terça-feira, 19 de novembro de 2019






PARÓQUIAS DE NISA



Quarta-feira, 20 de novembro de 2019












Quarta-feira da XXXIII semana do tempo comum








QUARTA-FEIRA da semana XXXIII

Verde – Ofício da féria.

L 1 2 Mac 7, 1. 20-31; Sal 16 (17), 1. 5-6. 8b-9a e 15
Ev Lc 19, 11-28


* Na Diocese do Funchal – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Nuno Brás da Silva Martins (2011).
* Na Diocese de Lamego – Aniversário da dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Congregação da Apresentação de Maria – I Vésp. da Apresentação de Nossa Senhora.

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MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA Jer 29, 11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos de todos os lugares da terra.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) 2 Mac 7, 1.20-31
«O Criador do mundo vos restituirá o espírito e a vida»


Leitura do Segundo Livro dos Macabeus

Naqueles dias, foram presos sete irmãos, juntamente com a mãe, e o rei da Síria quis obrigá-los, à força de azorragues e nervos de boi, a comer carne de porco, proibida pela Lei. Eminentemente admirável e digna de memória foi a mãe, que, vendo morrer num só dia os seus sete filhos, tudo suportou com firme serenidade, pela esperança que tinha no Senhor. Exortava cada um deles na sua língua pátria e, cheia de nobres sentimentos, juntava uma coragem varonil à ternura de mulher. Ela dizia-lhes: «Não sei como aparecestes no meu seio, porque não fui eu que vos dei o espírito e a vida, nem fui eu que ordenei os elementos de cada um de vós. Por isso, o Criador do mundo, que é o autor do nascimento e origem de todas as coisas, vos restituirá, pela sua misericórdia, o espírito e a vida, porque vos desprezais agora a vós mesmos por amor das suas leis». Então o rei Antíoco julgou-se insultado e suspeitou que aquelas palavras o ultrajavam. Como o filho mais novo ainda estava vivo, não só começou a exortá-lo com palavras, mas também lhe prometeu com juramento que o tornaria rico e feliz, se ele abandonasse as tradições dos seus antepassados. Faria dele seu amigo, confiando-lhe altas funções. Como o jovem não lhe deu a menor atenção, o rei chamou a mãe à sua presença e exortou-a a aconselhar o jovem para lhe salvar a vida. Depois de muita insistência do rei, ela consentiu em persuadir o filho. Inclinou-se para ele e, ludibriando o tirano, assim lhe falou na língua pátria: «Filho, tem compaixão de mim, que te trouxe nove meses no meu seio, te amamentei durante três anos, te criei e eduquei até esta idade, provendo sempre ao teu sustento. Peço-te, meu filho, olha para o Céu e para a terra, contempla tudo o que neles existe e reconhece que Deus os criou do nada, assim como a todo o género humano. Não temas este carrasco, mas sê digno dos teus irmãos e aceita a morte, para que eu te possa encontrar com eles no dia da misericórdia divina». Apenas ela acabou de falar, o jovem exclamou: «Por que esperais? Eu não obedeço às ordens do rei. Obedeço aos mandamentos da Lei que foi dada por Moisés aos nossos antepassados. E tu, inventor de todos os males contra os hebreus, não escaparás às mãos de Deus».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 16 (17), 1.5-6.8b-9a e 15 (R. 15b)
Refrão: Senhor, ficarei saciado,
quando surgir a vossa glória. Repete-se


Ouvi, Senhor, uma causa justa,
atendei a minha súplica.
Escutai a minha oração,
feita com sinceridade. Refrão

Firmai os meus passos nas vossas veredas,
para que não vacilem os meus pés.
Eu Vos invoco, ó Deus, respondei-me,
ouvi e escutai as minhas palavras. Refrão

Protegei-me à sombra das vossas asas,
longe dos ímpios que me fazem violência.
Senhor, mereça eu contemplar a vossa face
e ao despertar saciar-me com a vossa imagem. Refrão


