sábado, 26 de outubro de 2019





PARÓQUIAS DE NISA



Domingo, 27 de outubro de 2019










XXX domingo do tempo comum







DOMINGO XXX DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana II do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória Credo, pf. dominical.

L 1 Sir 35, 15b-17. 20-22a (gr. 12-14.16-18);
Sal 33 (34), 2-3. 17-18. 19 e 23
L 2 2 Tim 4, 6-8. 16-18
Ev Lc 18, 9-14


* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Arquidiocese de Évora – SS. Vicente, Sabina e Cristeta, mártires, Padroeiros principais da cidade de Évora. Em Évora – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Arquidiocese – Ofício e Missa do domingo
* Na Diocese de Viana do Castelo – Começa a Semana da Diocese.
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, Mestre e Pastor da Humanidade – SOLENIDADE
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 104, 3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Sir 35, 15b-17.20-22a (gr. 12-14.16-18)
«A oração do humilde atravessa as nuvens»


Leitura do Livro de Ben-Sirá

O Senhor é um juiz que não faz aceção de pessoas. Não favorece ninguém em prejuízo do pobre e atende a prece do oprimido. Não despreza a súplica do órfão, nem os gemidos da viúva. Quem adora a Deus será bem acolhido e a sua prece sobe até às nuvens. A oração do humilde atravessa as nuvens e não descansa enquanto não chega ao seu destino. Não desiste, até que o Altíssimo o atenda, para estabelecer o direito dos justos e fazer justiça.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.17-18.19.23 (R. 7a)
Refrão: O pobre clamou e o Senhor ouviu a sua voz. Repete-se

Ou: O Senhor ouviu o clamor do pobre. Repete-se

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes. Refrão

A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal,
para apagar da terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as angústias. Refrão

O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.
O Senhor defende a vida dos seus servos,
não serão castigados os que n’Ele confiam. Refrão


LEITURA II 2 Tim 4, 6-8.16-18
«Já me está preparada a coroa da justiça»


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo S. Paulo a Timóteo

Caríssimo: Eu já estou oferecido em libação e o tempo da minha partida está iminente. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. E agora já me está preparada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me há-de dar naquele dia; e não só a mim, mas a todos aqueles que tiverem esperado com amor a sua vinda. Na minha primeira defesa, ninguém esteve a meu lado: todos me abandonaram. Queira Deus que esta falta não lhes seja imputada. O Senhor esteve a meu lado e deu-me força, para que, por meu intermédio, a mensagem do Evangelho fosse plenamente proclamada e todas as nações a ouvissem; e eu fui libertado da boca do leão. O Senhor me livrará de todo o mal e me dará a salvação no seu reino celeste. Glória a Ele pelos séculos dos séculos. Amen.

Palavra do Senhor.


ALELUIA 2 Cor 5, 19
Refrão: Aleluia. Repete-se

Deus estava em Cristo
reconciliando o mundo consigo
e confiou-nos a palavra da reconciliação. Refrão


EVANGELHO Lc 18, 9-14
«O publicano desceu justificado para sua casa
e o fariseu não»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus disse a seguinte parábola para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros: «Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim: ‘Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de todos os meus rendimentos’. O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu; mas batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’. Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos
e fazei que a celebração destes mistérios
dê glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 19, 6
Celebramos, Senhor, a vossa salvação
e glorificamos o vosso santo nome.

Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós,
oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que os vossos sacramentos
realizem em nós o que significam,
para alcançarmos um dia em plenitude
o que celebramos nestes santos mistérios.
Por Nosso Senhor.




«Todos somos Missão».






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS : Sir 35, 15b-17.20-22a (gr. 12-14.16-18): Deus é a própria Verdade; diante d’Ele o homem deve agir com toda a verdade, sob pena de não ser acolhido por Ele. A oração deve ser o momento mais verdadeiro diante de Deus. E a oração humilde será sempre escutada por Deus.

2 Tim 4, 6-8.16-18: A leitura faz-nos escutar a última mensagem de S. Paulo antes de sofrer o martírio: abandonado dos homens, ele sente-se plenamente confiante na justiça de Deus que nunca o abandonou nem abandonará.
Lc 18, 9-14: Jesus ensina, por meio de uma parábola, como devemos orar. Este ensinamento não se aplica somente à oração individual, mas também à oração da assembleia litúrgica, onde os sinais de festa hão de proceder sempre de um coração humilde e consciente do dom de Deus, que comunitariamente celebramos..

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA

 Não há celebrações na Zona Pastoral
10.00 horas: Encontro diocesano no Largo da é, em Portalegre.
Seguem-se trabalhos de grupo.

