segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019









PARÓQUIAS DE NISA



Terça, 05 de fevereiro de 2019











Ferçada IV semana do tempo comum
Ofício da memória – IV semana







TERÇA-FEIRA da semana IV
S. Águeda, virgem e mártir – MO
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Hebr 12, 1-4; Sal 21 (22), 26b-27. 28. 30. 31-32
Ev Mc 5, 21-43




S. ÁGUEDA, virgem e mártir

Nota Histórica
Sofreu o martírio em Catânia (Sicília), provavelmente na perseguição de Décio. O seu culto propagou-se desde a antiguidade por toda a Igreja e o seu nome foi inserido no Cânon Romano.

MISSA

ORAÇÃO
Concedei-nos, Senhor os dons da vossa misericórdia, por intercessão de Santa Águeda, que soube agradar-Vos pela consagração da sua virgindade e pela coragem no seu martírio. Por Nosso Senhor.

LEITURA I (anos ímpares) Hebr 12, 1-4
«Corramos com perseverança
para o combate que se apresenta diante de nós»


Leitura da Epístola aos Hebreus

Irmãos: Estando nós rodeados de tão grande número de testemunhas, ponhamos de parte todo o fardo e pecado que nos cerca e corramos com perseverança para o combate que se apresenta diante de nós, fixando os olhos em Jesus, guia da nossa fé e autor da sua perfeição. Renunciando à alegria que tinha ao seu alcance, Ele suportou a cruz, desprezando a sua ignomínia, e está sentado à direita do trono de Deus. Pensai n’Aquele que suportou contra Si tão grande hostilidade da parte dos pecadores, para não vos deixardes abater pelo desânimo. Vós ainda não resististes até ao sangue, na luta contra o pecado.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 21 (22), 26b-27.28.30.31-32 (R. 27b)
Refrão: Todos os que Vos procuram Vos louvarão, Senhor. Repete-se

Cumprirei a minha promessa
na presença dos vossos fiéis.
Os pobres hão-de comer e serão saciados,
louvarão o Senhor os que O procuram:
vivam para sempre os seus corações. Refrão

Hão de lembrar-se do Senhor e converter-se a Ele
todos os confins da terra;
e diante d’Ele virão prostrar-se
todas as famílias das nações. Refrão

Só a Ele hão-de adorar
todos os grandes do mundo,
diante d’Ele se hão-de prostrar
todos os que descem ao pó da terra. Refrão

Para Ele viverá a minha alma,
há-de servi-l’O a minha descendência.
Falar-se-á do Senhor às gerações vindouras
e a sua justiça será revelada ao povo que há-de vir:
«Eis o que fez o Senhor». Refrão


ALELUIA Mt 8, 17
Refrão: Aleluia Repete-se

Cristo suportou as nossas enfermidades
e tomou sobre Si as nossas dores. Refrão


EVANGELHO Mc 5, 21-43
«Menina, Eu te ordeno: levanta-te»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, depois de Jesus ter atravessado de barco para a outra margem do lago, reuniu-se uma grande multidão à sua volta, e Ele deteve-se à beira-mar. Chegou então um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Ao ver Jesus, caiu a seus pés e suplicou-Lhe com insistência: «A minha filha está a morrer. Vem impor-lhe as mãos, para que se salve e viva». Jesus foi com ele, seguido por grande multidão, que O apertava de todos os lados. Ora, certa mulher que tinha um fluxo de sangue havia doze anos, que sofrera muito nas mãos de vários médicos e gastara todos os seus bens, sem ter obtido qualquer resultado, antes piorava cada vez mais, tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-Lhe por detrás no manto, dizendo consigo: «Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada». No mesmo instante estancou o fluxo de sangue e sentiu no seu corpo que estava curada da doença. Jesus notou logo que saíra uma força de Si mesmo. Voltou-Se para a multidão e perguntou: «Quem tocou nas minhas vestes?». Os discípulos responderam-Lhe: «Vês a multidão que Te aperta e perguntas: ‘Quem Me tocou?’». Mas Jesus olhou em volta, para ver quem O tinha tocado. A mulher, assustada e a tremer, por saber o que lhe tinha acontecido, veio prostrar-se diante de Jesus e disse-Lhe a verdade. Jesus respondeu-lhe: «Minha filha, a tua fé te salvou». Ainda Ele falava, quando vieram dizer da casa do chefe da sinagoga: «A tua filha morreu. Porque estás ainda a importunar o Mestre?». Mas Jesus, ouvindo estas palavras, disse ao chefe da sinagoga: «Não temas; basta que tenhas fé». E não deixou que ninguém O acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. Quando chegaram a casa do chefe da sinagoga, Jesus encontrou grande alvoroço, com gente que chorava e gritava. Ao entrar, perguntou-lhes: «Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele. Jesus, depois de os ter mandado sair a todos, levando consigo apenas o pai da menina e os que vinham com Ele, entrou no local onde jazia a menina, pegou-lhe na mão e disse: «Talitha Kum», que significa: «Menina, Eu te ordeno: levanta-te». Ela ergueu-se imediatamente e começou a andar, pois já tinha doze anos. Ficaram todos muito maravilhados. Jesus recomendou-lhes insistentemente que ninguém soubesse do caso e mandou dar de comer à menina.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Os dons que Vos apresentamos na festa memória de Santa Águeda
Vos sejam agradáveis, Senhor, como foi agradável a vossos olhos
o combate do seu martírio. Por Nosso Senhor.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO (Mt 16,24)
Quem quiser seguir-Me, diz o Senhor, renuncie a si mesmo,
tome a sua cruz e siga-Me.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que glorificastes Santa Águeda com a dupla coroa da virgindade
e do martírio, concedei-nos, por este sacramento, a graça de vencermos
corajosamente todo o mal e de chegarmos à glória do Céu.
Por Nosso









