quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020







PARÓQUIAS DE NISA



Quinta, 06 de fevereiro de 2020












Quinta-feira da IV semana do tempo comum








QUINTA-FEIRA da semana IV
SS. Paulo Miki e Companheiros, mártires – MO

Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 1 Reis 2, 1-4. 10-12; Sal 1 Cr 29, 10-11ab. 11c-12ab. 12c-13
Ev Mc 6, 7-13

* Na Ordem Franciscana – SS. Pedro Baptista, Paulo Miki e Companheiros, mártires, da I e III Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – SS. Pedro Baptista, presbítero, da I Ordem, e Companheiros, mártires – MO
* Na Companhia de Jesus – SS. Paulo Miki, religioso, e Companheiros – MO





SS. PAULO MIKI e COMPANHEIROS, mártires

Nota Histórica
Paulo nasceu no Japão entre os anos 1564/1566. Admitido na Companhia de Jesus, pregou o Evangelho com grande fruto entre os seus concidadãos. Tendo-se tornado mais violenta a perseguição contra os católicos, foi preso com vinte e cinco companheiros. Depois de muito maltratados, foram conduzidos à cidade de Nagasáki, onde foram crucificados no dia 5 de Fevereiro de 1597.



MISSA


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, fortaleza de todos os Santos, que chamastes São Paulo Miki e seus companheiros à vida eterna através do martírio da cruz, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de conservar até à morte a fé que professamos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Gal 2, 19-20
«Não sou eu que vivo: é Cristo que vive em mim»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas

Irmãos: Por meio da Lei, morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Com Cristo estou crucificado. Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim. Se ainda vivo dependente de uma natureza carnal, vivo animado pela fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por Mim.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL
Salmo 125 (126), 1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R.5)
Refrão: Os que semeiam com lágrimas
recolhem com alegria.


Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.

Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria.

À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas.


ALELUIA Mt 28, 19a.20b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Ide e ensinai todos os povos, diz o Senhor.
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Refrão


EVANGELHO Mt 28, 16-20
«Ide e ensinai as nações»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, os onze discípulos partiram para a Galileia, em direção ao monte que Jesus lhes indicara. Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram. Jesus aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra. Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».

Palavra da salvação.
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LEITURA I 1 Reis 2, 1-4.10-12
«Vou seguir o caminho de todos os mortais.
Tem coragem, Salomão, e procede como um homem»


David chega ao fim dos seus dias. À hora da morte dirige as últimas palavras a seu filho Salomão. Tem consciência da missão a que está chamada a sua dinastia, que é a de guardar e transmitir às gerações seguintes as promessas de Deus ao seu povo. Por isso, faz recomendações ao filho, para que ele, por sua vez, as faça aos filhos dele, a fidelidade aos caminhos do Senhor. A história dos homens traz em si a salvação, se o homem a souber entender e ser-lhe fiel.

Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Ao aproximar-se o dia da sua morte, David ordenou a seu filho Salomão: «Vou seguir o caminho de todos os mortais. Tem coragem e procede como um homem. Guarda os mandamentos do Senhor, teu Deus. Segue os seus caminhos, cumprindo os seus preceitos, estatutos, normas e decretos, conforme está escrito na Lei de Moisés. Assim serás bem sucedido em todas as tuas obras e empreendimentos e o Senhor cumprirá a promessa que me fez: ‘Se os teus filhos procederem bem e caminharem fielmente na minha presença, com todo o coração e toda a alma, nunca te faltará um descendente no trono de Israel’». David foi fazer companhia a seus pais no sono da morte e foi sepultado na «Cidade de David». O reinado de David sobre Israel durou quarenta anos: em Hebron reinou sete anos e em Jerusalém trinta e três. Salomão sentou-se no trono de seu pai David e a sua realeza consolidou-se firmemente.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL 1 Cr 29, 10-11ab.11c-12ab.12c-13 (R. 12b)
Refrão: Meu Deus, Vós sois o Senhor de todo o universo
;Repete-se

Bendito sejais, Senhor, para todo o sempre,
Deus do nosso pai, Israel.
A Vós, Senhor, a grandeza e o poder,
a honra, a majestade e a glória.;Refrão

Tudo, no céu e na terra, Vos pertence,
sois o Rei soberano de todas as coisas.
De Vós nos vem a riqueza e a glória,
sois Vós o Senhor de todo o universo.;Refrão

Na vossa mão está o poder e a força,
em vossas mãos tudo se afirma e cresce.
Nós Vos louvamos, Senhor, nosso Deus,
e celebramos o vosso nome glorioso.Q94;Refrão


ALELUIA Mc 1, 15
Refrão: Aleluia ;Repete-se
Está próximo o reino de Deus:
arrependei-vos e acreditai no Evangelho.Q94;Refrão


