PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 14 de fevereiro de 2019
Quinta da V semana do tempo comum
Ofício da festa
QUINTA-FEIRA
da semana V
S. Cirilo, monge, e S. Metódio,
bispo,
Padroeiros da Europa – FESTA
Padroeiros da Europa – FESTA
Branco – Ofício da
festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Santos.
L 1 Act 13, 46-49; Sal 116 (117), 1. 2
Ev Lc 10, 1-9
Missa própria, Glória, pf. dos Santos.
L 1 Act 13, 46-49; Sal 116 (117), 1. 2
Ev Lc 10, 1-9
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – Virgem Santa Maria, Mãe do amor formoso – FESTA
* Nas Dioceses de Cabo Verde – S. Cirilo e S. Metódio – MO
S. CIRILO, monge, e S.
METÓDIO, bispo
Nota
Histórica
Cirilo,
natural de Salónica, recebeu uma excelente formação em Constantinopla.
Juntamente com seu irmão, Metódio, dirigiu-se para a Morávia, a pregar a fé
católica. Ambos prepararam os textos litúrgicos em língua eslava, escritos com
letras que depois se chamaram «cirílicas». Chamados a Roma, ali morreu Cirilo a
14 de Fevereiro de 869. Metódio foi então ordenado bispo e partiu para a
Panónia onde exerceu intensa atividade evangelizadora. Teve muito que sofrer
por causa de pessoas invejosas, mas contou sempre com o apoio dos Pontífices
Romanos. Morreu no dia 6 de Abril de 885 em Velehrad (Morávia).
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Estes são os homens santos, amigos de Deus,
gloriosos mensageiros da verdade divina.
Na Europa diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que iluminastes os povos eslavos por meio dos santos irmãos Cirilo e Metódio, abri os nossos corações aos ensinamentos da vossa palavra e fazei de nós um povo unânime na confissão da verdadeira fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 13, 46-49
«Voltamo-nos para os pagãos»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Estes são os homens santos, amigos de Deus,
gloriosos mensageiros da verdade divina.
Na Europa diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que iluminastes os povos eslavos por meio dos santos irmãos Cirilo e Metódio, abri os nossos corações aos ensinamentos da vossa palavra e fazei de nós um povo unânime na confissão da verdadeira fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 13, 46-49
«Voltamo-nos para os pagãos»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Paulo e Barnabé disseram aos judeus: «Era a vós que devia ser anunciada primeiro a palavra de Deus. Mas uma vez que a rejeitais e vos julgais indignos da vida eterna, voltamo-nos para os gentios, porque assim nos mandou o Senhor: ‘Fiz de ti a luz das nações, para levares a salvação até aos confins da terra’». Ao ouvirem isto, os gentios encheram-se de alegria e glorificaram a palavra do Senhor; e todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé. Assim, a palavra do Senhor divulgava-se por toda a região.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 116 (117), 1.2 (cf. R. Mc 16, 15)
Refrão: Ide por todo o mundo
e anunciai o Evangelho.
Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.
ALELUIA Lc 4, 18
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
e aos cativos a redenção. Refrão
EVANGELHO Lc 10, 1-9
«Ide e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho. Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’. E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará convosco. Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos na festa dos Santos Cirilo e Metódio e fazei que se tornem sinal da nova humanidade, reconciliada no vosso amor. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Mc 16, 20
Os discípulos partiram para anunciar o Evangelho
com a graça do Senhor, que confirmava com milagres a sua palavra.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus, Pai de todos os povos, que nos fizestes participantes do mesmo pão e do mesmo Espírito e herdeiros do banquete eterno, concedei, por intercessão dos Santos Cirilo e Metódio, que a multidão dos vossos filhos persevere na mesma fé e edifique na concórdia um reino de justiça e de paz. Por Nosso Senhor.
«A felicidade é um
bem que aumenta quando se partilha»
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Actos 13, 46-49: Jesus
é anunciado pelos profetas como luz dos pagãos. Esta missão do Senhor continua
viva na Igreja, que O prolonga e na qual é proclamada a Boa Nova do Reino de
Deus. Mas há sempre na Igreja quem encarne, de modo particular, em cada tempo e
lugar, esta missão, como aconteceu com os dois santos irmãos que hoje
celebramos, missionários do Evangelho entre os povos da Europa do leste.
Juntamente com a fé, e para lhe servir de veículo, levaram a esses povos
elementos importantes de cultura humana, como foi o próprio alfabeto com que,
ainda hoje, as línguas desses povos são escritas.
Lc
10, 1-9: O problema, que já existia no tempo de Jesus, ainda
hoje continua a existir e continuará até ao fim dos tempos: a seara de Deus
precisa de trabalhadores. O que os Santos missionários de outrora fizeram é
testemunho do que em cada tempo poderá ser feito, desde que se abra o coração
aos apelos do Espírito de Deus.
_________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
16.00 horas: Missa na
Santa casa de Nisa
18.00 horas: Missa em
Nisa
21.00 horas: Adoração
ao Santíssimo na Igreja do Espírito Santo.
A VOZ DO PASTOR
QUE TENS TU QUE NÃO TENHAS RECEBIDO?
Em dia litúrgico de Nossa Senhora de Lurdes, 11
de fevereiro, celebramos o XXVII Dia Mundial do Doente, sob o lema «Recebestes
de graça, dai de graça» (Mt 10,8). Na sua Mensagem para este dia, o Papa
vem-nos lembrar que o caminho mais credível da evangelização está nos “gestos
de dom gratuito como os do Bom Samaritano” e que “o cuidado dos doentes precisa
de profissionalismo e de ternura, de gestos gratuitos, imediatos e simples”. A
saúde “é relacional, depende da interação com os outros e precisa de confiança,
amizade e solidariedade”. Para que conheçamos e sintonizemos com a Mensagem de
Francisco para este dia, vou rebuscar daí algumas passagens.
