sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020






PARÓQUIAS DE NISA



Sábado, 08 de fevereiro de 2020











Sábado da IV semana do tempo comum






SÁBADO da semana IV
Santa Maria no Sábado – MF
S. Jerónimo Emiliano – MF
S. Josefina Bakhita, virgem – MF

Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 1 Reis 3, 4-13; Sal 118 (119), 9-10. 11-12. 13-14
Ev Mc 6, 30-34


* Na Ordem de São Domingos – Aniversário dos pais e mães falecidos.
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor –Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* No Instituto das Filhas da Caridade Canossianas – S. Josefina Bakhita, virgem – FESTA
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 105, 47
Salvai-nos, Senhor nosso Deus, e reuni-nos de todas as nações,
para dar graças ao vosso santo nome
e nos alegrarmos no vosso louvor.


ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Senhor nosso Deus,
que Vos adoremos de todo o coração
e amemos todos os homens com sincera caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Reis 3, 4-13
«Dai, ao vosso servo um coração inteligente,
para governar o vosso povo»


Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naqueles dias o rei Salomão foi oferecer sacrifícios a Gabaon, porque era o principal dos altos lugares sagrados; Salomão ofereceu mil holocaustos sobre aquele altar. Em Gabaon, durante a noite, o Senhor apareceu em sonhos a Salomão e disse-lhe: «Pede-Me o que quiseres». Salomão respondeu: «Vós manifestastes grande benevolência para com o vosso servo David, meu pai, porque ele andou na vossa presença com fidelidade, justiça e retidão de coração. Mantivestes com ele tão grande benevolência que lhe destes um filho para suceder no seu trono, como acontece neste dia. Senhor, meu Deus, Vós fizestes reinar o vosso servo em lugar do meu pai David e eu sou muito novo e não sei como proceder. Este vosso servo está no meio do povo escolhido, um povo imenso, inumerável, que não se pode contar nem calcular. Dai, portanto, ao vosso servo um coração inteligente, para saber distinguir o bem do mal; pois, quem poderia governar este vosso povo tão numeroso?». Agradou ao Senhor esta súplica de Salomão e disse-lhe: «Porque foi este o teu pedido e já que não pediste longa vida, nem riqueza, nem a morte dos teus inimigos, mas sabedoria para praticar a justiça, vou satisfazer o teu desejo. Dou-te um coração sábio e esclarecido, como nunca houve antes de ti nem haverá depois de ti. Dar-te-ei também o que não pediste: dou-te riqueza e glória, de modo que, durante a tua vida, não haverá, entre os reis, ninguém como tu».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 9 e 10.11 e 12.13 e 14 (R. 12b)
Refrão: Ensinai-me, Senhor, os vossos mandamentos. Repete-se

Como há-de o jovem manter puro o seu caminho?
Guardando as vossas palavras.
De todo o coração Vos procuro,
não me deixeis afastar dos vossos andamentos. Refrão

Conservo a vossa palavra dentro do coração,
para não pecar contra Vós.
Bendito sejais, Senhor,
ensinai-me os vossos decretos. Refrão

Enuncio com os meus lábios
todos os juízos da vossa boca.
Sinto mais alegria em seguir as vossas ordens
do que em todas as riquezas. Refrão


ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia Repete-se
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Refrão


EVANGELHO Mc 6, 30-34
«Eram como ovelhas sem pastor»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, os Apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-Lhe tudo o que tinham feito e ensinado. Então Jesus disse-lhes: «Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco». De facto, havia sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer. Partiram, então, de barco para um lugar isolado, sem mais ninguém. Vendo-os afastar-se, muitos perceberam para onde iam; e, de todas as cidades, acorreram a pé para aquele lugar e chegaram lá primeiro que eles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-Se de toda aquela gente, porque eram como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Apresentamos, Senhor, ao vosso altar
os dons do vosso povo santo;
aceitai-os benignamente
e fazei deles o sacramento da nossa redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 17-18
Fazei brilhar sobre mim o vosso rosto,
salvai-me, Senhor, pela vossa bondade
e não serei confundido por Vos ter invocado.