ALELUIA cf. Jo 15, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se

Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça, diz o Senhor. Refrão


EVANGELHO Lc 19, 11-28
«Porque não entregaste ao banco o meu dinheiro?»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, disse Jesus uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o reino de Deus ia manifestar-se imediatamente. Então Jesus disse: «Um homem nobre foi para uma região distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. Antes, porém, chamou dez dos seus servos e entregou-lhes dez minas, dizendo: ‘Fazei-as render até que eu volte’. Ora os seus concidadãos detestavam-no e mandaram uma delegação atrás dele para dizer: ‘Não queremos que ele reine sobre nós’. Quando voltou, investido do poder real, mandou chamar à sua presença os servos a quem entregara o dinheiro, para saber o que cada um tinha lucrado. Apresentou-se o primeiro e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu dez minas’. Ele respondeu-lhe: ‘Muito bem, servo bom! Porque foste fiel no pouco, receberás o governo de dez cidades’. Veio o segundo e disse-lhe: ‘Senhor, a tua mina rendeu cinco minas’. A este respondeu igualmente: ‘Tu também, ficarás à frente de cinco cidades’. Depois veio o outro e disse-lhe: ‘Senhor, aqui está a tua mina, que eu guardei num lenço, pois tive medo de ti, que és homem severo: levantas o que não depositaste e colhes o que não semeaste’. Disse-lhe o senhor: ‘Servo mau, pela tua boca te julgo. Sabias que sou homem severo, que levanto o que não depositei e colho o que não semeei. Então, porque não entregaste ao banco o meu dinheiro? No meu regresso tê-lo-ia recuperado com juros’. Depois disse aos presentes: ‘Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez’. Eles responderam-lhe: ‘Senhor, ele já tem dez minas!’. O rei respondeu: ‘Eu vos digo: A todo aquele que tem se dará mais, mas àquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. Quanto a esses meus inimigos, que não me quiseram como rei, trazei-os aqui e degolai-os na minha presença’». Dito isto, Jesus seguiu, à frente do povo, para Jerusalém.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.

Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Deus não está longe de ti. És tu que O fazes estar longe. Ama-O e Ele se aproximará de ti. Ama-O e Ele habitará em ti».

Santo Agostinho




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS - 2 Mac 7, 1.20-31: Uma das mais belas páginas deste livro é o martírio dos sete irmãos e de sua mãe, nada inferiores às Atas dos futuros mártires cristãos. É notável neste episódio, como em toda a tradição do povo judeu, a força e o poder da tradição vivida na família e na comunidade. Só essa comunhão de vida, bebida com o leite materno e alimentada com a experiência de uma fé diariamente vivida em comum, era capaz de levar aos heroísmos do martírio a que esta mãe conduziu os seus filhos.

Lc 19, 11-28: O tempo que medeia entre o regresso de Cristo para junto do Pai e a sua vinda no fim dos tempos é o tempo em que os seus discípulos hão-de fazer frutificar os dons que o Senhor confia à sua Igreja e a cada um dos seus membros. É o tempo de acreditar, de trabalhar, de merecer, com perseverança e caridade. Além disso, esta parábola vem muito a propósito ao chegarmos ao termo do ciclo do tempo litúrgico anual. A perspectiva das contas que todos havemos de dar a Deus do uso que fizemos dos dons que Ele nos confiou não pode desaparecer da frente dos nossos olhos, não para nos aterrar, mas para nos orientar no caminho, sempre iluminado pela esperança e pelo desejo da vida eterna em Deus.
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


12.00 horas: Funeral em Tolosa
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Tolosa.





