PARÓQUIAS
DE NISA
Domingo,
09 de fevereiro de 2020
V domingo do tempo comum
DOMINGO
V DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do
domingo (Semana I do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Is 58, 7-10; Sal 111 (112), 4-5. 6-7. 8a e 9
L 2 1 Cor 2, 1-5
Ev Mt 5, 13-16
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Ordem Beneditina (Comunidades femininas) – I Vésp. de S. Escolástica.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Is 58, 7-10; Sal 111 (112), 4-5. 6-7. 8a e 9
L 2 1 Cor 2, 1-5
Ev Mt 5, 13-16
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Ordem Beneditina (Comunidades femininas) – I Vésp. de S. Escolástica.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 94, 6-7
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa proteção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 58, 7-10
«A tua luz despontará como a aurora»
Leitura do Livro do profeta Isaías
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa proteção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 58, 7-10
«A tua luz despontará como a aurora»
Leitura do Livro do profeta Isaías
Eis o que diz o Senhor: «Reparte o teu pão com o faminto, dá pousada aos pobres sem abrigo, leva roupa ao que não tem que vestir e não voltes as costas ao teu semelhante. Então a tua luz despontará como a aurora e as tuas feridas não tardarão a sarar. Preceder-te-á a tua justiça e seguir-te-á a glória do Senhor. Então, se chamares, o Senhor responderá, se O invocares, dir-te-á: ‘Aqui estou’. Se tirares do meio de ti a opressão, os gestos de ameaça e as palavras ofensivas, se deres do teu pão ao faminto e matares a fome ao indigente, a tua luz brilhará na escuridão e a tua noite será como o meio-dia».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 111 (112), 4-5.6-7.8a e 9
(R. 4a ou Aleluia)
Refrão: Para o homem reto
nascerá uma luz no meio das trevas. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Brilha aos homens retos, como luz nas trevas,
o homem misericordioso, compassivo e justo.
Ditoso o homem que se compadece e empresta
e dispõe das suas coisas com justiça. Refrão
Este jamais será abalado;
o justo deixará memória eterna.
Ele não receia más notícias:
seu coração está firme, confiado no Senhor. Refrão
O seu coração é inabalável, nada teme;
reparte com largueza pelos pobres,
a sua generosidade permanece para sempre
e pode levantar a cabeça com altivez. Refrão
LEITURA II 1 Cor 2, 1-5
«Anunciei-vos o mistério de Cristo crucificado»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Quando fui ter convosco, irmãos, não me apresentei com sublimidade de linguagem ou de sabedoria a anunciar-vos o mistério de Deus. Pensei que, entre vós, não devia saber nada senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado. Apresentei-me diante de vós cheio de fraqueza e de temor e a tremer deveras. A minha palavra e a minha pregação não se basearam na linguagem convincente da sabedoria humana, mas na poderosa manifestação do Espírito Santo, para que a vossa fé não se fundasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Jo 8, 12
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor:
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão
EVANGELHO Mt 5, 13-16
«Vós sois a luz do mundo»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que criastes o pão e o vinho para auxílio da nossa fraqueza
concedei que eles se tornem para nós
sacramento de vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 106, 8-9
Dêmos graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens,
porque Ele deu de beber aos que tinham sede
e saciou os que tinham fome.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de bondade,
que nos fizestes participantes do mesmo pão
e do mesmo cálice,
concedei que, unidos na alegria e no amor de Cristo,
dêmos fruto abundante para a salvação do mundo.
Por Nosso Senhor.
«Tem sempre presente que a pele se enruga, que o
cabelo se torna branco, que os dias se convertem em anos, mas o mais importante
não muda: tua força interior»
Santa Teresa de Calcutá
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
Is 58, 7-10: A
palavra de Deus é-nos dirigida, muitas vezes, por meio de imagens, de
comparações. A comparação é maneira fácil de ser compreendida e, por meio dela,
a verdade chegará melhor à inteligência e ao coração. Hoje a palavra de Deus
fala-nos muito de “luz”. A nossa vida, sem a luz da palavra de Deus, fica nas
trevas; mas, se se deixa iluminar e guiar por aquela palavra, está sempre na
luz, como na frescura clara das manhãs. Esta luz, que vem de Deus, ilumina o
nosso coração e palpa-se nas próprias mãos, quando as nossas obras correspondem
à nossa fé. É este o testemunho que já o Antigo Testamento propunha aos
crentes.
