PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
28 de outubro de 2019
Segunda-feira da XXX semana
do tempo comum
SEGUNDA-FEIRA
da semana XXX
S. Simão e S. Judas, Apóstolos –
FESTA
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.
L 1 Ef 2, 19-22; Sal 18 A, 2-3. 4-5
Ev Lc 6, 12-19
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.
L 1 Ef 2, 19-22; Sal 18 A, 2-3. 4-5
Ev Lc 6, 12-19
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
S. SIMÃO e S. JUDAS,
Apóstolos
Nota
Histórica:
O nome de Simão figura em undécimo
lugar na lista dos Apóstolos. Dele se sabe apenas que nasceu em Caná e que
tinha o denominativo de «Zelotes».
Judas, de sobrenome Tadeu, é o Apóstolo que na Última Ceia perguntou ao Senhor por que razão Se manifestava aos seus discípulos e não ao mundo (Jo 14, 22).
Judas, de sobrenome Tadeu, é o Apóstolo que na Última Ceia perguntou ao Senhor por que razão Se manifestava aos seus discípulos e não ao mundo (Jo 14, 22).
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Estes são os homens santos, que o Senhor escolheu com verdadeiro amor.
O Senhor deu-lhes a glória eterna.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita misericórdia,
que nos fizestes chegar ao conhecimento do vosso nome
por meio dos bem-aventurados Apóstolos,
concedei-nos, por intercessão de São Simão e São Judas,
que a vossa Igreja cresça continuamente
com a conversão dos povos ao Evangelho.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ef 2, 19-22
«Edificados sobre o alicerce dos Apóstolos»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Estes são os homens santos, que o Senhor escolheu com verdadeiro amor.
O Senhor deu-lhes a glória eterna.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita misericórdia,
que nos fizestes chegar ao conhecimento do vosso nome
por meio dos bem-aventurados Apóstolos,
concedei-nos, por intercessão de São Simão e São Judas,
que a vossa Igreja cresça continuamente
com a conversão dos povos ao Evangelho.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ef 2, 19-22
«Edificados sobre o alicerce dos Apóstolos»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos:
Já não sois estrangeiros nem hóspedes,
mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus,
edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas,
que tem Cristo como pedra angular.
Em Cristo, toda a construção, bem ajustada,
cresce para formar um templo santo do Senhor;
e em união com Ele, também vós sois integrados na construção,
para vos tornardes, no Espírito Santo, morada de Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 18 A (19 A), 2-3.4-5 (R. 5a)
Refrão: A sua mensagem ressoou por toda a terra.
Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.
Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.
ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Nós Vos louvamos, ó Deus;
nós Vos bendizemos, Senhor.
O coro glorioso dos Apóstolos
canta os vossos louvores. Refrão
EVANGELHO Lc 6, 12-19
«Escolheu doze, a quem chamou apóstolos»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naqueles dias,
Jesus subiu ao monte para rezar
e passou a noite em oração a Deus.
Quando amanheceu, chamou os discípulos
e escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de apóstolos:
Simão, a quem deu também o nome de Pedro,
e seu irmão André;
Tiago e João; Filipe e Bartolomeu, Mateus e Tomé;
Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelota;
Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes,
que veio a ser o traidor.
Depois desceu com eles do monte
e deteve-Se num sítio plano,
com numerosos discípulos e uma grande multidão de pessoas
de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidónia.
Tinham vindo para ouvir Jesus
e serem curados das suas doenças.
Os que eram atormentados por espíritos impuros
também ficavam curados.
Toda a multidão procurava tocar Jesus,
porque saía d’Ele uma força que a todos sarava.
Palavra da salvação.
Na Missa votiva de todos os Santos Apóstolos, utilizam-se as leituras precedentes.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, as ofertas que Vos apresentamos,
ao recordar a glória dos apóstolos São Simão e São Judas
e fazei-nos celebrar dignamente estes santos mistérios.
Por Nosso Senhor.
Prefácio dos Apóstolos I
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 14, 23
Aquele que Me ama guardará as minhas palavras
e será amado por meu Pai, diz o Senhor.
Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com os vossos sacramentos
na festa do glorioso martírio de São Simão e São Judas,
pela virtude do Espírito Santo, que actua nestes mistérios,
confirmai-nos sempre no vosso amor.
Por Nosso Senhor.
«Devemos arriscar.
Quem fica a olhar para o tempo esquece-se de semear».
S.