«O bem que fizeres em algum lugar, será teu advogado em toda a parte»








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURA:  Hebr 12, 1-4: As dificuldades da vida, particularmente as que for necessário sofrer para cada um se manter constante na fé, são consideradas, na perspetiva bíblica, como processo educativo usado por Deus para conduzir os homens à perfeição. De todo este processo, o Modelo e o Precursor é o próprio Senhor Jesus.

Mc 5, 21-43: Jesus continua a passar “ fazendo o bem”, em primeiro lugar, o bem mais visível, curando doentes e ressuscitando mortos, mas, mais profundamente, levando as pessoas a descobrir que d’Ele saía uma força sobre-humana, a própria força de Deus, que a todos queria salvar, mas que só a fé seria capaz de reconhecer. Jesus é, de facto, o sacramento da salvação dos homens; por Ele, o Filho de Deus feito homem, Deus intervém no meio dos homens para os salvar, como nos dois casos referidos nesta leitura.

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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: 

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA


Todo o dia: Conselho presbiteral em Portalegre
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Reunião CC – Escola.





A VOZ DO PASTOR



SANTO MISSIONÁRIO DE PAIS ALENTEJANOS

No dia 4 de fevereiro celebramos a memória de São João de Brito, filho de Dona Brites de Portalegre e de Salvador de Brito Pereira, de Vila Viçosa, Alcaide-Mor de Alter do Chão e Governador do Rio de Janeiro. João de Brito nasceu na cidade de Lisboa a 1 de Março de 1647, o mais novo de 3 irmãos. Foi educado na corte de D. João IV. Ao completar 15 anos de idade, pediu a admissão ao noviciado da Companhia de Jesus. Cumprido o noviciado, partiu para Évora onde, durante cinco anos, estudou Humanidades e Filosofia. Em Coimbra, no Colégio das Artes, estuda Filosofia. É neste período da sua vida que, impulsionado pelo exemplo de São Francisco Xavier, se deixa atrair pelas missões da Ásia, nomeadamente na Índia. Após terminar o curso de Filosofia, leciona gramática no colégio de S. Antão, atual Hospital de S. José, em Lisboa. Entre 1671 e 1673, estuda Teologia. Ordenado sacerdote em 1673, em Março embarca para Goa, onde chega a 14 de Setembro desse ano. No início do ano seguinte, parte para Ambalacata, onde se situava um colégio e um seminário. Em Abril, segue para a missão de Madurai como Superior da Comunidade. Dirigia-se assim para junto da mais baixa das castas da Índia, os párias. Era gente desprezada pelas outras castas. O próprio facto de os párias lidarem com os missionários era uma afronta que levava ao desprezo e a serem considerados como inimigos. Percebendo que a única forma de conquistar a classe mais alta, os brâmanes, era identificar-se com eles, João de Brito veste-se como eles, deixa crescer o cabelo, aprende a sua língua e costumes: “ele foi tão longe nos seus métodos de adaptação quanto era possível, mas não era o seu método que fazia as conversões, mas sim a sua alegria, a sua personalidade amiga, a sua abnegação, a sua evidente santidade”. No entanto, se o fruto do seu incansável testemunho e zelo iam crescendo, a perseguição bramânica também não deixava de crescer. E não tardou que missionários e catequistas, atados uns aos outros durante dois dias, fossem intimados a clamar pelos deuses hindus e, como o não fizessem, fossem açoitados e torturados, juntamente com João de Brito. Seguiram-se outras torturas e mais espancamentos, sem que aceitassem as exigências dos oficiais hindus. Condenados à morte, a sentença não foi confirmada, dadas as inesperadas alterações políticas. João de Brito foi intimado a comparecer diante de uns hindus para, em disputa com eles, expor e defender teologicamente a sua fé. Expôs e argumentou tão sabiamente que todos os seus foram libertados. Porque as notícias também chegavam a Portugal, o Provincial Manuel Rodrigues chamou João de Brito a Lisboa. Contrariado, João obedece, parte de Goa em viagem atribulada com escala forçada no Brasil. Chega a Lisboa a 8 de setembro de 1687. É recebido por D. Pedro II, percorre todos os Colégios da Companhia, nomeadamente os de Santarém, Coimbra, Porto, Braga, Évora, Monforte e Portalegre, desperta grande entusiasmo falando sobre a missão do Madurai, atrai pessoas, consegue fundos para a missão.