1 Cor 2, 1-5: A
segunda leitura é, na maior parte das vezes, tirada de uma epístola, uma carta
apostólica dirigida a determinada comunidade cristã. Essa leitura dá-nos, por
isso, o quadro da vida dessa comunidade, e ensina-nos como poderá hoje a nossa
comunidade viver também a fé cristã. Na leitura de hoje, o Apóstolo, ao
dirigir-se a uma comunidade que era muito pobre, apresenta-se como missionário
desprovido de meios humanos, e cuja força e riqueza lhe vem só de Jesus Cristo
crucificado. É este mistério que ele tem para lhes anunciar. Assim também hoje
a nós.
Mt 5, 13-16: Jesus
Cristo é luz que vem da luz, como dizemos no “Credo”; Ele é o Filho de Deus,
que veio a este mundo como Luz para os homens. E agora é o próprio Senhor Jesus
que diz aos seus discípulos que são eles a luz do mundo, porque a luz de Deus
chegará aos homens do mundo por meio daqueles que já se deixaram iluminar pela
luz de Cristo. É por meio dos discípulos de Cristo que os homens acreditarão em
Cristo, e, por Ele, irão ao Pai.
AGENDA
DO DIA
Todo o dia, visita
Pastoral do Senhor Bispo, D. Antonino a Alpalhão
09.30 horas: Missa
em Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em
Arez
10.45 horas: Missa
em Tolosa
11.00 horas: Missa
em Nisa
12.00 horas: Missa
em Gáfete
12.00 horas: Missa
em Alpalhão
15.30 horas: Missa no
Cacheiro
15.30 horas: Missa
no Arneiro
15.30 horas: Missa em
Montalvão
17.00 horas: Funeral
em Nisa - Misericórdia
A VOZ DO PASTOR
EM POUCO TEMPO OS MATARAM A TODOS
O cristão não se mata por nacionalismos
doentios ou outra qualquer razão. Isso é suicídio. Ele respeita a sua e a vida
dos outros. O martírio, porém, é outra coisa. Não é uma vocação, não se
procura, não se provoca. Mas pode acontecer e acontece quando o cristão,
perante os adversários da fé, prefere ser morto do que negar ou ser infiel ao
Evangelho. É o mais alto testemunho prestado à verdade da fé. O mártir dá
testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. É
a maior prova de amor, imita o próprio Cristo que livremente aceitou a morte e
se entregou pela salvação do mundo. E o sangue destas testemunhas da verdade da
fé e da doutrina cristã, destas pessoas que aceitam livremente a morte por
causa da fidelidade a Cristo, foi sempre semente de cristãos, como soe dizer-se
e realmente tem acontecido. Hoje, se uns são terrivelmente perseguidos, outros
há que continuam a fazer crescer o número dos verdadeiros mártires da fé.
Dentro de dias vamos celebrar o martírio
de vários cristãos em Nagazáki, no Japão: Paulo Miki e outros companheiros.
Recordando-os, rezemos por todos os cristãos perseguidos para que, com a força
do Espírito, eles possam permanecer fortes e firmes na fé e os seus
perseguidores se arrependam e convertam à tolerância e ao amor.
Paulo Miki nasceu em 1564 numa família
Samurai de Harima, no Japão, filho de um nobre e reconhecido militar, uma
família convertida ao cristianismo por São Francisco Xavier, o primeiro que
levou a fé ao Japão. Foi educado no colégio dos jesuítas em Anziquiama. Homem
de oração profunda e catequista de grande zelo, veio a ingressar na Companhia
de Jesus. Foi o primeiro sacerdote jesuíta no Japão, um pregador e orador fora
de série.
