sexta-feira, 19 de abril de 2019




PARÓQUIAS DE NISA

Sábado, 20 de abril de 2019








Sábado Santo

Ofício Próprio




Agenda litúrgica
2019-04-20
SÁBADO SANTO
Roxo.
Ofício próprio.

* Hoje, antes da Vigília Pascal, a sagrada comunhão só pode ser levada como Viático.
* Na Diocese de Vila Real – Aniversário da criação da Diocese (1922).
* As Completas são omitidas por aqueles que participam na Vigília Pascal.

 VIGÍLIA PASCAL

L 1 Gen 1, 1 – 2, 2 ou Gen 1, 1.
26-31a
L 2 Gen 22, 1-18 ou Gen 22, 1-2. 9a. 10-13. 15-18
L 3 Ex 14, 15 – 15, 1
L 4 Is 54, 5-14
L 5 Is 55, 1-11
L 6 Bar 3, 9-15.
32 – 4, 4
L 7 Ez 36, 16-17a. 18-28
L 8 Rom 6, 3-11
Ev Lc 24, 1-12


MISSA DO DIA

+ Missa própria, Glória, sequência, Credo, pf. I da Páscoa.

L 1 Act 10, 34a. 37-43; Sal 117 (118), 1-2. 16ab-17. 22-23
L 2 Col 3, 1-4 ou 1 Cor 5, 6b-8
Ev Jo 20, 1-9

* Na Missa vespertina pode ler-se Lc 24, 13-35.
* Hoje são proibidas todas as outras celebrações, e todas as Missas de defuntos.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* Com as Vésperas do Domingo da Ressurreição encerra-se o Tríduo Pascal.
* Hoje, e durante toda a oitava, Completas dom. (dep. I ou II Vésperas), antífona Este é o dia, com oração da Ressurreição.
* No fim das Completas e em vez da oração O Anjo do Senhor, diz-se a antífona Rainha do céu, durante todo o Tempo Pascal.

Missa
Vigília Pascal na Noite Santa

BÊNÇÃO DO FOGO
Caríssimos irmãos:
Nesta noite santíssima,
em que Nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida,
a Igreja convida os seus filhos, dispersos pelo mundo, a
reunirem-se em vigília e oração.
Vamos comemorar a Páscoa do Senhor,
ouvindo a sua palavra e celebrando os seus mistérios,
na esperança de participar no seu triunfo sobre a morte
e de viver com Ele para sempre junto de Deus.

Em seguida, benze-se o fogo:

Oremos.
Senhor, que por meio do vosso Filho
destes aos vossos fiéis a claridade da vossa luz,
santificai † este lume novo
e concedei-nos que a celebração das festas pascais
acenda em nós o desejo do Céu,
para merecermos chegar com a alma purificada
às festas da luz eterna.


PRECÓNIO PASCAL – Forma breve
Exulte de alegria a multidão dos Anjos,
exultem as assembleias celestes,
ressoem hinos de glória,
para anunciar o triunfo de tão grande Rei.
Rejubile também a terra,
inundada por tão grande claridade,
porque a luz de Cristo, o Rei eterno,
dissipa as trevas de todo o mundo.
Alegre-se a Igreja, nossa mãe,
adornada com os fulgores de tão grande luz,
e ressoem neste templo as aclamações do povo de Deus.

