quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020





PARÓQUIAS DE NISA





Sexta, 21 de fevereiro de 2020
















Sexta-feira da VI semana do tempo comum











SEXTA-FEIRA da semana VI
S. Pedro Damião, bispo e doutor da Igreja – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Tg 2, 14-24. 26; Sal 111 (112), 1-2. 3-4. 5-6
Ev Mc 8, 34 – 9, 1


* Na Ordem Beneditina – S. Pedro Damião – MO
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – S. Pedro Damião, bispo e doutor da Igreja – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Comemoração da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, Titular da Congregação – FESTA a celebrar como SOLENIDADE


MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 30, 3-4
Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que prometestes estar presente
nos corações rectos e sinceros,
ajudai-nos com a vossa graça
a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Tg 2, 1-9
«Não escolheu Deus os pobres?
Vós, porém, desprezais o pobre»



LEITURA I Tg 2, 14-24.26
«Assim como o corpo sem alma está morto,
também a fé sem obras está morta»


Leitura da Epístola de São Tiago

Meus irmãos: De que serve a alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Poderá essa fé obter-lhe a salvação? Se um irmão ou uma irmã não tiverem que vestir e lhes faltar o alimento de cada dia, e um de vós lhe disser: «Ide em paz; aquecei-vos bem e saciai-vos», sem lhes dar o necessário para o corpo, de que lhes servem as vossas palavras? Assim também a fé sem obras está completamente morta. Mas dirá alguém: «Tu tens a fé e eu tenho as obras». Mostra-me a tua fé sem obras, que eu, pelas obras, te mostrarei a minha fé. Acreditas que há um só Deus? Muito bem! Os demónios também acreditam, mas tremem! Queres saber, homem insensato, como a fé sem obras não vale nada? Não foi Abraão, nosso pai, justificado pelas obras, quando ofereceu o seu filho Isaac no altar? Repara que a fé cooperava com as obras e que pelas obras a sua fé se tornou perfeita. Assim se cumpriu a Escritura, que diz: «Abraão acreditou em Deus e isto foi-lhe atribuído como justiça»; e Abraão foi chamado «amigo de Deus». Como vedes, o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé. Porque assim como o corpo sem alma está morto, também a fé sem obras está morta.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 111 (112), 1-2.3-4.5-6 (R. cf. 1b)
Refrão: Feliz o homem
que ama e se alegra na lei do Senhor. Repete-se

Feliz o homem que teme o Senhor
e ama ardentemente os seus preceitos.
A sua descendência será poderosa sobre a terra,
será abençoada a geração dos justos. Refrão

Haverá em sua casa abundância e riqueza,
a sua generosidade permanece para sempre.
Brilha aos homens rectos, como luz nas trevas,
o homem misericordioso, compassivo e justo. Refrão

Ditoso o homem que se compadece e empresta
e dispõe das suas coisas com justiça.
Este jamais será abalado;
o justo deixará memória eterna. Refrão


ALELUIA
Jo 15, 15b
Refrão: Aleluia Repete-se


Eu chamo-vos amigos, diz o Senhor,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Refrão


EVANGELHO Mc 8, 34 – 9, 1
«Quem perder a vida, por causa de Mim e do Evangelho, salvá-la-á»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus chamou a multidão com os seus discípulos e disse-lhes: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a vida, por causa de Mim e do Evangelho, salvá-la-á. Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Que daria o homem em troca da sua vida? Portanto, se alguém se envergonhar de Mim e das minhas palavras no meio desta geração infiel e pecadora, também o Filho do homem Se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos Anjos». Jesus declarou-lhes ainda: «Em verdade vos digo: Alguns dos que estão aqui presentes não morrerão, sem terem visto chegar o reino de Deus com o seu poder».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que estes dons sagrados
nos purifiquem e renovem,
para que, obedecendo sempre à vossa vontade,
alcancemos a recompensa eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 77, 24.29
O Senhor deu-lhes o pão do Céu:
comeram e ficaram saciados.

Ou
Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que lhe deu
o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu,
concedei-nos a graça de buscarmos sempre
aquelas realidades que nos dão a verdadeira vida.
Por Nosso Senhor.






