PARÓQUIAS
DE NISA
Terça,
19 de novembro de 2019
Terça-feira da XXXIII
semana do tempo comum
TERÇA-FEIRA
da semana XXXIII
Verde – Ofício da
féria.
L 1 2 Mac 6, 18-31; Sal 3, 2-3. 4-5. 6-7
Ev Lc 19, 1-10
* Na Ordem Beneditina – S. Matilde, virgem – MF
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Rafael Kalinowski, presbítero – MF e MO
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – S. Inês de Assis, virgem, da II Ordem – MO
* Na Diocese de Lamego (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
L 1 2 Mac 6, 18-31; Sal 3, 2-3. 4-5. 6-7
Ev Lc 19, 1-10
* Na Ordem Beneditina – S. Matilde, virgem – MF
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Rafael Kalinowski, presbítero – MF e MO
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – S. Inês de Assis, virgem, da II Ordem – MO
* Na Diocese de Lamego (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Jer 29,
11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos de todos os lugares da terra.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) 2 Mac 6, 18-31
«Deixarei aos jovens o nobre exemplo de morrer com beleza,
espontânea e gloriosamente, pelas veneráveis e santas leis»
Leitura do Segundo Livro dos Macabeus
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos de todos os lugares da terra.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) 2 Mac 6, 18-31
«Deixarei aos jovens o nobre exemplo de morrer com beleza,
espontânea e gloriosamente, pelas veneráveis e santas leis»
Leitura do Segundo Livro dos Macabeus
Naqueles dias, Eleazar, um dos principais doutores da Lei, homem de idade avançada e de aspecto muito distinto, era forçado a abrir a boca para comer carne de porco. Mas ele, preferindo a morte gloriosa à vida desonrada, caminhou espontaneamente para o instrumento de suplício, depois de ter cuspido fora a carne, como devem proceder os que têm a coragem de repelir o que não é lícito comer, nem sequer por amor à própria vida. Então os encarregados dessa iníqua refeição ritual, que conheciam aquele homem de velha data, chamaram-no à parte e tentaram persuadi-lo a trazer carne da que lhe fosse lícito servir-se, preparada por ele próprio, e assim fingisse comer a carne prescrita pelo rei, isto é, proveniente do sacrifício. Procedendo assim, escaparia à morte, aproveitando a benevolência com que o tratavam em consideração da amizade entre eles. Mas ele optou por uma nobre decisão, digna da sua idade, do prestígio da sua velhice, dos seus cabelos tão ilustremente embranquecidos, do seu excelente modo de proceder desde a infância e, o que é mais, da santa Lei estabelecida por Deus. Com toda a coerência, respondeu prontamente: «Prefiro que me envieis para a morada dos mortos. Na nossa idade não é conveniente fingir; aliás muitos jovens ficariam persuadidos de que Eleazar, aos noventa anos, se tinha passado para os costumes pagãos; e com esta dissimulação, por causa do pouco tempo de vida que me resta, viriam a transviar-se também por minha culpa e eu ficaria com a minha velhice manchada e desonrada. Além disso, ainda que eu me furtasse de momento à tortura dos homens, não fugiria, contudo, nem vivo nem morto, às mãos do Omnipotente. Por isso, renunciando agora corajosamente a esta vida, mostrar-me-ei digno da minha velhice e deixarei aos jovens o nobre exemplo de morrer com beleza, espontânea e gloriosamente, pelas veneráveis e santas leis». Dito isto, Eleazar dirigiu-se logo para o instrumento de suplício. Aqueles que o conduziam mudaram em aversão a benevolência que pouco antes mostraram para com ele, por causa das palavras que acabava de dizer e que eles consideravam uma loucura. Prestes a morrer sob os golpes, exclamou entre suspiros: «Para o Senhor, que possui a santa ciência, é bem claro que, podendo escapar à morte, estou a sofrer cruéis tormentos no meu corpo; mas na alma suporto-os com alegria, porque temo o Senhor». Foi assim que Eleazar perdeu a vida, deixando, com a sua morte, não só aos jovens, mas também à maioria do seu povo, um exemplo de coragem e um memorial de virtude.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 3, 2-3.4-5.6-7 (R. 6b)
Refrão: O Senhor me sustenta e ampara. Repete-se
Senhor, são tantos os meus inimigos,
tão numerosos os que se levantam contra mim!
Muitos são os que dizem a meu respeito:
«Deus não o vai salvar». Refrão
Vós, porém, Senhor, sois o meu protetor,
a minha glória e Aquele que me sustenta.
Em altos brados clamei ao Senhor,
Ele respondeu-me da sua montanha sagrada. Refrão
Deito-me e adormeço, e me levanto:
sempre o Senhor me ampara.
Não temo a multidão,
que de todos os lados me cerca. Refrão
ALELUIA 1 Jo 4, 10b
Refrão: Aleluia Repete-se
Deus amou-nos e enviou o seu Filho,
como vítima de expiação pelos nossos pecados. Refrão
EVANGELHO Lc 19, 1-10
«O Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-l’O, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar por ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa». Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria. Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum pecador». Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.
Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«As Bem-aventuranças são o cartão de
identidade dos cristãos».
Papa
Francisco
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS - 2 Mac 6, 18-31: O
Segundo Livro dos Macabeus não é a continuação do primeiro; é antes uma série
de episódios da primeira parte da luta narrada no livro anterior, apresentados
de maneira empolgante, própria para comover o leitor. Hoje lemos o martírio de
Eleazar, que preferiu morrer a tomar uma atitude fingida e equívoca.