[V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós].
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
É verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
proclamar com todo o fervor da alma e toda a nossa voz
os louvores de Deus invisível, Pai omnipotente,
e do seu Filho Unigénito, Jesus Cristo, nosso Senhor.
Ele pagou por nós ao eterno Pai a dívida por Adão contraída
e com seu Sangue precioso
apagou a condenação do antigo pecado.
Celebramos hoje as festas da Páscoa,
em que é imolado o verdadeiro Cordeiro,
cujo Sangue consagra as portas dos fiéis.
Esta é a noite,
em que libertastes do cativeiro do Egipto
os filhos de Israel, nossos pais,
e os fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho.
Esta é a noite,
em que a coluna de fogo dissipou as trevas do pecado.
Esta é a noite,
que liberta das trevas do pecado e da corrupção do mundo
aqueles que hoje por toda a terra crêem em Cristo,
noite que os restitui à graça
e os reúne na comunhão dos Santos.
Esta é a noite,
em que Cristo, quebrando as cadeias da morte,
Se levanta glorioso do túmulo.
Oh admirável condescendência da vossa graça!
Oh incomparável predileção do vosso amor!
Para resgatar o escravo entregastes o Filho.
Oh necessário pecado de Adão,
que foi destruído pela morte de Cristo!
Oh ditosa culpa,
que nos mereceu tão grande Redentor!
Esta noite santa afugenta os crimes, lava as culpas;
restitui a inocência aos pecadores, dá alegria aos tristes.
Oh noite ditosa,
em que o céu se une à terra,
em que o homem se encontra com Deus!
Nesta noite de graça,
aceitai, Pai santo, este sacrifício vespertino de louvor,
que, na oblação deste círio,
pelas mãos dos seus ministros Vos apresenta a santa Igreja.
Nós Vos pedimos, Senhor,
que este círio, consagrado ao vosso nome,
arda incessantemente para dissipar as trevas da noite;
e, subindo para Vós como suave perfume,
junte a sua claridade à das estrelas do céu.
Que ele brilhe ainda quando se levantar o astro da manhã,
aquele astro que não tem ocaso,
Jesus Cristo vosso Filho,
que, ressuscitando de entre os mortos,
iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz
e vive glorioso pelos séculos dos séculos.


LEITURA I – Forma breve Gen. 1, 1. 26-31a

Leitura do Livro do Génesis
 
No princípio, Deus criou o céu e a terra. Disse Deus: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagens e sobre todos os répteis que rastejam pela terra». Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus. Ele o criou homem e mulher. Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem na terra». Disse Deus: «Dou-vos todas as plantas com semente que existem em toda a superfície da terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todos os seres vivos que se movem na terra dou as plantas verdes como alimento». E assim sucedeu. Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia. Assim se completaram o céu e a terra e tudo o que eles contém. Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera e, no sétimo dia, descansou do trabalho que tinha realizado.

Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial (1) Sal. 103(104) 1-2a, 5-6, 10 12, 13-14, 24, 35c
Refrão:Enviai, Senhor, o vosso espírito
e renovai a face da terra. Repete-se

Bendiz, ó minha alma, o Senhor:
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Revestido de esplendor e majestade,
envolvido em luz como num manto! Refrão

Fundastes a terra sobre alicerces firmes:
não oscilará por toda a eternidade.
Vós a cobristes com o manto do oceano,
por sobre os montes pousavam as águas. Refrão

Transformais as fontes em rios
que correm entre as montanhas.
Nas suas margens habitam as aves do céu;
por entre a folhagem fazem ouvir o seu canto. Refrão

Com a chuva regais os montes,
encheis a terra com o fruto das vossas obras.
Fazeis germinar a erva para o gado
e as plantas para o homem, que tira o pão da terra.
Refrão

Como são grandes as vossas obras!
Tudo fizestes com sabedoria:
a terra está cheia das vossas criaturas.
Glória a Deus para sempre! Refrão


Salmo Responsorial (2) Sal. 32(33), 4-5, 6-7, 12-13, 20, 22
Refrão: A bondade do Senhor encheu a terra. Repete-se

A palavra do Senhor é recta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão:
a terra está cheia da bondade do Senhor. Refrão

A palavra do Senhor criou os céus,
e o sopro da sua boca os adornou.
Foi Ele quem juntou as águas do mar
e distribuiu pela terra os oceanos. Refrão

Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança.
Do céu o Senhor contempla
e observa todos os homens. Refrão

Nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protector.
Venha sobre nós a vossa bondade,
porque em Vós esperamos, Senhor. Refrão

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que de modo admirável criastes o homem e de modo mais admirável o redimistes, dai-nos a graça de resistir às seduções do pecado com a sabedoria do espírito, para merecermos chegar às alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

LEITURA II – Forma breve Gén. 22, 1-2, 9a, 10-13, 15-18
O sacrifício do nosso pai Abraão


Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o: «Abraão!». Ele respondeu: «Aqui estou». Deus disse: «Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar». Quando chegaram ao local designado por Deus, Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele; depois, estendendo a mão, puxou do cutelo para degolar o filho. Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu: «Abraão, Abraão!». «Aqui estou, Senhor» – respondeu ele. O Anjo prosseguiu: «Não levantes a mão contra o menino, nem lhe faças mal algum. Agora sei que na verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu filho único».
Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho. O Anjo do Senhor chamou Abraão, do Céu, pela segunda vez, e disse-lhe: «Por Mim próprio te juro – oráculo do Senhor – já que assim procedeste e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único, abençoar-te-ei e abençoarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está nas praias do mar, e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas. Porque obedeceste à Minha voz, na tua descendência serão abençoadas todas as nações da Terra».

Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial Sal. 15(16), 5, 8 9-10,11
Refrão: Defendei-me, Senhor: Vos sois o meu refúgio.

Guardai-me, Senhor, porque esperei em Vós. Repete-se

Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas Vossas mãos o meu destino.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele ao meu lado não vacilarei. Refrão

Por isso o meu coração se alegra
e a minha alma exulta,
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,
nem deixareis o Vosso fiel sofrer a corrupção. Refrão

Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita. Refrão

ORAÇÃO
Deus de bondade, Pai supremo dos fiéis, que, pela graça da adopção, multiplicais na terra os filhos da promessa e, pelo sacrifício pascal, fizestes do vosso servo Abraão o pai de todas as nações, como tínheis prometido, concedei ao vosso povo a graça de corresponder dignamente ao vosso chamamento. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.


LEITURA III  Ex. 14, 15 – 15, 1

Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias, disse o Senhor a Moisés: «Porque estás a bradar por Mim? Diz aos filhos de Israel que se ponham em marcha. E tu ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel entrem nele a pé enxuto. Entretanto, vou permitir que se endureça o coração dos egípcios, que hão de perseguir os filhos de Israel. Manifestarei então a minha glória, triunfando do Faraó, de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus cavaleiros. Os Egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor, quando Eu manifestar a minha glória, vencendo o Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros». O Anjo de Deus, que seguia à frente do acampamento de Israel, deslocou-se para a retaguarda. A coluna de nuvem que os precedia veio colocar-se atrás do acampamento e postou-se entre o campo dos egípcios e o de Israel. A nuvem era tenebrosa de um lado, e do outro iluminava a noite, de modo que, durante a noite, não se aproximaram uns dos outros. Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor fustigou o mar, durante a noite, com um forte vento de leste. O mar secou e as águas dividiram-se. Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda. Os egípcios foram atrás deles: todos os cavalos do Faraó, os seus carros e cavaleiros os seguiram pelo mar dentro. Na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e da nuvem para o acampamento dos egípcios e lançou nele a confusão. Bloqueou as rodas dos carros, que dificilmente se podiam mover. Então, os egípcios disseram: «Fujamos dos israelitas, que o Senhor combate por eles contra os egípcios». O Senhor disse a Moisés: «Estende a mão sobre o mar, e as águas precipitar-se-ão sobre os egípcios, sobre os seus carros e os seus cavaleiros». Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar retomou o seu nível normal, quando os egípcios fugiam na sua direção. E o Senhor precipitou-os no meio do mar. As águas refluíram e submergiram os carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinham entrado no mar, atrás dos filhos de Israel. Nem um só escapou. Mas os filhos de Israel tinham andado pelo mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda. Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar. Viu também o grande poder que o Senhor exercera contra os egípcios, e o povo temeu o Senhor, acreditou n’Ele e em seu servo Moisés. Então Moisés e os filhos de Israel cantaram este hino em honra do Senhor: «Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória, precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro».

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial Ex. 15, 1-2, 3-4, 5-6, 17-18 (R. 1b)
Refrão: Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória. Repete-se

Ou: Deus fez maravilhas: o seu nome é Senhor. Repete-se

Cantarei ao Senhor, que fez brilhar a sua glória:
precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro.
O Senhor é a minha força e a minha protecção:
a Ele devo a minha liberdade. Refrão

Ele é o meu Deus: eu O exalto;
Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico.
O Senhor é um guerreiro, Omnipotente é ¬o seu nome;
Precipitou no mar os carros do faraó e o seu exército. Refrão

Os seus melhores combatentes afogaram-se
no Mar Vermelho,
foram engolidos pelas ondas,
caíram como pedra no abismo.
A Vossa mão direita, Senhor, revelou a sua força,
A Vossa mão direita, Senhor, destroçou o inimigo.
Refrão
Levareis o vosso povo e o plantareis
na vossa montanha,
na morada segura que fizestes, Senhor,
no santuário que vossas mãos contruíram.
O Senhor reinará pelos séculos dos séculos. Refrão