« Deus não exige que sejamos bem sucedidos, ele só exige que tentemos»

Santa Teresa de Calcutá






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Tg 2, 14-24.26 :Quem diz ter fé há-de viver conforme a essa fé; de outra maneira nem se poderá afirmar que tem fé. Vive-se segundo o que se pensa; é por isso que é na vida que se manifesta aquilo em que se crê. A fé está na raiz das obras, e as obras são frutos da fé; por isso se diz que, se a fé não leva às obras, é sinal de que essa fé está morta.

Mc 8, 34 – 9, 1: Esta leitura apresenta algumas das condições fundamentais para seguir Jesus: arriscar a própria vida, como Jesus fez, Ele que foi até à Cruz; não colocar os interesses maiores em coisas que valem menos do que a própria vida. O juízo último de Deus porá a claro os verdadeiros valores desta vida. Felizes os que desde este mundo sabem nortear a vida por esses valores que a Boa Nova nos revela.






AGENDA DO DIA


Toda o dia - Visita Pastoral de D. Antonino a  Tolosa
10.30 horas:Missa no Lar de Tolosa
10.30 horas: Funeral em Gáfete
14.30 horas: Funeral em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão.





A VOZ DO PASTOR


NAMORADOS INTERPELAM O PAPA

Sim, já foi em tempos idos. O Papa Francisco, na Praça de São Pedro, no Vaticano, respondeu a três perguntas que uns noivos lhe fizeram. Sei que o texto é um pouco longo. No entanto, porque vamos viver o dia de São Valentim, Dia dos Namorados, e só o lê quem quiser, vou arriscar, publicando, na íntegra, as perguntas que lhe fizeram e as respostas que Francisco deu. Há sempre jovens espiões do futuro que gostam de percorrer e consolidar caminhos que ajudem a construir e a solidificar a vida sobre a rocha firme. 

*

1ª PERGUNTA: O medo do «para sempre»
Santidade, hoje em dia numerosas pessoas pensam que prometer a fidelidade um ao outro para a vida inteira constitui um empreendimento demasiado difícil; muitos sentem que o desafio de viver juntos para sempre é bonito e até fascinante, mas demasiado exigente, praticamente impossível. Pedir-lhe-íamos uma palavra para nos iluminar a este propósito.

É importante interrogar-se se é possível amar-se «para sempre». Trata-se de uma pergunta que temos o dever de formular: é possível amar-se «para sempre»? Hoje em dia, muitas pessoas têm medo de fazer escolhas definitivas. Certo dia um jovem disse ao seu bispo: «Eu quero tornar-me sacerdote, mas somente por dez anos!». Ele tinha medo de uma escolha definitiva. Mas trata-se de um medo geral, próprio da nossa cultura. Parece impossível fazer escolhas para a vida inteira. Hoje tudo muda rapidamente, nada dura no tempo. E esta mentalidade leva muitas pessoas que se preparam para o matrimónio a afirmar: «permaneçamos juntos, enquanto o amor durar»; e depois? Muitas saudações e até à vista! E assim termina o matrimónio. Mas o que entendemos por «amor»? Apenas um sentimento, uma condição psicofísica? Sem dúvida, se for assim, não será possível construir sobre ele algo de sólido. Ao contrário, se o amor for uma relação, então será uma realidade que cresce, e como exemplo até podemos dizer que se constrói como uma casa. E a casa constrói-se juntos, não sozinhos! Aqui, construir significa favorecer e ajudar o crescimento. Estimados noivos, vós estais a preparar-vos para crescer juntos, para construir esta casa, para viver juntos para sempre. E não desejais alicerçá-la sobre a areia dos sentimentos que vão e voltam, mas sobre a rocha do amor autêntico, do amor que provém de Deus. A família nasce deste desígnio de amor, que quer crescer como se constrói uma casa que se torne um lugar de carinho, de ajuda, de esperança e de apoio. Do mesmo modo como o amor de Deus é estável e para sempre, assim também no caso do amor que funda a família, desejamos que ele seja estável e para sempre. Por favor, não devemos deixar-nos dominar pela «cultura do provisório»! Esta cultura que hoje invade todos nós, esta cultura do provisório. Não pode ser assim!