A VOZ DO PASTOR


SANTARÉM FALARÁ DO QUE POUCO SE FALA

Depois de Coimbra, Porto, Évora e Viseu, o V Encontro Nacional de Leigos vai ter lugar na cidade de Santarém, em 23 do corrente mês. O Encontro tem como tema «viver a vida, em pleno e até ao fim» e será abordado por uma diversidade de mestres na matéria. Haverá comunicações e reflexões, conversas e testemunhos, workshops, visitas culturais guiadas, concertos de órgão e musical. O pano de fundo do encontro é a Exortação Apostólica ‘Alegrai-vos e Exultai’, do Papa Francisco, sobre a santidade no mundo atual e da qual realço alguns pensamentos. Com essa Exortação, Francisco faz “ressoar mais uma vez o chamamento à santidade” como um caminho para todos, indicando “os seus riscos, desafios e oportunidades”, pois não nos podemos resignar a “uma vida medíocre, superficial e indecisa”. Há um caminho de perfeição para cada um de nós e não faz sentido desencorajar-nos ao contemplar “modelos de santidade” que nos “parecem inatingíveis” ou procurar “imitar algo que não foi pensado” para nós. A santidade não está “reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais". A santidade não tira “forças, nem vida nem alegria. Muito pelo contrário”, “liberta-nos das escravidões e leva-nos a reconhecer a nossa dignidade”. Mas há falsificações da santidade que dão origem “a um elitismo narcisista e autoritário, onde, em vez de evangelizar, se analisam e classificam os demais e, em vez de facilitar o acesso à graça, consomem-se as energias a controlar”. Se falta a humildade, alguém pode sentir-se “superior aos outros por cumprir determinadas normas” ou por ser fiel “a um certo estilo católico”. Ou pode “com as suas explicações”, querer “tornar perfeitamente compreensível toda a fé e todo o Evangelho”. É uma “vaidosa superficialidade” que pretende “reduzir o ensinamento de Jesus a uma lógica fria e dura que procura dominar tudo”. Julgam “um Deus sem Cristo, um Cristo sem Igreja, uma Igreja sem povo”. Também “a obsessão pela lei”, “o fascínio de exibir conquistas sociais e políticas” ou “a ostentação no cuidado da liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja” são alguns traços típicos de cristãos que “não se deixam guiar pelo Espírito no caminho do amor”. Às vezes, constata o Papa, “complicamos o Evangelho e tornamo-nos escravos de um esquema”. Quando alguém “tem resposta para todas as perguntas, demonstra que não está no bom caminho e é possível que seja um falso profeta, que usa a religião para seu benefício, ao serviço das próprias lucubrações psicológicas e mentais”. Deus supera-nos infinitamente, e quem “quer tudo claro e seguro, pretende dominar a transcendência de Deus”.

Também há quem entenda que tudo pode “com a vontade humana, como se esta fosse algo puro, perfeito, omnipotente, a que se acrescenta a graça”. No fundo, “a falta de reconhecimento sincero, pesaroso e orante dos nossos limites é que impede a graça de atuar melhor em nós”.

Falando de “uma hierarquia das virtudes”  em que “no centro, está a caridade”, o Papa apresenta as Bem-aventuranças como “a carteira de identidade do cristão”. E dá pistas para viver estas recomendações de Jesus nos dias de hoje. Ser santo “não significa revirar os olhos num suposto êxtase”, mas viver Deus por meio do amor aos últimos. Há ideologias que “mutilam o Evangelho”, há cristãos que transformam o cristianismo “numa espécie de ONG”, há quem suspeite “do compromisso social dos outros”.

Francisco considera “indispensáveis” e “particularmente importantes” algumas caraterísticas da santidade no mundo atual, “devido a alguns riscos e limites da cultura de hoje”. São elas: firmeza, paciência e mansidão; alegria e o sentido de humor; audácia e ardor; a comunidade; a oração constante. A construção da santidade “não implica um espírito retraído, tristonho, amargo, melancólico ou um perfil sumido, sem energia. O santo é capaz de viver com alegria e sentido de humor”. Permanece centrado e firme em Deus para “aguentar, suportar as contrariedades, as vicissitudes da vida e também as agressões dos outros, as suas infidelidades e defeitos”. Tem ousadia, impulso evangelizador. Sente-se impelido a sair de si em direção às periferias, não sozinho ou isolado, mas reforçado e apoiado na comunidade e na abertura  “à transcendência, que se expressa na oração e na adoração”.

A vida cristã é “uma luta permanente”, uma “luta constante” contra a “mentalidade mundana” que “nos engana, atordoa e torna medíocres” e perante a qual tem de haver verdadeiro discernimento para vivermos as bem-aventuranças e sermos santos.

(Se desejar participar no V Encontro Nacional de Leigos, poderá fazer a sua inscrição online, em cnal.pt).

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-11-2019.



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