PARÓQUIAS
DE NISA
Terça.
29 de outubro de 2019
Terça-feira da XXX
semana do tempo comum
TERÇA-FEIRA
da semana XXX
Verde – Ofício da
féria.
L 1 Rom 8, 18-25; Sal 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6
Ev Lc 13, 18-21
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – B. Miguel Rua – MO
* Na Ordem Franciscana – I Vésp. do aniversário da Dedicação da igreja própria, em todas as igrejas dedicadas da Ordem.
* Na Ordem de São Domingos (São Domingos – Lisboa) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da igreja do convento.
L 1 Rom 8, 18-25; Sal 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6
Ev Lc 13, 18-21
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – B. Miguel Rua – MO
* Na Ordem Franciscana – I Vésp. do aniversário da Dedicação da igreja própria, em todas as igrejas dedicadas da Ordem.
* Na Ordem de São Domingos (São Domingos – Lisboa) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da igreja do convento.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 104,
3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Rom 8, 18-25
«As criaturas esperam a revelação dos filhos de Deus»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Rom 8, 18-25
«As criaturas esperam a revelação dos filhos de Deus»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Eu penso que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que se há-de manifestar em nós. Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus. Elas estão sujeitas à vã situação do mundo, não por sua vontade, mas por vontade d’Aquele que as submeteu, com a esperança de que as mesmas criaturas sejam também libertadas da corrupção que escraviza, para receberem a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Sabemos que toda a criatura geme ainda agora e sofre as dores da maternidade. E não só ela, mas também nós, que possuímos as primícias do Espírito, gememos interiormente, esperando a adoção filial e a libertação do nosso corpo. É em esperança que estamos salvos, pois ver o que se espera não é esperança: quem espera o que já vê? Mas esperar o que não vemos é esperá-lo com perseverança.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 125 (126), 1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R.3)
Refrão: Grandes maravilhas fez por nós o Senhor:
por isso exultamos de alegria. Repete-se
Ou: O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo. Repete-se
Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo. Refrão
Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria. Refrão
Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria. Refrão
À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas. Refrão
ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão
EVANGELHO Lc 13, 18-21
«O grão cresceu e tornou-se árvore»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus: «A que é semelhante o reino de Deus, a que hei de compará-lo? É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e lançou na sua horta. Cresceu, tornou-se árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos». Jesus disse ainda: «A que hei de comparar o reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos
e fazei que a celebração destes mistérios
dê glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃ cf. Salmo 19, 6
Celebramos, Senhor, a vossa salvação
e glorificamos o vosso santo nome.
Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós,
oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que os vossos sacramentos
realizem em nós o que significam,
para alcançarmos um dia em plenitude
o que celebramos nestes santos mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Como o atleta não
pode ser coroado sem ter combatido, também não se pode ser cristão sem luta».
Evágrio
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS : Rom 8, 18-25: O
homem é o rei da criação. Tornado filho de Deus, ele vive na expectativa da
glória de Cristo, que se há de revelar também nele. E não só o homem, mas toda
a criação participará nesta glória, porque tudo foi criado para encontrar a
unidade final em Cristo. Esta expectativa é dolorosa, como as dores que
acompanham todo o nascimento; mas ela verá finalmente a nova criação em Cristo.
Lc
13, 18-21: Duas breves parábolas, a do grão de
mostarda e a do fermento, sublinham a força interna e o poder de transformação
que animam o reino de Deus. Esta vitalidade íntima do reino nunca diminuirá,
mesmo que a experiência nem sempre seja igual à que S. Lucas possuía. O reino
de Deus só será realidade perfeita no fim dos tempos, que hão de dar o
verdadeiro sentido a toda a história; mas ele já está no meio de nós, embora em
humildade cheio de vida, como o grão de semente em comparação com a árvore que
ele há de vir a ser um dia.
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
18.00 horas: Missa
em Alpalhão
18.00 horas: Missa
em Nisa.
A VOZ DO PASTOR
DOM ANTÓNIO BARROSO NO PARLAMENTO
O homem das
barbas, de Remelhe, Barcelos, que tudo fez para estar agora a caminho dos
altares, não tinha papas na língua quer para anunciar Jesus Cristo, quer para
defender a Igreja e o país, quer para enfrentar quem se metia onde não era
chamado ou se aburguesava no faz de conta. Ensinava que o missionário deve
levar “em uma das mãos a cruz, símbolo augusto da paz e da fraternidade dos
povos, e na outra a enxada, símbolo do trabalho abençoado por Deus. Deve ser
padre e artista, pai e mestre, doutor e homem da terra; deve tão depressa pôr a
sua estola (...) como empunhar a picareta para arrotear uma courela de terreno;
deve tão depressa fazer uma homilia, como pensar a mão escangalhada pela
explosão duma espingarda traiçoeira”.