          Portanto, como se cura este medo do «para sempre»? Cura-se dia após dia, confiando-se ao Senhor Jesus numa vida que se torna um caminho espiritual quotidiano, feito de passos, de pequenos passos, de passos de crescimento comum, feito de compromisso a tornarmo-nos mulheres e homens maduros na fé. Porque, queridos noivos, o «para sempre» não é apenas um problema de duração! Um matrimónio não é bem sucedido unicamente quando dura, mas é importante a sua qualidade. Estar juntos e saber amar-se para sempre, eis no que consiste o desafio dos esposos cristãos. Vem ao meu pensamento o milagre da multiplicação dos pães: também para vós, o Senhor pode multiplicar o vosso amor e conceder-vo-lo vigoroso e bom todos os dias. Ele possui uma reserva infinita de amor! E oferece-vos o amor que está no fundamento da vossa união, enquanto o renova todos os dias, fortalecendo-o. Além disso, torna-o ainda maior quando a família cresce com os filhos. Neste caminho é importante, é sempre necessária a oração. Ele por ela, ela por ele, e ambos juntos. Pedi a Jesus que multiplique o vosso amor. Na oração do Pai-Nosso, nós dizemos: «O pão nosso de cada dia nos dai hoje». Os cônjuges podem aprender a rezar com estas palavras: «Senhor, o amor nosso de cada dia nos dai hoje», porque o amor quotidiano dos esposos é o pão, o verdadeiro pão da alma, o pão que os sustenta a fim de que possam ir em frente. E a oração: podemos fazer a prova para saber se sabemos recitá-la? «Senhor, o amor nosso de cada dia nos dai hoje». Todos juntos! [noivos: «Senhor, o amor nosso de cada dia nos dai hoje»]. Mais uma vez! [noivos: «Senhor, o amor nosso de cada dia nos dai hoje»]. Esta é a prece dos namorados e dos esposos. Ensinai-nos a amar-nos, a querer o bem um do outro! Quanto mais vos confiardes a Ele, tanto mais o vosso amor será «para sempre», ou seja, capaz de se renovar, superando assim todas as dificuldades. Era precisamente isto que eu vos queria dizer, respondendo à vossa pergunta. Obrigado!

2ª PERGUNTA: Viver juntos: o «estilo» da vida matrimonial
Santidade, viver juntos todos os dias é bom, enche de alegria e ampara. No entanto, constitui um desafio que deve ser enfrentado. Cremos que é necessário aprender a amar-nos. Existe um «estilo» da vida de casal, uma espiritualidade da vida quotidiana que gostaríamos de aprender. Santo Padre, pode ajudar-nos nisto?

        Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante. Ele não termina quando vos conquistastes um ao outro... Pelo contrário, é precisamente neste momento que ele tem início! Este caminho de cada dia possui regras que podem ser resumidas naquelas três palavras que tu disseste, palavras que eu já dirigi inúmeras vezes às famílias, e que vós já podeis aprender a utilizar entre vós: com licença, ou seja, «posso», como tu dissestes, e desculpa. 

         «Posso, com licença?». É o pedido amável para poder entrar na vida de outra pessoa, com respeito e atenção. É necessário aprender a pedir: posso fazer isto? É do teu agrado, se fizermos assim, que tomemos esta iniciativa, que eduquemos os nossos filhos desta maneira? Gostarias de sair comigo esta noite?... Em síntese, pedir licença significa saber entrar com amabilidade na vida dos outros. Contudo, ouvi bem isto: saber entrar com amabilidade na vida dos outros. E não é fácil, isto não é fácil. Por vezes, recorremos a maneiras um pouco pesadas, como determinadas botas de montanha! O amor autêntico não se impõe com aspereza nem com agressividade. Nas chamadas Florinhas de são Francisco encontra-se a seguinte expressão: «Deves saber que a cortesia é uma das propriedades de Deus... e a cortesia é irmã da caridade, a qual extingue o ódio e conserva o amor!» (Cap. 37). Sim, a amabilidade conserva o amor. E hoje, no seio das nossas famílias, no nosso mundo muitas vezes violento e arrogante, há necessidade de muito mais amabilidade. E isto pode começar a partir de casa.