EVANGELHO Mc 6, 7-13
«Começou a enviá-los»


Depois de ter indicado, nos capítulos anteriores, em que consiste a missão de Jesus, o Evangelista passa a descrever como esta missão se vai prolongar naqueles que Jesus envia, os “Apóstolos”. ‘Apóstolo’ significa ‘enviado’. O Senhor, que lhes deu aquele nome, envia-os Ele mesmo, com o seu próprio poder, sem outros apoios materiais, para que se compreenda bem que a missão deles não vem dos homens, mas de Deus. Eles serão, no futuro e até ao fim dos tempos, os que hão de levar a todos os homens a Palavra de Jesus, para que também eles venham a tomar parte no reino de Deus.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus chamou os doze Apóstolos e começou a enviá-los dois a dois. Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser o bastão: nem pão, nem alforge, nem dinheiro; que fossem calçados com sandálias, e não levassem duas túnicas. Disse-lhes também: «Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali. E se não fordes recebidos em alguma localidade, se os habitantes não vos ouvirem, ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés como testemunho contra eles». Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento, expulsaram muitos demónios, ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos.

Palavra da salvação.
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ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Pai santo, os dons que Vos apresentamos, ao celebrar a
memória dos vossos Santos Mártires, e concedei aos vossos servos
a graça de permanecerem firmes na confissão do vosso nome. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unida-
de do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO (cf. Lc 22,28-30)
Vós, que permanecestes a meu lado
nas minhas tribulações,
comereis e bebereis à minha mesa
no meu reino.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus, que de modo admirável revelastes nos Santos
Mártires o mistério da cruz, concedei-nos que, fortalecidos por este
sacrifício, vivamos fielmente unidos a Cristo e trabalhemos na Igreja
pela salvação do mundo. Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é
Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






« É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado»


Santa Teresa de Calcutá






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: 1 Reis 2, 1-4.10-12: David chega ao fim dos seus dias. À hora da morte dirige as últimas palavras a seu filho Salomão. Tem consciência da missão a que está chamada a sua dinastia, que é a de guardar e transmitir às gerações seguintes as promessas de Deus ao seu povo. Por isso, faz recomendações ao filho, para que ele, por sua vez, as faça aos filhos dele, a fidelidade aos caminhos do Senhor. A história dos homens traz em si a salvação, se o homem a souber entender e ser-lhe fiel.

Mc 6, 7-13: Depois de ter indicado, nos capítulos anteriores, em que consiste a missão de Jesus, o Evangelista passa a descrever como esta missão se vai prolongar naqueles que Jesus envia, os “Apóstolos”. ‘Apóstolo’ significa ‘enviado’. O Senhor, que lhes deu aquele nome, envia-os Ele mesmo, com o seu próprio poder, sem outros apoios materiais, para que se compreenda bem que a missão deles não vem dos homens, mas de Deus. Eles serão, no futuro e até ao fim dos tempos, os que hão de levar a todos os homens a Palavra de Jesus, para que também eles venham a tomar parte no reino de Deus.




AGENDA DO DIA


Todo o dia, visita Pastoral do Senhor Bispo, D. Antonino a Alpalhão
11.00 horas: Missa na Santa Casa de Amieira
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
18.00 horas: Missa em Alpalhão.





A VOZ DO PASTOR


EM POUCO TEMPO OS MATARAM A TODOS

O cristão não se mata por nacionalismos doentios ou outra qualquer razão. Isso é suicídio. Ele respeita a sua e a vida dos outros. O martírio, porém, é outra coisa. Não é uma vocação, não se procura, não se provoca. Mas pode acontecer e acontece quando o cristão, perante os adversários da fé, prefere ser morto do que negar ou ser infiel ao Evangelho. É o mais alto testemunho prestado à verdade da fé. O mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. É a maior prova de amor, imita o próprio Cristo que livremente aceitou a morte e se entregou pela salvação do mundo. E o sangue destas testemunhas da verdade da fé e da doutrina cristã, destas pessoas que aceitam livremente a morte por causa da fidelidade a Cristo, foi sempre semente de cristãos, como soe dizer-se e realmente tem acontecido. Hoje, se uns são terrivelmente perseguidos, outros há que continuam a fazer crescer o número dos verdadeiros mártires da fé.

Dentro de dias vamos celebrar o martírio de vários cristãos em Nagazáki, no Japão: Paulo Miki e outros companheiros. Recordando-os, rezemos por todos os cristãos perseguidos para que, com a força do Espírito, eles possam permanecer fortes e firmes na fé e os seus perseguidores se arrependam e convertam à tolerância e ao amor.

