terça-feira, 8 de outubro de 2019




PARÓQUIAS DE NISA


Quarta, 09 de outubro de 2019








Quarta-feira da XXVII semana do tempo comum






QUARTA-FEIRA da semana XXVII

SS. Dionísio, bispo, e Companheiros, mártires – MF
S. João Leonardo, presbítero – MF

B. João Newman, bispo – MF
Verde, verm. ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Jonas 4, 1-11; Sal 85 (86), 3-4. 5-6. 9-10
Ev Lc 11, 1-4


* Na Diocese do Funchal – Nossa Senhora do Monte, Padroeira principal da cidade do Funchal e secundária da Diocese. No Funchal – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – MO
* Na Ordem Agostiniana – B. António Patrizi, presbítero – MF
* Na Ordem de São Domingos – S. Luís Beltrão, presbítero – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – S. Inocêncio Canoura Arnau, presbítero e mártir – MF
* Nos Missionários Combonianos do Coração de Jesus, nas Irmãs Missionárias Combonianas, nas Missionárias Seculares Combonianas e nos Leigos Missionários Combonianos – I Vésp. de S. Daniel Comboni, bispo, missionário e Fundador.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Est 13, 9.10-11
Senhor, Deus omnipotente, tudo está sujeito ao vosso poder
e ninguém pode resistir à vossa vontade.
Vós criastes o céu e a terra e todas as maravilhas
que estão sob o firmamento.
Vós sois o Senhor do universo.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que, no vosso amor infinito,
cumulais de bens os que Vos imploram
muito além dos seus méritos e desejos, pela vossa misericórdia,
libertai a nossa consciência de toda a inquietação
e dai-nos o que nem sequer ousamos pedir.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Jonas 4, 1-11
«Tu tens pena do rícino e Eu não devia ter pena da grande cidade de Nínive»


Leitura da Profecia de Jonas

Jonas ficou muito desgostoso e irritado, quando Deus perdoou aos ninivitas, e orou, dizendo: «Ah, Senhor! Não era isto que eu dizia, quando estava ainda na minha terra? Por isso me apressei a fugir para Társis, por saber que sois um Deus clemente e compassivo, lento para a ira, rico de misericórdia e sempre disposto a desistir do castigo. Mas agora, Senhor, tirai-me a vida, porque para mim é melhor morrer do que ficar vivo». O Senhor respondeu-lhe: «Terás razão para te irritares?». Jonas saiu de Nínive e instalou-se a oriente da cidade. Aí fez uma cabana e sentou-se à sua sombra, para ver o que acontecia à cidade. Então o Senhor Deus fez crescer um rícino, que se elevou por cima de Jonas, para lhe dar sombra à cabeça e o livrar do seu mau humor. Jonas ficou muito contente com o rícino. Mas no dia seguinte, ao romper da manhã, Deus mandou um verme, que roeu as raízes do rícino, e ele secou. Ao nascer do sol, Deus fez soprar do oriente um vento abrasador e o sol bateu em cheio na cabeça de Jonas, fazendo-o desmaiar. E Jonas tornou a pedir a morte, exclamando: «Para mim é melhor morrer do que ficar vivo». Então Deus disse a Jonas: «Terás razão para te irritares por causa do rícino?». Jonas respondeu: «Tenho razão de me irritar mortalmente». O Senhor disse-lhe: «Tu tens pena do rícino, que não te deu qualquer trabalho e não fizeste crescer, que nasceu numa noite e numa noite morreu. E Eu não devia ter pena da grande cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem distinguir a mão direita da esquerda, além de grande número de animais?».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 85 (86), 3-4.5-6.9-10 (R. 15b)
Refrão: Senhor, sois um Deus paciente
e cheio de misericórdia. Repete-se


Tende piedade de mim, Senhor,
que a Vós clamo todo o dia.
Alegrai a alma do vosso servo,
porque a Vós, Senhor, elevo a minha alma. Refrão

Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia
para com todos os que Vos invocam.
Ouvi, Senhor, a minha oração,
atendei a voz da minha súplica. Refrão

Todos os povos que criastes virão adorar-Vos, Senhor,
e glorificar o vosso nome,
porque Vós sois grande e operais maravilhas,
Vós sois o único Deus. Refrão


ALELUIA Rom 8, 15bc
Refrão: Aleluia. Repete-se
Recebestes o espírito de adoção filial;
nele clamamos: «Abba, ó Pai». Refrão