        «Obrigado!». Parece fácil pronunciar esta palavra, mas sabemos que não é assim. No entanto, ela é importante! Nós ensinamo-la às crianças, mas depois nós mesmos a esquecemos! A gratidão é um sentimento importante: recordai-vos do Evangelho de Lucas? Certa vez, uma senhora idosa disse-me em Buenos Aires: «A gratidão é uma flor que cresce em terra nobre!». É necessária a nobreza da alma para que esta flor possa crescer. Recordais-vos do Evangelho de Lucas? Jesus cura dez doentes de lepra, e em seguida só um deles volta atrás para agradecer a Jesus. E o Senhor diz-lhe: e onde estão os outros nove? Isto é válido também para nós: sabemos agradecer? Nos nossos relacionamentos, e amanhã na nossa vida matrimonial, é importante manter viva a consciência de que a outra pessoa constitui uma dádiva de Deus, e aos dons de Deus é necessário dizer obrigado! Devemos sempre dar graças por eles. E nesta atitude interior é preciso dizer obrigado um ao outro, por todas as coisas. Não se trata de uma palavra amável para ser utilizada com os estranhos, para sermos educados. É necessário saber dizer obrigado um ao outro, para poder caminhar em frente, bem e juntos, na vida matrimonial.

       A terceira palavra: «Desculpa». Na vida cometemos numerosos erros, enganamo-nos muitas vezes. E isto acontece com todos nós. Mas aqui está porventura presente alguém que nunca cometeu um erro? Se houver alguém assim, que levante a mão: uma pessoa que nunca cometeu erros? Todos nós os cometemos. Todos! Talvez não passe nem sequer um só dia sem que os cometamos. A Bíblia recorda que a pessoa mais justa comete sete pecados por dia. Por isso, todos nós cometemos erros... Eis, então, por que motivo é necessário utilizar esta palavra tão simples: «desculpa». Em geral, cada um de nós está pronto para acusar o nosso próximo, justificando-nos assim a nós mesmos. Isto teve início a partir do nosso pai Adão, quando Deus lhe perguntou: «Adão, comeste por acaso daquele fruto?». «Eu? Não! Foi ela que me mo deu!». Acusar o outro para não dizer «desculpa», «perdão». Trata-se de uma história antiga! É um instinto que se encontra na origem de muitas calamidades. Aprendamos a reconhecer os nossos erros e a pedir desculpa. «Desculpa, se hoje levantei a minha voz»; «desculpa, se passei sem cumprimentar»; «desculpa, se cheguei atrasado», «desculpa, se esta semana estive tão silencioso», «desculpa, se falei demais, sem nunca escutar»; «desculpa, se me esqueci»; «desculpa, se eu estava com raiva e te tratei mal». Cada dia podemos pedir muitas vezes «desculpa». É também deste modo que uma família cristã prospera. Todos nós sabemos que não existe uma família perfeita, ou um marido perfeito, ou uma esposa perfeita. Nem sequer falemos de uma sogra perfeita... Existimos nós, pecadores. Jesus, que nos conhece bem, ensina-nos um segredo: nunca devemos terminar o dia sem pedir perdão, sem que a paz volte ao nosso lar, à nossa família. É normal que os esposos discutam, há sempre algo sobre o que discutir. Talvez tenhais discutido entre vós, talvez tenha voado um prato, mas por favor, recordai-vos disto: nunca termineis o dia sem fazer as pazes! Nunca, nunca, nunca! Este é um segredo, um segredo para conservar o amor e fazer as pazes. Não é necessário fazer um bonito discurso. Por vezes é suficiente um simples gesto... e a paz volta a instaurar-se. Nunca deixeis que termine o dia... pois se tu permitires que termine o dia sem que as pazes se restabeleçam, aquilo que tens dentro de ti, no dia seguinte, será frio e empedernido, e assim será mais difícil fazer as pazes. Recordai bem: nunca termineis o dia sem fazer as pazes! Se aprendermos a pedir desculpa e a perdoar-nos reciprocamente, o matrimónio durará e irá em frente. Quando vêm às audiências ou às Santas Missas aqui em Santa Marta, casais idosos, que celebram as bodas de ouro, eu pergunto-lhes: «Quem suportou quem?». E isto é bonito! Todos olham uns para os outros, depois olham para mim e dizem-me: «Ambos!». E isto é bonito! Trata-se de um bonito testemunho!

3 ª PERGUNTA: O estilo da celebração do Matrimónio
Santidade, ao longo destes meses estamos a fazer muitos preparativos para as nossas núpcias. Pode dar-nos alguns conselhos para celebrar bem o nosso casamento?

