quarta-feira, 9 de outubro de 2019




PARÓQUIAS DE NISA


Quinta, 10 de outubro de 2019








Quinta-feira da XXVII semana do tempo comum






QUINTA-FEIRA da semana XXVII
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha

L 1 Mal 3, 13-20a; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
Ev Lc 11, 5-13

* Na Ordem Agostiniana – S. Tomás de Vilanova, bispo – FESTA
* Na Ordem Franciscana – SS. Daniel, presbítero, e Companheiros, mártires, da I Ordem – MF
* Nos Missionários Combonianos do Coração de Jesus, nas Irmãs Missionárias Combonianas, nas Missionárias Seculares Combonianas e nos Leigos Missionários Combonianos – S. Daniel Comboni, bispo, missionário e Fundador – SOLENIDADE
* Na Diocese do Porto (Porto) – I Vésp. de Nossa Senhora de Vandoma.
* Na Congregação das Servas de Maria – I Vésp. de S. Maria Soledad Torres.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Est 13, 9.10-11
Senhor, Deus omnipotente, tudo está sujeito ao vosso poder
e ninguém pode resistir à vossa vontade.
Vós criastes o céu e a terra e todas as maravilhas
que estão sob o firmamento.
Vós sois o Senhor do universo.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que, no vosso amor infinito,
cumulais de bens os que Vos imploram
muito além dos seus méritos e desejos, pela vossa misericórdia,
libertai a nossa consciência de toda a inquietação
e dai-nos o que nem sequer ousamos pedir.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Mal 3, 13-20a
«Há de vir o dia, ardente como uma fornalha»


Leitura da Profecia de Malaquias

«As vossas palavras contra Mim são arrogantes – diz o Senhor – e perguntais: ‘Que dissemos contra o Senhor?’. Vós dissestes: ‘É tempo perdido servir a Deus. Que aproveita cumprir os seus preceitos e andar vestido de luto diante do Senhor do Universo? Por isso agora chamamos felizes os soberbos, que praticam o mal e prosperam, que provocam a Deus e ficam impunes’». Então os que temem o Senhor falaram entre si; e o Senhor prestou atenção e escutou-os. Diante d’Ele foi escrito um livro que conserva a memória daqueles que O temem e respeitam o seu nome. «No dia que Eu preparo, Eles serão minha propriedade – diz o Senhor do Universo –. Terei compaixão deles, como um pai se compadece do filho obediente. Então vereis de novo a diferença entre o justo e o pecador, entre aquele que serve a Deus e aquele que não O serve. Porque há de vir o dia, ardente como uma fornalha, em que serão como a palha todos os soberbos e malfeitores. O dia que há de vir os abrasará – diz o Senhor do Universo – e não lhes deixará raiz nem ramos. Mas para vós que temeis o meu nome, nascerá o sol de justiça, trazendo nos seus raios a salvação».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 1, 1-2.3.4 e 6 (R. Salmo 39, 5a)
Refrão: Feliz o homem que pôs a sua esperança no Senhor. Repete-se


Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor,
e nela medita dia e noite. Refrão

É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido. Refrão

Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição. Refrão


ALELUIA cf. Actos 16, 14b
Refrão: Aleluia Repete-se

Abri, Senhor, o nosso coração,
para recebermos a palavra do vosso Filho. Refrão


EVANGELHO Lc 11, 5-13
«Pedi e dar-se-vos-á»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se algum de vós tiver um amigo, poderá ter de ir a sua casa à meia-noite, para lhe dizer: ‘Amigo, empresta-me três pães, porque chegou de viagem um dos meus amigos e não tenho nada para lhe dar’. Ele poderá responder lá de dentro: ‘Não me incomodes; a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados e não posso levantar-me para te dar os pães’. Eu vos digo: Se ele não se levantar por ser amigo, ao menos, por causa da sua insistência, levantar-se-á para lhe dar tudo aquilo de que precisa. Também vos digo: Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta, abrir-se-á. Se um de vós for pai e um filho lhe pedir peixe, em vez de peixe dar-lhe-á uma serpente? E se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á um escorpião? Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem!».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o sacrifício
que Vós mesmo nos mandastes oferecer
e, por estes sagrados mistérios que celebramos,
confirmai em nós a obra da redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lam 3, 25
O Senhor é bom para quem n’Ele confia,
para a alma que O procura.