O imperador Toyotomi
Hideyoshi, um senhor feudal que unificou o Japão, começou por ser simpatizante
do catolicismo. Não demorou, porém, que, por razões políticas, rompesse com o
ocidente em geral e se tornasse forte perseguidor dos cristãos. Primeiro foram
presos seis franciscanos, logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e
dezassete leigos. Todos sofreram terríveis humilhações e torturas públicas a
caminho do Monte dos Mártires, na colina de Nishizaka, onde iriam enfrentar a
pena de morte. Alguns eram muito jovens, adolescentes ainda. Tomás Cozaki tinha
catorze anos; António, treze, Luis Ibaraki apenas onze anos.
Outros cristãos dispersaram e
estabeleceram-se clandestinamente noutros locais, continuando a viver a sua fé,
apesar da ausência de sacerdotes. Na clandestinidade perderam todo o contacto
com a Igreja Católica, mas, na esperança de que as coisas mudassem, guardavam
três princípios que os primeiros evangelizadores lhes haviam dado para, se e
quando esse momento chegasse, eles pudessem reconhecer se, quem se apresentava,
era, de facto, líder da Igreja Católica ou não estavam a ser enganados, coisa
que só aconteceu duzentos e cinquenta anos depois, tendo eles mantido a chama
da fé sempre acesa. Tais princípios eram os seguintes: Os Padres não são
casados, haverá uma imagem de Maria, esta Igreja obedecerá ao Bispo de Roma.
No Ofício das Horas do dia 6 de
fevereiro, memória litúrgica de São Paulo Miki e Companheiros, é-nos
apresentada uma parte da História do seu martírio escrita por um autor do
tempo, assim: “Quando as cruzes foram levantadas, foi coisa admirável ver a
constância de todos, à qual eram exortados pelo Padre Passos e pelo Padre
Rodrigues. O Padre Comissário permaneceu sempre de pé, sem se mexer e com os
olhos fixos no céu. O Irmão Martinho cantava salmos de ação de graças à bondade
divina, e juntava-lhes o versículo seguinte: Nas tuas mãos, Senhor. Também o
Irmão Francisco Branco dava graças a Deus com voz clara. O Irmão Gonçalo
recitava em voz alta o “Pai-nosso” e a “Ave-Maria”. O nosso Irmão Paulo Miki,
vendo-se elevado diante de todos a uma tribuna que nunca tivera, começou por
afirmar aos circunstantes que era japonês e pertencia à Companhia de Jesus, que
ia morrer por haver anunciado o Evangelho e que dava graças a Deus por lhe
conceder tão elevado benefício. E por fim disse estas palavras: “Agora que
cheguei a este ponto extremo da minha vida, nenhum de vós há de acreditar que
eu queira esconder a verdade. Declaro-vos portanto que não há outro caminho
para a salvação do que aquele que possuem os cristãos. E como este caminho me
ensina a perdoar aos inimigos e a todos os que me ofenderam, eu livremente
perdoo ao imperador e a todos os autores da minha morte e peço a todos que se
batizem”.
Então, voltando os olhos para os companheiros, começou a animá-los. Nos rostos de todos transparecia uma grande alegria, mas Luís era aquele em que isso se via de modo mais claro: quando outro cristão o animou gritando que em breve estaria com ele no paraíso, fez com as mãos e todo o corpo um gesto tão cheio de contentamento que os olhos de todos os presentes se fixaram nele. António estava ao lado de Luís, com os olhos fitos no céu. Depois de invocar o Santíssimo Nomes de Jesus e de Maria, entoou o salmo Louvai o Senhor, servos do Senhor (Sl 112,1), que tinha aprendido em Nagasáki no catecismo; é que no catecismo costumam ensinar alguns salmos às crianças. Alguns repetiam com rosto sereno: “Jesus, Maria”; outros exortavam os presentes a levarem uma vida digna de cristãos; e por estas e outras ações semelhantes demonstravam que estavam prontos para a morte. Então, os quatro carrascos começaram a tirar as espadas daquelas bainhas que costumam usar os japoneses. Ao verem o seu aspeto terrível todos os fiéis gritaram: “Jesus! Maria!”, e soltaram um grito de tristeza que chegou ao céu. E os carrascos, com dois golpes, em pouco tempo os mataram a todos”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 31-01-2020.
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