       Fazei com que se trate de uma festa verdadeira — porque o matrimónio é uma festa — uma festa cristã, e não uma festa mundana! O motivo mais profundo da alegria daquele dia é-nos indicado pelo Evangelho de João: recordai-vos do milagre das bodas de Caná? Numa certa altura veio a faltar vinho, e a festa parece estragada. Imaginai se tivessem que terminar a festa a beber chá! Não, não pode ser! Sem vinho não há festa! Por sugestão de Maria, naquele momento Jesus revela-se pela primeira vez e realiza um sinal: transforma a água em vinho e, agindo assim, salva a festa nupcial. O que aconteceu em Caná há dois mil anos acontece na realidade em cada festa de casamento: aquilo que tornará completo e profundamente verdadeiro o vosso matrimónio será a presença do Senhor, que se revela e concede a sua graça. É a sua presença que oferece o «vinho bom», Ele é o segredo da alegria completa, do júbilo que aquece verdadeiramente o nosso coração. Disto se vê a presença de Jesus naquela festa. Que seja uma festa bonita, mas com Jesus! Não com o espírito do mundo, não! E sente-se quando o Senhor está presente!

        Mas ao mesmo tempo, é bom que o vosso matrimónio seja sóbrio e permita salientar aquilo que é verdadeiramente importante. Algumas pessoas estão mais preocupadas com os sinais exteriores, com o banquete, com as fotografias, com as roupas e com as flores... Trata-se de elementos importantes numa festa, mas somente se forem capazes de indicar o motivo autêntico da vossa alegria: a bênção do Senhor sobre o vosso amor! Fazei com que, como no caso do vinho das bodas de Caná, os sinais exteriores da vossa festa revelem a presença do Senhor e vos recordem, tanto a vós como a todos os presentes, a origem e o motivo da vossa alegria.

         No entanto, há algo do que tu disseste que desejo frisar imediatamente, porque não quero deixar passar. O matrimónio é também um trabalho para realizar em cada dia, poderia dizer um trabalho artesanal, uma obra de ourivesaria, uma vez que o marido tem a tarefa de fazer com a sua esposa seja mais mulher, e a esposa tem o dever de fazer que com que o marido seja mais homem. É preciso crescer também em humanidade, como homem e como mulher. É isto que deveis fazer entre vós. E isto chama-se crescer juntos. Isto não provém do ar! É o Senhor que o abençoa, mas deriva das vossas mãos, das vossas atitudes, do vosso estilo de vida, do modo como vos amais um ao outro. Deveis fazer-vos crescer um ao outro! Fazer com que o outro prospere sempre. Trabalhar para isto. E assim, sei lá, penso em ti que um dia caminharás pela rua da tua cidade e as pessoas dirão: «Mas olha como é bonita aquela mulher, como é exemplar! ...». «Com o marido que tem, compreende-se!». E também a ti: «Olha como ele é!». «Com a esposa que tem, compreende-se!». É isto, é preciso chegar a isto: fazer crescer um ao outro. E os filhos receberão esta herança de ter tido um pai e uma mãe que cresceram juntos, fazendo-se — reciprocamente — mais homem e mais mulher!”.
+++
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-02-2020.



SOBRE A EUTANÁSIA

Comunicado do Conselho Permanente da CEP

Voltando a pôr-se a hipótese da despenalização da eutanásia na Assembleia da República, a Conferência Episcopal Portuguesa recorda as suas anteriores tomadas de posição, nomeadamente na Nota Pastoral «Eutanásia: o que está em causa? Para um diálogo sereno e humanizador» de 8 de março de 2016, e as afirmações do Papa Francisco na Mensagem para o Dia Mundial do Doente, que ocorre neste dia 11 de fevereiro, que aqui citamos:

«Queridos profissionais da saúde: qualquer intervenção de diagnóstico, de prevenção, de terapêutica, de investigação, de tratamento e de reabilitação há de ter por objetivo a pessoa doente, onde o substantivo “pessoa” venha sempre antes do adjetivo “doente”. Por isso, a vossa ação tenha em vista constantemente a dignidade e a vida da pessoa, sem qualquer cedência a atos como a eutanásia, o suicídio assistido ou a supressão da vida, mesmo se o estado da doença for irreversível».

A opção mais digna contra a eutanásia está nos cuidados paliativos como compromisso de proximidade, respeito e cuidado da vida humana até ao seu fim natural.

Nestas circunstâncias, a Conferência Episcopal acompanha e apoia as iniciativas em curso contra a despenalização da eutanásia, nomeadamente a realização de um referendo.

Fátima, 11 de fevereiro de 2020





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