Ou Mt 5, 3-4
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os humildes,
porque possuirão a terra prometida.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fortalecidos pelo sacramento da nossa redenção,
nós Vos suplicamos, Senhor,
que, por este auxílio de salvação eterna,
cresça sempre no mundo a verdadeira fé.
Por Nosso Senhor.





« Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz»


Santa Teresa de Calcutá






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: 1 Reis 3, 4-13: À oração humilde nada egoísta e cheia de confiança de Salomão Deus responde com o que o rei Lhe pedia e ainda muito para além do que ele pedia. Salomão pede o mais importante para a sua nova missão, e que o é também para a vida de qualquer homem: a sabedoria, que lhe aponte sempre o caminho.

Mc 6, 30-34: O título de pastor, atribuído a Jesus, recebe a sua justificação na observação do evangelista ao interpretar os sentimentos do coração do Senhor vendo as multidões que O seguiam. Mestre e discípulos, todos manifestam, desde o início, que o mistério de Jesus consiste fundamentalmente em Ele ser a revelação aos homens do amor de Deus por eles. E, em poucas linhas, podemos ter o quadro da vida de Jesus com os Apóstolos e a multidão do povo: a intimidade do Senhor com o grupo dos Doze em ordem à formação dos mesmos, a atividade intensa da vida pública de Jesus e dos Apóstolos, o entusiasmo do povo pelo Senhor, a sua disponibilidade apesar da fadiga, por fim, os sentimentos profundos de Jesus perante esse povo, errante e faminto. É assim que Deus olha para os homens, e deseja ser por eles procurado.



AGENDA DO DIA


Todo o dia, visita Pastoral do Senhor Bispo, D. Antonino a Alpalhão
10.00 horas: Missa na Salavessa
11.00 horas: Funeral em Montalvão
14.00 horas: Funeral em Nisa – Misericórdia
15.00 horas: Missa na Falagueira
16.00 horas: Missa em Monte Claro
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
18.00 horas: Missa em Alpalhão
21.00 horas: Reunião com casais em Alpalhão.





A VOZ DO PASTOR

EM POUCO TEMPO OS MATARAM A TODOS

O cristão não se mata por nacionalismos doentios ou outra qualquer razão. Isso é suicídio. Ele respeita a sua e a vida dos outros. O martírio, porém, é outra coisa. Não é uma vocação, não se procura, não se provoca. Mas pode acontecer e acontece quando o cristão, perante os adversários da fé, prefere ser morto do que negar ou ser infiel ao Evangelho. É o mais alto testemunho prestado à verdade da fé. O mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. É a maior prova de amor, imita o próprio Cristo que livremente aceitou a morte e se entregou pela salvação do mundo. E o sangue destas testemunhas da verdade da fé e da doutrina cristã, destas pessoas que aceitam livremente a morte por causa da fidelidade a Cristo, foi sempre semente de cristãos, como soe dizer-se e realmente tem acontecido. Hoje, se uns são terrivelmente perseguidos, outros há que continuam a fazer crescer o número dos verdadeiros mártires da fé.

Dentro de dias vamos celebrar o martírio de vários cristãos em Nagazáki, no Japão: Paulo Miki e outros companheiros. Recordando-os, rezemos por todos os cristãos perseguidos para que, com a força do Espírito, eles possam permanecer fortes e firmes na fé e os seus perseguidores se arrependam e convertam à tolerância e ao amor.

Paulo Miki nasceu em 1564 numa família Samurai de Harima, no Japão, filho de um nobre e reconhecido militar, uma família convertida ao cristianismo por São Francisco Xavier, o primeiro que levou a fé ao Japão. Foi educado no colégio dos jesuítas em Anziquiama. Homem de oração profunda e catequista de grande zelo, veio a ingressar na Companhia de Jesus. Foi o primeiro sacerdote jesuíta no Japão, um pregador e orador fora de série.

