PARÓQUIAS
DE NISA
Terça,
08 de outubro de 2019
Terça-feira da XXVII
semana do tempo comum
TERÇA-FEIRA
da semana XXVII
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha
L 1 Jonas 3, 1-10; Sal 129 (130), 1-2. 3-4ab. 7-8
Ev Lc 10, 38-42
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Bem-aventurada Virgem Maria do Rosário – MO
* Na Diocese do Funchal (Funchal) – I Vésp. de Nossa Senhora do Monte.
Missa à escolha
L 1 Jonas 3, 1-10; Sal 129 (130), 1-2. 3-4ab. 7-8
Ev Lc 10, 38-42
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Bem-aventurada Virgem Maria do Rosário – MO
* Na Diocese do Funchal (Funchal) – I Vésp. de Nossa Senhora do Monte.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Est 13, 9.10-11
Senhor, Deus omnipotente, tudo está sujeito ao vosso poder
e ninguém pode resistir à vossa vontade.
Vós criastes o céu e a terra e todas as maravilhas
que estão sob o firmamento.
Vós sois o Senhor do universo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que, no vosso amor infinito,
cumulais de bens os que Vos imploram
muito além dos seus méritos e desejos, pela vossa misericórdia,
libertai a nossa consciência de toda a inquietação
e dai-nos o que nem sequer ousamos pedir.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Jonas 3, 1-10
«Os habitantes de Nínive converteram-se do seu mau caminho
e Deus compadeceu-Se deles»
Leitura da Profecia de Jonas
Senhor, Deus omnipotente, tudo está sujeito ao vosso poder
e ninguém pode resistir à vossa vontade.
Vós criastes o céu e a terra e todas as maravilhas
que estão sob o firmamento.
Vós sois o Senhor do universo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que, no vosso amor infinito,
cumulais de bens os que Vos imploram
muito além dos seus méritos e desejos, pela vossa misericórdia,
libertai a nossa consciência de toda a inquietação
e dai-nos o que nem sequer ousamos pedir.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Jonas 3, 1-10
«Os habitantes de Nínive converteram-se do seu mau caminho
e Deus compadeceu-Se deles»
Leitura da Profecia de Jonas
A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas nos seguintes termos: «Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e apregoa nela a mensagem que Eu te direi». Jonas levantou-se e foi a Nínive, conforme a palavra do Senhor. Nínive era uma grande cidade aos olhos de Deus; levava três dias a atravessar. Jonas entrou na cidade e caminhou durante um dia, apregoando: «Daqui a quarenta dias, Nínive será destruída». Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, proclamaram um jejum e revestiram-se de saco, desde o maior ao mais pequeno. Logo que a notícia chegou ao rei de Nínive, ele ergueu-se do trono e tirou o manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza. Depois foi proclamado em Nínive um decreto do rei e dos seus ministros, que dizia: «Os homens e os animais, os bois e as ovelhas, não provem alimento, não pastem nem bebam água. Os homens e os animais revistam-se de saco e clamem a Deus com vigor; afaste-se cada um do seu mau caminho e das violências que tenha praticado. Quem sabe? Talvez Deus reconsidere e desista, acalmando o ardor da sua ira, de modo que não pereçamos». Quando Deus viu as suas obras e como se convertiam do seu mau caminho, desistiu do castigo com que os ameaçara e não o executou.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 129 (130), 1-2.3-4ab.7-8 (R. 3)
Refrão: Se olhais para os nossos pecados,
Senhor, quem poderá salvar-se? Repete-se
Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam os vossos ouvidos atentos
à voz da minha súplica. Refrão
Se tiverdes em conta as nossas faltas,
Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão,
para Vos servirmos com reverência. Refrão
No Senhor está a misericórdia
e com Ele abundante redenção.
Ele há-de libertar Israel
de todas as suas faltas. Refrão
ALELUIA¬ Lc 11, 28
Refrão: Aleluia Repete-se
Felizes os que ouvem a palavra de Deus
e a põem em prática. Refrão
EVANGELHO Lc 10, 38-42
«Marta recebeu Jesus em sua casa.