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que iluminastes com a luz do Novo Testamento as maravilhas operadas nos tempos antigos, revelando no Mar Vermelho a imagem da fonte baptismal e no povo libertado da escravidão do Egipto os mistérios do povo cristão, fazei que todos os homens, elevados pela fé à dignidade de povo escolhido, se tornem em Cristo nova criação pela graça do vosso Espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

LEITURA IV Is 54, 5-14

Leitura do Livro de Isaías

O teu Criador, Jerusalém, será o teu Esposo, e o seu nome é 'Senhor do Universo'. O teu Redentor será o Santo de Israel, que se chama 'Deus de toda a Terra'. Como à mulher abandonada e de alma aflita, o Senhor volta a chamar-te: 'A esposa da juventude poderá ser repudiada?', – diz o teu Deus –. Por um momento, abandonei-te, mas no meu grande amor volto a chamar-te. Num acesso de ira, escondi de ti a minha face, mas na minha misericórdia eterna, tive compaixão de ti, diz o Senhor, teu Redentor. Comigo sucede como no tempo de Noé, quando jurei que as águas do dilúvio não mais invadiriam a terra. Assim Eu juro não tornar a irritar-Me contra ti, não voltar a ameaçar-te. Ainda que sejam abaladas as montanhas, e vacilem as colinas, a minha misericórdia não te abandonará, a minha aliança de paz não vacilará, diz o Senhor, compadecido de ti. Pobre cidade, batida pela tempestade e desolada, vou assentar as tuas pedras sobre jaspe e o teus alicerces em safiras; vou fazer-te ameias de rubis, portas de cristal e todas as tuas muralhas de pedras preciosas. Todos os teus habitantes serão instruídos pelo Senhor e gozarão de uma grande paz. Serás fundada sobre a justiça, longe da violência, porque nada terás a temer, longe do pavor, porque não poderá atingir-te.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial Sal. 29(30), 2, 4, 5-6, 11-12a. 13b
Refrão: Eu Vos louvarei, Senhor, porque me salvastes.
Repete-se

Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim se regozijassem
os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo. Refrão

Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,
e dai graças ao seu nome santo.
A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira.
Ao cair da noite vêm as lágrimas,
e ao amanhecer volta a alegria. Refrão

Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede Vós o meu auxílio.
Vós convertestes em júbilo o meu pranto:
Senhor meu Deus, eu Vos louvarei eternamente. Refrão


ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente, multiplicai, para glória do vosso nome, a descendência que prometestes aos nossos pais por causa da sua fé e aumentai pela adopção divina os filhos da promessa, de modo que a vossa Igreja possa ver como já se cumpriu o que os santos Patriarcas esperaram e creram. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.


Leitura V Is. 55, 1-11

Leitura do Livro de Isaías

Eis o que diz o Senhor: «Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas. Vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei. Vinde e comprai, sem dinheiro e sem despesa, vinho e leite. Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta e o vosso trabalho naquilo que não sacia? Ouvi-Me com atenção e comereis o que é bom; saboreareis manjares suculentos. Prestai-Me ouvidos e vinde a Mim; escutai-Me e vivereis. Firmarei convosco uma aliança eterna, com as graças prometidas a David. Fiz dele um testemunho para os povos, um chefe e um legislador das nações. Chamarás povos que não conhecias; nações que não te conheciam acorrerão a ti, por causa do Senhor teu Deus, do Santo de Israel que te glorificou. Procurai o Senhor enquanto Se pode encontrar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho e o homem perverso os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor, que terá compaixão dele, ao nosso Deus, que é generoso em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos são os meus – oráculo do Senhor. Tanto quanto os céus estão acima da terra, assim os meus caminhos estão acima dos vossos e acima dos vossos estão os meus pensamentos. E assim como a chuva e a neve que descem do céu não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a haverem fecundado e feito produzir, para que dê a semente ao semeador e o pão para comer, assim a palavra que sai da minha boca não volta sem ter produzido o seu efeito, sem ter cumprido a minha vontade, sem ter realizado a sua missão».

