quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020







PARÓQUIAS DE NISA



Sexta, 28 de fevereiro de 2020
















Sexta-feira depois das  Cinzas

                                     










SEXTA-FEIRA depois das Cinzas
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.

L 1 Is 58, 1-9a; Sal 50 (51), 3-4. 5.6a. 18-19
Ev Mt 9, 14-15


* Na Congregação do Espírito Santo – Pode celebrar-se a memória do B. Daniel Brottier, presbítero, Protector dos órfãos,




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 29, 11
O Senhor ouviu-me e teve compaixão de mim.
O Senhor é o meu auxílio.


ORAÇÃO COLECTA
Pela vossa bondade, Senhor, mostrai-Vos favorável às nossas obras de penitência, a fim de podermos realizar com espírito sincero a observância quaresmal que nos impomos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 58, 1-9a
«Será este o jejum que Me agrada»


Leitura do Livro de Isaías

Eis o que diz o Senhor Deus: «Clama em altos brados sem cessar, ergue a tua voz como trombeta. Faz ver ao meu povo as suas faltas e à casa de Jacob os seus pecados. Todos os dias Me procuram e desejam conhecer os meus caminhos, como se fosse um povo que pratica a justiça, sem nunca ter abandonado a lei do seu Deus. Pedem-Me sentenças justas, querem que Deus esteja perto de si e exclamam: ‘De que nos serve jejuar, se não Vos importais com isso? De que nos serve fazer penitência, se não prestais atenção?’ Porque nos dias de jejum correis para os vossos negócios e oprimis todos os vossos servos. Jejuais, sim, mas no meio de contendas e discussões e dando punhadas sem piedade. Não são jejuns como os que fazeis agora que farão ouvir no alto a vossa voz. Será este o jejum que Me agrada no dia em que o homem se mortifica? Curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza: é a isto que chamais jejum e dia agradável ao Senhor? O jejum que Me agrada não será antes este: quebrar as cadeias injustas, desatar os laços da servidão, pôr em liberdade os oprimidos, destruir todos os jugos? Não será repartir o teu pão com o faminto, dar pousada aos pobres sem abrigo, levar roupa aos que não têm que vestir e não voltar as costas ao teu semelhante? Então a tua luz despontará como a aurora e as tuas feridas não tardarão a sarar. Preceder-te-á a tua justiça e seguir-te-á a glória do Senhor. Então, se chamares, o Senhor responderá; se O invocares, dir-te-á: ‘Estou aqui’».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 50 (51), 3-4.5-6a.18-19 (R. 19a)
Refrão: Não desprezeis, Senhor,
o nosso coração humilhado e contrito. Repete-se

Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia
apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as culpas. Refrão

Porque eu reconheço os meus pecados
e tenho sempre diante de mim as minhas culpas.
Pequei, Senhor, contra Vós
e fiz o mal diante dos vossos olhos. Refrão

Não é do sacrifício que Vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido:
não desprezareis, Senhor,
um espírito humilhado e contrito. Refrão

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Am 5,14
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
Buscai o bem e não o mal, para que vivais,
e o Senhor estará convosco. Refrão


EVANGELHO Mt 9, 14-15
«Quando o esposo lhes for tirado, jejuarão»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, os discípulos de João Baptista foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» Jesus respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado e nessa altura hão de jejuar».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
O sacrifício que Vos oferecemos, Senhor, neste tempo santo da Quaresma nos torne agradáveis a vossos olhos e mais diligentes na virtude da temperança. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Quaresma


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 24, 4
Mostrai-nos, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-nos as vossas veredas.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Deus omnipotente, que a participação nestes santos mistérios nos purifique dos nossos pecados e nos sirva de remédio para o corpo e para a alma. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







« Que felicidade poder dizer: ‘Estou seguro de fazer a vontade do Bom Deus»



Santa Teresinha do Menino Jesus






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS:  Is 58, 1-9a: O jejum é forma tradicional da penitência quaresmal. Embora não necessariamente nos moldes antigos, ele conserva sempre a sua oportunidade. Mas o jejum não se substitui a outras obrigações, à frente das quais estão as da justiça e as da caridade. O jejum, como outras formas de abstinência, são sinais da libertação do nosso espírito, para melhor servirmos a Deus e ao próximo; mas a maior de todas as virtudes é a caridade.

