sexta-feira, 8 de novembro de 2019






PARÓQUIAS DE NISA



Sábado, 09 de novembro de 2019











Sábado da XXXI semana do tempo comum




DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE LATRÃO

Nota Histórica
Segundo uma tradição que remonta ao século XII, celebra se neste dia o aniversário da dedicação da basílica de Latrão, construída pelo imperador Constantino. Inicialmente foi uma festa exclusivamente da cidade de Roma; mais tarde, estendeu se à Igreja de rito romano, com o fim de honrar a basílica que é chamada «a igreja mãe de todas as igrejas da Urbe e do Orbe» e como sinal de amor e unidade para com a Cátedra de Pedro que, como escreveu S. Inácio de Antioquia, «preside à assembleia universal da caridade».


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Ap 21, 2.10
Eu vi a cidade santa, a nova Jerusalém,
que descia do Céu, resplandecente da glória de Deus,
como noiva adornada para o seu esposo.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que edificais o templo da vossa glória
com pedras vivas e escolhidas,
derramai sobre a Igreja os dons do Espírito Santo,
para que o vosso povo cresça cada vez mais
na fé, esperança e caridade,
até se transformar na Jerusalém celeste.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Ou

Senhor nosso Deus, que Vos dignastes chamar Igreja
à assembleia do vosso povo,
fazei que os fiéis, reunidos em vosso nome,
Vos adorem, amem e sirvam
e, guiados por Vós, alcancem o reino prometido.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Ez 47, 1-2.8-9.12
«Vi a água sair do templo
e todos aqueles a quem chegou esta água foram salvos»
(Ant. Vidi aquam)

Leitura da Profecia de Ezequiel

Naqueles dias,
o Anjo reconduziu-me à entrada do templo.
Debaixo do limiar da porta saía água em direcção ao Oriente,
pois a fachada do templo estava voltada para o Oriente.
As águas corriam da parte inferior,
do lado direito do templo, ao sul do altar.
O Anjo fez-me sair pela porta setentrional
e contornar o templo por fora,
até à porta exterior que está voltada para o Oriente.
As águas corriam do lado direito.
O Anjo disse-me:
«Esta água corre para a região oriental,
desce para Arabá e entra no mar,
para que as suas águas se tornem salubres.
Todo o ser vivo que se move na água onde chegar esta torrente
terá novo alento
e o peixe será mais abundante.
Porque aonde esta água chegar,
tornar-se-ão sãs as outras águas
e haverá vida por toda a parte aonde chegar esta torrente.
À beira da torrente, nas duas margens,
crescerá toda a espécie de árvores de fruto;
a sua folhagem não murchará, nem acabarão os seus frutos.
Todos os meses darão frutos novos,
porque as águas vêm do santuário.
Os frutos servirão de alimento e as folhas de remédio».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 45 (46), 2-3.5-6.8-9 (R. 5)
Refrão: Os braços dum rio alegram a cidade de Deus,
a morada santa do Altíssimo.

Deus é o nosso refúgio e a nossa força,
auxílio sempre pronto na adversidade.
Por isso nada receamos ainda que a terra vacile
e os montes se precipitem no fundo do mar.

Os braços dum rio alegram a cidade de Deus,
a mais santa das moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela e a torna inabalável,
Deus a protege desde o romper da aurora.

O Senhor dos Exércitos está connosco,
o Deus de Jacob é a nossa fortaleza.
Vinde e contemplai as obras do Senhor,
as maravilhas que realizou na terra.


LEITURA II 1 Cor 3, 9c-11.16-17
«Vós sois templo de Deus»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos:
Vós sois edifício de Deus.
Segundo a graça de Deus que me foi dada,
eu, como sábio arquiteto, coloquei o alicerce
e outro levanta o edifício.
Veja cada um como constrói:
ninguém pode colocar outro alicerce
além do que está posto, que é Jesus Cristo.
Não sabeis que sois templo de Deus
e que o Espírito de Deus habita em vós?
Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá.
Porque o templo de Deus é santo
e vós sois esse templo.

Palavra do Senhor.