Paulo Miki nasceu em 1564 numa família Samurai de Harima, no Japão, filho de um nobre e reconhecido militar, uma família convertida ao cristianismo por São Francisco Xavier, o primeiro que levou a fé ao Japão. Foi educado no colégio dos jesuítas em Anziquiama. Homem de oração profunda e catequista de grande zelo, veio a ingressar na Companhia de Jesus. Foi o primeiro sacerdote jesuíta no Japão, um pregador e orador fora de série.

         O imperador Toyotomi Hideyoshi, um senhor feudal que unificou o Japão, começou por ser simpatizante do catolicismo. Não demorou, porém, que, por razões políticas, rompesse com o ocidente em geral e se tornasse forte perseguidor dos cristãos. Primeiro foram presos seis franciscanos, logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezassete leigos. Todos sofreram terríveis humilhações e torturas públicas a caminho do Monte dos Mártires, na colina de Nishizaka, onde iriam enfrentar a pena de morte. Alguns eram muito jovens, adolescentes ainda. Tomás Cozaki tinha catorze anos; António, treze, Luis Ibaraki apenas onze anos.

Outros cristãos dispersaram e estabeleceram-se clandestinamente noutros locais, continuando a viver a sua fé, apesar da ausência de sacerdotes. Na clandestinidade perderam todo o contacto com a Igreja Católica, mas, na esperança de que as coisas mudassem, guardavam três princípios que os primeiros evangelizadores lhes haviam dado para, se e quando esse momento chegasse, eles pudessem reconhecer se, quem se apresentava, era, de facto, líder da Igreja Católica ou não estavam a ser enganados, coisa que só aconteceu duzentos e cinquenta anos depois, tendo eles mantido a chama da fé sempre acesa. Tais princípios eram os seguintes: Os Padres não são casados, haverá uma imagem de Maria, esta Igreja obedecerá ao Bispo de Roma.

No Ofício das Horas do dia 6 de fevereiro, memória litúrgica de São Paulo Miki e Companheiros, é-nos apresentada uma parte da História do seu martírio escrita por um autor do tempo, assim: “Quando as cruzes foram levantadas, foi coisa admirável ver a constância de todos, à qual eram exortados pelo Padre Passos e pelo Padre Rodrigues. O Padre Comissário permaneceu sempre de pé, sem se mexer e com os olhos fixos no céu. O Irmão Martinho cantava salmos de ação de graças à bondade divina, e juntava-lhes o versículo seguinte: Nas tuas mãos, Senhor. Também o Irmão Francisco Branco dava graças a Deus com voz clara. O Irmão Gonçalo recitava em voz alta o “Pai-nosso” e a “Ave-Maria”. O nosso Irmão Paulo Miki, vendo-se elevado diante de todos a uma tribuna que nunca tivera, começou por afirmar aos circunstantes que era japonês e pertencia à Companhia de Jesus, que ia morrer por haver anunciado o Evangelho e que dava graças a Deus por lhe conceder tão elevado benefício. E por fim disse estas palavras: “Agora que cheguei a este ponto extremo da minha vida, nenhum de vós há de acreditar que eu queira esconder a verdade. Declaro-vos portanto que não há outro caminho para a salvação do que aquele que possuem os cristãos. E como este caminho me ensina a perdoar aos inimigos e a todos os que me ofenderam, eu livremente perdoo ao imperador e a todos os autores da minha morte e peço a todos que se batizem”.


          Então, voltando os olhos para os companheiros, começou a animá-los. Nos rostos de todos transparecia uma grande alegria, mas Luís era aquele em que isso se via de modo mais claro: quando outro cristão o animou gritando que em breve estaria com ele no paraíso, fez com as mãos e todo o corpo um gesto tão cheio de contentamento que os olhos de todos os presentes se fixaram nele. António estava ao lado de Luís, com os olhos fitos no céu. Depois de invocar o Santíssimo Nomes de Jesus e de Maria, entoou o salmo Louvai o Senhor, servos do Senhor (Sl 112,1), que tinha aprendido em Nagasáki no catecismo; é que no catecismo costumam ensinar alguns salmos às crianças. Alguns repetiam com rosto sereno: “Jesus, Maria”; outros exortavam os presentes a levarem uma vida digna de cristãos; e por estas e outras ações semelhantes demonstravam que estavam prontos para a morte. Então, os quatro carrascos começaram a tirar as espadas daquelas bainhas que costumam usar os japoneses. Ao verem o seu aspeto terrível todos os fiéis gritaram: “Jesus! Maria!”, e soltaram um grito de tristeza que chegou ao céu. E os carrascos, com dois golpes, em pouco tempo os mataram a todos”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 31-01-2020.



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