriente
e viemos adorar o Senhor. Refrão
EVANGELHO Mt 2, 1-12
«Viemos do Oriente adorar o Rei»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Tinha Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, quando
chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente. «Onde está – perguntaram eles
– o rei dos judeus que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e
viemos adorá-l’O». Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado e, com
ele, toda a cidade de Jerusalém. Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e
escribas do povo e perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles
responderam: «Em Belém da Judeia, porque assim está escrito pelo Profeta: ‘Tu,
Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum a menor entre as principais cidades
de Judá, pois de ti sairá um chefe, que será o Pastor de Israel, meu povo’».
Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações
precisas sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela. Depois enviou-os
a Belém e disse-lhes: «Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino; e,
quando O encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-l’O». Ouvido o
rei, puseram-se a caminho. E eis que a estrela que tinham visto no Oriente
seguia à sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino. Ao ver a
estrela, sentiram grande alegria. Entraram na casa, viram o Menino com Maria,
sua Mãe, e, prostrando-se diante d’Ele, adoraram-n’O. Depois, abrindo os seus
tesouros, ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra. E, avisados em
sonhos para não voltarem à presença de Herodes, regressaram à sua terra por
outro caminho.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai com bondade, Senhor, para os dons da vossa Igreja,
que não Vos oferece ouro, incenso e mirra,
mas Aquele que por estes dons
é manifestado, imolado e oferecido em alimento,
Jesus Cristo, vosso Filho, Nosso Senhor.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Epifania.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Mt 2, 2
Vimos a sua estrela no Oriente
e viemos com presentes adorar o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Iluminai-nos, Senhor,
sempre e em toda a parte com a vossa luz celeste,
para que possamos contemplar com olhar puro
e receber de coração sincero
o mistério em que por vossa graça participámos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS – Is
60, 1-6: Como uma cidade, construída sobre um monte, atrai o
olhar de todos, ao ser iluminada pelo sol nascente, assim Jerusalém, iluminada
pelo Nascimento de Jesus, atrai a si todos os povos, mergulhados na noite do
pecado. Será, porém, na Igreja, nova Jerusalém, que Deus reunirá todos os
homens, para lhes dar a salvação. Será n’Ela que se constituirá,
definitivamente, a comunidade dos povos. «A luz dos povos é Cristo – Mas a Sua
luz resplandece no rosto da Sua Igreja» (LG. n.° 1). Ela é, na verdade, o sinal
e o instrumento de união com Deus e de unidade de todo o género humano.
Ef
3, 2-3a.5-6: O universalismo de Isaías era um pouco
limitado; os estrangeiros não estavam em posição de igualdade com os filhos de
Israel. S. Paulo, descrevendo o plano salvífico de Deus, proclama que todos os
homens são chamados, igualmente, a ser herdeiros da Promessa.
Como consequência deste chamamento universal para a Fé, toda a separação, toda
a discriminação, introduzidas na humanidade por culturas e civilizações,
desaparecem. Todos são chamados a formar o verdadeiro Israel e a constituir um
só Corpo – o Corpo Místico de Cristo – restabelecendo-se assim o plano primitivo
de Deus acerca da humanidade, que era um projeto de unidade e amor.
Mt
2, 1-12: Frente ao mistério do Nascimento de Jesus, S. Mateus
procura, sobretudo, contemplá-Lo à Luz do primeiro encontro do mundo pagão com
o Salvador, de que os magos são as primícias e os representantes. Sublinhando,
de modo expressivo, a universalidade da Mensagem cristã, dirigida a todos os
homens, mesmo àqueles que, segundo as conceções estreitas do Judaísmo, viviam
fora da Geografia e da História da Salvação, o evangelista mostra como na
visita dos Magos, se realizam as profecias do A. T. Não deixa também de o
impressionar, em contraste com o orgulho e cegueira de Herodes e dos sábios de
Israel, a boa vontade dos Magos, que, atentos aos sinais dos Tempos, se dispõem
a correr a aventura da Fé.
AGENDA DO DIA
09.00
horas: Missa em Alpalhão
09.30
horas: Missa em Amieira do Tejo
09.30
horas: Missa no Arneiro
10.30
horas: Missa em Arez
10.45
horas: Missa em Tolosa
11.30
horas: Missa em Nisa
12.00
horas: Missa em Alpalhão
12.00
horas: Missa em Gáfete.
A VOZ DO PASTOR:
A CULTURA DO CUIDADO E O DOM DA PAZ
Ano novo vida nova, para todos e em toda a parte, sem
exceção, com muita saúde, alegria e paz! O ano 2020 causou muitos estragos e
dissabores. Embora a ciência esteja a indicar a porta de saída a essa coisa a
que se deu o nome de Covid-19, é de prever que, enquanto não a obrigarem a
fazer as malas e a partir definitivamente, ainda vá continuar a esgotar quem a
combate, a fazer perder mais vidas, a forçar a porta para entrar e fazer
sofrer, a prejudicar a economia, a cultura, o emprego, a alegria, a liberdade,
o convívio, a vida. Todos alimentamos a esperança de que a vacina a consiga
vencer e varrer, e que, quem de direito, garanta o acesso de todos à vacina,
promovendo a cultura do cuidado por esse mundo além, sem exceção de pessoa e
lugar.