ALELUIA 2 Cr 7, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se

Escolhi e consagrei esta casa, diz o Senhor,
para que o meu nome esteja neste lugar para sempre. Refrão

EVANGELHO Jo 2, 13-22
«Falava do templo do seu Corpo»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Estava próxima a Páscoa dos judeus
e Jesus subiu a Jerusalém.
Encontrou no templo
os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas
e os cambistas sentados às bancas.
Fez então um chicote de cordas
e expulsou-os a todos do templo, com as ovelhas e os bois;
deitou por terra o dinheiro dos cambistas
e derrubou-lhes as mesas;
e disse aos que vendiam pombas:
«Tirai tudo isto daqui;
não façais da casa de meu Pai casa de comércio».
Os discípulos recordaram-se do que estava escrito:
«Devora-me o zelo pela tua casa».
Então os judeus tomaram a palavra e perguntaram-Lhe:
«Que sinal nos dás de que podes proceder deste modo?».
Jesus respondeu-lhes:
«Destruí este templo e em três dias o levantarei».
Disseram os judeus:
«Foram precisos quarenta e seis anos para construir este templo
e Tu vais levantá-lo em três dias?».
Jesus, porém, falava do templo do seu Corpo.
Por isso, quando Ele ressuscitou dos mortos,
os discípulos lembraram-se do que tinha dito
e acreditaram na Escritura e na palavra de Jesus.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, os dons que Vos oferecemos
e concedei ao vosso povo em oração
a graça de ser santificado por estes sacramentos
e a alegria de ver atendidas as suas súplicas.
Por Nosso Senhor.


PREFÁCIO A Igreja, esposa de Cristo e templo do Espírito

V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.


Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte;
Pela vossa infinita bondade, Senhor,
quisestes habitar em toda a casa
em que se reúne o vosso povo em oração,
para fazer de nós, com o auxílio constante da vossa graça,
o templo do Espírito Santo,
resplandecente pela santidade dos filhos.
Santificais sempre a Igreja, esposa de Cristo,
simbolizada em edifícios visíveis,
para que um dia, como mãe alegre
com a multidão inumerável dos seus filhos,
entre revestida de glória no reino dos Céus.

Por isso, com os Anjos e os Santos,
proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz:

Santo, Santo, Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. 1 Pedro 2, 5
Nós somos as pedras vivas do templo espiritual,
somos o sacerdócio santo de Deus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que fizestes da vossa Igreja na terra
o sinal visível da Jerusalém celeste,
permiti que, pela participação neste sacramento,
nos tornemos templos da vossa graça
e entremos um dia na morada da vossa glória.
Por Nosso Senhor.





«Somos ao mesmo tempo pequenos e grandes, humildes e sublimes, mortais e imortais, terrenos e celestiais».

S. Gregório de Nazianzo




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS :
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA




15.00 horas: Missa em Falagueira
16.00 horas: Missa n Monte Claro
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão





A VOZ DO PASTOR



O DESAFIO DA SOLIDARIEDADE GLOBAL

Não é por mal que algumas coisas se dizem, sei. E de vez em quando isso acontece, quer porque não se foi muito feliz na maneira de abordar a questão, quer porque os termos ou a linguagem usada não foi a melhor, quer porque se quer agradar a algum auditório, quer porque a pessoa que fala está um pouco em jejum no assunto em causa. Muitas vezes, porém, é o suficiente para desclassificar e impressionar menos bem.
 Na última situação destas a que assisti, a caridade não me pareceu bem abordada, nem a mim nem a outros que primaram pela presença. Mas a forma como ali foi trazida à baila tem sido bastante recorrente, apesar de acontecer em lugares onde ela deveria marcar a diferença, sendo promovida e atuada na ação em prol de serviços cada vez mais humanos e humanizadores e da boa convivência entre responsáveis, colaboradores, utentes e voluntários. De facto, por vezes, puxa-se pela palavra caridade para depreciar ou minimizar o seu significado e conteúdo. Declara-se a sua insignificância para realçar a solidariedade, como se aquela fosse inimiga desta, como se esta fosse muito mais importante sem aquela, ou como se alguém não pudesse falar da solidariedade sem zurzir na caridade, isto é, sem faltar à caridade para com a caridade!
 Aplaudimos a solidariedade familiar e de vizinhança. Aplaudimos a solidariedade económica, política, social, ecológica, cultural e a que mais quisermos juntar como meio necessário para a construção do bem comum. É um valor e uma necessidade urgente e sempre inacabada. Em cada tempo, o bem comum vai exigindo novas formas de solidariedade, é uma exigência da justiça. Mais: não é só uma exigência da justiça, também é uma exigência da caridade. Quando “o empenho pelo bem comum é animado pela caridade, tem uma valência superior à do empenho simplesmente secular e político” (Caritas in Veritate,7).
Porque se desconhece a natureza, o valor e a sua estreita ligação com a verdade e a justiça, a caridade, sempre iluminada pela luz da razão e da fé, continua a ser rodeada de preconceitos, esvaziada de sentido. No entanto, como por vezes se deixa transparecer, ela não é uma espécie de humanismo piegas, não é sentimentalismo estéril, não é filantropia para a promoção do ego, não se identifica com aquele bem-fazer que brota de sentimentos de pena ou dó ou de interesses subjacentes de quem quer que o reconheçam e lhe batam palmas, não é um meio ao serviço de proselitismos ou para manter situações existenciais injustas, não está dependente de partidos e ideologias, deve sentir-se escrita e avivada no coração de cada um seja quem for. A caridade reclama a verdade, exige e supera a justiça, “não se move apenas por relações feitas de direitos e deveres, mas antes e sobretudo por relações de gratuidade, misericórdia e perdão” (id.6).
A própria Assembleia-Geral das Nações Unidas, em 2012, pela Resolução 67/105, proclamou o Dia Internacional da Caridade a celebrar no dia 5 de setembro de cada ano. O objetivo deste Dia é, entre outros e segundo os seus promotores, reconhecer o papel da caridade no alívio às crises humanitárias e ao sofrimento humano em todo o mundo, homenagear o extraordinário trabalho de inúmeras organizações e indivíduos, fomentar e promover o diálogo, a solidariedade, o entendimento mútuo e os valores universais. Como expressão de “solidariedade global”, a caridade sente o carinho e o encorajamento de todos os Estados-membros, organizações regionais e internacionais e os vários atores da sociedade civil, nomeadamente através da educação e de atividades que contribuam para a sensibilização da sociedade para este “enorme potencial de amor que vence o mal com o bem e abre à reciprocidade das consciências e das liberdades” (id.9).
Quando ela está ausente da vida pública e familiar, quando, por exemplo, a caridade falta em qualquer instituição ou estrutura social, mesmo que haja abundância de tudo e uma logística digna de se lhe tirar o chapéu, a solidariedade pode ser um corpo sem alma. Pode haver gente a usufruir da solidariedade de muita gente, em abundância de muitas coisas e boas condições, mas a sentir-se indesejada, não amada, abandonada, a morrer de fome de atenção, de caridade. Se assim for, mesmo que as instalações e os serviços prestados sejam de luxo, de cinco estrelas para cima, tudo não passará de mero assistencialismo, não liberta, não promove, não satisfaz, não gera família. Como sabemos, mesmo as Obras de Misericórdia não são apenas corporais, também são espirituais. E, não raro, estas são muito mais importantes que aquelas. O critério de ação, para nós cristãos, foi-nos dado por Cristo que nos mandou amar uns aos outros como Ele nos amou: atenta e dedicadamente, sem fingimento, gratuitamente, incondicionalmente, sem fazer aceção de pessoas, dando a vida, por Caridade... Como lembra Bento XVI na Encíclica Deus Caritas est, a consciência de que, em Jesus, o próprio Deus Se entregou por nós até à morte, deve levar-nos a viver para Ele, e com Ele para os outros (cf.DCe33).
Relembremos o texto de São Paulo: “Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se eu não tivesse caridade, seria como um bronze que soa ou como um símbolo que tine. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a caridade, eu nada seria. Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse a caridade, isso nada me adiantaria. A caridade é paciente, a caridade é prestativa; não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais passará (...) Agora, portanto, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade. A maior delas, porém, é a caridade” (1Cor 13, 1-8.13).

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 01-11-2019.



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