Missa às 16.00 horas em local a comunicar.





A VOZ DO PASTOR



DOM ANTÓNIO BARROSO NO PARLAMENTO

O homem das barbas, de Remelhe, Barcelos, que tudo fez para estar agora a caminho dos altares, não tinha papas na língua quer para anunciar Jesus Cristo, quer para defender a Igreja e o país, quer para enfrentar quem se metia onde não era chamado ou se aburguesava no faz de conta. Ensinava que o missionário deve levar “em uma das mãos a cruz, símbolo augusto da paz e da fraternidade dos povos, e na outra a enxada, símbolo do trabalho abençoado por Deus. Deve ser padre e artista, pai e mestre, doutor e homem da terra; deve tão depressa pôr a sua estola (...) como empunhar a picareta para arrotear uma courela de terreno; deve tão depressa fazer uma homilia, como pensar a mão escangalhada pela explosão duma espingarda traiçoeira”.

No dia 20 deste mês de outubro de 2019, a Igreja em Portugal, com a presença dos Bispos Portugueses e do Povo crente e sempre grato, vai prestar-lhe uma homenagem em Cernache do Bonjardim, Sertã, junto ao Seminário das Missões ou da Boa Nova, onde ele estudou. Este gesto em Dia Mundial das Missões quer assinalar o Mês Extraordinário Missionário e, utilizando eu as palavras do cronista João de Barros, quer assinalar também os “trabalhos de Hércules” que tantos missionários e mártires portugueses levaram a cabo por esse mundo além, enobrecendo e ajudando a escrever a nossa história: “Vós, Portugueses, poucos quanto fortes/Que o traço poder vosso não pesais/Vós que, à custa de vossas várias mortes/A lei da vida eterna dilatais” (Camões).

Torno presente o elogio que o Deputado Urgel Abílio Horta lhe fez no Parlamento em 1954. Assim:

“Sr. Presidente: pedi a V. Ex.ª o favor de me ser concedida a palavra para, como Deputado pelo Porto, falar de alguém que, não tendo ali o seu berço de nascimento, viveu, contudo, durante largos anos intimamente preso aquela cidade, pela sua alma, pelo seu coração, pelo seu espírito.
Quero referir-me a D. António Barroso, que foi um dos maiores bispos portugueses.

As comemorações centenárias do seu nascimento, realizadas na fidalga cidade minhota de Barcelos e na encantadora aldeia de Remelhe, sua terra natal, promovidas pela Câmara Municipal daquele concelho, resultaram numa manifestação de dulcíssimo encanto espiritual de incomparável beleza, a que se associaram o Governo da Nação, com a presença do Sr. Ministro do Ultramar, os mais altos dignitários da Igreja, os representantes da alta cultura e o povo, sempre pronto a fazer justiça a quem é digno dela.

A vida do grande pioneiro da Igreja - facho de luz brilhante na escuridão de uma noite de trevas - tomou proporções lendárias pela sua ação notabilíssima ao serviço da Pátria e do Evangelho.
Deus, na sua infinita misericórdia, fez esse homem detentor de todas as virtudes, as mais raras e as mais nobres; o mais valoroso e o mais corajoso soldado da sua milícia, na luta apologética e doutrinária sustentada na pregação da paz, do amor, da caridade, que ele largamente difundiu e praticou. Como grande missionário, o seu mais elevado título, pela projeção justificadamente adquirida, foi D. António Barroso um grande português, herói consagrado da nossa epopeia ultramarina, que a Nação, em terras longínquas da Ásia e da África, prestou os mais assinalados serviços. Viveu para a sua pátria como viveu para a Igreja, sabendo engrandecê-la e honrá-la. Os homens tornam-se verdadeiramente grandes quando sabem lutar, intemerata e sinceramente, pelos grandes ideais que abraçaram com carinho, com amor e com paixão.

