domingo, 17 de fevereiro de 2019





PARÓQUIAS DE NISA

Segunda, 18 de fevereiro de 2019













Segunda da VI semana do tempo comum
Ofício da memória, I semana








SEGUNDA-FEIRA da semana VI

S. Teotónio, presbítero – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Gen 4, 1-15. 25; Sal 49 (50), 1 e 8. 16bc-17. 20-21
Ev Mc 8, 11-13


* Na Diocese de Coimbra (Cidade de Coimbra) e na Diocese de Viana do Castelo – S. Teotónio, presbítero, Padroeiro secundário – MO
* Na Diocese de Viseu – S. Teotónio, presbítero, Padroeiro principal SOLENIDADE
* Na Ordem de São Domingos – B. João de Fiesole ou B. Angélico, presbítero – MF
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofício e Missa da féria.




S. TEOTÓNIO, presbítero


Nota Histórica:
Nasceu em Ganfei (Valença do Minho) aproximadamente no ano 1082 e foi educado piedosamente desde a infância. Quando D. Crescónio, seu tio, foi nomeado bispo de Coimbra, levou-o consigo para esta cidade e confiou ao arcediago D. Telo a sua formação nas disciplinas eclesiásticas. Depois de ordenado sacerdote, foi nomeado prior da Igreja da Sé de Viseu. Fez duas peregrinações à Terra Santa. No regresso da segunda peregrinação, insistentemente convidado por D. Telo e outros dez homens de grande virtude, fundou com eles o mosteiro da Santa Cruz em Coimbra, de que foi membro eminente e muito admirado, nomeadamente por S. Bernardo de Claraval. Teve também papel importante em algumas conjunturas da pátria. Morreu em 1162.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 137, 7
Entremos no santuário do Senhor,
prostremo-nos a seus pés.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que pela palavra e pelo exemplo de São Teotónio reformastes a disciplina religiosa, concedei-nos, por sua intercessão, que, escolhendo o caminho estreito da perfeição cristã, mais facilmente alcancemos a vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Gen 4, 1-15.25
«Caim lançou-se contra o seu irmão Abel e matou-o»


Leitura do Livro do Génesis

O homem conviveu com Eva, sua esposa, e ela deu à luz Caim. Então Eva disse: «Obtive um homem graças ao Senhor». Depois deu à luz Abel, o irmão. Abel era pastor e Caim cultivava a terra. Passado algum tempo, Caim ofereceu em sacrifício ao Senhor produtos da terra e Abel ofereceu as primícias e a gordura do seu rebanho. O Senhor olhou benignamente para Abel e para a sua oferenda, mas não quis olhar para Caim e para a sua oferenda. Caim ficou muito irritado e de rosto abatido. O Senhor disse a Caim: «Porque estás irritado e de rosto abatido? Se procederes bem, não poderás ainda levantar a cabeça? Mas se não procederes bem, o pecado está à tua porta. Ele desejará atingir-te, mas tu poderás dominá-lo». Disse Caim a seu irmão Abel: «Vamos ao campo». E quando estavam no campo, Caim lançou-se contra seu irmão Abel e matou-o. O Senhor disse a Caim: «Onde está o teu irmão Abel?». Caim respondeu: «Não sei. Sou porventura eu o guarda do meu irmão?». O Senhor disse-lhe: «Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama da terra por Mim. Agora ficas maldito pela terra, que abriu a boca para receber das tuas mãos o sangue do teu irmão. Ainda que a cultives, não mais te dará a sua fertilidade. Andarás errante e fugitivo sobre a terra». Caim disse ao Senhor: «O meu castigo é tão grande que não poderei suportá-lo. Se hoje me desterrais daqui, terei de ocultar-me da vossa presença; andarei errante e fugitivo sobre a terra e o primeiro que me encontre me matará». O Senhor respondeu-lhe: «Quem matar Caim será vingado sete vezes». O Senhor colocou um sinal sobre Caim, para que ele não fosse morto por quem o encontrasse. Adão conviveu ainda com a sua esposa e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Set, dizendo: «Deus concedeu-me outro descendente, em lugar de Abel, morto por Caim».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 49 (50), 1 e 8.16bc-17.20-21 (R. 14a)
Refrão: Oferece a Deus sacrifícios de louvor. Repete-se