José Freinademetz
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS :
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
11.00 horas: Funeral
no Pé da Serra
21.00 horas: Oração
de louvor no Calvário
A VOZ DO PASTOR
DOM ANTÓNIO BARROSO NO PARLAMENTO
O homem das
barbas, de Remelhe, Barcelos, que tudo fez para estar agora a caminho dos
altares, não tinha papas na língua quer para anunciar Jesus Cristo, quer para
defender a Igreja e o país, quer para enfrentar quem se metia onde não era
chamado ou se aburguesava no faz de conta. Ensinava que o missionário deve
levar “em uma das mãos a cruz, símbolo augusto da paz e da fraternidade dos
povos, e na outra a enxada, símbolo do trabalho abençoado por Deus. Deve ser
padre e artista, pai e mestre, doutor e homem da terra; deve tão depressa pôr a
sua estola (...) como empunhar a picareta para arrotear uma courela de terreno;
deve tão depressa fazer uma homilia, como pensar a mão escangalhada pela
explosão duma espingarda traiçoeira”.
No dia 20 deste
mês de
outubro de 2019, a Igreja em Portugal, com a presença
dos Bispos Portugueses e do Povo crente e sempre grato, vai prestar-lhe uma
homenagem em Cernache do Bonjardim, Sertã, junto ao Seminário das Missões ou da
Boa Nova, onde ele estudou. Este gesto em Dia Mundial das Missões quer
assinalar o Mês Extraordinário Missionário e, utilizando eu as
palavras do cronista João de Barros, quer assinalar também os “trabalhos de Hércules” que tantos missionários e mártires portugueses levaram a cabo por
esse mundo além, enobrecendo e ajudando a escrever a nossa história: “Vós, Portugueses, poucos quanto fortes/Que o traço poder vosso
não pesais/Vós que, à custa de vossas várias mortes/A lei da vida eterna
dilatais” (Camões).
“Sr. Presidente:
pedi a V. Ex.ª o favor de me ser concedida a palavra para, como Deputado pelo
Porto, falar de alguém que, não tendo ali o seu berço de nascimento, viveu,
contudo, durante largos anos intimamente preso aquela cidade, pela sua alma,
pelo seu coração, pelo seu espírito.
Quero referir-me
a D. António Barroso, que foi um dos maiores bispos portugueses.
As comemorações
centenárias do seu nascimento, realizadas na fidalga cidade minhota de Barcelos
e na encantadora aldeia de Remelhe, sua terra natal, promovidas pela Câmara
Municipal daquele concelho, resultaram numa manifestação de dulcíssimo encanto
espiritual de incomparável beleza, a que se associaram o Governo da Nação, com a
presença do Sr. Ministro do Ultramar, os mais altos dignitários da Igreja, os
representantes da alta cultura e o povo, sempre pronto a fazer justiça a quem é
digno dela.
A vida do grande
pioneiro da Igreja - facho de luz brilhante na escuridão de uma noite de trevas
- tomou proporções lendárias pela sua ação notabilíssima ao serviço da Pátria e
do Evangelho.
Deus, na sua
infinita misericórdia, fez esse homem detentor de todas as virtudes, as mais
raras e as mais nobres; o mais valoroso e o mais corajoso soldado da sua
milícia, na luta apologética e doutrinária sustentada na pregação da paz, do
amor, da caridade, que ele largamente difundiu e praticou. Como grande
missionário, o seu mais elevado título, pela projeção justificadamente
adquirida, foi D. António Barroso um grande português, herói consagrado da
nossa epopeia ultramarina, que a Nação, em terras longínquas da Ásia e da
África, prestou os mais assinalados serviços. Viveu para a sua pátria como
viveu para a Igreja, sabendo engrandecê-la e honrá-la. Os homens tornam-se
verdadeiramente grandes quando sabem lutar, intemerata e sinceramente, pelos
grandes ideais que abraçaram com carinho, com amor e com paixão.
E o grande bispo
do Porto, na tarefa magnifica de dilatar a Fé e o Império, encarnou
gloriosamente o papel de soldado e missionário, levando o seu apostolado a
todas as regiões onde havia necessidade de ser ouvida e escutada a palavra de
Deus e respeitados o nome e a bandeira de Portugal. A sua ação missionária,
coroa valiosa da maior glória sacerdotal, era Angola, em Moçambique e na Índia
ficou brilhantemente documentada. Mas foi especialmente no Congo que a sua
atividade, o seu esforço, a sua coragem e a sua fé obraram prodígios na
evangelização dos povos, a quem abnegadamente se deu e serviu. E ali, nesse
território em desagregação iminente e perigosa, batido pelo vento da
desnacionalização, soube, como os grandes colonialistas, no número dos quais
enfileira, impor pela sua ação enérgica e paternal os direitos da soberania
portuguesa. Ele o afirma dizendo: «Tudo ali eram ruínas. A catedral havia
ruído. Todo o deslumbre da nossa formosa língua desaparecera completamente. Era
sinistro! Quadro horroroso: o passado morrera! Como ressuscitá-lo? Nunca a cruz
mutilada de Alexandre Herculano me lembrou tanto como ao ver Deus e Portugal
mortos na alma dos pretos». Mas o milagre da ressurreição operou-o o grande
bispo, sabendo impor ao rei do Congo e aos seus súbditos o nome de Portugal.