E se antes fora a sua família a reagir contra a sua partida para a Índia, desta vez era o rei e a coroa quem o não queria deixar partir. Nada o removendo, regressa à Índia, levando consigo um grupo de missionários destinados à Índia meridional e que ele preparara dando-lhes a conhecer o país, a religião hindu e a sua experiência missionária.

João Paulo Azevedo de Oliveira e Costa, no seu trabalho sobre a missão de João de Brito, conta-nos que “Chegado o momento da partida sucederia um último episódio rocambolesco, que nos serve hoje para melhor compreendermos a determinação que sempre animou João de Brito. Depois de um adiamento devido a uma tempestade, a armada de 1690 partiu a 8 de abril. Um tiro de canhão avisou todos os que iam partir de que chegara a hora de embarcar. João dirigiu-se de imediato para o cais, mas no caminho encontrou o Conde de Marialva, que lhe pediu insistentemente para que se fosse despedir novamente do Rei. Contrariado, o jesuíta acedeu; D. Pedro e a rainha retardaram-lhe sucessivamente a partida até que ressoou novo tiro de canhão - era o sinal de que a armada acabava de partir. João deixou rapidamente a companhia do monarca e correu para o cais; os navios já vogavam em direção ao Atlântico; o jesuíta viu então um pequeno navio à vela, cujos tripulantes se dispuseram a levá-lo até à armada; mas a embarcação era menos veloz que as grandes naus e estas continuavam a distanciar-se; em pleno rio João conseguiu mudar para outro navio mais rápido e este pôde alcançar as naus da Índia. Foi desta forma algo caricata que João de Brito deixou definitivamente Portugal”.

De novo entre os Indianos, o missionário, mesmo a semear com lágrimas, reencontra a felicidade, como ele próprio reconhecia numa carta de 20 de abril de 1692. “Não há perseguição que me possa roubar a alegria que sinto em pregar, mais uma vez, o Evangelho aos gentios. Nos últimos quatro meses tenho estado escondido numa floresta, vivendo debaixo de uma árvore com tigres e cobras. Até agora ainda não fui atacado.”

A conversão de um príncipe hindu da casa real do Maravá, é que fez cair o carmo e a trindade. Foi uma provocação demasiado forte. O rei, furibundo, chamou o príncipe, destruiu tudo quanto era dos cristãos, mandou prender João de Brito. Os amigos de João ainda pensaram em planos de fuga, ele recusou-os: “estava num dilema, em que muitos mártires futuros se haviam de encontrar: se fogem, são cobardes; se ficam, estão a arriscar temerariamente a própria vida. Brito ficou, porque estava convencido no Espírito que devia ficar; e, humanamente falando, a sua fuga teria sido um escândalo para os cristãos que ele deixava a enfrentar sozinhos a perseguição”. Preso e espancado, é julgado e condenado à morte. Para evitar motins populares, levam-no para Oriyur. Aí, sobre um outeiro, com dois ou três golpes, é decapitado. As mãos e os pés também lhe são amputados. Era o dia 4 de Fevereiro de 1693. O local tornou-se lugar de peregrinação, a sua morte e os milagres que lhe eram atribuídos fez aumentar o número de conversões. Mais tarde, as relíquias foram levadas para Goa e guardadas no Colégio de S. Paulo. Foi canonizado no dia 22 de Junho de 1947. A 14 de Maio de 1982, São João Paulo II, no Parque Eduardo VII, em Lisboa, afirmava: “Como não lembrar o exemplo de S. João de Brito, jovem lisboeta que, deixando a vida fácil da corte, partiu para a Índia, a anunciar o Evangelho da salvação aos mais pobres e desprotegidos, identificando-se com eles e selando a sua fidelidade a Cristo e aos irmãos com o testemunho do martírio?”

Neste Ano Missionário a caminho do “Mês Missionário Extraordinário”, a viver em outubro próximo, não podemos esquecer que a proclamação do Evangelho continua a ser o melhor serviço que a Igreja pode prestar a cada pessoa e à sociedade.

Reitero o desafio do Papa Francisco: “Na escola dos santos, que nos abrem para os vastos horizontes de Deus, convido-vos a perguntar a vós mesmos em cada circunstância: “Que faria Cristo no meu lugar?”

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 01-02-2019.




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