Falou o Senhor, Deus soberano,
e convocou a terra do Oriente ao Ocidente.
«Não é pelos sacrifícios que Eu te repreendo:
os teus holocaustos estão sempre na minha presença. Refrão

Como falas tanto na minha lei
e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos
e desprezas as minhas palavras? Refrão

Sentas-te a falar contra o teu irmão
e difamas os filhos da tua mãe.
Fizeste isto e Eu calei-me.
Pensaste que Eu era como tu,
hei de acusar-te e lançar-te tudo no rosto. Refrão


ALELUIA
Jo 14, 6
Refrão: Aleluia Repete-se

Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor.
Ninguém vai ao Pai senão por Mim. Refrão


EVANGELHO Mc 8, 11-13
«Porque pede esta geração um sinal?»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Marcos

Naquele tempo, apareceram alguns fariseus e começaram a discutir com Jesus. Para O porem à prova, pediam-Lhe um sinal do céu. Jesus suspirou do fundo da alma e respondeu-lhes: «Porque pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo: não se dará nenhum sinal a esta geração». Depois deixou-os, voltou a subir para o barco e foi para a outra margem do lago.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor nosso Deus, que, ao celebrarmos os mistérios da santa cruz na festa de São Teotónio, Vos apresentemos dignamente esta oblação e participemos na abundância dos seus frutos. Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Rom 12, 2
Não vos conformeis com este mundo,
mas renovai o vosso espírito, segundo a vontade de Deus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Pelos santos mistérios que recebemos, fazei, Senhor, que, a exemplo de São Teotónio, não nos conformemos com este mundo, mas sigamos fielmente a vossa vontade. Por Nosso Senhor.







«A prepotência faz-nos fortes por um dia; a humildade faz-nos fortes para sempre».







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURA:  Gen 4, 1-15.25: O pecado gera o pecado. Quem não respeita a Deus não vai respeitar o homem. E assim, o pecado dos primeiros pais começa a alastrar pelo mundo, e logo entre os seus filhos aparece o primeiro homicídio, que testemunha, desde o início, a progressão do mal.

Mc 8, 11-13: Os fariseus aparecem, geralmente, no Evangelho, como seita de gente conservadora, incapaz de se abrir à novidade da mensagem de Jesus: por isso, sempre O espiam, O julgam e O condenam. Hoje pedem-lhe um “sinal do Céu”, um sinal espetacular; mas Jesus não pretende causar impressão por meio de atitudes espetaculares ou pela propaganda consumista. O que Ele quer é a fé, e esta só pode andar ligada à boa intenção e à caridade.

_________________


LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: 

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA


15.30 horas: Funeral em Tolosa
21.00 horas: Oração de louvor no Calvário.





A VOZ DO PASTOR




QUE TENS TU QUE NÃO TENHAS RECEBIDO?


Em dia litúrgico de Nossa Senhora de Lurdes, 11 de fevereiro, celebramos o XXVII Dia Mundial do Doente, sob o lema «Recebestes de graça, dai de graça» (Mt 10,8). Na sua Mensagem para este dia, o Papa vem-nos lembrar que o caminho mais credível da evangelização está nos “gestos de dom gratuito como os do Bom Samaritano” e que “o cuidado dos doentes precisa de profissionalismo e de ternura, de gestos gratuitos, imediatos e simples”. A saúde “é relacional, depende da interação com os outros e precisa de confiança, amizade e solidariedade”. Para que conheçamos e sintonizemos com a Mensagem de Francisco para este dia, vou rebuscar daí algumas passagens.

Instituído em 1992 por São João Paulo II, o Dia Mundial do Doente celebra-se sempre neste dia e em toda a parte. Este ano, a celebração mais solene tem lugar em Calcutá, na Índia. Francisco refere que foi aqui que Santa Teresa de Calcutá tornou visível o amor de Deus pelos pobres e pelos doentes. Foi aqui que ela se fez “disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e dos abandonados e descartados” Foi aqui que ela desceu “até às pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera”. Foi aqui que ela fez ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que reconhecessem a sua culpa diante dos crimes” da pobreza que eles próprios tinham criado. Foi aqui, “nas periferias das cidades e nas periferias existenciais” que ela deu ao mundo “um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto dos mais pobres entre os pobres». Foi aqui que ela testemunhou ter como único critério de ação “o amor gratuito para com todos, sem distinção de língua, cultura, etnia ou religião. Foi aqui que ela rasgou “horizontes de alegria e esperança para a humanidade necessitada de compreensão e ternura, especialmente para as pessoas que sofrem”.

