PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
07 de outubro de 2019
Segunda-feira da XXVII
semana do tempo comum
SEGUNDA-FEIRA
da semana XXVII
Nossa Senhora do Rosário – MO
Branco – Ofício da
memória.
Missa da memória, pf. de Nossa Senhora.
L 1 Jonas 1,1 – 2,1.11; Sal Jonas 2, 3. 4. 5. 8
Ev Lc 10, 25-37
ou
L 1 Act 1, 12-14; Sal Lc 1, 46-47. 48-49. 50-51. 52-53. 54-55
Ev Lc 1, 26-38
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral (2001). Na Catedral – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – Aniversário da tomada de posse de D. Antonino Eugénio Fernandes Dias.
* Na Ordem de São Domingos – Nossa Senhora do Rosário – FESTA; nos Conventos de Fátima e de Lisboa (Corpo Santo) – SOLENIDADE
* Na Congregação das Missionárias da Caridade – Aniversário da fundação da Congregação (1946).
* Na Congregação das Missionárias Dominicanas do Rosário – Nossa Senhora do Rosário, Titular da Congregação – SOLENIDADE
Missa da memória, pf. de Nossa Senhora.
L 1 Jonas 1,1 – 2,1.11; Sal Jonas 2, 3. 4. 5. 8
Ev Lc 10, 25-37
ou
L 1 Act 1, 12-14; Sal Lc 1, 46-47. 48-49. 50-51. 52-53. 54-55
Ev Lc 1, 26-38
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral (2001). Na Catedral – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – Aniversário da tomada de posse de D. Antonino Eugénio Fernandes Dias.
* Na Ordem de São Domingos – Nossa Senhora do Rosário – FESTA; nos Conventos de Fátima e de Lisboa (Corpo Santo) – SOLENIDADE
* Na Congregação das Missionárias da Caridade – Aniversário da fundação da Congregação (1946).
* Na Congregação das Missionárias Dominicanas do Rosário – Nossa Senhora do Rosário, Titular da Congregação – SOLENIDADE
NOSSA SENHORA DO
ROSÁRIO
Nota
Histórica:
Esta
comemoração foi instituída pelo Papa S. Pio V no aniversário da vitória obtida
pelos cristãos na batalha naval de Lepanto e atribuída ao auxílio da Santa Mãe
de Deus, invocada com a oração do Rosário (1571). A celebração deste dia é um
convite a todos os fiéis para que meditem os mistérios de Cristo, em companhia
da Virgem Maria, que foi associada de modo muito especial à encarnação, à
paixão e à ressurreição do Filho de Deus.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Lc 1,
28.42
Avé, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco,
bendita sois Vós entre as mulheres
e bendito é o fruto do vosso ventre.
ORAÇÃO COLECTA
Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas, para que nós, que, pela anunciação do Anjo, conhecemos a encarnação de Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte na cruz e com a intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, alcancemos a glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Jonas 1, 1 – 2, 1.11
«Jonas levantou-se, para fugir da presença do Senhor»
Leitura da Profecia de Jonas
Avé, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco,
bendita sois Vós entre as mulheres
e bendito é o fruto do vosso ventre.