E o grande bispo do Porto, na tarefa magnifica de dilatar a Fé e o Império, encarnou gloriosamente o papel de soldado e missionário, levando o seu apostolado a todas as regiões onde havia necessidade de ser ouvida e escutada a palavra de Deus e respeitados o nome e a bandeira de Portugal. A sua ação missionária, coroa valiosa da maior glória sacerdotal, era Angola, em Moçambique e na Índia ficou brilhantemente documentada. Mas foi especialmente no Congo que a sua atividade, o seu esforço, a sua coragem e a sua fé obraram prodígios na evangelização dos povos, a quem abnegadamente se deu e serviu. E ali, nesse território em desagregação iminente e perigosa, batido pelo vento da desnacionalização, soube, como os grandes colonialistas, no número dos quais enfileira, impor pela sua ação enérgica e paternal os direitos da soberania portuguesa. Ele o afirma dizendo: «Tudo ali eram ruínas. A catedral havia ruído. Todo o deslumbre da nossa formosa língua desaparecera completamente. Era sinistro! Quadro horroroso: o passado morrera! Como ressuscitá-lo? Nunca a cruz mutilada de Alexandre Herculano me lembrou tanto como ao ver Deus e Portugal mortos na alma dos pretos». Mas o milagre da ressurreição operou-o o grande bispo, sabendo impor ao rei do Congo e aos seus súbditos o nome de Portugal. Obra duma grande personalidade, cuja alma cristianíssima atravessa a vida, alcança os paramos do infinito, aproximando-se de Deus, no seu eterno destino, orando em seu louvor, pedindo a proteção para a sua pátria! E foi ouvido na sua súplica. E elevou-se cada vez mais no desempenho da missão civilizadora, educadora, altamente dignificante da condição humana em defesa dos preceitos do Evangelho, que difundiu e ensinou com o seu verbo eloquente, por todas as províncias ultramarinas no nosso império.

D. António Barroso foi mais tarde sagrado bispo da diocese do Porto e grande se revelou também no seu alto sacerdócio. Querido, respeitado e amado por todos quantos sentiram a chama viva da Fé, que ele sabia acender e animar na alma do povo. Infinitamente bom, jamais negou proteção a todos quantos dele se abeiravam e lha pediam.

O sacerdote de Cristo, que lutou apaixonadamente por Deus e pela Pátria, e que, subindo o seu calvário, arrostou com todos os perigos e com todas as contrariedades, soube santamente viver com resignação e coragem as agruras do exílio e as horas amargas da prisão. O bispo missionário, maltratado, perseguido e desterrado, sem outra culpa que não fosse a fidelidade às leis e às doutrinas da Igreja, imutável nos seus postulados e vitoriosa na sua ação, chama abrasando almas sedentas de fé, vive hoje na memória de todos os portugueses. E o bronze e o granito do seu monumento erigido no coração de Barcelos recordarão a obra de caridade, fé e amor de um notável ministro da Igreja.

Mas não basta o seu monumento ou as brilhantes teses apresentadas e discutidas no Congresso Missionário realizado em Barcelos para satisfazer aspirações e anseios bem justificados, honrando e glorificando a insigne figura desse prestigioso ministro de Cristo.

O Seminário dos Carvalhos, magnifico edifício de admirável localização, que o cardeal D. Américo mandou edificar à custa dos maiores sacrifícios materiais; grande escola-internato para a formação de sacerdotes, obedecendo a todos os requisitos necessários à alta missão para que foi criado e a que D. António Barroso dedicava um carinho e um interesse bem compreensível, foi em triste época de perseguição religiosa tirado aos seus legítimos possuidores com o mais absoluto desprezo pela hierarquia eclesiástica. Pois, Sr. Presidente, as comemorações que acabam de realizar-se, e a que se associou o Governo da Nação, não teriam a finalidade que lhes é devida sem a reparação para a qual chamamos a atenção dos altos poderes do Estado.

Interpretando o sentir do Congresso Missionário e em nome da lei ultrajada e da justiça ofendida, nós pedimos seja restituída aos seus legítimos donos, em toda a sua plenitude, a propriedade desse seminário, que, contra todos os preceitos da razão, da moral e da justiça, lhe havia sido confiscada.

Entregue-se à diocese do Porto o seu seminário, o Seminário dos Carvalhos, e o espirito do grande bispo, que deu à Pátria honra e glória, continuará velando por nós, na alta missão do robustecimento da Fé e engrandecimento do Império. Disse.” (in: Site Debates Parlamentares, Diário das Sessões, nº 54).
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São João Paulo II, em 1991 no aeroporto da Portela, renovou-nos o desafio: “Portugal, convoco-te para a missão (...) As sucessivas gerações dos vossos maiores buscaram no Evangelho a inspiração para as suas vidas e legaram-vos esta cultura constantemente enriquecida pelo cruzamento da fé cristã com as várias populações que fizeram a história da Europa e do Mundo (...) Um dia, Portugal foi púlpito da Boa Nova de Jesus Cristo para o mundo, levada para longe em frágeis caravelas por arautos impelidos pelo sopro do Espírito. Hoje venho aqui para, da mesma tribuna, convocar todo o Povo de Deus à evangelização do mundo (...) Portugal, convoco-te para a missão”. 

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 18-10-2019.


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