sexta-feira, 11 de outubro de 2019




PARÓQUIAS DE NISA




Sábado, 12 de outubro de 2019








Sábado da XXVII semana do tempo comum






SÁBADO da semana XXVII (Missa da manhã)
Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Joel 4, 12-21; Sal 96 (97), 1-2. 5-6. 11-12
Ev Lc 11, 27-28

* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – Aniversário da entrada solene de D. Antonino Eugénio Fernandes Dias.
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Serafim do Montegranaro, religioso, da I Ordem – MO
* Na Companhia de Jesus – B. João Beyzym, presbítero, apóstolo dos leprosos em Madagáscar – MF
* Na Ordem Agostiniana – B. Maria Teresa Fasce, virgem – MF
* Na Diocese de Leiria-Fátima (Santuário de Fátima) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Basílica de Nossa Senhora do Rosário.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.




MISSA 
ANTÍFONA DE ENTRADA Est 13, 9.10-11
Senhor, Deus omnipotente, tudo está sujeito ao vosso poder
e ninguém pode resistir à vossa vontade.
Vós criastes o céu e a terra e todas as maravilhas
que estão sob o firmamento.
Vós sois o Senhor do universo.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que, no vosso amor infinito,
cumulais de bens os que Vos imploram
muito além dos seus méritos e desejos, pela vossa misericórdia,
libertai a nossa consciência de toda a inquietação
e dai-nos o que nem sequer ousamos pedir.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Joel 4, 12-21
«Metei a foice, porque a seara está madura»


Leitura da Profecia de Joel

Eis o que diz o Senhor: «Levantem-se as nações e encaminhem-se para o Vale de Josafat. Ali estarei sentado a julgar todas as nações vizinhas. Metei a foice, porque a seara está madura; vinde pisar, porque o lagar está cheio: os tanques transbordam, porque é grande a malícia das nações». Multidões e multidões no Vale do Julgamento! Está próximo o dia do Senhor no Vale do Julgamento! O sol e a lua escureceram e as estrelas perderam o seu brilho. O Senhor ruge desde Sião, de Jerusalém faz ouvir a sua voz: tremem os céus e a terra. Mas o Senhor é um refúgio para o seu povo, um abrigo para os filhos de Israel. «Então sabereis que Eu sou o Senhor, vosso Deus, que habito em Sião, o meu santo monte. Jerusalém será um lugar sagrado e nunca mais passarão por lá os estranhos». Nesse dia, os montes escorrerão vinho novo, as colinas jorrarão leite e correrão águas em todos os ribeiros de Judá. Do templo do Senhor sairá uma nascente, para regar o Vale das Acácias. O Egipto será terra devastada e Edom um deserto desolado, por causa das violências contra os filhos de Judá, por terem derramado na sua terra sangue inocente. Mas Judá será habitado para sempre e Jerusalém de geração em geração. «Eu vingarei o seu sangue, que não deixarei impune». E o Senhor habitará em Sião.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 96 (97), 1-2.5-6.11-12 (R. 12a)
Refrão: Alegrai-vos, justos, no Senhor. Repete-se


O Senhor é rei: exulte a terra,
rejubile a multidão das ilhas.
Ao seu redor, nuvens e trevas;
a justiça e o direito são a base do seu trono. Refrão

Derretem-se os montes como cera
diante do Senhor de toda a terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória. Refrão

A luz resplandece para os justos
e a alegria para os corações rectos.
Alegrai-vos, justos, no Senhor
e louvai o seu nome santo. Refrão


ALELUIA Lc 11, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Felizes os que ouvem a palavra de Deus
e a põem em prática. Refrão


EVANGELHO Lc 11, 27-28
«Feliz o ventre que Te trouxe!
Mais felizes os que ouvem a palavra de Deus»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, enquanto Jesus falava à multidão, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse: «Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito». Mas Jesus respondeu: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o sacrifício
que Vós mesmo nos mandastes oferecer
e, por estes sagrados mistérios que celebramos,
confirmai em nós a obra da redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lam 3, 25
O Senhor é bom para quem n’Ele confia,
para a alma que O procura.

