PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
04 de novembro de 2019
Segunda-feira da XXXI semanado
tempo comum
SEGUNDA-FEIRA
da semana XXXI
S. Carlos Borromeu, bispo – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Rom 11, 29-36; Sal 68 (69), 30-31. 33-34. 36-37
Ev Lc 14, 12-14
* Na Congregação dos Missionários e Missionárias de S. Carlos (Scalabrinianos/as) – S. Carlos Borromeu – SOLENIDADE
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Rom 11, 29-36; Sal 68 (69), 30-31. 33-34. 36-37
Ev Lc 14, 12-14
* Na Congregação dos Missionários e Missionárias de S. Carlos (Scalabrinianos/as) – S. Carlos Borromeu – SOLENIDADE
S. CARLOS BORROMEU, bispo
Nota
Histórica:
Nasceu em Arona (Lombardia) no ano 1538;
depois de ter conseguido o doutoramento In utroque iure, foi nomeado cardeal
por Pio IV, seu tio, e eleito bispo de Milão. Foi um verdadeiro pastor da
Igreja no exercício desta missão: visitou várias vezes toda a diocese, convocou
sínodos e desenvolveu a mais intensa actividade, em todos os sectores, para a
salvação das almas, promovendo por todos os meios a renovação da vida cristã.
Morreu no dia 3 de Novembro de 1584.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Ez 34, 11.23.24
Eu cuidarei das minhas ovelhas, diz o Senhor.
Escolherei um pastor que as apascente.
Eu, o Senhor, serei o seu Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Conservai, Senhor, no vosso povo o espírito que animava São Carlos, para que a Igreja se renove sem cessar e, reproduzindo fielmente a imagem de Cristo, possa mostrar ao mundo o verdadeiro rosto do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Eu cuidarei das minhas ovelhas, diz o Senhor.
Escolherei um pastor que as apascente.
Eu, o Senhor, serei o seu Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Conservai, Senhor, no vosso povo o espírito que animava São Carlos, para que a Igreja se renove sem cessar e, reproduzindo fielmente a imagem de Cristo, possa mostrar ao mundo o verdadeiro rosto do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Rom 11, 29-36
«Deus encerrou a todos na desobediência,
para usar de misericórdia para com todos»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Os dons e o chamamento de Deus
são irrevogáveis. Na verdade, vós fostes outrora desobedientes a Deus e agora
alcançastes misericórdia, devido à desobediência dos judeus. Assim também eles
desobedeceram agora, de modo que, devido à misericórdia obtida por vós, também
eles alcancem agora misericórdia. Efetivamente, Deus encerrou a todos na
desobediência, para usar de misericórdia para com todos. Como é profunda a
riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus! Como são insondáveis os seus
desígnios e incompreensíveis os seus caminhos! Quem conheceu o pensamento do
Senhor? Quem foi o seu conselheiro? Quem Lhe deu primeiro, para que tenha de
receber retribuição? D’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Glória a
Deus para sempre. Amen.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 68 (69), 30-31.33-34.36-37 (R. 14c)
Refrão: Pela vossa bondade, ouvi-me, Senhor. Repete-se
Eu sou pobre e miserável:
defendei-me com a vossa proteção.
Louvarei com cânticos o nome de Deus
e em ação de graças O glorificarei. Refrão
Vós, humildes, olhai e alegrai-vos,
buscai o Senhor e o vosso coração se reanimará.
O Senhor ouve os pobres
e não despreza os cativos. Refrão
Deus protegerá Sião, reconstruirá as cidades de Judá
e voltarão a ocupá-la os cativos.
Os seus servos a receberão em herança
e nela hão-de morar os que amam o seu nome. Refrão
ALELUIA Jo 8, 31b-32
Refrão: Aleluia. Repete-se
Se permanecerdes na minha palavra,
sereis verdadeiramente meus discípulos
e conhecereis a verdade, diz o Senhor. Refrão
EVANGELHO Lc 14, 12-14
«Não convides os teus amigos, mas os pobres e os doentes»:
SALMO RESPONSORIAL Salmo 68 (69), 30-31.33-34.36-37 (R. 14c)
Refrão: Pela vossa bondade, ouvi-me, Senhor. Repete-se
Eu sou pobre e miserável:
defendei-me com a vossa proteção.