         O imperador Toyotomi Hideyoshi, um senhor feudal que unificou o Japão, começou por ser simpatizante do catolicismo. Não demorou, porém, que, por razões políticas, rompesse com o ocidente em geral e se tornasse forte perseguidor dos cristãos. Primeiro foram presos seis franciscanos, logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezassete leigos. Todos sofreram terríveis humilhações e torturas públicas a caminho do Monte dos Mártires, na colina de Nishizaka, onde iriam enfrentar a pena de morte. Alguns eram muito jovens, adolescentes ainda. Tomás Cozaki tinha catorze anos; António, treze, Luis Ibaraki apenas onze anos.

Outros cristãos dispersaram e estabeleceram-se clandestinamente noutros locais, continuando a viver a sua fé, apesar da ausência de sacerdotes. Na clandestinidade perderam todo o contacto com a Igreja Católica, mas, na esperança de que as coisas mudassem, guardavam três princípios que os primeiros evangelizadores lhes haviam dado para, se e quando esse momento chegasse, eles pudessem reconhecer se, quem se apresentava, era, de facto, líder da Igreja Católica ou não estavam a ser enganados, coisa que só aconteceu duzentos e cinquenta anos depois, tendo eles mantido a chama da fé sempre acesa. Tais princípios eram os seguintes: Os Padres não são casados, haverá uma imagem de Maria, esta Igreja obedecerá ao Bispo de Roma.

No Ofício das Horas do dia 6 de fevereiro, memória litúrgica de São Paulo Miki e Companheiros, é-nos apresentada uma parte da História do seu martírio escrita por um autor do tempo, assim: “Quando as cruzes foram levantadas, foi coisa admirável ver a constância de todos, à qual eram exortados pelo Padre Passos e pelo Padre Rodrigues. O Padre Comissário permaneceu sempre de pé, sem se mexer e com os olhos fixos no céu. O Irmão Martinho cantava salmos de ação de graças à bondade divina, e juntava-lhes o versículo seguinte: Nas tuas mãos, Senhor. Também o Irmão Francisco Branco dava graças a Deus com voz clara. O Irmão Gonçalo recitava em voz alta o “Pai-nosso” e a “Ave-Maria”. O nosso Irmão Paulo Miki, vendo-se elevado diante de todos a uma tribuna que nunca tivera, começou por afirmar aos circunstantes que era japonês e pertencia à Companhia de Jesus, que ia morrer por haver anunciado o Evangelho e que dava graças a Deus por lhe conceder tão elevado benefício. E por fim disse estas palavras: “Agora que cheguei a este ponto extremo da minha vida, nenhum de vós há de acreditar que eu queira esconder a verdade. Declaro-vos portanto que não há outro caminho para a salvação do que aquele que possuem os cristãos. E como este caminho me ensina a perdoar aos inimigos e a todos os que me ofenderam, eu livremente perdoo ao imperador e a todos os autores da minha morte e peço a todos que se batizem”.

          Então, voltando os olhos para os companheiros, começou a animá-los. Nos rostos de todos transparecia uma grande alegria, mas Luís era aquele em que isso se via de modo mais claro: quando outro cristão o animou gritando que em breve estaria com ele no paraíso, fez com as mãos e todo o corpo um gesto tão cheio de contentamento que os olhos de todos os presentes se fixaram nele. António estava ao lado de Luís, com os olhos fitos no céu. Depois de invocar o Santíssimo Nomes de Jesus e de Maria, entoou o salmo Louvai o Senhor, servos do Senhor (Sl 112,1), que tinha aprendido em Nagasáki no catecismo; é que no catecismo costumam ensinar alguns salmos às crianças. Alguns repetiam com rosto sereno: “Jesus, Maria”; outros exortavam os presentes a levarem uma vida digna de cristãos; e por estas e outras ações semelhantes demonstravam que estavam prontos para a morte. Então, os quatro carrascos começaram a tirar as espadas daquelas bainhas que costumam usar os japoneses. Ao verem o seu aspeto terrível todos os fiéis gritaram: “Jesus! Maria!”, e soltaram um grito de tristeza que chegou ao céu. E os carrascos, com dois golpes, em pouco tempo os mataram a todos”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 31-01-2020.



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