Ou cf. 1 Cor 10, 17
Porque há um só pão, todos somos um só corpo,
nós que participamos do mesmo cálice e do mesmo pão.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que neste sacramento saciais a nossa fome e a nossa sede,
fazei que, ao comungarmos o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
nos transformemos n’Aquele que recebemos.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



«Silêncio, reflexão e oração; só assim podemos entender os sinais dos tempos».

Papa Francisco



ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS : Joel 4, 12-21: O julgamento das nações no Dia do Senhor prepara o tempo de alegria da restauração da cidade de Deus, na qual o Senhor habitará, dando a paz ao seu povo. A história de Deus do passado que os profetas iam acompanhando e ajudando a ser entendida pelos seus contemporâneos é a história de hoje e de sempre: “Deus ama, Deus cria, Deus julga, Deus salva, Deus faz Aliança”. Assim alguém resumiu a história da salvação.

Lc 11, 27-28: É bom poder ouvir ao sábado esta palavra com a qual aquela simples mulher bendisse o Senhor de entre a multidão, e poder escutar da boca de Jesus aquela resposta que nos revela por que razão é bem-aventurada a sua Mãe: porque ouviu e guardou no coração, pela fé, a palavra de Deus antes de receber o Filho de Deus feito homem em seu ventre. Aquela primeira felicidade veio a desabrochar na segunda..

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA

09.30 horas: Funeral em Amieira do Tejo
15.00 horas: Missa em Falagueira
15.00 horas: Inauguração do Lar de Arez
16.00 horas: Missa em Monte Claro
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão
21.00 horas: Vigília Missionária em Alpalhão.




A VOZ DO PASTOR



NOVO ANO PASTORAL - QUE PRIORIDADES?
Pastoralmente falando, o que será o novo? O que será a novidade? E como se há de apresentar e oferecer? Com que meios, com que métodos, com que técnicas e estratégias?

Cristo é a Boa-Nova por excelência, é sempre jovem, fonte de constante novidade. “Com a sua novidade, Ele pode sempre renovar a nossa vida e a nossa comunidade, e a proposta cristã, ainda que atravesse períodos obscuros e fraquezas eclesiais, nunca envelhece. Jesus Cristo pode romper também os esquemas enfadonhos em que pretendemos aprisioná-l’O, e surpreende-nos com a sua constante criatividade divina. Sempre que procuramos voltar à fonte e recuperar o frescor original do Evangelho, despontam novas estradas, métodos criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias de renovado significado para o mundo atual. Na realidade, toda a ação evangelizadora autêntica é sempre «nova» (EG11). Sabendo embora que a Boa Nova é a melhor notícia que se pode dar aos outros, também sabemos que é difícil inovar para fazer passar tal mensagem. É que, inovar, como afirma alguém, não é fazer melhor o que sempre se fez! Não basta agitar as pessoas ou as comunidades com iniciativas sem sumo nem continuidade. A evangelização precisa de espírito, de entusiasmo, de análise da situação, de prioridades, de conteúdos, de objetivos e programação, de novo vigor, nova linguagem, novo estilo, de humildade e persistência, de estruturas que ajudem e não sejam empecilho. Sim, a inovação pastoral ou evangeliza a partir do essencial e do mais importante e necessário ou logo desencanta e afasta quem alimentou alguma esperança de vir a fazer caminhada.

Vejam, por exemplo: o que é que acontece com os grupos de jovens? Só perduram no tempo os que têm vida cristã autêntica, com conteúdos sérios, criatividade na arte de os fazer passar e forte espiritualidade a apoiá-los, em proximidade e amizade.

O que é que acontece com as Confrarias e Irmandades? Só restam como fermento na sociedade envolvente as que têm verdadeira vida cristã, aquelas em que há, de facto, vida espiritual e sabem apostar na formação na fé dos seus membros, criando-lhes consciência de pertença e do que deles, como irmãos ou confrades, se espera.

O que acontece com as famílias que casaram pela Igreja? Só permanecem verdadeiramente cristãs as que rezam, frequentam o culto, evangelizam os seus e participam na dinâmica da comunidade com alegria, qual família mais alargada, educando também para o exercício da cidadania que reclama integração, compromisso e ação.