Louvarei com cânticos o nome de Deus
e em ação de graças O glorificarei. Refrão
Vós, humildes, olhai e alegrai-vos,
buscai o Senhor e o vosso coração se reanimará.
O Senhor ouve os pobres
e não despreza os cativos. Refrão
Deus protegerá Sião, reconstruirá as cidades de Judá
e voltarão a ocupá-la os cativos.
Os seus servos a receberão em herança
e nela hão-de morar os que amam o seu nome. Refrão
ALELUIA Jo 8, 31b-32
Refrão: Aleluia. Repete-se
Se permanecerdes na minha palavra,
sereis verdadeiramente meus discípulos
e conhecereis a verdade, diz o Senhor. Refrão
EVANGELHO Lc 14, 12-14
«Não convides os teus amigos, mas os pobres e os doentes»:
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São
Lucas
Naquele
tempo, disse Jesus a um dos principais fariseus, que O tinha convidado para uma
refeição: «Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não convides os teus
amigos nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não
seja que eles por sua vez te convidem e assim serás retribuído. Mas quando
ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e
serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na
ressurreição dos justos».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que trazemos ao vosso altar, ao celebrar a memória de São Carlos, pastor vigilante e exemplo admirável de santidade, e, pela virtude deste sacrifício, dai-nos a graça de produzir também nós, frutos abundantes de boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida
e a tenham em abundância, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
A comunhão nos santos mistérios nos dê, Senhor, a fortaleza de alma que tornou São Carlos fiel à sua missão e exemplo admirável de caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«A paz define-se, com toda a razão, como obra da
justiça».
Guaudium et
Spes, 78
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS : Rom
11, 29-36: São
Paulo coloca frente a frente duas situações: a dos judeus, o antigo povo
eleito, que não acolheu a misericórdia de Deus e ficou fora da Igreja de Deus,
e a dos pagãos, a quem não tinha chegado a mensagem do Evangelho de Cristo e
que, por isso, também estavam de fora. Quando os judeus descobrirem o que a
misericórdia de Deus fez aos pagãos, chamando-os ao Evangelho, também eles
aceitarão a misericórdia de Deus e serão todos um só e mesmo povo de Deus.
Caminhos da sabedoria de Deus insondáveis e incompreensíveis!
Lc 19, 1-10 : A predileção de S. Lucas pelos
pecadores, em razão da atenção que Jesus lhes dá, é patente, uma vez mais, na
passagem que hoje lemos. Com este episódio, somos todos convidados, a tomar
parte na mesa do Senhor, particularmente na Eucaristia, com os sentimentos de
Zaqueu. A salvação também quer entrar em nossa casa. Seremos capazes de abrir
as portas do nosso coração a Cristo, nosso Redentor?
ORAÇÃO: Senhor, o teu
caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a
servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a
dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
21.00 horas: Oração
de louvor no Calvário
A VOZ DO PASTOR
O DESAFIO DA SOLIDARIEDADE GLOBAL
Não é por mal que algumas coisas se dizem,
sei. E de vez em quando isso acontece, quer porque não se foi muito feliz na
maneira de abordar a questão, quer porque os termos ou a linguagem usada não
foi a melhor, quer porque se quer agradar a algum auditório, quer porque a
pessoa que fala está um pouco em jejum no assunto em causa. Muitas vezes,
porém, é o suficiente para desclassificar e impressionar menos bem.
Na última situação destas a que
assisti, a caridade não me pareceu bem abordada, nem a mim nem a outros que
primaram pela presença. Mas a forma como ali foi trazida à baila tem sido
bastante recorrente, apesar de acontecer em lugares onde ela deveria marcar a
diferença, sendo promovida e atuada na ação em prol de serviços cada vez mais
humanos e humanizadores e da boa convivência entre responsáveis, colaboradores,
utentes e voluntários. De facto, por vezes, puxa-se pela palavra caridade para
depreciar ou minimizar o seu significado e conteúdo. Declara-se a sua
insignificância para realçar a solidariedade, como se aquela fosse inimiga
desta, como se esta fosse muito mais importante sem aquela, ou como se alguém
não pudesse falar da solidariedade sem zurzir na caridade, isto é, sem faltar à
caridade para com a caridade!
