segunda-feira, 18 de novembro de 2019






PARÓQUIAS DE NISA



Terça, 19 de novembro de 2019












Terça-feira da XXXIII semana do tempo comum








TERÇA-FEIRA da semana XXXIII

Verde – Ofício da féria.

L 1 2 Mac 6, 18-31; Sal 3, 2-3. 4-5. 6-7
Ev Lc 19, 1-10


* Na Ordem Beneditina – S. Matilde, virgem – MF
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Rafael Kalinowski, presbítero – MF e MO
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – S. Inês de Assis, virgem, da II Ordem – MO
* Na Diocese de Lamego (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Jer 29, 11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos de todos os lugares da terra.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) 2 Mac 6, 18-31
«Deixarei aos jovens o nobre exemplo de morrer com beleza,
espontânea e gloriosamente, pelas veneráveis e santas leis»


Leitura do Segundo Livro dos Macabeus

Naqueles dias, Eleazar, um dos principais doutores da Lei, homem de idade avançada e de aspecto muito distinto, era forçado a abrir a boca para comer carne de porco. Mas ele, preferindo a morte gloriosa à vida desonrada, caminhou espontaneamente para o instrumento de suplício, depois de ter cuspido fora a carne, como devem proceder os que têm a coragem de repelir o que não é lícito comer, nem sequer por amor à própria vida. Então os encarregados dessa iníqua refeição ritual, que conheciam aquele homem de velha data, chamaram-no à parte e tentaram persuadi-lo a trazer carne da que lhe fosse lícito servir-se, preparada por ele próprio, e assim fingisse comer a carne prescrita pelo rei, isto é, proveniente do sacrifício. Procedendo assim, escaparia à morte, aproveitando a benevolência com que o tratavam em consideração da amizade entre eles. Mas ele optou por uma nobre decisão, digna da sua idade, do prestígio da sua velhice, dos seus cabelos tão ilustremente embranquecidos, do seu excelente modo de proceder desde a infância e, o que é mais, da santa Lei estabelecida por Deus. Com toda a coerência, respondeu prontamente: «Prefiro que me envieis para a morada dos mortos. Na nossa idade não é conveniente fingir; aliás muitos jovens ficariam persuadidos de que Eleazar, aos noventa anos, se tinha passado para os costumes pagãos; e com esta dissimulação, por causa do pouco tempo de vida que me resta, viriam a transviar-se também por minha culpa e eu ficaria com a minha velhice manchada e desonrada. Além disso, ainda que eu me furtasse de momento à tortura dos homens, não fugiria, contudo, nem vivo nem morto, às mãos do Omnipotente. Por isso, renunciando agora corajosamente a esta vida, mostrar-me-ei digno da minha velhice e deixarei aos jovens o nobre exemplo de morrer com beleza, espontânea e gloriosamente, pelas veneráveis e santas leis». Dito isto, Eleazar dirigiu-se logo para o instrumento de suplício. Aqueles que o conduziam mudaram em aversão a benevolência que pouco antes mostraram para com ele, por causa das palavras que acabava de dizer e que eles consideravam uma loucura. Prestes a morrer sob os golpes, exclamou entre suspiros: «Para o Senhor, que possui a santa ciência, é bem claro que, podendo escapar à morte, estou a sofrer cruéis tormentos no meu corpo; mas na alma suporto-os com alegria, porque temo o Senhor». Foi assim que Eleazar perdeu a vida, deixando, com a sua morte, não só aos jovens, mas também à maioria do seu povo, um exemplo de coragem e um memorial de virtude.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 3, 2-3.4-5.6-7 (R. 6b)
Refrão: O Senhor me sustenta e ampara. Repete-se


Senhor, são tantos os meus inimigos,
tão numerosos os que se levantam contra mim!
Muitos são os que dizem a meu respeito:
«Deus não o vai salvar». Refrão

Vós, porém, Senhor, sois o meu protetor,
a minha glória e Aquele que me sustenta.
Em altos brados clamei ao Senhor,
Ele respondeu-me da sua montanha sagrada. Refrão

Deito-me e adormeço, e me levanto:
sempre o Senhor me ampara.
Não temo a multidão,
que de todos os lados me cerca. Refrão


ALELUIA 1 Jo 4, 10b
Refrão: Aleluia Repete-se

Deus amou-nos e enviou o seu Filho,
como vítima de expiação pelos nossos pecados. Refrão


EVANGELHO Lc 19, 1-10
«O Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-l’O, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar por ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa». Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria. Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum pecador». Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.

Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



«As Bem-aventuranças são o cartão de identidade dos cristãos».

Papa Francisco




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS - 2 Mac 6, 18-31: O Segundo Livro dos Macabeus não é a continuação do primeiro; é antes uma série de episódios da primeira parte da luta narrada no livro anterior, apresentados de maneira empolgante, própria para comover o leitor. Hoje lemos o martírio de Eleazar, que preferiu morrer a tomar uma atitude fingida e equívoca.

