domingo, 14 de abril de 2019




PARÓQUIAS DE NISA

Segunda, 15 de abril de 2019








Segunda-feira da Semana Santa

Ofício PRÓPRIO






SEGUNDA-FEIRA da Semana Santa
Roxo – Ofício próprio.
Missa própria, pf. II da Paixão.

L 1 Is 42, 1-7; Sal 26 (27), 1. 2. 3. 13-14
Ev Jo 12, 1-11


* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese do Porto – Aniversário da entrada solene de D. Manuel da Silva Rodrigues Linda
.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 34, 1-2; 139, 8
Julgai, Senhor, os meus inimigos, combatei os que me fazem guerra. Tomai o escudo e a armadura e vinde em meu auxílio, Senhor, meu poderoso Salvador.


ORAÇÃO COLECTA
Olhai, Senhor, para a fragilidade da nossa natureza mortal e fortalecei a esperança dos vossos fiéis pelos méritos do vosso Filho Unigénito, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 42, 1-7
«Não gritará, nem fará ouvir a sua voz»
(Primeiro cântico do Servo do Senhor)


Leitura do Livro de Isaías

«Eis o meu servo, a quem Eu protejo, o meu eleito, enlevo da minha alma. Sobre ele fiz repousar o meu espírito, para que leve a justiça às nações. Não gritará, nem levantará a voz, nem se fará ouvir nas praças; não quebrará a cana fendida, nem apagará a torcida que ainda fumega: mas proclamará fielmente a justiça. Não desfalecerá nem desistirá, enquanto não estabelecer a justiça na terra, a doutrina que as ilhas longínquas esperam». Assim fala o Senhor Deus, que criou e estendeu os céus, consolidou a terra e o que ela produz, dá vida ao povo que a habita e respiração aos que sobre ela caminham: «Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça; tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 1.2.3.13-14 (R. 1a)
Refrão: O Senhor é a minha luz e a minha salvação. Repete-se


O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei de temer?
O Senhor é protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo? Refrão

Quando os malvados me assaltaram
para devorar a minha carne,
foram eles, meus inimigos e adversários,
que vacilaram e caíram. Refrão

Se um exército me vier cercar,
o meu coração não temerá.
Se contra mim travarem batalha,
mesmo assim terei confiança. Refrão

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor. Refrão

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO
Refrão: Louvor e glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor.
Repete-se
Salve, Senhor, nosso Rei;
só Vós tivestes piedade dos nossos erros. Refrão

EVANGELHO Jo 12, 1-11
«Deixa-a em paz:
ela tinha guardado o perfume para o dia da minha sepultura»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde vivia Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Ofereceram-Lhe lá um jantar: Marta andava a servir e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Jesus. Então Maria tomou uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-Lhos com os cabelos; e a casa encheu-se com o perfume do bálsamo. Disse então Judas Iscariotes, um dos discípulos, aquele que havia de entregar Jesus: «Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários, para dar aos pobres?» Disse isto, não porque se importava com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa comum, tirava o que nela se lançava. Jesus respondeu-lhe: «Deixa-a em paz: ela tinha guardado o perfume para o dia da minha sepultura. Pobres, sempre os tereis convosco; mas a Mim, nem sempre Me tereis». Soube então grande número de judeus que Jesus Se encontrava ali e vieram, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Entretanto, os príncipes dos sacerdotes resolveram matar também Lázaro, porque muitos judeus, por causa dele, se afastavam e acreditavam em Jesus.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai benignamente, Senhor, para os sagrados mistérios que celebramos e fazei que seja fonte de vida eterna o sacramento que instituistes para remissão dos nossos pecados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Paixão do Senhor II


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 101, 3
Não escondais, Senhor, o vosso rosto no dia da minha aflição. Inclinai para mim o vosso ouvido. No dia em que chamar por Vós, respondei-me sem demora.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Visitai, Senhor, o povo santificado por estes mistérios e defendei-o com paternal bondade, para que conserve sempre, como remédio de salvação eterna, os dons recebidos da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor.







«O verdadeiro amigo não tem em preço, não há forma de avaliar o seu valor»

Eclesiástico 6,14-15







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS Is 42, 1-7: Esta leitura é o “Primeiro Cântico do Servo do Senhor”, o primeiro de uma série de quatro cânticos que serão lidos durante esta semana. Celebram eles os desígnios de Deus, realizados, primeiro, no seu povo de Israel e, finalmente, e de maneira definitiva, no Messias, Jesus, o Servo de Deus, o Salvador. Este primeiro cântico celebra a vocação do Servo de Deus, que é o enlevo do Pai, sobre quem repousa o Espírito de Deus, e Aquele que o Pai envia para ser a luz e a salvação dos homens, como logo canta o salmo.

