PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 22 de fevereiro de 2019
Sexta da VI semana do tempo comum
CADEIRA DE S. PEDRO
Ofício da festa
SEXTA-FEIRA
da semana VI
Cadeira de S. Pedro, Apóstolo –
FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.
L 1 1 Pedro 5, 1-4; Sal 22 (23), 1-3. 4. 5. 6
Ev Mt 16, 13-19
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Diocese de Santiago (Cabo Verde) – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Arlindo Gomes Furtado, Cardeal (2004).
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.
L 1 1 Pedro 5, 1-4; Sal 22 (23), 1-3. 4. 5. 6
Ev Mt 16, 13-19
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Diocese de Santiago (Cabo Verde) – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Arlindo Gomes Furtado, Cardeal (2004).
CADEIRA
DE S. PEDRO, Apóstolo
Nota
Histórica
A
festa da Cadeira de São Pedro era já celebrada neste dia em Roma no século IV,
para significar a unidade da Igreja, fundada sobre o Príncipe dos Apóstolos.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Lc 22, 32
Disse o Senhor a Simão Pedro:
Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça.
E tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos.
Disse o Senhor a Simão Pedro:
Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça.
E tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente,
não permitais que sejam perturbados por nenhuma adversidade
aqueles que edificastes sobre a pedra inabalável
da fé apostólica.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Pedro 5, 1-4
«Ancião como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo»
Leitura da Primeira Epístola de São Pedro
Caríssimos:
Recomendo aos anciãos que estão entre vós,
eu que sou ancião como eles
e testemunha dos sofrimentos de Cristo
e também participante da glória que há de ser revelada:
Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado,
velando por ele,
não constrangidos mas de boa vontade, segundo Deus,
não por ganância mas por dedicação,
nem como dominadores sobre aqueles que vos foram confiados,
mas tornando-vos modelos do rebanho.
E quando aparecer o supremo Pastor,
recebereis a coroa eterna de glória.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 1)
Refrão: O Senhor é meu pastor: nada me faltará.
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.
Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo
me enchem de confiança.
Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça,
e o meu cálice transborda.
A bondade e a graça hão de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.
ALELUIA Mt 16, 18
Refrão: Aleluia. Repete-se
Tu és Pedro
e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. R.
EVANGELHO Mt 16, 13-19
«Tu és Pedro e dar-te-ei as chaves do reino dos Céus»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe
e perguntou aos seus discípulos:
«Quem dizem os homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista,
outros que é Elias,
outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse:
«Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus respondeu-lhe:
«Feliz de ti, Simão, filho de Jonas,
porque não foram a carne e o sangue que to revelaram,
mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro;
sobre esta pedra edificarei a minha Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus:
tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus,
e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».
Palavra da salvação.
Nas Missas votivas de S. Pedro, utilizam-se as leituras precedentes.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, as ofertas e as orações da vossa Igreja
e fazei que ela reconheça em São Pedro
o mestre que a guarda na integridade da fé
e o siga como pastor que a conduz à vida eterna.
Por Nosso Senhor.
Prefácio dos Apóstolos I
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 16, 16.18
Disse Pedro a Jesus: Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo.
Jesus respondeu-lhe: Tu és Pedro
e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
que na festa do apóstolo São Pedro
nos fortaleceis com o Corpo e Sangue de Cristo,
fazei que a participação neste mistério redentor
seja para nós sacramento de unidade e de paz.
Por Nosso Senhor.
«A pior prisão é a de
um coração fechado em si mesmo».
S.
João Paulo II
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Jesus vem instruindo o grupo dos Doze. A passagem
evangélica centra-se hoje na pessoa de Pedro, constituído em rocha sobre a qual
Jesus funda a sua Igreja; pedra firme que nem as forças do mal a podem
destruir. A sua confissão de fé é clara e inequívoca: “Tu és o Cristo, o Filho
de Deus vivo”. Fé que todos os dias estamos chamados a professar desde essa
experiência pessoal com Cristo.
MEDITAÇÃO: Jesus caminha com os discípulos.
Jesus caminha connosco Durante o caminho Ele nos pergunta, interroga-nos sobre
a sua identidade e, dependendo da nossa
resposta à pergunta “Quem sou eu para ti?”, vai-se fortalecendo a nossa relação
com Ele.
ORAÇÃO: Senhor, reconheço que a Igreja não é obra de
homens. Tu mesmo o disseste a Pedro: fundarei a minha Igreja. Obrigado por
poder viver nela, acreditar nela e poder testemunhá-la entre os meus irmãos.
AGENDA
16.00 horas: Funeral
em Gáfete
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
21.00 horas: Reunião
da Comissão Fabriqueira em Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
QUE TENS TU QUE NÃO TENHAS RECEBIDO?
Em dia litúrgico de Nossa Senhora de Lurdes, 11
de fevereiro, celebramos o XXVII Dia Mundial do Doente, sob o lema «Recebestes
de graça, dai de graça» (Mt 10,8). Na sua Mensagem para este dia, o Papa
vem-nos lembrar que o caminho mais credível da evangelização está nos “gestos
de dom gratuito como os do Bom Samaritano” e que “o cuidado dos doentes precisa
de profissionalismo e de ternura, de gestos gratuitos, imediatos e simples”. A
saúde “é relacional, depende da interação com os outros e precisa de confiança,
amizade e solidariedade”. Para que conheçamos e sintonizemos com a Mensagem de
Francisco para este dia, vou rebuscar daí algumas passagens.