Ou cf. 1 Cor 10, 17
Porque há um só pão, todos somos um só corpo,
nós que participamos do mesmo cálice e do mesmo pão.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que neste sacramento saciais a nossa fome e a nossa sede,
fazei que, ao comungarmos o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
nos transformemos n’Aquele que recebemos.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Se sou alguém ou tenho algo, a Deus o devo ».

António Maria Claret



ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS : Mal 3, 13-20a: No livro da Profecia de Malaquias, escrito depois da reconstrução do templo, o profeta censura certos abusos, especialmente no culto. Um dia, o Senhor julgará, separará os maus dos bons, destruirá tudo o que é mau, fará brilhar o bem como o Sol. Esse momento é chamado pelo profeta o “Dia do Senhor”, nome que hoje se aplica ao Domingo, por ele ser o dia que celebra a Páscoa de Jesus, o ato supremo da justiça de Deus, que põe fim ao pecado e à morte e leva o homem à vida gloriosa da ressurreição.

Lc 11, 5-13: A oração é, antes de mais, um ato de louvor a Deus. Mas este louvor logo se transforma em súplica, ao reconhecer-se que Deus, que Se mostrou, tantas vezes, atento às necessidades dos homens, continua a ser sempre a fonte e origem de todo o bem, porque é assim a própria natureza de Deus. Por isso, Jesus não cessa de nos dizer que devemos insistir sempre na oração, e na oração de súplica. Com esta insistência, o Senhor quer despertar a nossa fé, para que O invoquemos, e a nossa humildade, para sabermos reconhecer que precisamos d’Ele, e não nos fecharmos na nossa auto-suficiência, bem pouco suficiente.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA

15.30 horas: Funeral em Gáfete
16.00 horas: Missa na Santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Encontro do AMIVD
21.00 horas: Adoração ao Santíssimo.




A VOZ DO PASTOR



NOVO ANO PASTORAL - QUE PRIORIDADES?
Pastoralmente falando, o que será o novo? O que será a novidade? E como se há de apresentar e oferecer? Com que meios, com que métodos, com que técnicas e estratégias?

Cristo é a Boa-Nova por excelência, é sempre jovem, fonte de constante novidade. “Com a sua novidade, Ele pode sempre renovar a nossa vida e a nossa comunidade, e a proposta cristã, ainda que atravesse períodos obscuros e fraquezas eclesiais, nunca envelhece. Jesus Cristo pode romper também os esquemas enfadonhos em que pretendemos aprisioná-l’O, e surpreende-nos com a sua constante criatividade divina. Sempre que procuramos voltar à fonte e recuperar o frescor original do Evangelho, despontam novas estradas, métodos criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias de renovado significado para o mundo atual. Na realidade, toda a ação evangelizadora autêntica é sempre «nova» (EG11). Sabendo embora que a Boa Nova é a melhor notícia que se pode dar aos outros, também sabemos que é difícil inovar para fazer passar tal mensagem. É que, inovar, como afirma alguém, não é fazer melhor o que sempre se fez! Não basta agitar as pessoas ou as comunidades com iniciativas sem sumo nem continuidade. A evangelização precisa de espírito, de entusiasmo, de análise da situação, de prioridades, de conteúdos, de objetivos e programação, de novo vigor, nova linguagem, novo estilo, de humildade e persistência, de estruturas que ajudem e não sejam empecilho. Sim, a inovação pastoral ou evangeliza a partir do essencial e do mais importante e necessário ou logo desencanta e afasta quem alimentou alguma esperança de vir a fazer caminhada.

Vejam, por exemplo: o que é que acontece com os grupos de jovens? Só perduram no tempo os que têm vida cristã autêntica, com conteúdos sérios, criatividade na arte de os fazer passar e forte espiritualidade a apoiá-los, em proximidade e amizade.

O que é que acontece com as Confrarias e Irmandades? Só restam como fermento na sociedade envolvente as que têm verdadeira vida cristã, aquelas em que há, de facto, vida espiritual e sabem apostar na formação na fé dos seus membros, criando-lhes consciência de pertença e do que deles, como irmãos ou confrades, se espera.

