PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta, 08 de fevereiro de 2019
Sexta da IV semana do tempo comum
Ofício da festa
SEXTA-FEIRA
da semana IV
S. Jerónimo Emiliano – MF
S. Josefina Bakhita, virgem – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Hebr 13, 1-8; Sal 26 (27), 1. 3. 5. 8b-9abc
Ev Mc 6, 14-29
* Na Ordem de São Domingos – Aniversário dos pais e mães falecidos.
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* No Instituto das Filhas da Caridade Canossianas – S. Josefina Bakhita, virgem – FESTA
S. Josefina Bakhita, virgem – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Hebr 13, 1-8; Sal 26 (27), 1. 3. 5. 8b-9abc
Ev Mc 6, 14-29
* Na Ordem de São Domingos – Aniversário dos pais e mães falecidos.
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* No Instituto das Filhas da Caridade Canossianas – S. Josefina Bakhita, virgem – FESTA
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 105, 47
Salvai-nos, Senhor nosso Deus, e reuni-nos de todas as nações,
para dar graças ao vosso santo nome
e nos alegrarmos no vosso louvor.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Senhor nosso Deus,
que Vos adoremos de todo o coração
e amemos todos os homens com sincera caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Hebr 13, 1-8
«Jesus Cristo, ontem e hoje e por toda a eternidade»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Salvai-nos, Senhor nosso Deus, e reuni-nos de todas as nações,
para dar graças ao vosso santo nome
e nos alegrarmos no vosso louvor.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Senhor nosso Deus,
que Vos adoremos de todo o coração
e amemos todos os homens com sincera caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Hebr 13, 1-8
«Jesus Cristo, ontem e hoje e por toda a eternidade»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Irmãos: Permanecei no amor fraterno. Não esqueçais a hospitalidade, porque, graças a ela, alguns, sem o saberem, hospedaram Anjos. Lembrai-vos dos prisioneiros, como se estivésseis presos com eles. Lembrai-vos dos que são maltratados, porque vós também tendes um corpo. O matrimónio seja honrado por todos e o leito conjugal sem mancha, porque Deus julgará os impuros e os adúlteros. O vosso modo de proceder seja desinteressado, contentando-vos com o que possuís, porque Deus disse: «Eu não te abandonarei nem te desampararei». Assim poderemos dizer confiadamente: «O Senhor é por mim: nada temo; que poderão fazer-me os homens?». Lembrai-vos dos vossos chefes, que vos anunciaram a palavra de Deus; considerai o êxito da sua carreira e imitai a sua fé. Jesus Cristo é sempre o mesmo, hoje e ontem e por toda a eternidade.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 1.3.5.8b-9abc (R. 1a)
Refrão: O Senhor é a minha luz e a minha salvação. Repete-se
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei de temer?
O Senhor é protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo? Refrão
Se um exército me vier cercar,
o meu coração não temerá.
Se contra mim travarem batalha,
mesmo assim terei confiança. Refrão
No dia da desgraça,
Ele me esconderá na sua tenda,
ocultar-me-á no recôndito do seu santuário,
elevar-me-á sobre um rochedo. Refrão
A vossa face, Senhor, eu procuro:
não escondais de mim o vosso rosto,
nem afasteis com ira o vosso servo:
Vós sois o meu refúgio. Refrão
ALELUIA cf. Lc 8, 15
Refrão: Aleluia Repete-se
Felizes os que recebem a palavra de Deus
de coração sincero e generoso
e produzem fruto pela perseverança. Refrão
EVANGELHO Mc 6, 14-29
«João, a quem mandei cortar a cabeça, ressuscitou»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Marcos
Naquele tempo, o rei Herodes ouviu falar de Jesus, pois a sua fama chegara a toda a parte e dizia-se: «João Baptista ressuscitou dos mortos; por isso ele tem o poder de fazer milagres». Outros diziam: «É Elias». Outros diziam ainda: «É um profeta como os antigos profetas». Mas Herodes, ao ouvir falar de tudo isto, dizia: «João, a quem mandei cortar a cabeça, ressuscitou». De facto, Herodes mandara prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a esposa de seu irmão Filipe, que ele tinha tomado por mulher. João dizia a Herodes: «Não podes ter contigo a mulher do teu irmão». Herodíades odiava João Baptista e queria dar-lhe a morte, mas não podia, porque Herodes respeitava João, sabendo que era justo e santo, e por isso o protegia. Quando o ouvia, ficava perturbado, mas escutava-o com prazer. Entretanto, chegou um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e às principais personalidades da Galileia. Entrou então a filha de Herodíades, que dançou e agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que desejares e eu to darei». E fez este juramento: « Dar-te-ei o que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino». Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». A mãe respondeu-lhe: «Pede a cabeça de João Baptista». Ela voltou apressadamente à presença do rei e fez-lhe este pedido: «Quero que me dês sem demora, num prato, a cabeça de João Baptista». O rei ficou consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar o pedido. E mandou imediatamente um guarda, com ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi à cadeia, cortou a cabeça de João e trouxe-a num prato. A jovem recebeu-a e entregou-a à mãe. Quando os discípulos de João souberam a notícia, foram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Apresentamos, Senhor, ao vosso altar
os dons do vosso povo santo;
aceitai-os benignamente
e fazei deles o sacramento da nossa redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 17-18
Fazei brilhar sobre mim o vosso rosto,
salvai-me, Senhor, pela vossa bondade
e não serei confundido por Vos ter invocado.