Obra duma grande personalidade, cuja alma cristianíssima atravessa a vida,
alcança os paramos do infinito, aproximando-se de Deus, no seu eterno destino,
orando em seu louvor, pedindo a proteção para a sua pátria! E foi ouvido na sua
súplica. E elevou-se cada vez mais no desempenho da missão civilizadora,
educadora, altamente dignificante da condição humana em defesa dos preceitos do
Evangelho, que difundiu e ensinou com o seu verbo eloquente, por todas as
províncias ultramarinas no nosso império.
D. António
Barroso foi mais tarde sagrado bispo da diocese do Porto e grande se revelou
também no seu alto sacerdócio. Querido, respeitado e amado por todos quantos
sentiram a chama viva da Fé, que ele sabia acender e animar na alma do povo.
Infinitamente bom, jamais negou proteção a todos quantos dele se abeiravam e
lha pediam.
O sacerdote de
Cristo, que lutou apaixonadamente por Deus e pela Pátria, e que, subindo o seu
calvário, arrostou com todos os perigos e com todas as contrariedades, soube
santamente viver com resignação e coragem as agruras do exílio e as horas
amargas da prisão. O bispo missionário, maltratado, perseguido e desterrado,
sem outra culpa que não fosse a fidelidade às leis e às doutrinas da Igreja,
imutável nos seus postulados e vitoriosa na sua ação, chama abrasando almas
sedentas de fé, vive hoje na memória de todos os portugueses. E o bronze e o
granito do seu monumento erigido no coração de Barcelos recordarão a obra de
caridade, fé e amor de um notável ministro da Igreja.
Mas não basta o
seu monumento ou as brilhantes teses apresentadas e discutidas no Congresso
Missionário realizado em Barcelos para satisfazer aspirações e anseios bem
justificados, honrando e glorificando a insigne figura desse prestigioso
ministro de Cristo.
O Seminário dos
Carvalhos, magnifico edifício de admirável localização, que o cardeal D.
Américo mandou edificar à custa dos maiores sacrifícios materiais; grande
escola-internato para a formação de sacerdotes, obedecendo a todos os
requisitos necessários à alta missão para que foi criado e a que D. António
Barroso dedicava um carinho e um interesse bem compreensível, foi em triste
época de perseguição religiosa tirado aos seus legítimos possuidores com o mais
absoluto desprezo pela hierarquia eclesiástica. Pois, Sr. Presidente, as comemorações
que acabam de realizar-se, e a que se associou o Governo da Nação, não teriam a
finalidade que lhes é devida sem a reparação para a qual chamamos a atenção dos
altos poderes do Estado.
Interpretando o
sentir do Congresso Missionário e em nome da lei ultrajada e da justiça
ofendida, nós pedimos seja restituída aos seus legítimos donos, em toda a sua
plenitude, a propriedade desse seminário, que, contra todos os preceitos da
razão, da moral e da justiça, lhe havia sido confiscada.
Entregue-se à
diocese do Porto o seu seminário, o Seminário dos Carvalhos, e o espirito do
grande bispo, que deu à Pátria honra e glória, continuará velando por nós, na
alta missão do robustecimento da Fé e engrandecimento do Império. Disse.” (in:
Site Debates Parlamentares, Diário das Sessões, nº 54).
+++++++++
São
João Paulo II, em 1991 no aeroporto da Portela, renovou-nos o desafio:
“Portugal, convoco-te para a missão (...) As sucessivas gerações dos vossos
maiores buscaram no Evangelho a inspiração para as suas vidas e legaram-vos
esta cultura constantemente enriquecida pelo cruzamento da fé cristã com as
várias populações que fizeram a história da Europa e do Mundo (...) Um dia,
Portugal foi púlpito da Boa Nova de Jesus Cristo para o mundo, levada para
longe em frágeis caravelas por arautos impelidos pelo sopro do Espírito. Hoje
venho aqui para, da mesma tribuna, convocar todo o Povo de Deus à evangelização
do mundo (...) Portugal, convoco-te para a missão”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 18-10-2019.
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