PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta-feira,
08 de janeiro de 2021
LITURGIA
Sexta-feira
depois da Epifania
Branco – Ofício da
féria.
Missa da féria, pf. da Epifania ou do Natal.
L 1 1 Jo 5, 5-13; Sal 147, 12-13. 14-15. 19-20
Ev Lc 5, 12-16
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Pedro Tomás,
bispo – FESTA e MF
* Na Congregação Salesiana – B. Tito Zeman, presbítero e mártir – MF
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 111, 4
Brilhou uma luz nas trevas para os homens de coração reto:
o Senhor misericordioso, compassivo e justo.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Deus omnipotente, que o nascimento do Salvador do mundo, revelado aos
Magos por meio de uma estrela, se manifeste e cresça em nosso espírito. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 5, 5-13
«O Espírito, a água e o sangue»
Leitura da
Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Quem é o vencedor do mundo senão aquele que acredita que Jesus é o
Filho de Deus? Este é O que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo; não só
com a água, mas com a água e o sangue. É o Espírito que dá testemunho, porque o
Espírito é a verdade. São três que dão testemunho: o Espírito, a água e o
sangue; e os três estão de acordo. Se aceitamos o testemunho dos homens, o
testemunho de Deus é maior, porque o testemunho de Deus consiste naquele que
Ele deu de seu Filho. Quem acredita no Filho de Deus tem em si mesmo este
testemunho. Quem não acredita em Deus considera-O um mentiroso, porque não
acredita no testemunho dado por Deus acerca de seu Filho. E o testemunho é
este: Deus deu-nos a vida eterna e esta vida está em seu Filho. Quem tem o
Filho tem a vida, quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Escrevo-vos
estas coisas, para saberdes que tendes a vida eterna, vós que acreditais no
nome do Filho de Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 147, 12-13.14-15.19-20
Refrão: Jerusalém, louva o teu Senhor.
Repete-se
Glorifica, Jerusalém, o Senhor,
louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou as tuas portas
e abençoou os teus filhos. Refrão
Estabeleceu a paz nas tuas fronteiras
e saciou-te com a flor da farinha.
Envia à terra a sua palavra,
corre veloz a sua mensagem. Refrão
Revelou a sua palavra a Jacob,
suas leis e preceitos a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo,
a nenhum outro manifestou os seus juízos. Refrão
ALELUIA cf. Mt 4, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus proclamava o Evangelho do reino
e curava todas as doenças entre o povo. Refrão
EVANGELHO Lc 5, 12-16
«Imediatamente a lepra o deixou»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, estando Jesus em certa cidade, apareceu um homem cheio de lepra.
Ao ver Jesus, caiu de rosto por terra e suplicou-Lhe: «Senhor, se quiseres,
podes curar-me». Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo: «Eu quero; fica
curado». E imediatamente a lepra o deixou. Jesus ordenou-lhe que a ninguém o
dissesse, mas acrescentou: «Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura
o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Cada vez se divulgava
mais a fama de Jesus e reuniam-se grandes multidões para O ouvirem e serem
curados dos seus males. Mas Jesus costumava retirar-Se em lugares desertos para
orar.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja, para que receba nestes
santos mistérios os bens em que pela fé acredita. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Jo 4, 9
Deus manifestou o seu amor por nós:
enviou ao mundo o seu Filho Unigénito
para que n’Ele tenhamos a vida.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de infinita bondade, que pela participação neste sacramento vindes ao
nosso encontro, fazei-nos sentir os seus frutos de santidade, para que o dom
recebido nos disponha a recebê-lo cada vez melhor. Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS – 1
Jo 5, 5-13 :Na água e no sangue saindo do lado do
Senhor morto na Cruz viu a tradição cristã, que o Concílio de algum modo
assumiu (SC 5), o sinal dos sacramentos do Batismo e da Eucaristia. Os
Sacramentos, pela ação do Espírito Santo, dão testemunho de que Deus comunica a
sua vida, por Cristo, à Igreja, e assim alimenta nela a fé.