Mt 9, 14-15 : Os dias em que o esposo será tirado é uma alusão à morte de Jesus. Hoje, esses dias – os dois primeiros do Tríduo Pascal – serão os dias de jejum por excelência da comunidade cristã. Ora, a Quaresma prepara para a celebração do Tríduo Pascal. É neste espírito de participação na paixão do Senhor que jejuamos na Quaresma, na forma e na medida em que o acharmos oportuno e a generosidade do nosso coração o inspirar, para morrermos com Ele e com Ele ressuscitarmos.





AGENDA DO DIA


14.30 horas: Funeral em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão.





A VOZ DO PASTOR


QUARESMA PROVISÓRIA PARA PÁSCOA PERMANENTE

Ao pensar a Quaresma importa que olhemos para a Páscoa. É o horizonte da caminhada que agora iniciamos. As metas e os objetivos definem, muitas vezes, a atitude, os itinerários, os meios e instrumentos, enfim a bagagem, que preparamos como necessária no momento de iniciar uma caminhada.

A Páscoa é o mistério central do Cristianismo e da vida da Igreja. Significa que, no âmago da fé cristã e da comunhão eclesial, está o mistério pascal, o mistério da morte e ressurreição de Cristo. E há razões muito fortes para isso. Esse é o momento que testemunha como Cristo levou à plenitude a revelação de Deus e a revelação do homem. O processo de Jesus, a sua autoentrega na Cruz e a sua morte por amor revelam o sentido de cada palavra e de cada gesto da sua vida pública e revelam o rosto da misericórdia de Deus para a humanidade. Presença divina e condição humana encontram-se, entrelaçam-se e a história ganha um sentido e um sabor diferentes. 

Assumindo-se como uma ânsia de harmonia e partindo da provisoriedade da sua condição, o homem encontra em Cristo a fonte eterna da bênção da sua vida. Por Cristo aprende a estar com Deus e a rezar; com Cristo aprende discernimento, comportamento e vocação; em Cristo descobre e purifica permanentemente a sua identidade. Sendo a plenitude da vida de Cristo e da revelação de Deus, a Páscoa é também a abertura e a oportunidade oferecidas ao homem para que encontre e realize em Deus e com os irmãos a plenitude da sua própria vida.
É por causa da Páscoa, portanto, que a Quaresma se assume como caminho. E caminho batismal. Os ainda não batizados preparam-se mais profundamente para o batismo e os batizados purificam e renovam as promessas do seu batismo. A verdade de Deus revelada em Jesus Cristo morto e ressuscitado não é algo que se apreenda e comece a viver sem o exercício de uma caminhada que pede conversão continuada e progressiva.

A autenticidade e a verdade, a caridade, o exercício da comunhão vivificante com Cristo, que traduzimos tradicionalmente nas atitudes de jejum, partilha e oração, são os grandes sinais da Quaresma. Não são mínimos legais, são ocasião de motivação pela experiência de quão perto de Deus e dos irmãos a lógica do dom, que é a linguagem da Cruz, nos coloca.