Para este primeiro dia do ano, Dia Litúrgico de Santa
Maria Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco escolheu como tema «a
cultura do cuidado como percurso de paz». Entende que a cultura do cuidado, “enquanto compromisso
comum, solidário e participativo para proteger e promover a dignidade e o bem
de todos, enquanto disposição a interessar-se, a prestar atenção, disposição à
compaixão, à reconciliação e à cura, ao respeito mútuo e ao acolhimento recíproco,
constitui uma via privilegiada para a construção da paz”. É mais um contributo do Papa “para erradicar a cultura
da indiferença, do descarte e do conflito, que hoje muitas vezes parece
prevalecer”. Se em todas as tradições religiosas há referências à origem do
homem, “à sua relação com o Criador, com a natureza e com os seus semelhantes”,
também na Bíblia, desde o início, “já estava contida a convicção atual de que
tudo está inter-relacionado e o cuidado autêntico da nossa própria vida e das
nossas relações com a natureza é inseparável da fraternidade, da justiça e da
fidelidade aos outros», acentua o Papa, para quem “a paz e a violência não
podem habitar na mesma morada” e “o auge da compreensão bíblica da justiça se
manifesta na forma como uma comunidade trata os mais frágeis no seu seio”.
A própria vida e o ministério de Jesus foram pautados
pelo gosto de cuidar e ensinar a cuidar dos outros, sobretudo dos mais frágeis,
até culminar na doação de si próprio, por todos, na Cruz. Cumpriu plenamente a
missão que o amor do Pai pela humanidade lhe confiou e abriu-nos “o caminho do
amor e disse a cada um: ‘Segue-Me! Faz tu também o mesmo’ (cf. Lc 10,
37).
As obras de misericórdia espirituais e corporais e o
serviço social da Igreja, que existe desde as origens e tem sido enriquecido ao
longo dos tempos, proporcionam “a todas as pessoas de boa vontade um precioso
património de princípios, critérios e indicações, donde se pode haurir a
‘gramática’ do cuidado: a promoção da dignidade de toda a pessoa humana, a solidariedade
com os pobres e indefesos, a solicitude pelo bem comum e a salvaguarda da
criação”.
Além disso, “o conceito de pessoa, que surgiu e
amadureceu no cristianismo, ajuda a promover um desenvolvimento plenamente
humano. Porque a pessoa exige sempre a relação e não o individualismo, afirma a
inclusão e não a exclusão, a dignidade singular, inviolável e não a
exploração”. Da dignidade da pessoa “derivam os direitos humanos, bem como
os deveres, que recordam, por exemplo, a responsabilidade de acolher e socorrer
os pobres, os doentes, os marginalizados, o nosso ‘próximo, vizinho ou distante
no espaço e no tempo’.
Francisco fala, pois, de Deus como modelo do cuidado,
do cuidado no ministério de Jesus, da cultura do cuidado na vida dos seguidores
de Jesus, dos princípios da doutrina social da Igreja como base da cultura do
cuidado, do cuidado como promoção da dignidade e dos direitos da pessoa, do
cuidado pelo bem comum, do cuidado através da solidariedade, do cuidado e da
salvaguarda da criação. E desafia “os responsáveis das Organizações
internacionais e dos Governos, dos mundos económico e científico, da
comunicação social e das instituições educativas a pegarem nesta ‘bússola’ dos
princípios acima lembrados para dar um rumo comum ao processo de
globalização, ‘um rumo verdadeiramente humano’. Este rumo “permitiria
estimar o valor e a dignidade de cada pessoa, agir conjunta e solidariamente em
prol do bem comum, aliviando quantos padecem por causa da pobreza, da doença,
da escravidão, da discriminação e dos conflitos”.
Através desta bússola, Francisco encoraja “todos a
tornarem-se profetas e testemunhas da cultura do cuidado, a fim de preencher
tantas desigualdades sociais”, coisa que só será possível “com um forte e
generalizado protagonismo das mulheres na família e em todas as esferas
sociais, políticas e institucionais”.
Mas esta bússola dos princípios sociais,
necessária para promover a cultura do cuidado, “vale também para as
relações entre as nações, que deveriam ser inspiradas pela fraternidade, o respeito
mútuo, a solidariedade e a observância do direito internacional”, reafirmando
“a proteção e a promoção dos direitos humanos fundamentais, que são
inalienáveis, universais e indivisíveis”.
A promoção da cultura do cuidado requer
um processo educativo que nasce na família e se prolonga na escola,
na universidade, nos meios da comunicação social, no papel das religiões na
medida em que transmitem aos fiéis e à sociedade os “valores da solidariedade,
do respeito pelas diferenças, do acolhimento e do cuidado dos irmãos mais
frágeis”.
Para todos os leitores, ao iniciarmos o Novo Ano,
torno presente a bênção da primeira leitura da Solenidade de Santa Maria Mãe de
Deus: “O Senhor te abençoe e proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face
e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”.
Que a Sagrada Família de Nazaré proteja todas as
famílias e a todas ajude a compreender o verdadeiro valor e beleza da família,
o seu caráter sagrado e inviolável, o seu valor como berço da vida e primeira
instância educativa na cultura do cuidado, bem como o seu importante papel no
âmbito da solidariedade social.
Por iniciativa do Papa Francisco, desde o dia 8 de
dezembro passado, Dia da Imaculada Conceição, até 8 de dezembro de 2021,
estamos a viver um especial Ano dedicado a São José, comemorando os 150 anos
desde que foi proclamado Patrono da Igreja Católica. De 19 de março de 2021,
Dia de São José, até 26 de junho de 2022, acumularemos a vivência de um Ano
“Família Amoris Laetitia”, para avaliar e continuar a promover a receção da
Carta Apostólica Amoris Laetitia, publicada por Francisco há cinco anos.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 31-12-2020.
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