Lc 19, 1-10: É constante em S. Lucas o apelo à conversão. Este apelo é, só por si, a afirmação da misericórdia do Senhor e da necessidade que todo o homem tem de a aceitar, oferecendo a Deus o seu coração, generosamente disposto a converter-se a Ele, como Zaqueu. Ao apelo há-de corresponder a resposta da conversão, e a conversão, que já é dom de Deus, abre a porta à salvação celebrada na alegria.
ORAÇÃO: Senhor, o teu
caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a
servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a
dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
De manhã: Reunião
arciprestal no Gavião
15.30 horas: Funeral
em Tolosa
18.oo horas: Missa
em Nisa
18.oo horas: Missa
em Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
SANTARÉM FALARÁ DO
QUE POUCO SE FALA
Depois de Coimbra,
Porto, Évora e Viseu, o V Encontro Nacional de Leigos vai ter lugar na cidade
de Santarém, em 23 do corrente mês. O Encontro tem como tema «viver a vida, em pleno e até ao fim» e será
abordado por uma diversidade de mestres na matéria. Haverá comunicações
e reflexões, conversas e testemunhos, workshops, visitas culturais guiadas, concertos de
órgão e musical. O pano de fundo do encontro é a Exortação
Apostólica ‘Alegrai-vos e Exultai’, do Papa Francisco, sobre a santidade no
mundo atual e da qual realço alguns pensamentos. Com essa Exortação, Francisco faz “ressoar mais uma vez o chamamento à
santidade” como um caminho para todos, indicando “os seus riscos, desafios e
oportunidades”, pois não nos podemos resignar a “uma vida medíocre, superficial
e indecisa”. Há um caminho de perfeição para cada um de nós e não faz sentido
desencorajar-nos ao contemplar “modelos de santidade” que nos “parecem
inatingíveis” ou procurar “imitar algo que não foi pensado” para nós. A
santidade não está “reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se
afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim.
Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio
testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma
consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás
casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo
fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e
competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê
santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em
autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses
pessoais". A santidade não tira “forças, nem vida nem alegria. Muito pelo
contrário”, “liberta-nos das escravidões e leva-nos a reconhecer a nossa
dignidade”. Mas há falsificações da santidade que dão origem “a um elitismo
narcisista e autoritário, onde, em vez de evangelizar, se analisam e
classificam os demais e, em vez de facilitar o acesso à graça, consomem-se as
energias a controlar”. Se falta a humildade, alguém pode sentir-se “superior
aos outros por cumprir determinadas normas” ou por ser fiel “a um certo estilo
católico”. Ou pode “com as suas explicações”, querer “tornar perfeitamente
compreensível toda a fé e todo o Evangelho”. É uma “vaidosa superficialidade”
que pretende “reduzir o ensinamento de Jesus a uma lógica fria e dura que
procura dominar tudo”. Julgam “um Deus sem Cristo, um Cristo sem Igreja, uma
Igreja sem povo”. Também “a obsessão pela lei”, “o fascínio de exibir
conquistas sociais e políticas” ou “a ostentação no cuidado da liturgia, da
doutrina e do prestígio da Igreja” são alguns traços típicos de cristãos que
“não se deixam guiar pelo Espírito no caminho do amor”. Às vezes, constata o
Papa, “complicamos o Evangelho e tornamo-nos escravos de um esquema”. Quando
alguém “tem resposta para todas as perguntas, demonstra que não está no bom
caminho e é possível que seja um falso profeta, que usa a religião para seu
benefício, ao serviço das próprias lucubrações psicológicas e mentais”. Deus
supera-nos infinitamente, e quem “quer tudo claro e seguro, pretende dominar a
transcendência de Deus”.
Também há quem entenda
que tudo pode “com a vontade humana, como se esta fosse algo puro, perfeito,
omnipotente, a que se acrescenta a graça”. No fundo, “a falta de reconhecimento
sincero, pesaroso e orante dos nossos limites é que impede a graça de atuar
melhor em nós”.
Falando de “uma
hierarquia das virtudes” em que “no
centro, está a caridade”, o Papa apresenta as Bem-aventuranças como “a carteira
de identidade do cristão”. E dá pistas para viver estas recomendações de Jesus
nos dias de hoje. Ser santo “não significa revirar os olhos num suposto
êxtase”, mas viver Deus por meio do amor aos últimos. Há ideologias que
“mutilam o Evangelho”, há cristãos que transformam o cristianismo “numa espécie
de ONG”, há quem suspeite “do compromisso social dos outros”.
Francisco considera “indispensáveis”
e “particularmente importantes” algumas caraterísticas da santidade no mundo
atual, “devido a alguns riscos e limites da cultura de hoje”. São elas: firmeza,
paciência e mansidão; alegria e o sentido de humor; audácia e ardor; a
comunidade; a oração constante. A construção da santidade “não implica um
espírito retraído, tristonho, amargo, melancólico ou um perfil sumido, sem
energia. O santo é capaz de viver com alegria e sentido de humor”. Permanece
centrado e firme em Deus para “aguentar, suportar as contrariedades, as
vicissitudes da vida e também as agressões dos outros, as suas infidelidades e
defeitos”. Tem ousadia, impulso evangelizador. Sente-se impelido a sair de si
em direção às periferias, não sozinho ou isolado, mas reforçado e apoiado na
comunidade e na abertura “à
transcendência, que se expressa na oração e na adoração”.
A vida cristã é “uma luta permanente”, uma “luta
constante” contra a “mentalidade mundana” que “nos engana, atordoa e torna
medíocres” e perante a qual tem de haver verdadeiro discernimento para vivermos
as bem-aventuranças e sermos santos.
(Se
desejar participar no V Encontro Nacional de Leigos, poderá fazer a sua
inscrição online, em cnal.pt).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-11-2019.
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