No dia 20 deste
mês de
outubro de 2019, a Igreja em Portugal, com a presença
dos Bispos Portugueses e do Povo crente e sempre grato, vai prestar-lhe uma
homenagem em Cernache do Bonjardim, Sertã, junto ao Seminário das Missões ou da
Boa Nova, onde ele estudou. Este gesto em Dia Mundial das Missões quer
assinalar o Mês Extraordinário Missionário e, utilizando eu as
palavras do cronista João de Barros, quer assinalar também os “trabalhos de Hércules” que tantos missionários e mártires portugueses levaram a cabo por
esse mundo além, enobrecendo e ajudando a escrever a nossa história: “Vós, Portugueses, poucos quanto fortes/Que o traço poder vosso
não pesais/Vós que, à custa de vossas várias mortes/A lei da vida eterna
dilatais” (Camões).
“Sr. Presidente:
pedi a V. Ex.ª o favor de me ser concedida a palavra para, como Deputado pelo
Porto, falar de alguém que, não tendo ali o seu berço de nascimento, viveu,
contudo, durante largos anos intimamente preso aquela cidade, pela sua alma,
pelo seu coração, pelo seu espírito.
Quero referir-me
a D. António Barroso, que foi um dos maiores bispos portugueses.
As comemorações
centenárias do seu nascimento, realizadas na fidalga cidade minhota de Barcelos
e na encantadora aldeia de Remelhe, sua terra natal, promovidas pela Câmara
Municipal daquele concelho, resultaram numa manifestação de dulcíssimo encanto
espiritual de incomparável beleza, a que se associaram o Governo da Nação, com
a presença do Sr. Ministro do Ultramar, os mais altos dignitários da Igreja, os
representantes da alta cultura e o povo, sempre pronto a fazer justiça a quem é
digno dela.
A vida do grande
pioneiro da Igreja - facho de luz brilhante na escuridão de uma noite de trevas
- tomou proporções lendárias pela sua ação notabilíssima ao serviço da Pátria e
do Evangelho.
Deus, na sua
infinita misericórdia, fez esse homem detentor de todas as virtudes, as mais
raras e as mais nobres; o mais valoroso e o mais corajoso soldado da sua
milícia, na luta apologética e doutrinária sustentada na pregação da paz, do
amor, da caridade, que ele largamente difundiu e praticou. Como grande
missionário, o seu mais elevado título, pela projeção justificadamente
adquirida, foi D. António Barroso um grande português, herói consagrado da
nossa epopeia ultramarina, que a Nação, em terras longínquas da Ásia e da
África, prestou os mais assinalados serviços. Viveu para a sua pátria como
viveu para a Igreja, sabendo engrandecê-la e honrá-la. Os homens tornam-se
verdadeiramente grandes quando sabem lutar, intemerata e sinceramente, pelos
grandes ideais que abraçaram com carinho, com amor e com paixão.
E o grande bispo
do Porto, na tarefa magnifica de dilatar a Fé e o Império, encarnou
gloriosamente o papel de soldado e missionário, levando o seu apostolado a
todas as regiões onde havia necessidade de ser ouvida e escutada a palavra de
Deus e respeitados o nome e a bandeira de Portugal. A sua ação missionária,
coroa valiosa da maior glória sacerdotal, era Angola, em Moçambique e na Índia
ficou brilhantemente documentada. Mas foi especialmente no Congo que a sua
atividade, o seu esforço, a sua coragem e a sua fé obraram prodígios na
evangelização dos povos, a quem abnegadamente se deu e serviu. E ali, nesse
território em desagregação iminente e perigosa, batido pelo vento da
desnacionalização, soube, como os grandes colonialistas, no número dos quais
enfileira, impor pela sua ação enérgica e paternal os direitos da soberania
portuguesa. Ele o afirma dizendo: «Tudo ali eram ruínas. A catedral havia
ruído. Todo o deslumbre da nossa formosa língua desaparecera completamente. Era
sinistro! Quadro horroroso: o passado morrera! Como ressuscitá-lo? Nunca a cruz
mutilada de Alexandre Herculano me lembrou tanto como ao ver Deus e Portugal
mortos na alma dos pretos». Mas o milagre da ressurreição operou-o o grande
bispo, sabendo impor ao rei do Congo e aos seus súbditos o nome de Portugal.