Esta Quaresma pode ser o tempo de, à imagem do Lázaro do Evangelho (Jo 11, 1 ss), ouvirmos a voz de Cristo que nos chama à vida e aos comportamentos próprios dos vivos.
Existem tantos exercícios possíveis na caminhada quaresmal e que, alcançados, nos farão saborear a Páscoa como ressuscitados com Cristo. Aponto alguns: 

1. O nosso dia, mais ou menos cedo, começa com o momento em que nos levantamos. E se, rezando, fizéssemos um propósito concreto, dando-lhe nome, para o vivermos ao longo do dia?  
2. E se colocássemos no nosso local de trabalho um sinal: um símbolo, um Crucifixo, uma imagem, uma frase, etc., que, de forma imediata, nos lembrasse o caminho da Quaresma até à Páscoa?
3. E se conseguíssemos descobrir algo a que, de verdade, pudéssemos renunciar, fazendo desse ato um ato de verdadeiro amor a Deus, como, por exemplo, renunciar à maledicência tão comum e a fazer sofrer, renunciar a gastos supérfluos, renunciar a atitudes e gestos sobranceiros ou primários, renunciar a sentimentos de inveja, comparação, etc.?
4. E se procurássemos aprofundar, rezando e estudando, os conceitos e a realidade da vocação e da vida cristã comprometida?
5. E se procurássemos fazer a experiência de tentar encontrar em cada pessoa os aspetos mais positivos e de motivo de ação de graças?
6. E se fossemos capazes de identificar em nós e ultrapassar, de facto, as “menoridades” e “miudezas” dos ciúmes, das comparações, invejas, vanglórias e sarcasmos?
7.  E se fomentássemos o respeito mútuo e recíproco nas relações e pelo trabalho uns dos outros e de todos?
8. E se nos empenhássemos na gratuidade das nossas ações, ao contrário de uma atitude permanente de cobrança ou de exigência de recompensa?
9. E se, serenamente, lêssemos os sinais que dizem respeito a cada um de nós e expressam o que estamos a viver e aquilo de que precisamos para nosso crescimento?
10. E se partilhássemos não só bens materiais, mas também tempo, qualidades e capacidades com quem precisa?
11. E se os nossos temas de conversa espontânea tivessem mais substância e fossem ocasião de participar coletivamente no bem comum?
12. E se tentássemos sempre melhorar a nossa participação na Eucaristia, seja na assiduidade, na vivência pessoal ou na participação comunitária?
13. E se redescobríssemos o valor e o benefício da leitura e reflexão da Palavra de Deus, da celebração do Sacramento da reconciliação ou da confissão como experiência de celebração do amor de Deus tão necessário em quem caminha para Deus?
14. E se conseguíssemos avaliar os nossos estilos pessoais de vida, isto é, os valores que pautam o nosso dia a dia e a sua unidade com a fé cristã e as práticas da Igreja, como o sentido de pobreza, de partilha, de respeito e cuidado pela criação, etc.?
Quaresma é um caminho de crescimento que nos permitirá viver a Páscoa mais intensamente. Para cada um de nós há uma terra prometida que é possível alcançar; há uma comunhão com Cristo ressuscitado que é possível realizar.
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Da Renúncia Quaresmal do ano passado resultaram 31.742,77 euros (trinta e um mil setecentos e quarenta e dois euros e setenta e sete cêntimos) da qual, conforme anunciámos na altura, 25% se destinaram ao Fundo Social Diocesano, gerido pela Direção da Cáritas Diocesana (7.935,69€), e 75% para as Missões “ad gentes” (23.807,08).
A Renúncia Quaresmal deste ano de 2020 será, de novo, para a Arquidiocese de Kananga, na República Democrática do Congo. Já em 2018 destinámos a Renúncia Quaresmal para a construção de um Centro de Acolhimento e Saúde nesta Diocese africana, vítima da guerra que deixou marcas irreparáveis e da qual temos dois Sacerdotes a trabalhar nesta nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco: um, em Nisa, outro, em Alcains. Foi-nos apresentado um relatório minucioso sobre como foi gasta a partilha que lhe enviámos, bem como fotografias da obra. Por falta de verba, porém, a obra não foi concluída e foi-nos pedida uma nova ajuda. Assim, será esta, de novo, a finalidade da nossa Renúncia Quaresmal.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 21-02-2020.




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