Jo 12, 1-11: A leitura situa-nos exatamente no dia de hoje, falando à maneira judaica: seis dias antes da Páscoa. O ambiente da casa dos três irmãos, amigos de Jesus, é todo de amizade, mas também de pressentimento da morte. No entanto, tudo respira imensa paz, a paz do Mistério Pascal. O gesto de Maria manifesta o amor pelo Mestre, que dá a vida pelos homens. Ao contrário, a interpretação de Judas é cheia de ódio mal disfarçado.
 

REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.






AGENDA DO DIA

17.30 horas: Missa em Alpalhão
21.00 horas: Oração de louvor em Nisa - Calvário



AGENDA DA SEMANA

Dia 15, segunda
- 21.00 horas: Oração de louvor no Calvário

 Dia 16 terça
- 15.00 horas: Acolhimento em Alpalhão
- 18.00 horas: Missa em Nisa
- 21.00 horas: Reunião de pais e padrinho para batismo - Matriz

Dia 17, quarta
- 17.00 horas: Missa em Gáfete
- 18.00 horas: Missa em Tolosa
- 18.00 horas: Missa em Nisa

Dia 18, Quinta Feira Santa
- 10.00 horas: Missa Crismal em Castelo Branco
- 18.00 horas: Celebração da ceia do Senhor em Nisa
- 18.00 horas: Celebração da ceia do Senhor em Tolosa
- 18.00 horas: Celebração da ceia do Senhor em Gáfete
- 21.00 horas: Celebração da ceia do Senhor em Alpalhão

Dia 19, Sexta-Feira Santa
O Calvário estará aberto das 09.00 horas até às 17.00 horas.
- 15.00 horas: Adoração da Cruz em Nisa
- 15.00 horas: Adoração da Cruz em Gáfete
- 15.00 horas: Adoração da Cruz em Tolosa
- 17.00 horas: Adoração da Cruz em Alpalhão

Dia 20, sábado (Vigília Pascal)
- 20 horas: Vigília Pascal em Nisa
- 20 horas: Vigília Pascal em Alpalhão

Dia 13, Sábado
- 15.00 horas: Missa na Falagueira
- 16.00 horas: Missa no Monte Claro
- 16.00 horas: Missa no Par
- 18.00 horas: Missa em Alpalhão
- 18.00 horas: Missa em Nisa

Dia 14, domingo (Páscoa=
09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa com batismos, seguida de procissão
12.00 horas: Missa em Gáfete
12.00 horas: Misas em Alpalhão
15.30 horas: Missa no Cacheiro
15.30 horas: Missa no Arneiro
15.30 horas: Missa em Montalvão
17.00 horas: Missa no Pé da Serra.