ORAÇÃO COLECTA
Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas, para que nós, que, pela anunciação do Anjo, conhecemos a encarnação de Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte na cruz e com a intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, alcancemos a glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Jonas 1, 1 – 2, 1.11
«Jonas levantou-se, para fugir da presença do Senhor»
Leitura da Profecia de Jonas
A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas, filho de Amitai: «Levanta-te e vai à grande cidade de Nínive e anuncia-lhe que a fama da sua malícia chegou à minha presença». Jonas levantou-se, a fim de fugir para Társis, para longe da presença do Senhor. Desceu a Jope, onde encontrou um navio que ia para Társis. Pagou a sua passagem e embarcou, a fim de seguir com os viajantes para Társis, para longe da presença do Senhor. Mas o Senhor fez que soprasse um forte vento sobre o mar e levantou-se uma grande tempestade, a ponto de o navio ameaçar afundar-se. Os marinheiros estavam aterrados e começou cada qual a clamar pelo seu deus. Para aliviarem o navio, deitaram a carga ao mar. Entretanto, Jonas tinha descido ao porão do navio e, deitado, dormia profundamente. O capitão foi ter com ele e disse-lhe: «Como podes dormir? Levanta-te e invoca o teu Deus. Talvez Ele Se lembre de nós e não pereçamos». Os tripulantes disseram uns para os outros: «Vamos deitar sortes, para sabermos quem é o responsável desta desgraça». Deitaram sortes e a sorte caiu sobre Jonas. Então disseram-lhe: «Declara-nos por que motivo nos vem esta desgraça. Qual é a tua profissão? Donde vens? Qual é a tua terra e a que povo pertences?» Jonas respondeu-lhes: «Eu sou hebreu e presto culto ao Senhor, Deus do Céu, que fez o mar e a terra». Então aqueles homens sentiram um grande temor e disseram-lhe: «Que fizeste? – Pelo que Jonas lhes tinha contado, eles sabiam que fugia da presença do Senhor – Que havemos de fazer-te, para que o mar se acalme à nossa volta?». É que o mar tornava-se cada vez mais impetuoso. Jonas disse-lhes: «Agarrai-me e lançai-me ao mar e o mar acalmar-se-á à vossa volta, porque eu sei que é por minha causa que esta grande tormenta caiu sobre vós». Os marinheiros remaram, tentando alcançar a costa, mas em vão, porque o mar se agitava cada vez mais contra eles. Então invocaram o Senhor, dizendo: «Ah, Senhor! Não queremos morrer por causa deste homem; mas não nos torneis responsáveis pela morte dum inocente, porque Vós, Senhor, fareis o que Vos agrada». Pegaram em Jonas e lançaram-no ao mar e o mar acalmou a sua fúria. Aqueles homens começaram a temer muito o Senhor; ofereceram-Lhe um sacrifício e fizeram-Lhe votos. Então o Senhor enviou um grande peixe para engolir Jonas e Jonas ficou nas entranhas do peixe três dias e três noites. Por fim, o Senhor ordenou ao peixe que vomitasse Jonas na praia.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Jonas 2, 3.4.5.8 (R. 7c)
Refrão: Livrastes a minha vida do profundo abismo,
Senhor, meu Deus. Repete-se
Na minha aflição invoquei o Senhor
e Ele respondeu-me.
Da morada dos mortos clamei por socorro
e ouvistes a minha voz. Refrão
Lançastes-me no profundo abismo dos mares
e as ondas me envolveram;
as vossas torrentes e vagas
passaram sobre mim. Refrão
Na minha aflição eu dizia:
«Fui afastado da vossa presença.
Como poderei ainda
voltar a ver o vosso templo santo?» Refrão
Quando minha alma desfalecia,
lembrei-me do Senhor
e a minha oração chegou à vossa presença,
ao vosso templo santo. Refrão
ALELUIA Jo 13, 34
Refrão: Aleluia. Repete-se
Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor:
amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Refrão
EVANGELHO Lc 10, 25-37
«Quem é o meu próximo?»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, levantou-se um doutor da lei e perguntou a Jesus para O experimentar: «Mestre, que hei-de fazer para receber como herança a vida eterna?». Jesus disse-lhe: «Que está escrito na lei? Como lês tu?». Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e ao próximo como a ti mesmo». Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem. Faz isso e viverás». Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: «E quem é o meu próximo?». Jesus, tomando a palavra, disse: «Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o que levava, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o meio morto. Por coincidência, descia pelo mesmo caminho um sacerdote; viu-o e passou adiante. Do mesmo modo, um levita que vinha por aquele lugar, viu-o e passou também adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata bem dele; e o que gastares a mais eu to pagarei quando voltar’. Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?». O doutor da lei respondeu: «O que teve compaixão dele». Disse-lhe Jesus: «Então vai e faz o mesmo».
Palavra da salvação.
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Próprio:
ALELUIA Lc 1, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco;
bendita sois Vós entre as mulheres. Refrão
EVANGELHO Lc 1, 26-38
«Conceberás e darás à luz um Filho»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
ALELUIA Lc 1, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco;
bendita sois Vós entre as mulheres. Refrão
EVANGELHO Lc 1, 26-38
«Conceberás e darás à luz um Filho»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?». O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».
Palavra da salvação.
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ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Tornai-nos dignos, Senhor, de Vos oferecer este santo sacrifício, de modo que, celebrando fervorosamente os mistérios do vosso Filho, mereçamos alcançar as suas promessas. Por Nosso Senhor.