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial Is. 12, 2-3, 4bde, 5-6
Refrão: Ireis com alegria às fontes da salvação. Repete-se
Ou: Das fontes da salvação, saciai-vos na alegria.
Repete-se

Deus é o meu salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
É a minha salvação. Refrão

Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome,
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo. Refrão

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria e exultai,
habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel. Refrão

ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente, única esperança do mundo, que na palavra dos Profetas anunciastes os mistérios dos tempos presentes, aumentai no vosso povo o desejo dos bens celestes, porque nenhum dos vossos fiéis pode crescer na virtude sem a inspiração da vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.


Leitura VI Bar. 3, 9-15, 32 – 4, 4

Leitura do Livro de Baruc

Escuta, Israel, os mandamentos da vida; inclina os teus ouvidos para aprenderes a prudência. Porque será, Israel, que te encontras em país inimigo e envelheces em terra estrangeira? Porque te contaminaste com os mortos, foste contado entre os que descem ao sepulcro e abandonaste a fonte da Sabedoria. Se tivesses seguido o caminho de Deus, viverias em paz eternamente. Aprende onde está a prudência, onde está a força e a inteligência, para conheceres também onde se encontra a longevidade e a vida, onde está a luz dos olhos e a paz. Quem descobriu a morada da Sabedoria? Quem penetrou nos seus tesouros? Aquele que tudo sabe conhece-a; descobriu-a com a sua inteligência Aquele que firmou a terra para sempre, enchendo-a de animais quadrúpedes, Aquele que envia a luz e ela vai, que a chama e ela obedece-Lhe tremendo. As estrelas brilham vigilantes nos seus postos cheias de alegria; Ele chama por elas e respondem: «Aqui estamos» e resplandecem alegremente para Aquele que as criou. Este é o nosso Deus, e nenhum outro se Lhe pode comparar. Penetrou todos os caminhos da Sabedoria e mostrou-os a Jacob seu servo, a Israel seu predileto. Depois, ela apareceu sobre a terra e habitou no meio dos homens. Ela é o livro dos mandamentos de Deus e a lei que permanece eternamente. Os que a seguirem alcançarão a vida, mas aqueles que a abandonarem morrerão. Volta, Jacob e abraça-a, caminha para o esplendor da sua luz. Não cedas a outros a tua glória, nem os teus privilégios a uma nação estrangeira. Felizes de nós, Israel, porque nos foi revelado o que agrada a Deus.
 
Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial Sal. 18(19), 8, 9, 10, 11
Refrão: Senhor, Vós tendes palavras de vida eterna. Repete-se


A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples. Refrão

Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração;
os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos. Refrão

O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos. Refrão

São mais preciosos que o ouro,
O ouro mais fino;
são mais doces que o mel,
o puro mel dos favos. Refrão


ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que fazeis crescer continuamente a vossa Igreja chamando para ela todos os povos, defendei com a vossa proteção os que purificais nas águas do Batismo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.


Leitura VII Ez. 36, 16-33

Leitura da profecia de Ezequiel

A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: «Filho do homem, quando os da casa de Israel habitavam na sua terra, mancharam-na com o seu proceder e as suas obras. Fiz-lhes então sentir a minha indignação, por causa do sangue que haviam derramado no país e dos ídolos com que o tinham profanado. Dispersei-os entre as nações, espalhei-os entre os outros povos; julguei-os segundo o seu proceder e as suas obras. Em todas as nações para onde foram, profanaram o meu santo nome; e por isso se dizia deles: 'São o povo do Senhor: tiveram de deixar a sua terra'. Quis então salvar a honra do meu santo nome, que a casa de Israel profanara entre as nações para onde tinha ido. Por isso, diz à casa de Israel: Assim fala o Senhor Deus: Não faço isto por causa de vós, israelitas, mas por causa do meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. Manifestarei a santidade do meu grande nome, profanado por vós entre as nações para onde fostes. E as nações reconhecerão que Eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus – quando a seus olhos Eu manifestar a minha santidade, a vosso respeito. Então retirar-vos-ei de entre as nações, reunir-vos-ei de todos os países, para vos restabelecer na vossa terra. Derramarei sobre vós água pura e ficareis limpos de todas as imundícies; e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses. Dar-vos-ei um coração novo e infundirei em vós um espírito novo. Arrancarei do vosso peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne. Infundirei em vós o meu espírito e farei que vivais segundo os meus preceitos, que observeis e ponhais em prática as minhas leis. Habitareis na terra que dei a vossos pais; sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus».

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial Sal. 41(42), 2-3.5bed; 42(43), 3-4
Refrão: Como suspira o veado pelas torrentes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.