Maria escolheu a melhor parte»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus entrou em certa povoação e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que, sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e disse: «Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que venha ajudar-me». O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas, quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o sacrifício
que Vós mesmo nos mandastes oferecer
e, por estes sagrados mistérios que celebramos,
confirmai em nós a obra da redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lam 3, 25
O Senhor é bom para quem n’Ele confia,
para a alma que O procura.
Ou cf. 1 Cor 10, 17
Porque há um só pão, todos somos um só corpo,
nós que participamos do mesmo cálice e do mesmo pão.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que neste sacramento saciais a nossa fome e a nossa sede,
fazei que, ao comungarmos o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
nos transformemos n’Aquele que recebemos.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Como o Senhor é
bom. Como prémio por O amarmos na terra, Ele nos oferece 0 céu para sempre».
Tomás
de Villanueva
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS
: Jonas 3, 1-10: Enviado por Deus, Jonas
vai a Nínive pregar a penitência, e assim evitou o castigo que viria dentro de
quarenta dias. Os Ninivitas escutaram o profeta e foram salvos. A narração é
sem dúvida simbólica, mas a sua significação é clara: a conversação leva a Deus
todo aquele que se deixa converter pela palavra de Deus.
Lc
10, 38-42: O acolhimento que as duas irmãs fazem a
Jesus não se manifesta menos na atenção que Maria dá à sua palavra do que na
refeição que a solicitude de Marta Lhe preparava. Mais do que de pão para a
boca, necessita o coração da palavra de Deus. E não é a Palavra de Deus o
melhor dos alimentos?
ORAÇÃO: Senhor, o teu
caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a
servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a
dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
18.00 horas: Missa
em Alpalhão
18.00 horas: Missa
em Nisa
A VOZ DO PASTOR
NOVO ANO PASTORAL - QUE
PRIORIDADES?
Pastoralmente falando, o que será o novo? O que será a novidade? E como se
há de apresentar e oferecer? Com que meios, com que métodos, com que técnicas e
estratégias?
Cristo é a Boa-Nova por excelência, é sempre jovem, fonte de constante
novidade. “Com a sua novidade, Ele pode sempre renovar a nossa vida e a nossa
comunidade, e a proposta cristã, ainda que atravesse períodos obscuros e
fraquezas eclesiais, nunca envelhece. Jesus Cristo pode romper também os
esquemas enfadonhos em que pretendemos aprisioná-l’O, e surpreende-nos com a
sua constante criatividade divina. Sempre que procuramos voltar à fonte e
recuperar o frescor original do Evangelho, despontam novas estradas, métodos
criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias
de renovado significado para o mundo atual. Na realidade, toda a ação
evangelizadora autêntica é sempre «nova» (EG11). Sabendo embora que a Boa Nova
é a melhor notícia que se pode dar aos outros, também sabemos que é difícil
inovar para fazer passar tal mensagem. É que, inovar, como afirma alguém, não é
fazer melhor o que sempre se fez! Não basta agitar as pessoas ou as comunidades
com iniciativas sem sumo nem continuidade. A evangelização precisa de espírito,
de entusiasmo, de análise da situação, de prioridades, de conteúdos, de
objetivos e programação, de novo vigor, nova linguagem, novo estilo, de
humildade e persistência, de estruturas que ajudem e não sejam empecilho. Sim,
a inovação pastoral ou evangeliza a partir do essencial e do mais importante e
necessário ou logo desencanta e afasta quem alimentou alguma esperança de vir a
fazer caminhada.
Vejam, por exemplo: o que é que acontece com os grupos de jovens? Só
perduram no tempo os que têm vida cristã autêntica, com conteúdos sérios,
criatividade na arte de os fazer passar e forte espiritualidade a apoiá-los, em
proximidade e amizade.
O que é que acontece com as Confrarias e Irmandades? Só restam como
fermento na sociedade envolvente as que têm verdadeira vida cristã, aquelas em
que há, de facto, vida espiritual e sabem apostar na formação na fé dos seus
membros, criando-lhes consciência de pertença e do que deles, como irmãos ou
confrades, se espera.
O que acontece com as famílias que casaram pela Igreja? Só permanecem
verdadeiramente cristãs as que rezam, frequentam o culto, evangelizam os seus e
participam na dinâmica da comunidade com alegria, qual família mais alargada,
educando também para o exercício da cidadania que reclama integração,
compromisso e ação.