Prefácio de Nossa Senhora I [na festividade] ou II
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Lc 1, 31
O Anjo do Senhor disse a Maria:
Conceberás e darás à luz um Filho e o seu nome será Jesus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor nosso Deus, que, ao anunciarmos neste sacramento a morte e a ressurreição do vosso Filho, O sigamos fielmente na sua paixão e mereçamos participar na alegria da sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Educar um menino
é educar um homem. Educar uma menina é educar uma família».
Santo
Henrique de Ossó
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS
: Jonas 1, 1 – 2, 1.11: Jonas, enviado por
Deus para pregar a penitência em Nínive, tenta escapar-se e embarca para longe.
Lançado ao mar como causador da tempestade que logo surgiu, é tragado pelo
monstro marinho. Mas, ora ao Senhor e é salvo. Jesus há-de referir-se a este
episódio, aliás simbólico, para fazer dele uma imagem da sua ressurreição (Mt
12, 39-42; 16,4; Lc 11, 29, 32).
Lc
10, 25-37: Nesta parábola se mostra como um
estrangeiro entendeu melhor o preceito da caridade fraterna do que os membros
do povo de Deus. O próximo está ao nosso lado e não é necessário fazer escolhas
para o encontrar. A parábola é ainda um sinal da vocação dos pagãos ao
Evangelho. Uma antiga tradição interpreta o bom Samaritano como sendo o próprio
Cristo, que Se abeirou de nós, estranhos a Ele, para nos curar.
ORAÇÃO: Senhor, o teu
caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a
servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a
dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
18.00 horas: Missa
em Alpalhão
21.00 horas. Oração
de louvor no Calvário.
A VOZ DO PASTOR
NOVO ANO PASTORAL - QUE
PRIORIDADES?
Pastoralmente falando, o que será o novo? O que será a novidade? E como
se há de apresentar e oferecer? Com que meios, com que métodos, com que
técnicas e estratégias?
Cristo é a Boa-Nova por excelência, é sempre jovem, fonte de constante
novidade. “Com a sua novidade, Ele pode sempre renovar a nossa vida e a nossa
comunidade, e a proposta cristã, ainda que atravesse períodos obscuros e
fraquezas eclesiais, nunca envelhece. Jesus Cristo pode romper também os
esquemas enfadonhos em que pretendemos aprisioná-l’O, e surpreende-nos com a
sua constante criatividade divina. Sempre que procuramos voltar à fonte e
recuperar o frescor original do Evangelho, despontam novas estradas, métodos
criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias
de renovado significado para o mundo atual. Na realidade, toda a ação
evangelizadora autêntica é sempre «nova» (EG11). Sabendo embora que a Boa Nova
é a melhor notícia que se pode dar aos outros, também sabemos que é difícil
inovar para fazer passar tal mensagem. É que, inovar, como afirma alguém, não é
fazer melhor o que sempre se fez! Não basta agitar as pessoas ou as comunidades
com iniciativas sem sumo nem continuidade. A evangelização precisa de espírito,
de entusiasmo, de análise da situação, de prioridades, de conteúdos, de
objetivos e programação, de novo vigor, nova linguagem, novo estilo, de
humildade e persistência, de estruturas que ajudem e não sejam empecilho. Sim,
a inovação pastoral ou evangeliza a partir do essencial e do mais importante e
necessário ou logo desencanta e afasta quem alimentou alguma esperança de vir a
fazer caminhada.
Vejam, por exemplo: o que é que acontece com os grupos de jovens? Só
perduram no tempo os que têm vida cristã autêntica, com conteúdos sérios, criatividade
na arte de os fazer passar e forte espiritualidade a apoiá-los, em proximidade
e amizade.
O que é que acontece com as Confrarias e Irmandades? Só restam como
fermento na sociedade envolvente as que têm verdadeira vida cristã, aquelas em
que há, de facto, vida espiritual e sabem apostar na formação na fé dos seus
membros, criando-lhes consciência de pertença e do que deles, como irmãos ou
confrades, se espera.
O que acontece com as famílias que casaram pela Igreja? Só permanecem
verdadeiramente cristãs as que rezam, frequentam o culto, evangelizam os seus e
participam na dinâmica da comunidade com alegria, qual família mais alargada,
educando também para o exercício da cidadania que reclama integração,
compromisso e ação.