Ou: Como o veado em busca das águas,
Assim, ó Deus, a minha alma vos deseja. Repete-se

Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus Vivo:
Quando irei contemplar a face de Deus? Refrão

A minha alma estremece ao recordar
quando passava em cortejo para o templo do Senhor,
entre as vozes de louvor e de alegria
da multidão em festa. Refrão

Enviai a vossa luz e verdade:
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa
e ao vosso santuário. Refrão

E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei,
Senhor, meu Deus. Refrão

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que nos instruís com as páginas do Antigo e do Novo Testamento para celebrarmos o mistério pascal, abri os nossos corações para compreendermos a vossa misericórdia, a fim de que, ao recebermos os dons presentes, se confirme em nós a esperança dos bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus na unidade do Espírito Santo.


Epístola Rom. 6, 3-11

Leitura da Epístola do apóstolo S. Paulo aos Romanos

Irmãos: Todos nós que fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte. Fomos sepultados com Ele pelo Batismo na sua morte, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Se, na verdade, estamos totalmente unidos a Cristo pela semelhança da sua morte, também o estaremos pela semelhança da sua ressurreição. Bem sabemos que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, para que fosse destruído o corpo do pecado e não mais fôssemos escravos dele. Quem morreu está livre do pecado. Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos, sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem domínio sobre Ele. Porque na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre; Mas a sua vida é uma vida para Deus. Assim vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus.

Palavra do Senhor.


Aclamação AO EVANGELHO Sal. 117 (118), 1-2, 16ab-17, 22-23
Refrão: Aleluia. Aleluia. Aleluia. Repete-se


Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a Sua misericórdia.
Diga a Casa de Israel:
é eterna a Sua misericórdia. Refrão

A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver
para anunciar as obras do Senhor. Refrão

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos. Refrão

EVANGELHO Lc. 24, 1-12

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

No primeiro dia da semana, ao romper da manhã, as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia foram ao sepulcro, levando os perfumes que tinham preparado. Encontraram a pedra do sepulcro removida e, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus. Estando elas perplexas com o sucedido, apareceram-lhes dois homens com vestes resplandecentes. Ficaram amedrontadas e inclinaram o rosto para o chão, enquanto eles lhes diziam: «Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui: ressuscitou. Lembrai-vos como Ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: ‘O Filho do homem tem de ser entregue às mãos dos pecadores, tem de ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’». Elas lembraram-se então das palavras de Jesus. Voltando do sepulcro, foram contar tudo isto aos Onze, bem como a todos os outros. Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas diziam isto aos Apóstolos. Mas tais palavras pareciam-lhes um desvario e não acreditaram nelas. Entretanto, Pedro pôs-se a caminho e correu ao sepulcro. Debruçando-se, viu apenas as ligaduras e voltou para casa admirado com o que tinha sucedido.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, com estas oferendas, as orações dos vossos fiéis e fazei que o sacrifício inaugurado no mistério pascal nos sirva de remédio para a vida eterna. Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Cor 5, 7-8
Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado: celebremos a festa com o pão ázimo da pureza a da verdade.
Aleluia.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Infundi em nós, Senhor, o vosso espírito de caridade, para que vivam unidos no vosso amor aqueles que saciastes com os sacramentos pascais. Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







«Se Cristo não ressuscitasse a nossa fé não teria sentido»

Cf. 1 Cor 15,14







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS 

Hebr Ex. 14, 15 – 15, 1: Por iniciativa e por intervenção de Deus, os hebreus são libertados da escravidão do Egipto e, graças a especial proteção divina, atravessam o Mar Vermelho. A ação libertadora de Deus os faz passar da morte à vida, através desse «batismo» nas águas do mar, lhes dá uma consciência de povo e lhes abre o caminho para a terra prometida.
 