Lc 19, 1-10: É constante em S. Lucas o apelo à conversão. Este apelo é, só por si, a afirmação da misericórdia do Senhor e da necessidade que todo o homem tem de a aceitar, oferecendo a Deus o seu coração, generosamente disposto a converter-se a Ele, como Zaqueu. Ao apelo há-de corresponder a resposta da conversão, e a conversão, que já é dom de Deus, abre a porta à salvação celebrada na alegria.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


De manhã: Reunião arciprestal no Gavião
15.30 horas: Funeral em Tolosa
18.oo horas: Missa em Nisa
18.oo horas: Missa em Alpalhão.





A VOZ DO PASTOR


SANTARÉM FALARÁ DO QUE POUCO SE FALA

Depois de Coimbra, Porto, Évora e Viseu, o V Encontro Nacional de Leigos vai ter lugar na cidade de Santarém, em 23 do corrente mês. O Encontro tem como tema «viver a vida, em pleno e até ao fim» e será abordado por uma diversidade de mestres na matéria. Haverá comunicações e reflexões, conversas e testemunhos, workshops, visitas culturais guiadas, concertos de órgão e musical. O pano de fundo do encontro é a Exortação Apostólica ‘Alegrai-vos e Exultai’, do Papa Francisco, sobre a santidade no mundo atual e da qual realço alguns pensamentos. Com essa Exortação, Francisco faz “ressoar mais uma vez o chamamento à santidade” como um caminho para todos, indicando “os seus riscos, desafios e oportunidades”, pois não nos podemos resignar a “uma vida medíocre, superficial e indecisa”. Há um caminho de perfeição para cada um de nós e não faz sentido desencorajar-nos ao contemplar “modelos de santidade” que nos “parecem inatingíveis” ou procurar “imitar algo que não foi pensado” para nós. A santidade não está “reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais". A santidade não tira “forças, nem vida nem alegria. Muito pelo contrário”, “liberta-nos das escravidões e leva-nos a reconhecer a nossa dignidade”. Mas há falsificações da santidade que dão origem “a um elitismo narcisista e autoritário, onde, em vez de evangelizar, se analisam e classificam os demais e, em vez de facilitar o acesso à graça, consomem-se as energias a controlar”. Se falta a humildade, alguém pode sentir-se “superior aos outros por cumprir determinadas normas” ou por ser fiel “a um certo estilo católico”. Ou pode “com as suas explicações”, querer “tornar perfeitamente compreensível toda a fé e todo o Evangelho”. É uma “vaidosa superficialidade” que pretende “reduzir o ensinamento de Jesus a uma lógica fria e dura que procura dominar tudo”. Julgam “um Deus sem Cristo, um Cristo sem Igreja, uma Igreja sem povo”. Também “a obsessão pela lei”, “o fascínio de exibir conquistas sociais e políticas” ou “a ostentação no cuidado da liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja” são alguns traços típicos de cristãos que “não se deixam guiar pelo Espírito no caminho do amor”. Às vezes, constata o Papa, “complicamos o Evangelho e tornamo-nos escravos de um esquema”. Quando alguém “tem resposta para todas as perguntas, demonstra que não está no bom caminho e é possível que seja um falso profeta, que usa a religião para seu benefício, ao serviço das próprias lucubrações psicológicas e mentais”. Deus supera-nos infinitamente, e quem “quer tudo claro e seguro, pretende dominar a transcendência de Deus”.

Também há quem entenda que tudo pode “com a vontade humana, como se esta fosse algo puro, perfeito, omnipotente, a que se acrescenta a graça”. No fundo, “a falta de reconhecimento sincero, pesaroso e orante dos nossos limites é que impede a graça de atuar melhor em nós”.

Falando de “uma hierarquia das virtudes”  em que “no centro, está a caridade”, o Papa apresenta as Bem-aventuranças como “a carteira de identidade do cristão”. E dá pistas para viver estas recomendações de Jesus nos dias de hoje. Ser santo “não significa revirar os olhos num suposto êxtase”, mas viver Deus por meio do amor aos últimos. Há ideologias que “mutilam o Evangelho”, há cristãos que transformam o cristianismo “numa espécie de ONG”, há quem suspeite “do compromisso social dos outros”.

Francisco considera “indispensáveis” e “particularmente importantes” algumas caraterísticas da santidade no mundo atual, “devido a alguns riscos e limites da cultura de hoje”. São elas: firmeza, paciência e mansidão; alegria e o sentido de humor; audácia e ardor; a comunidade; a oração constante. A construção da santidade “não implica um espírito retraído, tristonho, amargo, melancólico ou um perfil sumido, sem energia. O santo é capaz de viver com alegria e sentido de humor”. Permanece centrado e firme em Deus para “aguentar, suportar as contrariedades, as vicissitudes da vida e também as agressões dos outros, as suas infidelidades e defeitos”. Tem ousadia, impulso evangelizador. Sente-se impelido a sair de si em direção às periferias, não sozinho ou isolado, mas reforçado e apoiado na comunidade e na abertura  “à transcendência, que se expressa na oração e na adoração”.

A vida cristã é “uma luta permanente”, uma “luta constante” contra a “mentalidade mundana” que “nos engana, atordoa e torna medíocres” e perante a qual tem de haver verdadeiro discernimento para vivermos as bem-aventuranças e sermos santos.

(Se desejar participar no V Encontro Nacional de Leigos, poderá fazer a sua inscrição online, em cnal.pt).

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-11-2019.




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