sábado, 2 de novembro de 2019






PARÓQUIAS DE NISA



Domingo, 03 de novembro de 2019










XXXI domingo do tempo comum







DOMINGO XXXI DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana III do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Sab 11, 22 – 12, 2; Sal 144 (145), 1-2. 8-9. 10-11. 13cd-14
L 2 2 Tes 1, 11 – 2, 2
Ev Lc 19, 1-10

* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Diocese de Viana do Castelo – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – Ofício e Missa do domingo; aniversário da criação da Diocese (1977); termina a Semana da Diocese.
* Na Congregação dos Missionários e Missionárias de S. Carlos (Scalabrinianos/as) – I Vésp. de S. Carlos Borromeu.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 37, 22-23
Não me abandoneis, Senhor;
meu Deus, não Vos afasteis de mim.
Senhor, socorrei-me e salvai-me.


ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e misericordioso,
de quem procede a graça de Vos servirmos fiel e dignamente,
fazei-nos caminhar sem obstáculos
para os bens por Vós prometidos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Sab 11, 22 – 12, 2
«De todos Vos compadeceis, porque amais tudo o que existe»


Leitura do Livro da Sabedoria

Diante de Vós, Senhor, o mundo inteiro é como um grão de areia na balança, como a gota de orvalho que de manhã cai sobre a terra. De todos Vos compadeceis, porque sois omnipotente, e não olhais para os seus pecados, para que se arrependam. Vós amais tudo o que existe e não odiais nada do que fizestes; porque, se odiásseis alguma coisa, não a teríeis criado. E como poderia subsistir, se Vós não a quisésseis? Como poderia durar, se não a tivésseis chamado à existência? Mas a todos perdoais, porque tudo é vosso, Senhor, que amais a vida. O vosso espírito incorruptível está em todas as coisas. Por isso castigais brandamente aqueles que caem e advertis os que pecam, recordando-lhes os seus pecados, para que se afastem do mal e acreditem em Vós, Senhor.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 144 (145), 1-2.8-9.10-11.13cd-14 (R. cf. 1)

Refrão: Louvarei para sempre o vosso nome,
Senhor, meu Deus e meu Rei. Repete-se

Quero exaltar-Vos, meu Deus e meu Rei,
e bendizer o vosso nome para sempre.
Quero bendizer-Vos, dia após dia,
e louvar o vosso nome para sempre. Refrão

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas. Refrão

Graças Vos dêem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos. Refrão

O Senhor é fiel à sua palavra
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor ampara os que vacilam
e levanta todos os oprimidos. Refrão


LEITURA II 2 Tes 1, 11 – 2, 2
«O nome de Cristo será glorificado em vós, e vós n’Ele
»

Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses

Irmãos: Oramos continuamente por vós, para que Deus vos considere dignos do seu chamamento e, pelo seu poder, se realizem todos os vossos bons propósitos e se confirme o trabalho da vossa fé. Assim o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado em vós, e vós n’Ele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo. Nós vos pedimos, irmãos, a propósito da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e do nosso encontro com Ele: Não vos deixeis abalar facilmente nem alarmar por qualquer manifestação profética, por palavras ou por cartas, que se digam vir de nós, pretendendo que o dia do Senhor está iminente.

Palavra do Senhor.

ALELUIA Jo 3, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se
Deus amou tanto o mundo
que lhe deu o seu Filho unigénito;
quem acredita n’Ele tem a vida eterna. Refrão


EVANGELHO Lc 19, 1-10
«O Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido
»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-l’O, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar por ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa». Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria. Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum pecador». Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, fazei que este sacrifício
seja para Vós uma oblação pura
e para nós o dom generoso da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 15, 11
O Senhor me ensinará o caminho da vida,
a seu lado viverei na plenitude da alegria.

Ou Jo 6, 58
Assim como o Pai que Me enviou
é o Deus vivo e Eu vivo pelo Pai,
também o que Me come viverá por Mim, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Multiplicai em nós, Senhor, os frutos da vossa graça,
para que os sacramentos celestes
que nos alimentam na vida presente
nos preparem para alcançarmos a herança prometida.
Por Nosso Senhor.



«Se acreditarmos que Jesus morreu e ressuscitou, assim Deus levará também com Jesus os que em Jesus tiverem adormecido».

Paulo




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS : Sab 11, 22 – 12, 2: De novo, a palavra de Deus nos quer convencer do seu amor para com os homens, e particularmente para com os mais pecadores. Deus não quer que ninguém se perca, porque a todos ama. “Se tivesse detestado alguma criatura não a teria formado”. Até a correção com que nos castiga é um modo de nos chamar a Si.
2 Tes 1, 11 – 2, 2: S. Paulo quer corrigir certos rumores sobre a vinda do Senhor, que alguns começavam a entender mal. Em qualquer caso, a glória que o Senhor há de encontrar neles e eles no Senhor será que Ele, quando vier, os possa encontrar dignos da sua vocação cristã.
Lc 19, 1-10 : A predileção de S. Lucas pelos pecadores, em razão da atenção que Jesus lhes dá, é patente, uma vez mais, na passagem que hoje lemos. Com este episódio, somos todos convidados, a tomar parte na mesa do Senhor, particularmente na Eucaristia, com os sentimentos de Zaqueu. A salvação também quer entrar em nossa casa. Seremos capazes de abrir as portas do nosso coração a Cristo, nosso Redentor?
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA



09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas Missa em Alpalhão
12.00 horas Missa em Gáfete
15.30 horas: Missa no Arneiro
15.30 horas: Missa em Montalvão.