Aplaudimos a solidariedade
familiar e de vizinhança. Aplaudimos a solidariedade económica, política,
social, ecológica, cultural e a que mais quisermos juntar como meio necessário
para a construção do bem comum. É um valor e uma necessidade urgente e sempre
inacabada. Em cada tempo, o bem comum vai exigindo novas formas de
solidariedade, é uma exigência da justiça. Mais: não é só uma exigência da
justiça, também é uma exigência da caridade. Quando “o empenho pelo bem comum é
animado pela caridade, tem uma valência superior à do empenho simplesmente
secular e político” (Caritas in Veritate,7).
Porque se desconhece a natureza, o valor
e a sua estreita ligação com a verdade e a justiça, a caridade, sempre
iluminada pela luz da razão e da fé, continua a ser rodeada de preconceitos,
esvaziada de sentido. No entanto, como por vezes se deixa transparecer, ela não
é uma espécie de humanismo piegas, não é sentimentalismo estéril, não é
filantropia para a promoção do ego, não se identifica com aquele bem-fazer que
brota de sentimentos de pena ou dó ou de interesses subjacentes de quem quer
que o reconheçam e lhe batam palmas, não é um meio ao serviço de proselitismos
ou para manter situações existenciais injustas, não está dependente de partidos
e ideologias, deve sentir-se escrita e avivada no coração de cada um seja quem
for. A caridade reclama a verdade, exige e supera a justiça, “não se move
apenas por relações feitas de direitos e deveres, mas antes e sobretudo por
relações de gratuidade, misericórdia e perdão” (id.6).
A própria Assembleia-Geral das Nações
Unidas, em 2012, pela Resolução 67/105, proclamou o Dia Internacional da
Caridade a celebrar no dia 5 de setembro de cada ano. O objetivo deste Dia é,
entre outros e segundo os seus promotores, reconhecer o papel da caridade no
alívio às crises humanitárias e ao sofrimento humano em todo o mundo,
homenagear o extraordinário trabalho de inúmeras organizações e indivíduos,
fomentar e promover o diálogo, a solidariedade, o entendimento mútuo e os
valores universais. Como expressão de “solidariedade global”, a caridade sente
o carinho e o encorajamento de todos os Estados-membros, organizações regionais
e internacionais e os vários atores da sociedade civil, nomeadamente através da
educação e de atividades que contribuam para a sensibilização da sociedade para
este “enorme potencial de amor que vence o mal com o bem e abre à reciprocidade
das consciências e das liberdades” (id.9).
Quando ela está ausente da vida pública
e familiar, quando, por exemplo, a caridade falta em qualquer instituição ou
estrutura social, mesmo que haja abundância de tudo e uma logística digna de se
lhe tirar o chapéu, a solidariedade pode ser um corpo sem alma. Pode haver
gente a usufruir da solidariedade de muita gente, em abundância de muitas
coisas e boas condições, mas a sentir-se indesejada, não amada, abandonada, a
morrer de fome de atenção, de caridade. Se assim for, mesmo que as instalações
e os serviços prestados sejam de luxo, de cinco estrelas para cima, tudo não
passará de mero assistencialismo, não liberta, não promove, não satisfaz, não gera
família. Como sabemos, mesmo as Obras de Misericórdia não são apenas corporais,
também são espirituais. E, não raro, estas são muito mais importantes que
aquelas. O critério de ação, para nós cristãos, foi-nos dado por Cristo que nos
mandou amar uns aos outros como Ele nos amou: atenta e dedicadamente, sem
fingimento, gratuitamente, incondicionalmente, sem fazer aceção de pessoas,
dando a vida, por Caridade... Como lembra Bento XVI na Encíclica Deus Caritas
est, a consciência de que, em Jesus, o próprio Deus Se entregou por nós até à
morte, deve levar-nos a viver para Ele, e com Ele para os outros (cf.DCe33).
Relembremos o texto de São Paulo: “Ainda
que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se eu não tivesse caridade,
seria como um bronze que soa ou como um símbolo que tine. Ainda que eu tivesse
o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência,
ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a
caridade, eu nada seria. Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos
famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse a
caridade, isso nada me adiantaria. A caridade é paciente, a caridade é
prestativa; não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz
de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não
guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais passará
(...) Agora, portanto, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a
caridade. A maior delas, porém, é a caridade” (1Cor 13, 1-8.13).
Portalegre-Castelo Branco, 01-11-2019.
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