Lc 5, 12-16 :As
ações prodigiosas que Jesus faz no meio do povo, como as curas, são também
“sinais” que O manifestam como o Enviado de Deus, o Messias, como Cristo. Deste
modo, as celebrações deste tempo do Natal, sobretudo nestes dias que se seguem
à Epifania, levam-nos a aprofundar o mistério de Jesus de Nazaré, para
reconhecermos, cada vez mais, que Ele é o “Cristo”, o Messias, o Filho de Deus
que o Pai enviou ao meio dos homens para Lh’O revelar e os conduzir até Si. A
fé cristã consiste em reconhecer que Jesus de Nazaré é o Cristo; por isso, ela
se exprime confessando-O o “Senhor Jesus Cristo”.
AGENDA DO DIA
11.00 horas: Funeral no
Pé da Serra
17.00 horas: Adoração
ao Santíssimo em Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR:
A CULTURA DO CUIDADO E O DOM DA PAZ
Ano novo vida nova, para todos e em toda a parte, sem exceção,
com muita saúde, alegria e paz! O ano 2020 causou muitos estragos e dissabores.
Embora a ciência esteja a indicar a porta de saída a essa coisa a que se deu o
nome de Covid-19, é de prever que, enquanto não a obrigarem a fazer as malas e
a partir definitivamente, ainda vá continuar a esgotar quem a combate, a fazer
perder mais vidas, a forçar a porta para entrar e fazer sofrer, a prejudicar a
economia, a cultura, o emprego, a alegria, a liberdade, o convívio, a vida.
Todos alimentamos a esperança de que a vacina a consiga vencer e varrer, e que,
quem de direito, garanta o acesso de todos à vacina, promovendo a cultura do
cuidado por esse mundo além, sem exceção de pessoa e lugar.
Para este primeiro dia do ano, Dia Litúrgico de Santa
Maria Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco escolheu como tema «a
cultura do cuidado como percurso de paz». Entende que a cultura do cuidado, “enquanto compromisso
comum, solidário e participativo para proteger e promover a dignidade e o bem
de todos, enquanto disposição a interessar-se, a prestar atenção, disposição à
compaixão, à reconciliação e à cura, ao respeito mútuo e ao acolhimento
recíproco, constitui uma via privilegiada para a construção da paz”. É mais um contributo do Papa “para erradicar a cultura
da indiferença, do descarte e do conflito, que hoje muitas vezes parece
prevalecer”. Se em todas as tradições religiosas há referências à origem do
homem, “à sua relação com o Criador, com a natureza e com os seus semelhantes”,
também na Bíblia, desde o início, “já estava contida a convicção atual de que
tudo está inter-relacionado e o cuidado autêntico da nossa própria vida e das
nossas relações com a natureza é inseparável da fraternidade, da justiça e da
fidelidade aos outros», acentua o Papa, para quem “a paz e a violência não
podem habitar na mesma morada” e “o auge da compreensão bíblica da justiça se
manifesta na forma como uma comunidade trata os mais frágeis no seu seio”.
A própria vida e o ministério de Jesus foram pautados
pelo gosto de cuidar e ensinar a cuidar dos outros, sobretudo dos mais frágeis,
até culminar na doação de si próprio, por todos, na Cruz. Cumpriu plenamente a
missão que o amor do Pai pela humanidade lhe confiou e abriu-nos “o caminho do
amor e disse a cada um: ‘Segue-Me! Faz tu também o mesmo’ (cf. Lc 10,
37).
As obras de misericórdia espirituais e corporais e o
serviço social da Igreja, que existe desde as origens e tem sido enriquecido ao
longo dos tempos, proporcionam “a todas as pessoas de boa vontade um precioso
património de princípios, critérios e indicações, donde se pode haurir a
‘gramática’ do cuidado: a promoção da dignidade de toda a pessoa humana, a
solidariedade com os pobres e indefesos, a solicitude pelo bem comum e a
salvaguarda da criação”.