A VOZ DO PASTOR



EH, PÁ!... COMO A VIDA ESTÁ DIFÍCIL, PÁ!...
O texto base duma formação que teve lugar entre nós, recordava a pedagogia das perguntas como pedagogia também de Deus. De facto, Deus, na Sua proximidade e condescendência, usa uma pedagogia insuperável. As perguntas que faz ao homem, embora algumas já venham das origens, são perguntas sempre novas, atuais e atuantes. O homem precisa constantemente de ser alertado e chamado à razão, é frágil, deixa endurecer o coração e mete-se por vielas que não conduzem a bom porto. Lá nos princípios, Deus pergunta pelo homem. Não porque, por descuido ou esquecimento, o tivesse perdido em qualquer festa ou praia deste globo terráqueo ou o tivesse deixado cair por um qualquer buraco negro de alguma galáxia. Mas porque o homem, puxando pelos seus galões e insignificâncias, saiu da casca e sentiu-se perdido no meio das suas ambições de grandeza. “Onde estás?”, perguntou Deus ao homem e o homem respondeu: “Ouvi os Teus passos no jardim: tive medo, porque estou nu, e escondi-me”. Deus continuou: “E quem te disse que estavas nu? Acaso comeste da árvore da qual Eu te tinha proibido comer?” O homem respondeu: “A mulher que me deste por companheira deu-me o fruto, e eu comi”. Deus disse à mulher: “Que fizeste?” A mulher respondeu: “A serpente enganou-me, e eu comi” (Gn 3, 9-13). Infelizmente continua a ser assim. Confiante em si próprio, o homem quase sempre se embandeira e, cheio de nove horas, age mal, transgride, envergonha-se, esconde-se, desculpa-se, culpa os outros, não assume as suas responsabilidades, gera a instabilidade nesta Casa Comum da qual até há quem se julgue dono e senhor, por egoísmo e coisas mais do mesmo saco. Buscando tantas razões sem razão, o homem acaba por sentir “passos” pesados na sua consciência. Com certeza que ao serem expulsos daquele jardim belo e aprazível como cada um o queira imaginar, e sabendo que teriam de aceitar as consequências da sua aventura, com certeza que - embora não conste lá no Livro! -, com certeza que teriam sido os primeiros a dizer um ao outro, de lágrimas nos olhos e a toque da espada flamejante: “Eh, pá!... como a vida está difícil, pá!...”. Se a vida ficou difícil para eles, também não ficou fácil para nós. Também nós vamos penando as passas do Algarve, mesmo que ande por aí gente a dizer que nunca nada esteve tão bem como agora!... Muita coisa melhorou, sim, parabéns por isso e que Deus ajude quem faz o bem sem olhar a quem. Tais melhorias, porém, fazem-nos esticar os olhos e os ouvidos até às periferias que são muitas e diversas e não deixam de continuar a colocar-nos a pergunta: onde está o teu irmão? O que é que lhe fizeste ou deixaste de fazer? (cf. Mt 25, 31-46). Onde está o teu irmão que caluniaste, humilhaste e destruíste, o que abandonaste no lar, no hospital ou na cadeia, o que não tem emprego, nem casa, nem pão, nem dinheiro para pagar a água, a eletricidade, a saúde, a roupa, a educação dos filhos e tudo o mais cuja míngua o conduz à morte lenta e sofrida? “Onde está o teu irmão?” Alguns também responderão: “Não sei. Sou, porventura, o guarda do meu irmão?” Mas Deus insiste: “Que fizeste? Ouço o sangue de teu irmão, clamando da terra por mim...” (Gn 4, 9-10). O homem sem coração, fazendo de conta que nada tem a ver com o outro, fecha-se no seu casulo ou exige só para si, cultiva a inveja e a dor-de-cotovelo, fomenta guerras, constrói muros, sequestra, viola, tortura, trafica, vende pessoas, assalta, explora, escraviza, trafulha, suborna, corrompe, instrumentaliza, sente-se dono, ignora os gritos de migrantes e refugiados, mata em família por indiferença e abandono, por violência, aborto e eutanásia, faz das crianças reféns ou moeda de negócio para satisfazer caprichos de pais ressentidos em acordos de separação... E está tudo bem? Nunca nada como agora? Sim, se nos fizermos surdos ou indiferentes. Mas Deus continua a perguntar-nos: “Onde é que tu estás?” “Por onde é que tu andas?” “O que fizeste?”. E insiste que ouve os gritos dos nossos irmãos a quem até chama pelo nome: “Onde está o teu irmão Abel?”. De facto, os outros incomodam muita gente. Fazem ouvir “passos” pesados naquelas consciências que de jardins belos e floridos já nada têm. Porque acham que a culpa é só e toda dos pobres e miseráveis, dos excluídos e até dos governos, porque se julgam superiores e assumem que isso nunca lhes acontecerá, essa gente sente-se incomodada por aqueles que gritam e reclamam justiça. Mesmo assim, muitos, e sem emenda, esquecendo a economia social e que os outros também são gente, continuam a agir como donos, não desistem de fazer valer e impor a “economia que mata”: diminuem as medidas, aumentam os pesos, viciam as balanças, compram os fracos por dinheiro e os necessitados por um par de sandálias, fazem do direito um veneno e do fruto da justiça um amargor, aceitam subornos e enganam os necessitados (cf. Amós, 5.8). Mas também os que teimam em remar contra essa maré incomodam muito e muita gente, a mesma gente. Já o Livro da Sabedoria aponta este pensar e agir: “Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras. Censura-nos as transgressões da Lei e repreende-nos as faltas de educação. Declara ter o conhecimento de Deus e chama-se a si mesmo filho do Senhor. Tornou-se uma censura viva dos nossos pensamentos e até a sua vista nos é insuportável. A sua vida não é como a dos outros e os seus caminhos são muito diferentes. (...) Provemo-lo com ultrajes e torturas, para conhecermos a sua mansidão e apreciemos a sua paciência. Condenemo-lo à morte infame...” (Sab2).
A história do mundo vai-se desenvolvendo assim, conjugando o poder de Deus, o bem e a maldade dos homens. No entanto, mesmo que o homem perca as estribeiras e se torne lobo do outro homem, Deus não se ressente nem o abandona. Rico em misericórdia, até enviou o Seu Filho para que o homem se direcione de novo e prossiga em paz nos caminhos do bem e da fraternidade. Nesta caminhada, porém, Jesus também nos faz perguntas, muitas perguntas, perguntas claras e diretas. Às portas da Semana Santa em que celebramos a Sua Paixão, Morte e Ressurreição, e na qual muitos irão, por certo, participar, apenas recordo, para mim e para ti que me lês, três dessas perguntas de Jesus que vão ao encontro de saber se verdadeiramente O conhecemos, amamos e Lhe agradecemos: “Quem dizeis que Eu sou?” (Lc 9, 20); “Tu amas-Me?” (Jo 21, 16); “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão?” (Lc 17, 17-18).

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 12-04-2019.



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