quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

Sexta-feira, 08 de janeiro de 2021 

 

 

LITURGIA

 

Sexta-feira depois da Epifania

 

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Epifania ou do Natal.

L 1 1 Jo 5, 5-13; Sal 147, 12-13. 14-15. 19-20
Ev Lc 5, 12-16

* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Pedro Tomás, bispo – FESTA e MF
* Na Congregação Salesiana – B. Tito Zeman, presbítero e mártir – MF

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 111, 4
Brilhou uma luz nas trevas para os homens de coração reto:
o Senhor misericordioso, compassivo e justo.


ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Deus omnipotente, que o nascimento do Salvador do mundo, revelado aos Magos por meio de uma estrela, se manifeste e cresça em nosso espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Jo 5, 5-13
«O Espírito, a água e o sangue»


Leitura da Primeira Epístola de São João


Caríssimos: Quem é o vencedor do mundo senão aquele que acredita que Jesus é o Filho de Deus? Este é O que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo; não só com a água, mas com a água e o sangue. É o Espírito que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. São três que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue; e os três estão de acordo. Se aceitamos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior, porque o testemunho de Deus consiste naquele que Ele deu de seu Filho. Quem acredita no Filho de Deus tem em si mesmo este testemunho. Quem não acredita em Deus considera-O um mentiroso, porque não acredita no testemunho dado por Deus acerca de seu Filho. E o testemunho é este: Deus deu-nos a vida eterna e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida, quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Escrevo-vos estas coisas, para saberdes que tendes a vida eterna, vós que acreditais no nome do Filho de Deus.

 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 147, 12-13.14-15.19-20
Refrão: Jerusalém, louva o teu Senhor. Repete-se

Glorifica, Jerusalém, o Senhor,
louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou as tuas portas
e abençoou os teus filhos. Refrão

Estabeleceu a paz nas tuas fronteiras
e saciou-te com a flor da farinha.
Envia à terra a sua palavra,
corre veloz a sua mensagem. Refrão

Revelou a sua palavra a Jacob,
suas leis e preceitos a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo,
a nenhum outro manifestou os seus juízos. Refrão


ALELUIA cf. Mt 4, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus proclamava o Evangelho do reino
e curava todas as doenças entre o povo. Refrão


EVANGELHO Lc 5, 12-16
«Imediatamente a lepra o deixou»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, estando Jesus em certa cidade, apareceu um homem cheio de lepra. Ao ver Jesus, caiu de rosto por terra e suplicou-Lhe: «Senhor, se quiseres, podes curar-me». Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo: «Eu quero; fica curado». E imediatamente a lepra o deixou. Jesus ordenou-lhe que a ninguém o dissesse, mas acrescentou: «Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Cada vez se divulgava mais a fama de Jesus e reuniam-se grandes multidões para O ouvirem e serem curados dos seus males. Mas Jesus costumava retirar-Se em lugares desertos para orar.


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja, para que receba nestes santos mistérios os bens em que pela fé acredita. Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Jo 4, 9
Deus manifestou o seu amor por nós:
enviou ao mundo o seu Filho Unigénito
para que n’Ele tenhamos a vida.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de infinita bondade, que pela participação neste sacramento vindes ao nosso encontro, fazei-nos sentir os seus frutos de santidade, para que o dom recebido nos disponha a recebê-lo cada vez melhor. Por Nosso Senhor.

  

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 

 2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 

LEITURAS – 1 Jo 5, 5-13 :Na água e no sangue saindo do lado do Senhor morto na Cruz viu a tradição cristã, que o Concílio de algum modo assumiu (SC 5), o sinal dos sacramentos do Batismo e da Eucaristia. Os Sacramentos, pela ação do Espírito Santo, dão testemunho de que Deus comunica a sua vida, por Cristo, à Igreja, e assim alimenta nela a fé.


Lc 5, 12-16 :As ações prodigiosas que Jesus faz no meio do povo, como as curas, são também “sinais” que O manifestam como o Enviado de Deus, o Messias, como Cristo. Deste modo, as celebrações deste tempo do Natal, sobretudo nestes dias que se seguem à Epifania, levam-nos a aprofundar o mistério de Jesus de Nazaré, para reconhecermos, cada vez mais, que Ele é o “Cristo”, o Messias, o Filho de Deus que o Pai enviou ao meio dos homens para Lh’O revelar e os conduzir até Si. A fé cristã consiste em reconhecer que Jesus de Nazaré é o Cristo; por isso, ela se exprime confessando-O o “Senhor Jesus Cristo”.

 

 

AGENDA DO DIA

 

11.00 horas: Funeral no Pé da Serra

17.00 horas: Adoração ao Santíssimo em Alpalhão

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão.

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

A CULTURA DO CUIDADO E O DOM DA PAZ

Ano novo vida nova, para todos e em toda a parte, sem exceção, com muita saúde, alegria e paz! O ano 2020 causou muitos estragos e dissabores. Embora a ciência esteja a indicar a porta de saída a essa coisa a que se deu o nome de Covid-19, é de prever que, enquanto não a obrigarem a fazer as malas e a partir definitivamente, ainda vá continuar a esgotar quem a combate, a fazer perder mais vidas, a forçar a porta para entrar e fazer sofrer, a prejudicar a economia, a cultura, o emprego, a alegria, a liberdade, o convívio, a vida. Todos alimentamos a esperança de que a vacina a consiga vencer e varrer, e que, quem de direito, garanta o acesso de todos à vacina, promovendo a cultura do cuidado por esse mundo além, sem exceção de pessoa e lugar.

