sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019







PARÓQUIAS DE NISA



Sábado, 23 de fevereiro de 2019














Sábado da VI semana do tempo comum

Ofício da memória








SÁBADO da semana VI

S. Policarpo, bispo e mártir – MO

Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Hebr 11, 1-7; Sal 144 (145), 2-3. 4-5. 10-11
Ev Mc 9, 2-13

* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.



S. POLICARPO, bispo e mártir

Nota Histórica
Policarpo foi discípulo dos Apóstolos e bispo de Esmirna, e deu hospedagem a Inácio de Antioquia; partiu para Roma a fim de tratar com o papa Aniceto a questão da festa da Páscoa. Sofreu o martírio cerca do ano 155, queimado vivo no estádio da cidade.

MISSA

ORAÇÃO COLECTA
Deus e Senhor de toda a criação, que quisestes contar entre o número dos mártires o bispo São Policarpo, concedei-nos, por sua intercessão, que, tomando parte com ele na paixão de Cristo, ressuscitemos para a vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Ap 2, 8-11
«Conheço a tua tribulação e a tua pobreza»


Leitura do Apocalipse de São João

Ao Anjo da Igreja de Esmirna escreve: «Eis o que diz o Primeiro e o Último, Aquele que esteve morto e voltou à vida: ‘Conheço a tua tribulação e a tua pobreza – e no entanto és rico – e sei que és difamado pelos que se dizem judeus, mas não são mais que uma sinagoga de Satanás. Não temas os sofrimentos que te esperam. O diabo vai meter alguns de vós na prisão, para serdes postos à prova; e sereis atribulados durante dez dias. Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida’. Quem tem ouvidos ouça o que Espírito diz às Igrejas. O vencedor ficará ileso da segunda morte».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 30 (31), 3cd-4.6 e 8ab.16-17 (R. 6a)

Refrão: Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação.
Porque Vós sois a minha força e o meu refúgio,
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.

Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Hei-de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia,
porque conhecestes as angústias da minha alma.

Livrai-me das mãos dos meus inimigos
e de quantos me perseguem.
Fazei brilhar sobre mim a vossa face,
salvai-me pela vossa bondade.


ALELUIA cf. Mc 9, 6
Refrão: Aleluia Repete-se

Abriram-se os céus e ouviu-se a voz do Pai:
«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». Refrão


EVANGELHO Mc 9, 2-13
«Transfigurou-Se diante deles»


A cena misteriosa da Transfiguração é entendida pelos diversos Evangelistas de maneiras que se completam umas às outras: Jesus revela-Se como o novo Moisés (Mt.); com esta narração, prepara-se a da paixão (Lc); a Transfiguração anuncia a Ressurreição (Mc.), como se vê na passagem que hoje lemos: aí a Transfiguração é como que antecipação da Ressurreição. Tudo, aliás, em Jesus se encaminha para esse termo, em que o homem, uma vez vencida a morte, se encontra, transfigurado, na glória de Deus.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavandeiro sobre a terra as poderia assim branquear. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles. Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos. Eles guardaram a recomendação, mas discutiam entre si o que seria ressuscitar dos mortos. E perguntaram a Jesus: «Porque dizem os escribas que primeiro tem de vir Elias?» Jesus respondeu-lhes: «É certo que Elias vem primeiro para restaurar todas as coisas. Mas então como é que está escrito, a respeito do Filho do homem, que tem de sofrer muito e ser desprezado? Pois bem. Eu vos digo que Elias já veio; e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como está escrito a respeito dele».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Santificai, Senhor, com a vossa bênção estes dons e acendei em nós o fogo do vosso amor que fortaleceu São Policarpo para vencer os tormentos do martírio. Por Nosso Senhor.

Ou:

Aceitai, Senhor, os dons que Vos apresentamos, ao celebrar a memória do vosso mártir São Policarpo, e fazei que vos sejam agradáveis como foi precioso a vossos olhos o sangue do seu martírio. Por Nosso Senhor

ANTÍFONA DA COMUNHÃO (Mt 16,24)
Quem quiser seguir-Me, diz o Senhor, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
A comunhão nos santos mistérios nos dê, Senhor, a fortaleza de alma que tornou o vosso mártir São Policarpo fiel no vosso serviço e vitorioso no martírio. Por Nosso Senhor.







 
«A oração está para alma como o are para os pulmões».

Maria Romero Meneses





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURA:  Mc 9, 2-13: A cena misteriosa da Transfiguração é entendida pelos diversos Evangelistas de maneiras que se completam umas às outras: Jesus revela-Se como o novo Moisés (Mt.); com esta narração, prepara-se a da paixão (Lc); a Transfiguração anuncia a Ressurreição (Mc.), como se vê na passagem que hoje lemos: aí a Transfiguração é como que antecipação da Ressurreição. Tudo, aliás, em Jesus se encaminha para esse termo, em que o homem, uma vez vencida a morte, se encontra, transfigurado, na glória de Deus.

MEDITAÇÃO:

ORAÇÃO: Senhor, reconheço que a Igreja não é obra de homens. Tu mesmo o disseste a Pedro: fundarei a minha Igreja. Obrigado por poder viver nela, acreditar nela e poder testemunhá-la entre os meus irmãos.






AGENDA


15.00 horas: Missa na Falagueira
16.00 horas: Missa no Monte Claro
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa.





A VOZ DO PASTOR




QUE TENS TU QUE NÃO TENHAS RECEBIDO?


