sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019





PARÓQUIAS DE NISA

Sábado, 16 de fevereiro de 2019













Sábado da V semana do tempo comum
Ofício da féria ou da memória -  I semana








SÁBADO da semana V

Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (

L 1 Gen 3, 9-24; Sal 89 (90), 2. 3-4. 5-6. 12-13
Ev Mc 8, 1-10


* Na Ordem Agostiniana – B. Simão de Cássia, presbítero – MO
* No Instituto Missionário da Consolata – B. José Allamano, presbítero, Fundador do Instituto – FESTA
* Na Congregação das Irmãs Servas de Maria Reparadoras – I Vésp. de SS. Sete Fundadores da Ordem dos Servitas de Nossa Senhora.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 94, 6-7
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.

ORAÇÃO COLECTA
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa proteção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Gen 3, 9-24
«O Senhor Deus expulsou o homem do jardim do Éden,
para cultivar a terra»

Leitura do Livro do Génesis

O Senhor Deus chamou Adão e disse-lhe: «Onde estás?» Ele respondeu: «Ouvi o rumor dos vossos passos no jardim e, como estava nu, tive medo e escondi-me». Disse Deus: «Quem te deu a conhecer que estavas nu? Terias tu comido dessa árvore, da qual te proibira comer?» Adão respondeu: «A mulher que me destes por companheira deu-me do fruto da árvore e eu comi». O Senhor Deus perguntou à mulher: «Que fizeste?» E a mulher respondeu: «A serpente enganou-me e eu comi». Disse então o Senhor Deus à serpente: «Por teres feito semelhante coisa, maldita sejas entre todos os animais domésticos e todos os animais selvagens. Hás-de rastejar e comer do pó da terra todos os dias da tua vida. Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Ela há-de atingir-te na cabeça e tu a atingirás no calcanhar». O Senhor Deus disse à mulher: «Multiplicarei os sofrimentos da tua gravidez, em dor darás à luz os teus filhos. Sentir-te-ás atraída para o teu marido e ele te dominará». Depois disse ao homem: «Porque deste ouvidos à voz da tua mulher e comeste fruto da árvore de que Eu te havia proibido comer, maldita será a terra por tua causa. Com trabalho penoso tirarás dela o alimento todos os dias da tua vida. Produzir-te-á espinhos e abrolhos e terás de comer a erva dos campos. Comerás o pão com o suor do teu rosto, até voltares à terra da qual foste tirado; porque és pó e em pó te hás-de tornar». O homem deu à sua mulher o nome de ‘Eva’, porque ela foi a mãe de todos os viventes. O Senhor Deus fez túnicas de pele para o homem e sua mulher e vestiu-lhas. Depois disse o Senhor Deus: «Se o homem já é como um de Nós, conhecedor do bem e do mal, só lhe falta estender a mão para colher também fruto da árvore da vida, comer dele e viver para sempre». E o Senhor Deus expulsou-o do jardim do Éden, para cultivar a terra, da qual tinha sido tirado. Expulsou o homem e colocou ao oriente do jardim do Éden os Querubins e a chama fulgurante da espada, para guardar o caminho da árvore da vida.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 89 (90), 2.3-4.5-6.12-13 (R. 1)
Refrão: Senhor, tendes sido o nosso refúgio
através das gerações
. Repete-se


Antes de se formarem as montanhas
e nascer a terra e o mundo,
desde toda a eternidade
Vós, Senhor, sois Deus. Refrão

Vós reduzis o homem ao pó da terra
e dizeis: «Voltai, filhos de Adão».
Mil anos a vossos olhos
são como o dia de ontem que passou
e como uma vigília da noite. Refrão

Vós os arrebatais como um sonho,
como a erva que de manhã reverdece;
de manhã floresce e viceja,
de tarde ela murcha e seca. Refrão

Ensinai-nos a contar os nossos dias,
para chegarmos à sabedoria do coração.
Voltai, Senhor! Até quando...
Tende piedade dos vossos servos. Refrão


ALELUIA Mt 4, 4b
Refrão: Aleluia Repete-se
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão


EVANGELHO Mc 8, 1-10
«Comeram e ficaram saciados»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naqueles dias, juntou-se novamente uma grande multidão e, como não tinham que comer, Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Tenho pena desta multidão; há já três dias que estão comigo e não têm que comer. Se os despedir sem alimento para suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns vieram de longe». Responderam-Lhe os discípulos: «Como se poderia saciá-los de pão, aqui num deserto?». Mas Jesus perguntou: «Quantos pães tendes?». Eles responderam: «Temos sete». Então Jesus ordenou à multidão que se sentasse no chão. Depois tomou os sete pães e, dando graças, partiu-os e deu-os aos discípulos, para que os distribuíssem, e eles distribuíram-nos à multidão. Tinham também alguns pequenos peixes. Jesus pronunciou sobre eles a bênção e disse que os distribuíssem também. Comeram e ficaram saciados. Dos bocados que sobraram encheram sete cestos. Eram cerca de quatro mil pessoas. Então Jesus despediu-os e, subindo para o barco com os discípulos, dirigiu-se para a região de Dalmanutá.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Senhor nosso Deus,
que criastes o pão e o vinho
para auxílio da nossa fraqueza
concedei que eles se tornem para nós
sacramento de vida eterna.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 106, 8-9
Dêmos graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens,
porque Ele deu de beber aos que tinham sede
e saciou os que tinham fome.