Ou Mt 5, 3-4
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os humildes,
porque possuirão a terra prometida.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fortalecidos pelo sacramento da nossa redenção,
nós Vos suplicamos, Senhor,
que, por este auxílio de salvação eterna,
cresça sempre no mundo a verdadeira fé.
Por Nosso Senhor.
«As pequenas coisas
tornam-se grandes quando feitas com amor»
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Hebr 13, 1-8: Lemos
aqui algumas das últimas recomendações desta epístola: caridade, fraternidade,
santidade de vida cristã nos seus vários aspetos: castidade no matrimónio,
espírito de desinteresse ligado à confiança em Deus, gratidão para com os
chefes da Igreja, verdadeiros pais na fé; ainda que eles passem, Jesus Cristo
permanece e é sempre o mesmo.
Mc
6, 14-29: Devia ser grande a fama que João Baptista tinha deixado,
pois que, ouvindo falar-se de Jesus e de suas palavras e obras, logo vinha à
mente o grande profeta. Herodes, apesar de o ter mandado decapitar, nem se
esquecera dele nem deixara de continuar a considerá-lo, como já antes o fazia.
É assim o rasto que deixam os homens grandes!
_________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
09.30 horas: Funeral
em Arez
11.00 horas: Missa no
Lar da Amieira
15.00 horas: Funeral em Nisa – Mártir e Santo
17.00 horas: Missa no
Lar de Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa.
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
21.00 horas: Em
Alpalhão tomada de posse das Comissões económicas do Arciprestado
A VOZ DO PASTOR
SANTO MISSIONÁRIO DE PAIS ALENTEJANOS
No dia 4 de fevereiro celebramos a memória de
São João de Brito, filho de Dona Brites de Portalegre e de Salvador de Brito
Pereira, de Vila Viçosa, Alcaide-Mor de Alter do Chão e Governador do Rio de
Janeiro. João de Brito nasceu na cidade de Lisboa a 1 de Março de 1647, o mais
novo de 3 irmãos. Foi educado na corte de D. João IV. Ao completar 15 anos de
idade, pediu a admissão ao noviciado da Companhia de Jesus. Cumprido o
noviciado, partiu para Évora onde, durante cinco anos, estudou Humanidades e
Filosofia. Em Coimbra, no Colégio das Artes, estuda Filosofia. É neste período
da sua vida que, impulsionado pelo exemplo de São Francisco Xavier, se deixa
atrair pelas missões da Ásia, nomeadamente na Índia. Após terminar o curso de
Filosofia, leciona gramática no colégio de S. Antão, atual Hospital de S. José,
em Lisboa. Entre 1671 e 1673, estuda Teologia. Ordenado sacerdote em 1673, em
Março embarca para Goa, onde chega a 14 de Setembro desse ano. No início do ano
seguinte, parte para Ambalacata, onde se situava um colégio e um seminário. Em
Abril, segue para a missão de Madurai como Superior da Comunidade. Dirigia-se
assim para junto da mais baixa das castas da Índia, os párias. Era gente
desprezada pelas outras castas. O próprio facto de os párias lidarem com os
missionários era uma afronta que levava ao desprezo e a serem considerados como
inimigos. Percebendo que a única forma de conquistar a classe mais alta, os
brâmanes, era identificar-se com eles, João de Brito veste-se como eles, deixa
crescer o cabelo, aprende a sua língua e costumes: “ele foi tão longe nos seus
métodos de adaptação quanto era possível, mas não era o seu método que fazia as
conversões, mas sim a sua alegria, a sua personalidade amiga, a sua abnegação,
a sua evidente santidade”. No entanto, se o fruto do seu incansável testemunho
e zelo iam crescendo, a perseguição bramânica também não deixava de crescer. E
não tardou que missionários e catequistas, atados uns aos outros durante dois
dias, fossem intimados a clamar pelos deuses hindus e, como o não fizessem,
fossem açoitados e torturados, juntamente com João de Brito. Seguiram-se outras
torturas e mais espancamentos, sem que aceitassem as exigências dos oficiais
hindus. Condenados à morte, a sentença não foi confirmada, dadas as inesperadas
alterações políticas. João de Brito foi intimado a comparecer diante de uns
hindus para, em disputa com eles, expor e defender teologicamente a sua fé.