Esta primeira Páscoa, que foi uma nova criação, é um acontecimento salvífico que anuncia o Batismo, sacramento da nossa libertação e da nossa «passagem» do pecado à vida da graça

Jo 18, 1 - 19, 42: O discípulo predileto de Jesus foi aquele que, mais de perto, viveu a sua Paixão. No relato que dela nos transmitiu, deixa, sobretudo, transparecer a sua admiração pela maneira como Jesus enfrenta a morte. Não é, na verdade, como um vencido pelo sofrimento que avança para ela. Consciente de que chegara a Sua «Hora», encaminha-Se, livremente e como senhor dos acontecimentos, a cumprir a ação solene, que havia predito e constitui a sua missão. Acompanhando-O no Seu sofrimento, João vê n'Ele o Verbo Encarnado, O Verdadeiro Cordeiro de Deus, cujo Sacrifício redentor se prolongará, sacramentalmente, na Igreja, presente em Maria que junto da Cruz de Jesus e ao lado do Evangelista, se associava à geração da nova humanidade.

  s 54, 5-14 Como infeliz é a vida da esposa, repudiada pelo seu marido, assim triste foi o destino do Povo de Deus no exílio. Deus, no entanto, não deixara de amar o Povo que, pelas suas infidelidades, tanto d’Ele se afastara. Por isso, no Seu amor fiel, imenso, misericordioso e redentor, promete contrair com ele uma nova aliança, de tal modo que Jerusalém, símbolo de todo o povo, voltará a refulgir, com novo esplendor. Esta aliança, feita de perdão, deixa-nos antever o que será a Aliança definitiva que Deus, no Seu amor gratuito, estabelecerá com a Igreja, seu novo Povo, a nova Jerusalém nascida do Sacrifício pascal de Cristo.

Is. 55, 1-11: A nova aliança, oferecida por Deus ao Seu Povo (4.ª Leitura) destina-se a todos. Deus, com efeito, quer que todos participem das promessas nela incluídas. Mas para isso, é necessário que o homem tomando consciência da sua fome espiritual e reconhecendo o seu malogro em confiar nos ídolos ou nas suas próprias forças, se volte para a palavra de Deus, oferecida, em banquete de sabedoria, a todos os que desejem saciar-se dela, num conhecimento de fé e de confiante entrega.
 
É o anúncio do banquete messiânico, para o qual todos os homens são chamados, a fim de entrarem em comunhão com Ele, realizando assim, em plenitude, o seu destino humano.

Bar. 3, 9-15, 32 – 4, 4: Dispersos no meio de povos pagãos, que seguiam as mais diversas doutrinas filosóficas, os judeus estavam expostos à tentação de duvidar da superioridade da sua fé. Nessa situação, o profeta lembra que a verdadeira sabedoria se encontra na revelação de Deus, contida na Lei. Sabedoria encarnada do Pai, no meio dos homens, (Jo. 1, 14; Col. 2, 3), será, porém, Jesus, o Filho de Deus que nos manifestará, na loucura e fraqueza da Cruz, a verdadeira sabedoria e todo o poder de Deus (I Co. 1, 23-25), tornando-Se caminho de luz, de paz e de vida para o homem.

Ez. 36, 16-33  Com os seus pecados de idolatria e de homicídio, o Povo de Deus profanara o Seu nome, merecendo, por isso, o castigo de ser disperso entre povos pagãos. Contudo, nem mesmo na provação ele soube voltar-se para o Senhor e glorificar o Seu nome. Pelo contrário, a sua vida e o seu destino levavam os pagãos a dizer:
 
«O Deus de Israel não será um Deus impotente para salvar Seu Povo?» Por isso, sem que o Povo o merecesse, Deus reconduzi-lo-á à sua terra, de novo tornada fértil, recriando-o, mediante uma transformação interior tão profunda que os mesmos corações de pedra se tornarão corações de carne.
 
Será, porém, na nova economia, que, com a Páscoa de Cristo, se realizará plenamente essa transformação. Com o perdão do pecado e a efusão do Espírito Santo, o homem receberá um coração filial, podendo repetir, cada dia: «Pai nosso» (Mt. 6, 9).

Rom. 6, 3-11: A justificação vem de Deus, por meio da fé em Jesus Cristo o Qual, com a Sua Morte, destruiu a escravidão do pecado e da morte, em que o homem vivia, comunicando aos resgatados a própria vida divina. Mas, para que os homens recebam a eficácia da Morte e Ressurreição de Jesus, é necessário que se insiram no Seu Mistério Pascal. Ora o Batismo é o Sacramento que nos une à Morte de Cristo para nos fazer viver com Ele a nova vida, que «não morre mais». Comunicando aos batizados os frutos da Paixão e da Ressurreição o Batismo não é, porém, uma simples aplicação do Mistério Pascal: é a sua realização atual em cada um de nós.