Ou Mt 5, 5-6
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de bondade,
que nos fizestes participantes do mesmo pão e do mesmo cálice,
concedei que, unidos na alegria e no amor de Cristo,
dêmos fruto abundante para a salvação do mundo.
Por Nosso Senhor.






«Já tentaste acreditar em ti? Tenta! Verás do que és capaz»








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURA:  Gen 3, 9-24: Depois da queda, que ontem se leu, seguem-se hoje as consequências do pecado. Este vem perturbar a ordem estabelecida por Deus. Esta perturbação atinge os culpados nas suas atividades essenciais: o homem como trabalhador, a mulher como mãe e esposa. O homem não conseguirá mais ser o jardineiro do jardim do mundo que Deus lhe confiou. No entanto, a leitura não pretende afirmar que, se não fosse o pecado, o homem não teria de trabalhar, ou que a mulher daria à luz sem dor. Na resposta de Deus vai já o primeiro anúncio da salvação, que virá na plenitude dos tempos, pela descendência da mulher, Jesus Cristo.

Mc 8, 1-10: A situação do homem sobre a terra, labutando pelo pão de cada dia, mergulhado na dor desde o nascimento, muitas vezes errante e perdido no deserto sem atinar com os caminhos, sobretudo os do espírito, o homem pecador, filho de Adão e Eva, os expulsos do paraíso em consequência do pecado, atraiu sempre o olhar compassivo de Deus. Mas foi em Jesus Cristo, seu Filho, que esta compaixão se revelou sem limites, como o testemunha esta leitura.
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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: 

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA

18.00 horas: missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Adoração ao Santíssimo na Igreja do Espírito Santo.