Quais são os movimentos de apostolado com capacidade para fomentar uma
verdadeira pastoral de gestação? Só os que, sendo ainda atuais e atuantes, são
fiéis ao seu carisma fundacional, que é sempre de criatividade em cada tempo,
de exigência espiritual e de formação permanente, verdadeiro motor da sua ação.
Quais as paróquias que são verdadeiras comunidades eclesiais a fomentar a
cultura do encontro e da caridade? São as que têm vida espiritual que
desassossega e desinstala para ir às periferias, as que têm capacidade de
fomentar a proximidade, o acolhimento e o afeto, as que se impõem a si próprias
formação permanente na fé, as que têm a Eucaristia como força centrípeta para
todos e, de forma muito especial, para os comprometidos na diversidade dos
serviços, para que não se constituam em capelinhas dentro da igreja, mas deem
testemunho de comunhão e de alegria contagiante. A vida cristã autêntica está
sempre aberta à ação do Espírito e atenta aos sinais dos tempos, é sempre
criativa, inovadora e em saída: «Vamos para outra parte, para as aldeias
vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim» (Mc 1, 38).
Quando se vive apoiado nas verdadeiras raízes da história cristã, quando
se tem como exemplo o próprio Cristo que sempre sabia inovar para tocar o
coração das pessoas, que, respeitando a verdadeira tradição, sempre sabia
rejeitar os tradicionalismos estéreis e prejudiciais, então conseguiremos viver
eficazmente o presente, inovando, gerando empatia, lançando raízes para criar e
fazer crescer um futuro mais justo e mais humano, com esperança.
É
por isso que a pastoral duma comunidade cristã não pode ser improvisada, tem de
ter prioridades, tem de ter objetivos, tem de, em sintonia com a inspiração do
Espírito Santo, tem de ser pensada colegialmente para que também surja o compromisso
das pessoas na sua concretização, tem de ser constantemente avaliada nas várias
dimensões em que deve influir.
O
Cardeal Seán O’Malley, Bispo de Boston, num dos seus últimos livros recorda que
o Cardeal Carlo Maria Martini, numa leitura atenta dos quatro evangelhos,
apontava cinco principais prioridades de Jesus:
---
A primeira prioridade segundo a análise de Martini era a assistência de Jesus
aos doentes e aos que sofrem. Grande parte dos episódios do Evangelho têm como
protagonistas as pessoas que sofrem, as que têm fome, as que precisam de
perdão, os marginalizados, os que precisam de atenção. Isto é, a misericórdia,
a preocupação pelas pessoas.
---
A segunda prioridade é, de facto, a pregação do Evangelho, o anúncio do Reino,
a Boa Nova: “Depois que João foi preso, veio Jesus para a Galileia proclamando
o Evangelho de Deus: “O Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e acreditai
no Evangelho” (Mc 1, 14-15).
---
A terceira prioridade eram as reuniões, os encontros, os diálogos e as
conversas que Jesus tinha com aqueles que O escutavam e seguiam. Era o
encontro, o contacto direto com as pessoas.
---
A quarta prioridade era a oração. Jesus dedicava grandes momentos à oração: de
manhã cedo, de noite, em lugares isolados, no deserto, na montanha... Sentia
necessidade de momentos ainda mais fortes de oração em vésperas de opções
fundamentais, rezava sozinho, rezava com os Apóstolos, participava na vida
litúrgica do Seu povo.
---
A quinta prioridade era o tempo que Jesus dedicava aos seus amigos. Primeiro, o
tempo que dedicava à formação dos Apóstolos e dos discípulos a quem chamava
amigos. E também o tempo que dedicava à formação dos outros (cf. Séan O’Malley,
Procura-se Amigos e Lavadores de Pés, Ed. Paulinas, 2019, pág. 71-73).
Ao
iniciarmos um novo ano pastoral, que prioridades teremos nós? Embora saibamos
que a Eucaristia faz a Igreja e que há momentos fortes a aproveitar
pastoralmente, como a celebração das exéquias, dos sacramentos e das festas, o
zelo pastoral não pode reduzir-se à celebração da eucaristia. As prioridades
apontadas por Martini bem podem ser um bom ponto de partida para novos e
renovados desafios: misericórdia, pregação, contacto
pessoal, oração e formação dos colaboradores.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 04-10-2019.
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