Em dia litúrgico de Nossa Senhora de Lurdes, 11 de fevereiro, celebramos o XXVII Dia Mundial do Doente, sob o lema «Recebestes de graça, dai de graça» (Mt 10,8). Na sua Mensagem para este dia, o Papa vem-nos lembrar que o caminho mais credível da evangelização está nos “gestos de dom gratuito como os do Bom Samaritano” e que “o cuidado dos doentes precisa de profissionalismo e de ternura, de gestos gratuitos, imediatos e simples”. A saúde “é relacional, depende da interação com os outros e precisa de confiança, amizade e solidariedade”. Para que conheçamos e sintonizemos com a Mensagem de Francisco para este dia, vou rebuscar daí algumas passagens.

Instituído em 1992 por São João Paulo II, o Dia Mundial do Doente celebra-se sempre neste dia e em toda a parte. Este ano, a celebração mais solene tem lugar em Calcutá, na Índia. Francisco refere que foi aqui que Santa Teresa de Calcutá tornou visível o amor de Deus pelos pobres e pelos doentes. Foi aqui que ela se fez “disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e dos abandonados e descartados” Foi aqui que ela desceu “até às pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera”. Foi aqui que ela fez ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que reconhecessem a sua culpa diante dos crimes” da pobreza que eles próprios tinham criado. Foi aqui, “nas periferias das cidades e nas periferias existenciais” que ela deu ao mundo “um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto dos mais pobres entre os pobres». Foi aqui que ela testemunhou ter como único critério de ação “o amor gratuito para com todos, sem distinção de língua, cultura, etnia ou religião. Foi aqui que ela rasgou “horizontes de alegria e esperança para a humanidade necessitada de compreensão e ternura, especialmente para as pessoas que sofrem”.

A vida é um dom de Deus, de reconhecimento recíproco, todos tudo recebemos, gratuitamente. Sim, “em que és tu mais do que os outros? O que tens tu que não tenhas recebido?» (1 Cor 4,7). No entanto, porque o homem é sempre humano, continua pretensioso, a esticar-se e a chegar-se à frente para se fazer valer diante dos outros e se autorreferenciar. Nada de novo sobre a face da terra, já lá dizia Coélet no século III antes de Cristo: Vaidade das vaidades, tudo é vaidade! (cf. Ecles 1, 2).

Contra a cultura desumana do descarte e da indiferença, o Papa afirma “que há de colocar-se o dom como paradigma capaz de desafiar o individualismo e a fragmentação social dos nossos dias”. Há que promover novos vínculos e várias formas de cooperação humana, tendo, como pressuposto do dom, o diálogo, que abre espaços relacionais de crescimento e progresso humano e rompe com esquemas de poder consolidados. E acrescenta: “Dar não se identifica com o ato de oferecer um presente, porque só pode dizer-se “dom” se nos dermos a nós mesmos: não pode reduzir-se à mera transferência de uma propriedade ou de algum objeto. Distingue-se de “oferecer um presente” precisamente porque inclui o dom de si mesmo e supõe o desejo de estabelecer um vínculo. O dom “é um reconhecimento recíproco, que constitui o caráter indispensável do vínculo social. No dom há o reflexo do amor de Deus que culmina na encarnação do Filho Jesus e na efusão do Espírito Santo”.

Cada um de nós, sem exceção, “é pobre, necessitado e indigente. Quando nascemos, para viver tivemos necessidade dos cuidados dos nossos pais; de forma semelhante, em cada fase e etapa da vida, cada um de nós nunca conseguirá, de todo, ver-se livre da necessidade e da ajuda dos outros, nunca conseguirá arrancar de si mesmo o limite da impotência face a alguém ou a alguma coisa” Por isso, o reconhecimento leal desta verdade “convida-nos a permanecer humildes e a praticar com coragem a solidariedade, como virtude indispensável à existência”. Estando, por natureza, ligados uns aos outros e sentindo-nos como irmãos, somos impelidos “a uma práxis responsável e responsabilizadora”, socialmente solidária e orientada para o bem comum. “Não devemos ter medo de nos reconhecermos necessitados e incapazes de nos darmos tudo aquilo de que teríamos necessidade, porque não conseguimos, sozinhos e apenas com as nossas forças, vencer todos os limites. Não temamos este reconhecimento, porque o próprio Deus, em Jesus, desceu (cf. Flp 2,8), e desce até nós e até às nossas pobrezas para nos ajudar e nos dar aqueles bens que, sozinhos, nunca poderíamos ter”.

A Papa refere ainda a gratuidade humana como sendo “o fermento da ação dos voluntários, que têm tanta importância, quer no sector social, quer no da saúde, e que vivem de modo eloquente a espiritualidade do Bom Samaritano”. Insiste na necessidade de promover a cultura da gratuidade e do dom, indispensável para superar a cultura do lucro e do descarte. Encoraja todas as associações de voluntariado, aquelas que se ocupam do transporte e assistência dos doentes, aquelas que possibilitam as doações de sangue, de tecidos e de órgãos, aqueles que, com a sua presença, expressam a solicitude da Igreja junto dos doentes, sobretudo de quantos se veem afetados por patologias que exigem cuidados especiais, aqueles que prestam os seus serviços de voluntariado nas estruturas de saúde e no domicílio, desde a assistência ao apoio espiritual. O voluntário, afirma Francisco, “é um amigo desinteressado, a quem se pode confidenciar pensamentos e emoções; através da escuta, ele cria as condições para que o doente deixe de ser objeto passivo de cuidados e se torne sujeito ativo e protagonista duma relação de reciprocidade, capaz de recuperar a esperança e mais capaz de aceitar os tratamentos. O voluntariado comunica valores, comportamentos e estilos de vida que, no centro, têm o fermento da doação. Deste modo realiza-se também a humanização dos cuidados”.


Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 8-02-2019.



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