A VOZ DO PASTOR




NAMORADOS QUE SE PREZAM DE O SER

Celebramos o Dia dos Namorados em dia de São Valentim. Saudações amigas para todos e votos de muitas felicidades. Os vários interesses da sociedade sempre falam mais alto do que a criatividade de quem sente a responsabilidade de motivar os jovens para o dever que lhes cabe de se irem preparando para, quando o tempo chegar e se for essa a opção, puderem constituir famílias saudáveis e felizes. Entendo que esta preocupação e tarefa deveria ser sentida por todos como causa própria: por famílias, comunidades cristãs e outras comunidades, instituições, pessoas de boa vontade e pelo próprio Estado. Aprofundar e educar para os valores e a riqueza da família vai sendo coisa rara. Não só por isso, mas também por isso, as falências familiares multiplicam-se. É verdade que, por razões várias e nem sempre prevenidas, pode ter-se chegado a situações em que a separação seja totalmente inevitável, como remédio extremo e até moralmente necessário. Sim, exceções sempre houve, é verdade, mas vai-se constatando que a exceção teima em se impor como regra. A sociedade, já tristemente eivada pelo fenómeno, surge apenas com grandes preocupações em remediar os seus efeitos, com tribunais, leis sem conta e minuciosas e, por vezes, em situações duvidosas, até deixa transparecer excesso de zelo que só faz sofrer. Gostaríamos que, mesmo remediando os efeitos, cuidasse mais do tratamento dessa doença social. Isso, porém, não acontece, antes pelo contrário. A sociedade mofa da estabilidade conjugal e das famílias numerosas, promove e divulga contravalores familiares, ensina coisas, coisas que, sem educação e valores, podem ser muito importantes e necessárias, mas vão gerar superioridades autorreferenciais e empresários do descarte, do usa e deita fora.
Apesar de tudo, apesar dos ventos contrários e das águas movediças, apesar de aparentarmos ser vozes solitárias a clamar no deserto, não podemos desistir de remar contra a maré. Vamos fazendo a nossa parte com pena de nem sempre ser da melhor forma ou da forma mais eficaz. É como sabemos e podemos, sempre com humildade e respeito pelas pessoas. Conhecedora da história e com uma história de dois mil anos, a Igreja não esquece que a destruição da família nunca conduziu as sociedades a bom porto. A Exortação Apostólica do Papa Francisco sobre a Alegria do Amor, sobretudo no seu capítulo VI, aponta-nos caminhos pastorais para um sério empenhamento na preparação para o matrimónio dos jovens cristãos e dos de boa vontade. O namoro é um direito e um dever para quem deseja constituir família. É um tempo necessário para individualizar convergências, incompatibilidades e riscos. Não deve esconder ou relativizar o que é importante avaliar, nem evitar as discordâncias ou adiar as dificuldades. No entanto, se tudo acontece de braço dado com o controlo, ameaças, agressões, chantagens, difamações, medos, manhosices: se isso acontece, melhor será ter a coragem de acabar, não há educação humana nem as mínimas condições exigidas para prosseguir. Cada um deve sentir-se no dever de expressar ao outro o que entende e espera dum eventual matrimónio, comunidade de vida e de amor aberta à vida. Deve expor o seu entendimento sobre o que é para si o amor e o mútuo compromisso. Deve partilhar o que deseja do outro e o tipo de vida em comum que sonha e gostaria de concretizar. Deve detetar, antes do matrimónio, os sinais de perigo que a relação pode vir a apresentar e se há meios que permitam enfrentá-los com êxito. Só a verdade liberta e constrói. O namoro ajuda a entender quais são os pontos de proximidade: se os há, se os não há, se são escassos, se são incompatíveis e sem solução, se são passíveis de uma caminhada conjunta. Ninguém ama o que não conhece e muitos decidem casar sem se conhecerem tanto quanto baste. Divertem-se, fazem experiências juntos, mas não enfrentam o desafio de se manifestar a si mesmos e apreender quem é realmente o outro. Aprender a amar alguém não é algo que se improvise ou se decida já e agora, sem demora, idealizando paraísos. A mera atração mútua, se é importante, não será suficiente para sustentar uma união estável e feliz. Há que aprofundar outras motivações que confiram ao possível matrimónio reais possibilidades de estabilidade e êxito, sem atitudes interesseiras ou jogos de tipo comercial. O matrimónio é uma questão de amor entre um homem e uma mulher que se escolhem livremente e se amam, passando de uma atração inicial, à necessidade do outro, do outro sentido como parte da própria vida. Se o amor se reduzir a uma mera atração ou a uma vaga afetividade, é de prever que o casal venha a sofrer grande fragilidade quando a afetividade entrar em crise ou a atração física diminuir. E muitas vezes o tempo de namoro e noivado é curto e leve, não é suficiente para uma verdadeira maturação. Por isso, depois se casarem, muitos continuam, e bem, a completar aquele percurso nos primeiros anos de vida matrimonial, enriquecendo e aprofundando a decisão consciente e livre de se pertencerem e amarem até ao fim. Os movimentos da pastoral familiar e as equipas de espiritualidade conjugal são um excelente meio para este crescimento. Como afirma Francisco, o amor é artesanal, o matrimónio é um caminho dinâmico de crescimento e realização, é um projeto sempre inacabado.

Os jovens, aqueles que têm a sorte de ser contagiados na dinâmica do amor e na abertura à comunidade pelo testemunho familiar, são os primeiros a saber aproveitar as instâncias e iniciativas de formação que a comunidade cristã oferece: os grupos de jovens com as suas atividades e convívio, os grupos de noivos, a ação social, a integração na vida eclesial, a oferta de palestras sobre uma variedade de temas que realmente interessam aos jovens, incluindo a castidade, os cursos antes da celebração do matrimónio, a possibilidade de alguns momentos personalizados, dado que o principal objetivo é ajudar cada um a aprender a amar a pessoa concreta com quem pretende partilhar a vida inteira, etc. Como se lê no documento, não se trata de saber o Catecismo inteiro nem de ficar empanturrado com o excesso de temas. Não é o muito saber que enche e satisfaz, mas o sentir e saborear interiormente as coisas, amadurecendo o amor e ganhando resistências saudáveis para o que de menos bom poderá surgir. Por isso, a prioridade é dada àqueles conteúdos que ajudam a celebrar o matrimónio com as melhores disposições e a começar a vida familiar com alguma solidez, alegria e esperança. Estas ajudas não são apenas doutrinais ou recursos espirituais que a Igreja sempre oferece, como a Reconciliação sacramental, os momentos de oração a sós e juntos, a oração de um pelo outro e de ambos a Deus para que sejam fiéis e generosos ao que Deus espera deles, a consagração do seu amor diante duma imagem de Maria... Devem ser também percursos práticos, conselhos bem encarnados, estratégias tomadas da experiência, orientações psicológicas, indicação de lugares e pessoas, consultórios ou famílias prontas a ajudar, aonde poderão dirigir-se em busca de ajuda se surgirem dificuldades. Tudo isto cria uma pedagogia do amor que, tendo em vista a sensibilidade atual dos jovens, os leva a querer assumir o matrimónio como uma vocação que os lança para diante, com a decisão firme e realista de atravessarem juntos as provações e os momentos difíceis até que a morte os separe (cf. AL206-214).

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-02-2019.





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