Instituído em 1992 por São João Paulo II, o
Dia Mundial do Doente celebra-se sempre neste dia e em toda a parte. Este ano,
a celebração mais solene tem lugar em Calcutá, na Índia. Francisco refere que
foi aqui que Santa Teresa de Calcutá tornou visível o amor de Deus pelos pobres
e pelos doentes. Foi aqui que ela se fez “disponível a todos, através do
acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e dos abandonados e
descartados” Foi aqui que ela desceu “até às pessoas indefesas, deixadas
moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera”.
Foi aqui que ela fez ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que
reconhecessem a sua culpa diante dos crimes” da pobreza que eles próprios
tinham criado. Foi aqui, “nas periferias das cidades e nas periferias
existenciais” que ela deu ao mundo “um testemunho eloquente da proximidade de
Deus junto dos mais pobres entre os pobres». Foi aqui que ela testemunhou ter
como único critério de ação “o amor gratuito para com todos, sem distinção de
língua, cultura, etnia ou religião. Foi aqui que ela rasgou “horizontes de
alegria e esperança para a humanidade necessitada de compreensão e ternura, especialmente
para as pessoas que sofrem”.
A vida é um dom de Deus, de reconhecimento
recíproco, todos tudo recebemos, gratuitamente. Sim, “em que és tu mais do que
os outros? O que tens tu que não tenhas recebido?» (1 Cor 4,7). No entanto, porque o homem é sempre humano, continua
pretensioso, a esticar-se e a chegar-se à frente para se fazer valer diante dos
outros e se autorreferenciar. Nada de novo sobre a face da terra, já lá dizia
Coélet no século III antes de Cristo: Vaidade das vaidades, tudo é vaidade!
(cf. Ecles 1, 2).
Contra a cultura desumana do descarte e da
indiferença, o Papa afirma “que há de colocar-se o dom como paradigma capaz de
desafiar o individualismo e a fragmentação social dos nossos dias”. Há que
promover novos vínculos e várias formas de cooperação humana, tendo, como
pressuposto do dom, o diálogo, que abre espaços relacionais de crescimento e
progresso humano e rompe com esquemas de poder consolidados. E acrescenta: “Dar
não se identifica com o ato de oferecer um presente, porque só pode dizer-se
“dom” se nos dermos a nós mesmos: não pode reduzir-se à mera transferência de
uma propriedade ou de algum objeto. Distingue-se de “oferecer um presente”
precisamente porque inclui o dom de si mesmo e supõe o desejo de estabelecer um
vínculo. O dom “é um reconhecimento recíproco, que constitui o caráter
indispensável do vínculo social. No dom há o reflexo do amor de Deus que
culmina na encarnação do Filho Jesus e na efusão do Espírito Santo”.
Cada um de nós, sem exceção, “é pobre,
necessitado e indigente. Quando nascemos, para viver tivemos necessidade dos
cuidados dos nossos pais; de forma semelhante, em cada fase e etapa da vida,
cada um de nós nunca conseguirá, de todo, ver-se livre da necessidade e da
ajuda dos outros, nunca conseguirá arrancar de si mesmo o limite da impotência
face a alguém ou a alguma coisa” Por isso, o reconhecimento leal desta verdade
“convida-nos a permanecer humildes e a praticar com coragem a solidariedade,
como virtude indispensável à existência”. Estando, por natureza, ligados uns
aos outros e sentindo-nos como irmãos, somos impelidos “a uma práxis
responsável e responsabilizadora”, socialmente solidária e orientada para o bem
comum. “Não devemos ter medo de nos reconhecermos necessitados e incapazes de
nos darmos tudo aquilo de que teríamos necessidade, porque não conseguimos,
sozinhos e apenas com as nossas forças, vencer todos os limites. Não temamos
este reconhecimento, porque o próprio Deus, em Jesus, desceu (cf. Flp 2,8), e
desce até nós e até às nossas pobrezas para nos ajudar e nos dar aqueles bens
que, sozinhos, nunca poderíamos ter”.
A Papa refere ainda a gratuidade humana como
sendo “o fermento da ação dos voluntários, que têm tanta importância, quer no
sector social, quer no da saúde, e que vivem de modo eloquente a
espiritualidade do Bom Samaritano”. Insiste na necessidade de promover a
cultura da gratuidade e do dom, indispensável para superar a cultura do lucro e
do descarte. Encoraja todas as associações de voluntariado, aquelas que se
ocupam do transporte e assistência dos doentes, aquelas que possibilitam as
doações de sangue, de tecidos e de órgãos, aqueles que, com a sua presença,
expressam a solicitude da Igreja junto dos doentes, sobretudo de quantos se
veem afetados por patologias que exigem cuidados especiais, aqueles que prestam
os seus serviços de voluntariado nas estruturas de saúde e no domicílio, desde
a assistência ao apoio espiritual. O voluntário, afirma Francisco, “é um amigo
desinteressado, a quem se pode confidenciar pensamentos e emoções; através da
escuta, ele cria as condições para que o doente deixe de ser objeto passivo de
cuidados e se torne sujeito ativo e protagonista duma relação de reciprocidade,
capaz de recuperar a esperança e mais capaz de aceitar os tratamentos. O
voluntariado comunica valores, comportamentos e estilos de vida que, no centro,
têm o fermento da doação. Deste modo realiza-se também a humanização dos
cuidados”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 8-02-2019.
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