quarta-feira, 30 de outubro de 2019





PARÓQUIAS DE NISA



Quinta, 31 de outubro de 2019









Quinta-feira da XXX semana do tempo comum






QUINTA-FEIRA da semana XXX
Verde – Ofício da féria.

L 1 Rom 8, 31b-39; Sal 108 (109), 21-22. 26-27. 30-31
Ev Lc 13, 31-35


* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Ângelo de Acri, presbítero, da I Ordem – MF
* Na Companhia de Jesus – S. Afonso Rodrigues, religioso – MO
* I Vésp. de Todos os Santos – Compl. dep. I Vésp. dom.


MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 104, 3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Rom 8, 31b-39
«Nenhuma criatura poderá separar-nos do amor de Deus,
que se manifestou em Jesus Cristo»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos: Se Deus está por nós, quem estará contra nós? Deus, que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou à morte por todos nós, como não havia de nos dar, com Ele, todas as coisas? Quem acusará os eleitos de Deus, se Deus os justifica? E quem os condenará, se Cristo Jesus morreu e, mais ainda, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós? Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo ou a espada? Assim está escrito: «Por tua causa somos sujeitos à morte o dia inteiro; somos tomados como ovelhas para o matadouro». Mas em tudo isto somos vencedores, graças Àquele que nos amou. Na verdade, eu estou certo de que nem a morte nem a vida, nem os Anjos nem os Principados, nem o presente nem o futuro, nem as Potestades nem a altura nem a profundidade nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que se manifestou em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 108 (109), 21-22.26-27.30-31(R. 26b)
Refrão: Salvai-me, Senhor, pela vossa bondade. Repete-se


Senhor, vinde em meu auxílio,
por amor do vosso nome,
livrai-me, pela vossa grande misericórdia,
porque sou pobre e indigente
e tenho o coração amargurado. Refrão

Socorrei-me, Senhor, meu Deus,
salvai-me pela vossa bondade
e reconheçam que isto é obra das vossas mãos,
que fostes Vós, Senhor, que assim fizestes. Refrão

Agradecerei bem alto ao Senhor,
louvá-l’O-ei no meio da multidão,
porque Ele Se coloca à direita do pobre,
para o salvar dos que o condenam. Refrão


ALELUIA cf. Lc 19, 38; 2, 14
Refrão: Aleluia. Repete-se

Bendito o que vem em nome do Senhor:
Paz no céu e glória nas alturas. Refrão


EVANGELHO Lc 13, 31-35
«Não é possível que um profeta morra fora de Jerusalém»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele dia, aproximaram-se alguns fariseus, que disseram a Jesus: «Vai-te daqui, porque Herodes quer matar-te». Jesus respondeu-lhes: «Ide dizer a essa raposa: Eu expulso demónios e realizo curas hoje e amanhã; ao terceiro dia chego ao meu fim. Mas hoje, amanhã e depois de amanhã, devo seguir o meu caminho, porque não é possível que um profeta morra fora de Jerusalém. Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados, quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha recolhe os pintainhos debaixo das suas asas! Mas vós não quisestes. Pois bem. A vossa casa vai ficar abandonada. E Eu vos digo: Não voltareis a ver-Me, até chegar o dia em que direis: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor!’».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos
e fazei que a celebração destes mistérios
dê glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 19, 6
Celebramos, Senhor, a vossa salvação
e glorificamos o vosso santo nome.

Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós,
oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que os vossos sacramentos
realizem em nós o que significam,
para alcançarmos um dia em plenitude
o que celebramos nestes santos mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Deus espera como um mendigo. O tempo é a espera de Deus que mendiga o nosso amor».

Simone Weil




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS : Rom 8, 31b-39: Esta passagem é um verdadeiro hino ao amor de Deus manifestado em Cristo. O amor de Deus revelou-se em Jesus Cristo, que Se fez homem por amor dos homens e por eles morreu e para eles ressuscitou e assim manifestou como é verdadeira aquela outra Palavra da Escritura, que “o amor é mais forte do que a morte”. Nada pode agora ser tido pelos homens como mais forte do que este amor, que assim se manifestou: nada por isso nos poderá separar dele.

Lc 13, 31-35: Ao lado do amor de Deus pelos homens manifestado em Cristo, concretamente pelos da pátria em que Jesus morreu, aparece a incompreensão e a ingratidão da própria cidade santa de Jerusalém. Mas, é no meio destes caminhos, cheios de pecados dos homens, que Deus vai preparar para esses mesmos homens a salvação pela oblação de seu Filho sobre a cruz. Jerusalém, teatro do pecado, será também o lugar onde o Filho de Deus dará a vida pelos homens pecadores.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


15.00 horas: Funeral em Alpalhão
16.00 horas: Missa na Santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Adoração ao Santíssimo em Nisa – Espirito Santo.