Expôs e argumentou tão sabiamente que todos os seus foram libertados. Porque as
notícias também chegavam a Portugal, o Provincial Manuel Rodrigues chamou João
de Brito a Lisboa. Contrariado, João obedece, parte de Goa em viagem atribulada
com escala forçada no Brasil. Chega a Lisboa a 8 de setembro de 1687. É
recebido por D. Pedro II, percorre todos os Colégios da Companhia, nomeadamente
os de Santarém, Coimbra, Porto, Braga, Évora, Monforte e Portalegre, desperta
grande entusiasmo falando sobre a missão do Madurai, atrai pessoas, consegue
fundos para a missão.
E se antes fora a sua família a reagir contra
a sua partida para a Índia, desta vez era o rei e a coroa quem o não queria
deixar partir. Nada o removendo, regressa à Índia, levando consigo um grupo de
missionários destinados à Índia meridional e que ele preparara dando-lhes a
conhecer o país, a religião hindu e a sua experiência missionária.
João Paulo Azevedo de Oliveira e Costa, no seu
trabalho sobre a missão de João de Brito, conta-nos que “Chegado o momento da
partida sucederia um último episódio rocambolesco, que nos serve hoje para
melhor compreendermos a determinação que sempre animou João de Brito. Depois de
um adiamento devido a uma tempestade, a armada de 1690 partiu a 8 de abril. Um
tiro de canhão avisou todos os que iam partir de que chegara a hora de embarcar.
João dirigiu-se de imediato para o cais, mas no caminho encontrou o Conde de
Marialva, que lhe pediu insistentemente para que se fosse despedir novamente do
Rei. Contrariado, o jesuíta acedeu; D. Pedro e a rainha retardaram-lhe
sucessivamente a partida até que ressoou novo tiro de canhão - era o sinal de
que a armada acabava de partir. João deixou rapidamente a companhia do monarca
e correu para o cais; os navios já vogavam em direção ao Atlântico; o jesuíta
viu então um pequeno navio à vela, cujos tripulantes se dispuseram a levá-lo
até à armada; mas a embarcação era menos veloz que as grandes naus e estas
continuavam a distanciar-se; em pleno rio João conseguiu mudar para outro navio
mais rápido e este pôde alcançar as naus da Índia. Foi desta forma algo
caricata que João de Brito deixou definitivamente Portugal”.
De novo entre os Indianos, o missionário,
mesmo a semear com lágrimas, reencontra a felicidade, como ele próprio
reconhecia numa carta de 20 de abril de 1692. “Não há perseguição que me possa
roubar a alegria que sinto em pregar, mais uma vez, o Evangelho aos gentios.
Nos últimos quatro meses tenho estado escondido numa floresta, vivendo debaixo
de uma árvore com tigres e cobras. Até agora ainda não fui atacado.”
A conversão de um príncipe hindu da casa real
do Maravá, é que fez cair o carmo e a trindade. Foi uma provocação demasiado
forte. O rei, furibundo, chamou o príncipe, destruiu tudo quanto era dos
cristãos, mandou prender João de Brito. Os amigos de João ainda pensaram em
planos de fuga, ele recusou-os: “estava num dilema, em que muitos mártires
futuros se haviam de encontrar: se fogem, são cobardes; se ficam, estão a
arriscar temerariamente a própria vida. Brito ficou, porque estava convencido
no Espírito que devia ficar; e, humanamente falando, a sua fuga teria sido um
escândalo para os cristãos que ele deixava a enfrentar sozinhos a perseguição”.
Preso e espancado, é julgado e condenado à morte. Para evitar motins populares,
levam-no para Oriyur. Aí, sobre um outeiro, com dois ou três golpes, é
decapitado. As mãos e os pés também lhe são amputados. Era o dia 4 de Fevereiro
de 1693. O local tornou-se lugar de peregrinação, a sua morte e os milagres que
lhe eram atribuídos fez aumentar o número de conversões. Mais tarde, as
relíquias foram levadas para Goa e guardadas no Colégio de S. Paulo. Foi
canonizado no dia 22 de Junho de 1947. A 14 de Maio de 1982, São João Paulo II,
no Parque Eduardo VII, em Lisboa, afirmava: “Como não lembrar o exemplo de S.
João de Brito, jovem lisboeta que, deixando a vida fácil da corte, partiu para
a Índia, a anunciar o Evangelho da salvação aos mais pobres e desprotegidos,
identificando-se com eles e selando a sua fidelidade a Cristo e aos irmãos com
o testemunho do martírio?”
Neste Ano Missionário a caminho do “Mês
Missionário Extraordinário”, a viver em outubro próximo, não podemos esquecer
que a proclamação do Evangelho continua a ser o melhor serviço que a Igreja
pode prestar a cada pessoa e à sociedade.
Reitero o desafio do Papa Francisco: “Na
escola dos santos, que nos abrem para os vastos horizontes de Deus, convido-vos
a perguntar a vós mesmos em cada circunstância: “Que faria Cristo no meu
lugar?”
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 01-02-2019.
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