A vida é um dom de Deus, de reconhecimento recíproco, todos tudo recebemos, gratuitamente. Sim, “em que és tu mais do que os outros? O que tens tu que não tenhas recebido?» (1 Cor 4,7). No entanto, porque o homem é sempre humano, continua pretensioso, a esticar-se e a chegar-se à frente para se fazer valer diante dos outros e se autorreferenciar. Nada de novo sobre a face da terra, já lá dizia Coélet no século III antes de Cristo: Vaidade das vaidades, tudo é vaidade! (cf. Ecles 1, 2).

Contra a cultura desumana do descarte e da indiferença, o Papa afirma “que há de colocar-se o dom como paradigma capaz de desafiar o individualismo e a fragmentação social dos nossos dias”. Há que promover novos vínculos e várias formas de cooperação humana, tendo, como pressuposto do dom, o diálogo, que abre espaços relacionais de crescimento e progresso humano e rompe com esquemas de poder consolidados. E acrescenta: “Dar não se identifica com o ato de oferecer um presente, porque só pode dizer-se “dom” se nos dermos a nós mesmos: não pode reduzir-se à mera transferência de uma propriedade ou de algum objeto. Distingue-se de “oferecer um presente” precisamente porque inclui o dom de si mesmo e supõe o desejo de estabelecer um vínculo. O dom “é um reconhecimento recíproco, que constitui o caráter indispensável do vínculo social. No dom há o reflexo do amor de Deus que culmina na encarnação do Filho Jesus e na efusão do Espírito Santo”.

Cada um de nós, sem exceção, “é pobre, necessitado e indigente. Quando nascemos, para viver tivemos necessidade dos cuidados dos nossos pais; de forma semelhante, em cada fase e etapa da vida, cada um de nós nunca conseguirá, de todo, ver-se livre da necessidade e da ajuda dos outros, nunca conseguirá arrancar de si mesmo o limite da impotência face a alguém ou a alguma coisa” Por isso, o reconhecimento leal desta verdade “convida-nos a permanecer humildes e a praticar com coragem a solidariedade, como virtude indispensável à existência”. Estando, por natureza, ligados uns aos outros e sentindo-nos como irmãos, somos impelidos “a uma práxis responsável e responsabilizadora”, socialmente solidária e orientada para o bem comum. “Não devemos ter medo de nos reconhecermos necessitados e incapazes de nos darmos tudo aquilo de que teríamos necessidade, porque não conseguimos, sozinhos e apenas com as nossas forças, vencer todos os limites. Não temamos este reconhecimento, porque o próprio Deus, em Jesus, desceu (cf. Flp 2,8), e desce até nós e até às nossas pobrezas para nos ajudar e nos dar aqueles bens que, sozinhos, nunca poderíamos ter”.

A Papa refere ainda a gratuidade humana como sendo “o fermento da ação dos voluntários, que têm tanta importância, quer no sector social, quer no da saúde, e que vivem de modo eloquente a espiritualidade do Bom Samaritano”. Insiste na necessidade de promover a cultura da gratuidade e do dom, indispensável para superar a cultura do lucro e do descarte. Encoraja todas as associações de voluntariado, aquelas que se ocupam do transporte e assistência dos doentes, aquelas que possibilitam as doações de sangue, de tecidos e de órgãos, aqueles que, com a sua presença, expressam a solicitude da Igreja junto dos doentes, sobretudo de quantos se veem afetados por patologias que exigem cuidados especiais, aqueles que prestam os seus serviços de voluntariado nas estruturas de saúde e no domicílio, desde a assistência ao apoio espiritual. O voluntário, afirma Francisco, “é um amigo desinteressado, a quem se pode confidenciar pensamentos e emoções; através da escuta, ele cria as condições para que o doente deixe de ser objeto passivo de cuidados e se torne sujeito ativo e protagonista duma relação de reciprocidade, capaz de recuperar a esperança e mais capaz de aceitar os tratamentos. O voluntariado comunica valores, comportamentos e estilos de vida que, no centro, têm o fermento da doação. Deste modo realiza-se também a humanização dos cuidados”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 8-02-2019.




Sem comentários:

Enviar um comentário