A VOZ DO PASTOR



O DESAFIO DA SOLIDARIEDADE GLOBAL

Não é por mal que algumas coisas se dizem, sei. E de vez em quando isso acontece, quer porque não se foi muito feliz na maneira de abordar a questão, quer porque os termos ou a linguagem usada não foi a melhor, quer porque se quer agradar a algum auditório, quer porque a pessoa que fala está um pouco em jejum no assunto em causa. Muitas vezes, porém, é o suficiente para desclassificar e impressionar menos bem.
 Na última situação destas a que assisti, a caridade não me pareceu bem abordada, nem a mim nem a outros que primaram pela presença. Mas a forma como ali foi trazida à baila tem sido bastante recorrente, apesar de acontecer em lugares onde ela deveria marcar a diferença, sendo promovida e atuada na ação em prol de serviços cada vez mais humanos e humanizadores e da boa convivência entre responsáveis, colaboradores, utentes e voluntários. De facto, por vezes, puxa-se pela palavra caridade para depreciar ou minimizar o seu significado e conteúdo. Declara-se a sua insignificância para realçar a solidariedade, como se aquela fosse inimiga desta, como se esta fosse muito mais importante sem aquela, ou como se alguém não pudesse falar da solidariedade sem zurzir na caridade, isto é, sem faltar à caridade para com a caridade!
 Aplaudimos a solidariedade familiar e de vizinhança. Aplaudimos a solidariedade económica, política, social, ecológica, cultural e a que mais quisermos juntar como meio necessário para a construção do bem comum. É um valor e uma necessidade urgente e sempre inacabada. Em cada tempo, o bem comum vai exigindo novas formas de solidariedade, é uma exigência da justiça. Mais: não é só uma exigência da justiça, também é uma exigência da caridade. Quando “o empenho pelo bem comum é animado pela caridade, tem uma valência superior à do empenho simplesmente secular e político” (Caritas in Veritate,7).
Porque se desconhece a natureza, o valor e a sua estreita ligação com a verdade e a justiça, a caridade, sempre iluminada pela luz da razão e da fé, continua a ser rodeada de preconceitos, esvaziada de sentido. No entanto, como por vezes se deixa transparecer, ela não é uma espécie de humanismo piegas, não é sentimentalismo estéril, não é filantropia para a promoção do ego, não se identifica com aquele bem-fazer que brota de sentimentos de pena ou dó ou de interesses subjacentes de quem quer que o reconheçam e lhe batam palmas, não é um meio ao serviço de proselitismos ou para manter situações existenciais injustas, não está dependente de partidos e ideologias, deve sentir-se escrita e avivada no coração de cada um seja quem for. A caridade reclama a verdade, exige e supera a justiça, “não se move apenas por relações feitas de direitos e deveres, mas antes e sobretudo por relações de gratuidade, misericórdia e perdão” (id.6).
A própria Assembleia-Geral das Nações Unidas, em 2012, pela Resolução 67/105, proclamou o Dia Internacional da Caridade a celebrar no dia 5 de setembro de cada ano. O objetivo deste Dia é, entre outros e segundo os seus promotores, reconhecer o papel da caridade no alívio às crises humanitárias e ao sofrimento humano em todo o mundo, homenagear o extraordinário trabalho de inúmeras organizações e indivíduos, fomentar e promover o diálogo, a solidariedade, o entendimento mútuo e os valores universais. Como expressão de “solidariedade global”, a caridade sente o carinho e o encorajamento de todos os Estados-membros, organizações regionais e internacionais e os vários atores da sociedade civil, nomeadamente através da educação e de atividades que contribuam para a sensibilização da sociedade para este “enorme potencial de amor que vence o mal com o bem e abre à reciprocidade das consciências e das liberdades” (id.9).
Quando ela está ausente da vida pública e familiar, quando, por exemplo, a caridade falta em qualquer instituição ou estrutura social, mesmo que haja abundância de tudo e uma logística digna de se lhe tirar o chapéu, a solidariedade pode ser um corpo sem alma. Pode haver gente a usufruir da solidariedade de muita gente, em abundância de muitas coisas e boas condições, mas a sentir-se indesejada, não amada, abandonada, a morrer de fome de atenção, de caridade. Se assim for, mesmo que as instalações e os serviços prestados sejam de luxo, de cinco estrelas para cima, tudo não passará de mero assistencialismo, não liberta, não promove, não satisfaz, não gera família. Como sabemos, mesmo as Obras de Misericórdia não são apenas corporais, também são espirituais. E, não raro, estas são muito mais importantes que aquelas. O critério de ação, para nós cristãos, foi-nos dado por Cristo que nos mandou amar uns aos outros como Ele nos amou: atenta e dedicadamente, sem fingimento, gratuitamente, incondicionalmente, sem fazer aceção de pessoas, dando a vida, por Caridade... Como lembra Bento XVI na Encíclica Deus Caritas est, a consciência de que, em Jesus, o próprio Deus Se entregou por nós até à morte, deve levar-nos a viver para Ele, e com Ele para os outros (cf.DCe33).
Relembremos o texto de São Paulo: “Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se eu não tivesse caridade, seria como um bronze que soa ou como um símbolo que tine. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a caridade, eu nada seria. Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse a caridade, isso nada me adiantaria. A caridade é paciente, a caridade é prestativa; não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais passará (...) Agora, portanto, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade. A maior delas, porém, é a caridade” (1Cor 13, 1-8.13).

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 01-11-2019.



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