Quais são os movimentos de apostolado com capacidade para fomentar uma verdadeira pastoral de gestação? Só os que, sendo ainda atuais e atuantes, são fiéis ao seu carisma fundacional, que é sempre de criatividade em cada tempo, de exigência espiritual e de formação permanente, verdadeiro motor da sua ação.

Quais as paróquias que são verdadeiras comunidades eclesiais a fomentar a cultura do encontro e da caridade? São as que têm vida espiritual que desassossega e desinstala para ir às periferias, as que têm capacidade de fomentar a proximidade, o acolhimento e o afeto, as que se impõem a si próprias formação permanente na fé, as que têm a Eucaristia como força centrípeta para todos e, de forma muito especial, para os comprometidos na diversidade dos serviços, para que não se constituam em capelinhas dentro da igreja, mas deem testemunho de comunhão e de alegria contagiante. A vida cristã autêntica está sempre aberta à ação do Espírito e atenta aos sinais dos tempos, é sempre criativa, inovadora e em saída: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim» (Mc 1, 38).

Quando se vive apoiado nas verdadeiras raízes da história cristã, quando se tem como exemplo o próprio Cristo que sempre sabia inovar para tocar o coração das pessoas, que, respeitando a verdadeira tradição, sempre sabia rejeitar os tradicionalismos estéreis e prejudiciais, então conseguiremos viver eficazmente o presente, inovando, gerando empatia, lançando raízes para criar e fazer crescer um futuro mais justo e mais humano, com  esperança.

É por isso que a pastoral duma comunidade cristã não pode ser improvisada, tem de ter prioridades, tem de ter objetivos, tem de, em sintonia com a inspiração do Espírito Santo, tem de ser pensada colegialmente para que também surja o compromisso das pessoas na sua concretização, tem de ser constantemente avaliada nas várias dimensões em que deve influir.
O Cardeal Seán O’Malley, Bispo de Boston, num dos seus últimos livros recorda que o Cardeal Carlo Maria Martini, numa leitura atenta dos quatro evangelhos, apontava cinco principais prioridades de Jesus:
--- A primeira prioridade segundo a análise de Martini era a assistência de Jesus aos doentes e aos que sofrem. Grande parte dos episódios do Evangelho têm como protagonistas as pessoas que sofrem, as que têm fome, as que precisam de perdão, os marginalizados, os que precisam de atenção. Isto é, a misericórdia, a preocupação pelas pessoas.
--- A segunda prioridade é, de facto, a pregação do Evangelho, o anúncio do Reino, a Boa Nova: “Depois que João foi preso, veio Jesus para a Galileia proclamando o Evangelho de Deus: “O Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1, 14-15).
--- A terceira prioridade eram as reuniões, os encontros, os diálogos e as conversas que Jesus tinha com aqueles que O escutavam e seguiam. Era o encontro, o contacto direto com as pessoas.
--- A quarta prioridade era a oração. Jesus dedicava grandes momentos à oração: de manhã cedo, de noite, em lugares isolados, no deserto, na montanha... Sentia necessidade de momentos ainda mais fortes de oração em vésperas de opções fundamentais, rezava sozinho, rezava com os Apóstolos, participava na vida litúrgica do Seu povo.
--- A quinta prioridade era o tempo que Jesus dedicava aos seus amigos. Primeiro, o tempo que dedicava à formação dos Apóstolos e dos discípulos a quem chamava amigos. E também o tempo que dedicava à formação dos outros (cf. Séan O’Malley, Procura-se Amigos e Lavadores de Pés, Ed. Paulinas, 2019, pág. 71-73).
Ao iniciarmos um novo ano pastoral, que prioridades teremos nós? Embora saibamos que a Eucaristia faz a Igreja e que há momentos fortes a aproveitar pastoralmente, como a celebração das exéquias, dos sacramentos e das festas, o zelo pastoral não pode reduzir-se à celebração da eucaristia. As prioridades apontadas por Martini bem podem ser um bom ponto de partida para novos e renovados desafios: misericórdia, pregação, contacto pessoal, oração e formação dos colaboradores.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 04-10-2019.




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