Quais são os movimentos de apostolado com capacidade para fomentar uma
verdadeira pastoral de gestação? Só os que, sendo ainda atuais e atuantes, são
fiéis ao seu carisma fundacional, que é sempre de criatividade em cada tempo,
de exigência espiritual e de formação permanente, verdadeiro motor da sua ação.
Quais as paróquias que são verdadeiras comunidades eclesiais a fomentar a
cultura do encontro e da caridade? São as que têm vida espiritual que
desassossega e desinstala para ir às periferias, as que têm capacidade de
fomentar a proximidade, o acolhimento e o afeto, as que se impõem a si próprias
formação permanente na fé, as que têm a Eucaristia como força centrípeta para
todos e, de forma muito especial, para os comprometidos na diversidade dos
serviços, para que não se constituam em capelinhas dentro da igreja, mas deem
testemunho de comunhão e de alegria contagiante. A vida cristã autêntica está
sempre aberta à ação do Espírito e atenta aos sinais dos tempos, é sempre
criativa, inovadora e em saída: «Vamos para outra parte, para as aldeias
vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim» (Mc 1, 38).
Quando se vive apoiado nas verdadeiras raízes da história cristã, quando
se tem como exemplo o próprio Cristo que sempre sabia inovar para tocar o
coração das pessoas, que, respeitando a verdadeira tradição, sempre sabia
rejeitar os tradicionalismos estéreis e prejudiciais, então conseguiremos viver
eficazmente o presente, inovando, gerando empatia, lançando raízes para criar e
fazer crescer um futuro mais justo e mais humano, com esperança.
É
por isso que a pastoral duma comunidade cristã não pode ser improvisada, tem de
ter prioridades, tem de ter objetivos, tem de, em sintonia com a inspiração do
Espírito Santo, tem de ser pensada colegialmente para que também surja o
compromisso das pessoas na sua concretização, tem de ser constantemente
avaliada nas várias dimensões em que deve influir.
O
Cardeal Seán O’Malley, Bispo de Boston, num dos seus últimos livros recorda que
o Cardeal Carlo Maria Martini, numa leitura atenta dos quatro evangelhos,
apontava cinco principais prioridades de Jesus:
---
A primeira prioridade segundo a análise de Martini era a assistência de Jesus
aos doentes e aos que sofrem. Grande parte dos episódios do Evangelho têm como
protagonistas as pessoas que sofrem, as que têm fome, as que precisam de
perdão, os marginalizados, os que precisam de atenção. Isto é, a misericórdia,
a preocupação pelas pessoas.
---
A segunda prioridade é, de facto, a pregação do Evangelho, o anúncio do Reino,
a Boa Nova: “Depois que João foi preso, veio Jesus para a Galileia proclamando
o Evangelho de Deus: “O Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e acreditai
no Evangelho” (Mc 1, 14-15).
---
A terceira prioridade eram as reuniões, os encontros, os diálogos e as
conversas que Jesus tinha com aqueles que O escutavam e seguiam. Era o
encontro, o contacto direto com as pessoas.
---
A quarta prioridade era a oração. Jesus dedicava grandes momentos à oração: de
manhã cedo, de noite, em lugares isolados, no deserto, na montanha... Sentia
necessidade de momentos ainda mais fortes de oração em vésperas de opções
fundamentais, rezava sozinho, rezava com os Apóstolos, participava na vida
litúrgica do Seu povo.
---
A quinta prioridade era o tempo que Jesus dedicava aos seus amigos. Primeiro, o
tempo que dedicava à formação dos Apóstolos e dos discípulos a quem chamava
amigos. E também o tempo que dedicava à formação dos outros (cf. Séan O’Malley,
Procura-se Amigos e Lavadores de Pés, Ed. Paulinas, 2019, pág. 71-73).
Ao
iniciarmos um novo ano pastoral, que prioridades teremos nós? Embora saibamos
que a Eucaristia faz a Igreja e que há momentos fortes a aproveitar
pastoralmente, como a celebração das exéquias, dos sacramentos e das festas, o
zelo pastoral não pode reduzir-se à celebração da eucaristia. As prioridades
apontadas por Martini bem podem ser um bom ponto de partida para novos e
renovados desafios: misericórdia, pregação, contacto
pessoal, oração e formação dos colaboradores.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 04-10-2019.
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