Instituído em 1992 por São João Paulo II, o
Dia Mundial do Doente celebra-se sempre neste dia e em toda a parte. Este ano,
a celebração mais solene tem lugar em Calcutá, na Índia. Francisco refere que
foi aqui que Santa Teresa de Calcutá tornou visível o amor de Deus pelos pobres
e pelos doentes. Foi aqui que ela se fez “disponível a todos, através do
acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e dos abandonados e
descartados” Foi aqui que ela desceu “até às pessoas indefesas, deixadas
moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera”.
Foi aqui que ela fez ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que
reconhecessem a sua culpa diante dos crimes” da pobreza que eles próprios
tinham criado. Foi aqui, “nas periferias das cidades e nas periferias
existenciais” que ela deu ao mundo “um testemunho eloquente da proximidade de
Deus junto dos mais pobres entre os pobres». Foi aqui que ela testemunhou ter
como único critério de ação “o amor gratuito para com todos, sem distinção de
língua, cultura, etnia ou religião. Foi aqui que ela rasgou “horizontes de
alegria e esperança para a humanidade necessitada de compreensão e ternura, especialmente
para as pessoas que sofrem”.
A vida é um dom de Deus, de reconhecimento
recíproco, todos tudo recebemos, gratuitamente. Sim, “em que és tu mais do que
os outros? O que tens tu que não tenhas recebido?» (1 Cor 4,7). No entanto, porque o homem é sempre humano, continua
pretensioso, a esticar-se e a chegar-se à frente para se fazer valer diante dos
outros e se autorreferenciar. Nada de novo sobre a face da terra, já lá dizia
Coélet no século III antes de Cristo: Vaidade das vaidades, tudo é vaidade!
(cf. Ecles 1, 2).
Contra a cultura desumana do descarte e da
indiferença, o Papa afirma “que há de colocar-se o dom como paradigma capaz de
desafiar o individualismo e a fragmentação social dos nossos dias”. Há que
promover novos vínculos e várias formas de cooperação humana, tendo, como
pressuposto do dom, o diálogo, que abre espaços relacionais de crescimento e
progresso humano e rompe com esquemas de poder consolidados. E acrescenta: “Dar
não se identifica com o ato de oferecer um presente, porque só pode dizer-se
“dom” se nos dermos a nós mesmos: não pode reduzir-se à mera transferência de
uma propriedade ou de algum objeto. Distingue-se de “oferecer um presente”
precisamente porque inclui o dom de si mesmo e supõe o desejo de estabelecer um
vínculo. O dom “é um reconhecimento recíproco, que constitui o caráter
indispensável do vínculo social. No dom há o reflexo do amor de Deus que
culmina na encarnação do Filho Jesus e na efusão do Espírito Santo”.
Cada um de nós, sem exceção, “é pobre,
necessitado e indigente. Quando nascemos, para viver tivemos necessidade dos
cuidados dos nossos pais; de forma semelhante, em cada fase e etapa da vida,
cada um de nós nunca conseguirá, de todo, ver-se livre da necessidade e da
ajuda dos outros, nunca conseguirá arrancar de si mesmo o limite da impotência
face a alguém ou a alguma coisa” Por isso, o reconhecimento leal desta verdade
“convida-nos a permanecer humildes e a praticar com coragem a solidariedade,
como virtude indispensável à existência”. Estando, por natureza, ligados uns
aos outros e sentindo-nos como irmãos, somos impelidos “a uma práxis
responsável e responsabilizadora”, socialmente solidária e orientada para o bem
comum. “Não devemos ter medo de nos reconhecermos necessitados e incapazes de
nos darmos tudo aquilo de que teríamos necessidade, porque não conseguimos,
sozinhos e apenas com as nossas forças, vencer todos os limites. Não temamos
este reconhecimento, porque o próprio Deus, em Jesus, desceu (cf. Flp 2,8), e
desce até nós e até às nossas pobrezas para nos ajudar e nos dar aqueles bens
que, sozinhos, nunca poderíamos ter”.
A Papa refere ainda a gratuidade humana como
sendo “o fermento da ação dos voluntários, que têm tanta importância, quer no
sector social, quer no da saúde, e que vivem de modo eloquente a
espiritualidade do Bom Samaritano”. Insiste na necessidade de promover a
cultura da gratuidade e do dom, indispensável para superar a cultura do lucro e
do descarte. Encoraja todas as associações de voluntariado, aquelas que se
ocupam do transporte e assistência dos doentes, aquelas que possibilitam as
doações de sangue, de tecidos e de órgãos, aqueles que, com a sua presença,
expressam a solicitude da Igreja junto dos doentes, sobretudo de quantos se
veem afetados por patologias que exigem cuidados especiais, aqueles que prestam
os seus serviços de voluntariado nas estruturas de saúde e no domicílio, desde
a assistência ao apoio espiritual. O voluntário, afirma Francisco, “é um amigo
desinteressado, a quem se pode confidenciar pensamentos e emoções; através da
escuta, ele cria as condições para que o doente deixe de ser objeto passivo de
cuidados e se torne sujeito ativo e protagonista duma relação de reciprocidade,
capaz de recuperar a esperança e mais capaz de aceitar os tratamentos. O voluntariado
comunica valores, comportamentos e estilos de vida que, no centro, têm o
fermento da doação. Deste modo realiza-se também a humanização dos cuidados”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 8-02-2019.
Sem comentários:
Enviar um comentário