Obra duma grande personalidade, cuja alma cristianíssima atravessa a vida,
alcança os paramos do infinito, aproximando-se de Deus, no seu eterno destino,
orando em seu louvor, pedindo a proteção para a sua pátria! E foi ouvido na sua
súplica. E elevou-se cada vez mais no desempenho da missão civilizadora,
educadora, altamente dignificante da condição humana em defesa dos preceitos do
Evangelho, que difundiu e ensinou com o seu verbo eloquente, por todas as
províncias ultramarinas no nosso império.
D. António Barroso
foi mais tarde sagrado bispo da diocese do Porto e grande se revelou também no
seu alto sacerdócio. Querido, respeitado e amado por todos quantos sentiram a
chama viva da Fé, que ele sabia acender e animar na alma do povo. Infinitamente
bom, jamais negou proteção a todos quantos dele se abeiravam e lha pediam.
O sacerdote de
Cristo, que lutou apaixonadamente por Deus e pela Pátria, e que, subindo o seu
calvário, arrostou com todos os perigos e com todas as contrariedades, soube
santamente viver com resignação e coragem as agruras do exílio e as horas
amargas da prisão. O bispo missionário, maltratado, perseguido e desterrado,
sem outra culpa que não fosse a fidelidade às leis e às doutrinas da Igreja,
imutável nos seus postulados e vitoriosa na sua ação, chama abrasando almas
sedentas de fé, vive hoje na memória de todos os portugueses. E o bronze e o
granito do seu monumento erigido no coração de Barcelos recordarão a obra de
caridade, fé e amor de um notável ministro da Igreja.
Mas não basta o
seu monumento ou as brilhantes teses apresentadas e discutidas no Congresso
Missionário realizado em Barcelos para satisfazer aspirações e anseios bem
justificados, honrando e glorificando a insigne figura desse prestigioso
ministro de Cristo.
O Seminário dos
Carvalhos, magnifico edifício de admirável localização, que o cardeal D.
Américo mandou edificar à custa dos maiores sacrifícios materiais; grande
escola-internato para a formação de sacerdotes, obedecendo a todos os
requisitos necessários à alta missão para que foi criado e a que D. António
Barroso dedicava um carinho e um interesse bem compreensível, foi em triste
época de perseguição religiosa tirado aos seus legítimos possuidores com o mais
absoluto desprezo pela hierarquia eclesiástica. Pois, Sr. Presidente, as
comemorações que acabam de realizar-se, e a que se associou o Governo da Nação,
não teriam a finalidade que lhes é devida sem a reparação para a qual chamamos
a atenção dos altos poderes do Estado.
Interpretando o
sentir do Congresso Missionário e em nome da lei ultrajada e da justiça
ofendida, nós pedimos seja restituída aos seus legítimos donos, em toda a sua
plenitude, a propriedade desse seminário, que, contra todos os preceitos da
razão, da moral e da justiça, lhe havia sido confiscada.
Entregue-se à
diocese do Porto o seu seminário, o Seminário dos Carvalhos, e o espirito do
grande bispo, que deu à Pátria honra e glória, continuará velando por nós, na
alta missão do robustecimento da Fé e engrandecimento do Império. Disse.” (in:
Site Debates Parlamentares, Diário das Sessões, nº 54).
+++++++++
São
João Paulo II, em 1991 no aeroporto da Portela, renovou-nos o desafio:
“Portugal, convoco-te para a missão (...) As sucessivas gerações dos vossos
maiores buscaram no Evangelho a inspiração para as suas vidas e legaram-vos
esta cultura constantemente enriquecida pelo cruzamento da fé cristã com as
várias populações que fizeram a história da Europa e do Mundo (...) Um dia,
Portugal foi púlpito da Boa Nova de Jesus Cristo para o mundo, levada para longe
em frágeis caravelas por arautos impelidos pelo sopro do Espírito. Hoje venho
aqui para, da mesma tribuna, convocar todo o Povo de Deus à evangelização do
mundo (...) Portugal, convoco-te para a missão”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 18-10-2019.
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