EVANGELHO Lc 11, 1-4
«Senhor, ensina-nos a orar»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, estava Jesus em oração em certo lugar. Ao terminar, disse-Lhe um dos discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João Baptista ensinou também os seus discípulos». Disse-lhes Jesus: «Quando orardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso reino; dai-nos em cada dia o pão da nossa subsistência; perdoai-nos os nossos pecados, porque também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixeis cair em tentação’».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o sacrifício
que Vós mesmo nos mandastes oferecer
e, por estes sagrados mistérios que celebramos,
confirmai em nós a obra da redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lam 3, 25
O Senhor é bom para quem n’Ele confia,
para a alma que O procura.

Ou cf. 1 Cor 10, 17
Porque há um só pão, todos somos um só corpo,
nós que participamos do mesmo cálice e do mesmo pão.



ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que neste sacramento saciais a nossa fome e a nossa sede,
fazei que, ao comungarmos o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
nos transformemos n’Aquele que recebemos.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Quem está em Deus, tem tudo. Deus lhe basta ».

Teresa de Ávila



ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS : Jonas 4, 1-11: O profeta quase se escandaliza da grande misericórdia de Deus; mas o Senhor, por meio de um acontecimento simbólico, que é uma parábola em ação, ajuda-o a compreender que a misericórdia de Deus está acima de todas as maneiras de pensar do homem.

Lc 11, 1-4: Ao verem Jesus rezar, os discípulos querem imitar o Mestre, e pedem-Lhe que os ensine também a rezar. A oração é o diálogo com Deus. A oração nasce no fundo do coração do homem. Mas a oração do cristão é iluminada pela revelação que Jesus nos trouxe, e que, acima de tudo, nos revela Deus como Pai. Por isso, a oração cristã nasce sempre da fé. Com razão os Antigos não permitiam que esta oração chegasse aos ouvidos dos pagãos antes de eles terem sido catequizados; seria certamente escandaloso para eles tratar a Deus como Pai! Mas ela contém a grande revelação: Deus é nosso Pai e tem-nos a nós como seus filhos.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA

17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa.




A VOZ DO PASTOR



NOVO ANO PASTORAL - QUE PRIORIDADES?
Pastoralmente falando, o que será o novo? O que será a novidade? E como se há de apresentar e oferecer? Com que meios, com que métodos, com que técnicas e estratégias?

Cristo é a Boa-Nova por excelência, é sempre jovem, fonte de constante novidade. “Com a sua novidade, Ele pode sempre renovar a nossa vida e a nossa comunidade, e a proposta cristã, ainda que atravesse períodos obscuros e fraquezas eclesiais, nunca envelhece. Jesus Cristo pode romper também os esquemas enfadonhos em que pretendemos aprisioná-l’O, e surpreende-nos com a sua constante criatividade divina. Sempre que procuramos voltar à fonte e recuperar o frescor original do Evangelho, despontam novas estradas, métodos criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias de renovado significado para o mundo atual. Na realidade, toda a ação evangelizadora autêntica é sempre «nova» (EG11). Sabendo embora que a Boa Nova é a melhor notícia que se pode dar aos outros, também sabemos que é difícil inovar para fazer passar tal mensagem. É que, inovar, como afirma alguém, não é fazer melhor o que sempre se fez! Não basta agitar as pessoas ou as comunidades com iniciativas sem sumo nem continuidade. A evangelização precisa de espírito, de entusiasmo, de análise da situação, de prioridades, de conteúdos, de objetivos e programação, de novo vigor, nova linguagem, novo estilo, de humildade e persistência, de estruturas que ajudem e não sejam empecilho. Sim, a inovação pastoral ou evangeliza a partir do essencial e do mais importante e necessário ou logo desencanta e afasta quem alimentou alguma esperança de vir a fazer caminhada.

Vejam, por exemplo: o que é que acontece com os grupos de jovens? Só perduram no tempo os que têm vida cristã autêntica, com conteúdos sérios, criatividade na arte de os fazer passar e forte espiritualidade a apoiá-los, em proximidade e amizade.

O que é que acontece com as Confrarias e Irmandades? Só restam como fermento na sociedade envolvente as que têm verdadeira vida cristã, aquelas em que há, de facto, vida espiritual e sabem apostar na formação na fé dos seus membros, criando-lhes consciência de pertença e do que deles, como irmãos ou confrades, se espera.