Além disso, “o conceito de pessoa, que surgiu e
amadureceu no cristianismo, ajuda a promover um desenvolvimento plenamente
humano. Porque a pessoa exige sempre a relação e não o individualismo, afirma a
inclusão e não a exclusão, a dignidade singular, inviolável e não a exploração”. Da
dignidade da pessoa “derivam os direitos humanos, bem como os deveres, que
recordam, por exemplo, a responsabilidade de acolher e socorrer os pobres, os
doentes, os marginalizados, o nosso ‘próximo, vizinho ou distante no espaço e
no tempo’.
Francisco fala, pois, de Deus como modelo do cuidado,
do cuidado no ministério de Jesus, da cultura do cuidado na vida dos seguidores
de Jesus, dos princípios da doutrina social da Igreja como base da cultura do
cuidado, do cuidado como promoção da dignidade e dos direitos da pessoa, do
cuidado pelo bem comum, do cuidado através da solidariedade, do cuidado e da
salvaguarda da criação. E desafia “os responsáveis das Organizações
internacionais e dos Governos, dos mundos económico e científico, da comunicação
social e das instituições educativas a pegarem nesta ‘bússola’ dos princípios
acima lembrados para dar um rumo comum ao processo de globalização,
‘um rumo verdadeiramente humano’. Este rumo “permitiria estimar o valor e
a dignidade de cada pessoa, agir conjunta e solidariamente em prol do bem
comum, aliviando quantos padecem por causa da pobreza, da doença, da
escravidão, da discriminação e dos conflitos”.
Através desta bússola, Francisco encoraja “todos a
tornarem-se profetas e testemunhas da cultura do cuidado, a fim de preencher
tantas desigualdades sociais”, coisa que só será possível “com um forte e
generalizado protagonismo das mulheres na família e em todas as esferas
sociais, políticas e institucionais”.
Mas esta bússola dos princípios sociais, necessária
para promover a cultura do cuidado, “vale também para as relações entre as
nações, que deveriam ser inspiradas pela fraternidade, o respeito mútuo, a
solidariedade e a observância do direito internacional”, reafirmando “a
proteção e a promoção dos direitos humanos fundamentais, que são inalienáveis,
universais e indivisíveis”.
A promoção da cultura do cuidado requer
um processo educativo que nasce na família e se prolonga na escola,
na universidade, nos meios da comunicação social, no papel das religiões na
medida em que transmitem aos fiéis e à sociedade os “valores da solidariedade,
do respeito pelas diferenças, do acolhimento e do cuidado dos irmãos mais
frágeis”.
Para todos os leitores, ao iniciarmos o Novo Ano,
torno presente a bênção da primeira leitura da Solenidade de Santa Maria Mãe de
Deus: “O Senhor te abençoe e proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face
e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”.
Que a Sagrada Família de Nazaré proteja todas as famílias
e a todas ajude a compreender o verdadeiro valor e beleza da família, o seu
caráter sagrado e inviolável, o seu valor como berço da vida e primeira
instância educativa na cultura do cuidado, bem como o seu importante papel no
âmbito da solidariedade social.
Por iniciativa do Papa Francisco, desde o dia 8 de
dezembro passado, Dia da Imaculada Conceição, até 8 de dezembro de 2021,
estamos a viver um especial Ano dedicado a São José, comemorando os 150 anos
desde que foi proclamado Patrono da Igreja Católica. De 19 de março de 2021,
Dia de São José, até 26 de junho de 2022, acumularemos a vivência de um Ano
“Família Amoris Laetitia”, para avaliar e continuar a promover a receção da
Carta Apostólica Amoris Laetitia, publicada por Francisco há cinco anos.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 31-12-2020.
Sem comentários:
Enviar um comentário