A VOZ DO PASTOR



SANTOS, SIM, DEFUNTOS AINDA NÃO!...

1 – O homem não é o seu próprio fim. Hoje, porém, endeusa-se de tal forma o homem que Deus é descartado como insignificante, como se com isso Ele deixasse de existir. Aos próprios católicos, como já constatava Chesterton, pede-se que respeitem todas as religiões, menos a sua.
Mesmo que se manifestem indiferentes, sinceramente acredito que, religiosos ou não, ateus ou agnósticos, humanistas ou pensadores livres, céticos ou sem religião, ninguém deixará de se perguntar sobre os enigmas da condição humana, sobre o sentido e a finalidade da vida e da morte, sobre o mistério último que envolve a nossa existência e a consumação de toda a história humana. O gérmen da eternidade existe em nós. Deus atrai-nos.
Anselm Grün, num livro publicado em conjunto com Tomáš Halík, recorda-nos uma aposta referida por Pascal nos seus Pensamentos, mas sintetizada por Walter Dirks, assim:
“Não sabes se Deus existe. Tens a opção entre dois pressupostos, entre a suposição de que Deus existe e a presunção de que Ele não existe. Não podes esquivar-te, tens de apostar numa das possibilidades. Em alguma ocasião, talvez na experiência da tua morte, se há de verificar se apostaste de forma correta ou falsa. Se apostaste contra a existência de Deus, então, no caso de Ele não existir, nada perdeste e nada ganhaste – nem sequer terás a consciência de teres procedido bem; porém, no caso de Deus existir, então perdeste tudo. Se, pelo contrário, apostaste na existência de Deus e se Ele não existir, então não perdeste nada; mas, se Ele existir, ganhaste tudo: a bem-aventurança eterna. Nestas circunstâncias, é sensato e racional apostar na existência de Deus”.

2 – Dia de Todos os Santos! A santidade “é o rosto mais bonito da Igreja, o seu aspeto mais belo: é redescobrir-se em comunhão com Deus, na plenitude da sua vida e do seu amor (…) não é uma prerrogativa só de alguns: é um dom oferecido a todos, sem excluir ninguém, e por isso constitui o cunho distintivo de cada cristão” (Francisco, 19/11/2014). A Exortação Apostólica Alegrai-vos e Exultai, se nos fala de grandes santos, fala-nos também da santidade de ao pé da porta, da santidade da classe média, da santidade de tanta gente humilde que foi capaz de influenciar os rumos da história sem constar nos livros. Fala-nos da santidade do povo de Deus que apesar das curvas, contracurvas e maleitas da vida, sabe amar e servir, sorrir, agradecer e louvar, com alegria e esperança, sentindo-se livre e amado.
Na medida em que a pessoa ganha consciência da importância do dom da vida e dos seus limites, seja qual for a sua profissão e cultura, vai-se interrogando e procurando respostas para melhor se compreender a si próprio e dar sentido à vida. Vai-se doando como Cristo se doou. Vai vivificando a vida e vivificando a própria morte através da qual Cristo nos libertou e nos ressuscitará. Vai aprendendo a morrer... ao jeito de Cristo, como Cristo, com Cristo.

3 – Dia e Mês de Todos os Fiéis Defuntos. Sim, dos defuntos que foram fiéis. Aqueles que estão salvos, mas no Purgatório. Recordámo-los, rezamos por eles. Na medida do possível, vamos em romagem às suas campas. Colocamos flores em homenagem, acendemos as velas da fé na ressurreição, confrontamo-nos com a certeza da morte que é condição da vida. Mesmo sem sabermos quando, como e onde é que a morte virá ao nosso encontro, tornamos mais viva a consciência de que a morte está dentro da vida, coloca-lhe limites, é passagem obrigatória. É verdade que ela entristece e faz chorar quem fica, pois a presença física de quem parte já não é possível. No entanto, «Se a certeza da morte nos entristece, conforta-nos a promessa da imortalidade (...) com a morte a vida não acaba, apenas se transforma». De facto, se não tivéssemos esperança na ressurreição “seria coisa inútil e tola rezar pelos mortos”, mas porque acreditamos na ressurreição, rezar por eles é um dever «santo e piedoso» (2 Mac 12, 44.45). É uma forma de comunicar com eles, pois, de modo nenhum se interrompe “a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo; mas antes, segundo a constante fé da Igreja, é reforçada pela comunicação dos bens espirituais» (LG49).

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 25-10-2019.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 18-10-2019.




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