O que acontece com as famílias que casaram pela Igreja? Só permanecem verdadeiramente cristãs as que rezam, frequentam o culto, evangelizam os seus e participam na dinâmica da comunidade com alegria, qual família mais alargada, educando também para o exercício da cidadania que reclama integração, compromisso e ação.

Quais são os movimentos de apostolado com capacidade para fomentar uma verdadeira pastoral de gestação? Só os que, sendo ainda atuais e atuantes, são fiéis ao seu carisma fundacional, que é sempre de criatividade em cada tempo, de exigência espiritual e de formação permanente, verdadeiro motor da sua ação.

Quais as paróquias que são verdadeiras comunidades eclesiais a fomentar a cultura do encontro e da caridade? São as que têm vida espiritual que desassossega e desinstala para ir às periferias, as que têm capacidade de fomentar a proximidade, o acolhimento e o afeto, as que se impõem a si próprias formação permanente na fé, as que têm a Eucaristia como força centrípeta para todos e, de forma muito especial, para os comprometidos na diversidade dos serviços, para que não se constituam em capelinhas dentro da igreja, mas deem testemunho de comunhão e de alegria contagiante. A vida cristã autêntica está sempre aberta à ação do Espírito e atenta aos sinais dos tempos, é sempre criativa, inovadora e em saída: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim» (Mc 1, 38).

Quando se vive apoiado nas verdadeiras raízes da história cristã, quando se tem como exemplo o próprio Cristo que sempre sabia inovar para tocar o coração das pessoas, que, respeitando a verdadeira tradição, sempre sabia rejeitar os tradicionalismos estéreis e prejudiciais, então conseguiremos viver eficazmente o presente, inovando, gerando empatia, lançando raízes para criar e fazer crescer um futuro mais justo e mais humano, com  esperança.

É por isso que a pastoral duma comunidade cristã não pode ser improvisada, tem de ter prioridades, tem de ter objetivos, tem de, em sintonia com a inspiração do Espírito Santo, tem de ser pensada colegialmente para que também surja o compromisso das pessoas na sua concretização, tem de ser constantemente avaliada nas várias dimensões em que deve influir.
O Cardeal Seán O’Malley, Bispo de Boston, num dos seus últimos livros recorda que o Cardeal Carlo Maria Martini, numa leitura atenta dos quatro evangelhos, apontava cinco principais prioridades de Jesus:
--- A primeira prioridade segundo a análise de Martini era a assistência de Jesus aos doentes e aos que sofrem. Grande parte dos episódios do Evangelho têm como protagonistas as pessoas que sofrem, as que têm fome, as que precisam de perdão, os marginalizados, os que precisam de atenção. Isto é, a misericórdia, a preocupação pelas pessoas.
--- A segunda prioridade é, de facto, a pregação do Evangelho, o anúncio do Reino, a Boa Nova: “Depois que João foi preso, veio Jesus para a Galileia proclamando o Evangelho de Deus: “O Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1, 14-15).
--- A terceira prioridade eram as reuniões, os encontros, os diálogos e as conversas que Jesus tinha com aqueles que O escutavam e seguiam. Era o encontro, o contacto direto com as pessoas.
--- A quarta prioridade era a oração. Jesus dedicava grandes momentos à oração: de manhã cedo, de noite, em lugares isolados, no deserto, na montanha... Sentia necessidade de momentos ainda mais fortes de oração em vésperas de opções fundamentais, rezava sozinho, rezava com os Apóstolos, participava na vida litúrgica do Seu povo.
--- A quinta prioridade era o tempo que Jesus dedicava aos seus amigos. Primeiro, o tempo que dedicava à formação dos Apóstolos e dos discípulos a quem chamava amigos. E também o tempo que dedicava à formação dos outros (cf. Séan O’Malley, Procura-se Amigos e Lavadores de Pés, Ed. Paulinas, 2019, pág. 71-73).
Ao iniciarmos um novo ano pastoral, que prioridades teremos nós? Embora saibamos que a Eucaristia faz a Igreja e que há momentos fortes a aproveitar pastoralmente, como a celebração das exéquias, dos sacramentos e das festas, o zelo pastoral não pode reduzir-se à celebração da eucaristia. As prioridades apontadas por Martini bem podem ser um bom ponto de partida para novos e renovados desafios: misericórdia, pregação, contacto pessoal, oração e formação dos colaboradores.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 04-10-2019.




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