Para este primeiro dia do ano, Dia Litúrgico de Santa Maria Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco escolheu como tema «a cultura do cuidado como percurso de paz». Entende que a cultura do cuidado, “enquanto compromisso comum, solidário e participativo para proteger e promover a dignidade e o bem de todos, enquanto disposição a interessar-se, a prestar atenção, disposição à compaixão, à reconciliação e à cura, ao respeito mútuo e ao acolhimento recíproco, constitui uma via privilegiada para a construção da paz”. É mais um contributo do Papa “para erradicar a cultura da indiferença, do descarte e do conflito, que hoje muitas vezes parece prevalecer”. Se em todas as tradições religiosas há referências à origem do homem, “à sua relação com o Criador, com a natureza e com os seus semelhantes”, também na Bíblia, desde o início, “já estava contida a convicção atual de que tudo está inter-relacionado e o cuidado autêntico da nossa própria vida e das nossas relações com a natureza é inseparável da fraternidade, da justiça e da fidelidade aos outros», acentua o Papa, para quem “a paz e a violência não podem habitar na mesma morada” e “o auge da compreensão bíblica da justiça se manifesta na forma como uma comunidade trata os mais frágeis no seu seio”.

A própria vida e o ministério de Jesus foram pautados pelo gosto de cuidar e ensinar a cuidar dos outros, sobretudo dos mais frágeis, até culminar na doação de si próprio, por todos, na Cruz. Cumpriu plenamente a missão que o amor do Pai pela humanidade lhe confiou e abriu-nos “o caminho do amor e disse a cada um: ‘Segue-Me! Faz tu também o mesmo’ (cf. Lc 10, 37).

As obras de misericórdia espirituais e corporais e o serviço social da Igreja, que existe desde as origens e tem sido enriquecido ao longo dos tempos, proporcionam “a todas as pessoas de boa vontade um precioso património de princípios, critérios e indicações, donde se pode haurir a ‘gramática’ do cuidado: a promoção da dignidade de toda a pessoa humana, a solidariedade com os pobres e indefesos, a solicitude pelo bem comum e a salvaguarda da criação”.

Além disso, “o conceito de pessoa, que surgiu e amadureceu no cristianismo, ajuda a promover um desenvolvimento plenamente humano. Porque a pessoa exige sempre a relação e não o individualismo, afirma a inclusão e não a exclusão, a dignidade singular, inviolável e não a exploração”. Da dignidade da pessoa “derivam os direitos humanos, bem como os deveres, que recordam, por exemplo, a responsabilidade de acolher e socorrer os pobres, os doentes, os marginalizados, o nosso ‘próximo, vizinho ou distante no espaço e no tempo’.

Francisco fala, pois, de Deus como modelo do cuidado, do cuidado no ministério de Jesus, da cultura do cuidado na vida dos seguidores de Jesus, dos princípios da doutrina social da Igreja como base da cultura do cuidado, do cuidado como promoção da dignidade e dos direitos da pessoa, do cuidado pelo bem comum, do cuidado através da solidariedade, do cuidado e da salvaguarda da criação. E desafia “os responsáveis das Organizações internacionais e dos Governos, dos mundos económico e científico, da comunicação social e das instituições educativas a pegarem nesta ‘bússola’ dos princípios acima lembrados para dar um rumo comum ao processo de globalização, ‘um rumo verdadeiramente humano’. Este rumo “permitiria estimar o valor e a dignidade de cada pessoa, agir conjunta e solidariamente em prol do bem comum, aliviando quantos padecem por causa da pobreza, da doença, da escravidão, da discriminação e dos conflitos”.

Através desta bússola, Francisco encoraja “todos a tornarem-se profetas e testemunhas da cultura do cuidado, a fim de preencher tantas desigualdades sociais”, coisa que só será possível “com um forte e generalizado protagonismo das mulheres na família e em todas as esferas sociais, políticas e institucionais”.

Mas esta bússola dos princípios sociais, necessária para promover a cultura do cuidado, “vale também para as relações entre as nações, que deveriam ser inspiradas pela fraternidade, o respeito mútuo, a solidariedade e a observância do direito internacional”, reafirmando “a proteção e a promoção dos direitos humanos fundamentais, que são inalienáveis, universais e indivisíveis”.

A promoção da cultura do cuidado requer um processo educativo que nasce na família e se prolonga na escola, na universidade, nos meios da comunicação social, no papel das religiões na medida em que transmitem aos fiéis e à sociedade os “valores da solidariedade, do respeito pelas diferenças, do acolhimento e do cuidado dos irmãos mais frágeis”.

Para todos os leitores, ao iniciarmos o Novo Ano, torno presente a bênção da primeira leitura da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus: “O Senhor te abençoe e proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”.

Que a Sagrada Família de Nazaré proteja todas as famílias e a todas ajude a compreender o verdadeiro valor e beleza da família, o seu caráter sagrado e inviolável, o seu valor como berço da vida e primeira instância educativa na cultura do cuidado, bem como o seu importante papel no âmbito da solidariedade social.

Por iniciativa do Papa Francisco, desde o dia 8 de dezembro passado, Dia da Imaculada Conceição, até 8 de dezembro de 2021, estamos a viver um especial Ano dedicado a São José, comemorando os 150 anos desde que foi proclamado Patrono da Igreja Católica. De 19 de março de 2021, Dia de São José, até 26 de junho de 2022, acumularemos a vivência de um Ano “Família Amoris Laetitia”, para avaliar e continuar a promover a receção da Carta Apostólica Amoris Laetitia, publicada por Francisco há cinco anos.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 31-12-2020.

 

 

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