O que acontece com as famílias que casaram pela Igreja? Só permanecem verdadeiramente cristãs as que rezam, frequentam o culto, evangelizam os seus e participam na dinâmica da comunidade com alegria, qual família mais alargada, educando também para o exercício da cidadania que reclama integração, compromisso e ação.

Quais são os movimentos de apostolado com capacidade para fomentar uma verdadeira pastoral de gestação? Só os que, sendo ainda atuais e atuantes, são fiéis ao seu carisma fundacional, que é sempre de criatividade em cada tempo, de exigência espiritual e de formação permanente, verdadeiro motor da sua ação.

Quais as paróquias que são verdadeiras comunidades eclesiais a fomentar a cultura do encontro e da caridade? São as que têm vida espiritual que desassossega e desinstala para ir às periferias, as que têm capacidade de fomentar a proximidade, o acolhimento e o afeto, as que se impõem a si próprias formação permanente na fé, as que têm a Eucaristia como força centrípeta para todos e, de forma muito especial, para os comprometidos na diversidade dos serviços, para que não se constituam em capelinhas dentro da igreja, mas deem testemunho de comunhão e de alegria contagiante. A vida cristã autêntica está sempre aberta à ação do Espírito e atenta aos sinais dos tempos, é sempre criativa, inovadora e em saída: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim» (Mc 1, 38).

Quando se vive apoiado nas verdadeiras raízes da história cristã, quando se tem como exemplo o próprio Cristo que sempre sabia inovar para tocar o coração das pessoas, que, respeitando a verdadeira tradição, sempre sabia rejeitar os tradicionalismos estéreis e prejudiciais, então conseguiremos viver eficazmente o presente, inovando, gerando empatia, lançando raízes para criar e fazer crescer um futuro mais justo e mais humano, com  esperança.

É por isso que a pastoral duma comunidade cristã não pode ser improvisada, tem de ter prioridades, tem de ter objetivos, tem de, em sintonia com a inspiração do Espírito Santo, tem de ser pensada colegialmente para que também surja o compromisso das pessoas na sua concretização, tem de ser constantemente avaliada nas várias dimensões em que deve influir.
O Cardeal Seán O’Malley, Bispo de Boston, num dos seus últimos livros recorda que o Cardeal Carlo Maria Martini, numa leitura atenta dos quatro evangelhos, apontava cinco principais prioridades de Jesus:
--- A primeira prioridade segundo a análise de Martini era a assistência de Jesus aos doentes e aos que sofrem. Grande parte dos episódios do Evangelho têm como protagonistas as pessoas que sofrem, as que têm fome, as que precisam de perdão, os marginalizados, os que precisam de atenção. Isto é, a misericórdia, a preocupação pelas pessoas.
--- A segunda prioridade é, de facto, a pregação do Evangelho, o anúncio do Reino, a Boa Nova: “Depois que João foi preso, veio Jesus para a Galileia proclamando o Evangelho de Deus: “O Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1, 14-15).
--- A terceira prioridade eram as reuniões, os encontros, os diálogos e as conversas que Jesus tinha com aqueles que O escutavam e seguiam. Era o encontro, o contacto direto com as pessoas.
--- A quarta prioridade era a oração. Jesus dedicava grandes momentos à oração: de manhã cedo, de noite, em lugares isolados, no deserto, na montanha... Sentia necessidade de momentos ainda mais fortes de oração em vésperas de opções fundamentais, rezava sozinho, rezava com os Apóstolos, participava na vida litúrgica do Seu povo.
--- A quinta prioridade era o tempo que Jesus dedicava aos seus amigos. Primeiro, o tempo que dedicava à formação dos Apóstolos e dos discípulos a quem chamava amigos. E também o tempo que dedicava à formação dos outros (cf. Séan O’Malley, Procura-se Amigos e Lavadores de Pés, Ed. Paulinas, 2019, pág. 71-73).
Ao iniciarmos um novo ano pastoral, que prioridades teremos nós? Embora saibamos que a Eucaristia faz a Igreja e que há momentos fortes a aproveitar pastoralmente, como a celebração das exéquias, dos sacramentos e das festas, o zelo pastoral não pode reduzir-se à celebração da eucaristia. As prioridades apontadas por Martini bem podem ser um bom ponto de partida para novos e renovados desafios: misericórdia, pregação, contacto pessoal, oração e formação dos colaboradores.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 04-10-2019.



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