Lc. 24, 1-12:  É impossível ao homem passar da morte à vida e, por isso é-lhe difícil acreditar que alguém possa ter feito essa passagem. No coração de quem pôde testemunhar a Morte e a Ressurreição de Jesus, como as santas mulheres, que O tinham acompanhado em vida, ficou a lembrança e a saudade d’Aquele que elas tinham visto partir. Por isso, elas correram ao túmulo logo «ao romper da aurora», para continuarem o embalsamamento do corpo de Jesus interrompido pelo repouso do dia sagrado de Sábado. Mas, quando pensavam visitar o túmulo do Morto, os mensageiros celestes anunciam-lhes o Vivo, que já não pode jazer num túmulo. E logo o que poderia parecer um desvario começou a ser causa de «admiração», porque se trata, de facto, da maior das «maravilhas» de Deus.

REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.






AGENDA DO DIA


Vigília Pascal:

22.00 horas: Igreja Matriz de Nossa Senhora da Graça – Nisa
22.00 horas: Igreja Matriz de Nossa Senhora da Graça – Alpalhão



AGENDA DA SEMANA

Dia 15, segunda
- 21.00 horas: Oração de louvor no Calvário

 Dia 16 terça
- 15.00 horas: Acolhimento em Alpalhão
- 18.00 horas: Missa em Nisa
- 21.00 horas: Reunião de pais e padrinho para batismo - Matriz

Dia 17, quarta
- 17.00 horas: Missa em Gáfete
- 18.00 horas: Missa em Tolosa
- 18.00 horas: Missa em Nisa

Dia 18, Quinta Feira Santa
- 10.00 horas: Missa Crismal em Castelo Branco
- 18.00 horas: Celebração da ceia do Senhor em Nisa
- 18.00 horas: Celebração da ceia do Senhor em Tolosa
- 18.00 horas: Celebração da ceia do Senhor em Gáfete
- 21.00 horas: Celebração da ceia do Senhor em Alpalhão

Dia 19, Sexta-Feira Santa
O Calvário estará aberto das 09.00 horas até às 17.00 horas.
- 15.00 horas: Adoração da Cruz em Nisa
- 15.00 horas: Adoração da Cruz em Gáfete
- 15.00 horas: Adoração da Cruz em Tolosa
- 17.00 horas: Adoração da Cruz em Alpalhão
- 21.00 horas: Via-Sacra na Igreja de Nossa Senhora da Graça.

Dia 20, sábado (Vigília Pascal)
- 22 horas: Vigília Pascal em Nisa
- 20 horas: Vigília Pascal em Alpalhão

Dia 14, domingo (Páscoa)
09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa com batismos, seguida de procissão
12.00 horas: Missa em Gáfete
12.00 horas: Misas em Alpalhão com batismo
15.30 horas: Missa no Cacheiro
15.30 horas: Missa no Arneiro como batismo
15.30 horas: Missa em Montalvão
17.00 horas: Missa no Pé da Serra.




A VOZ DO PASTOR



EH, PÁ!... COMO A VIDA ESTÁ DIFÍCIL, PÁ!...
O texto base duma formação que teve lugar entre nós, recordava a pedagogia das perguntas como pedagogia também de Deus. De facto, Deus, na Sua proximidade e condescendência, usa uma pedagogia insuperável. As perguntas que faz ao homem, embora algumas já venham das origens, são perguntas sempre novas, atuais e atuantes. O homem precisa constantemente de ser alertado e chamado à razão, é frágil, deixa endurecer o coração e mete-se por vielas que não conduzem a bom porto. Lá nos princípios, Deus pergunta pelo homem. Não porque, por descuido ou esquecimento, o tivesse perdido em qualquer festa ou praia deste globo terráqueo ou o tivesse deixado cair por um qualquer buraco negro de alguma galáxia. Mas porque o homem, puxando pelos seus galões e insignificâncias, saiu da casca e sentiu-se perdido no meio das suas ambições de grandeza. “Onde estás?”, perguntou Deus ao homem e o homem respondeu: “Ouvi os Teus passos no jardim: tive medo, porque estou nu, e escondi-me”. Deus continuou: “E quem te disse que estavas nu? Acaso comeste da árvore da qual Eu te tinha proibido comer?” O homem respondeu: “A mulher que me deste por companheira deu-me o fruto, e eu comi”. Deus disse à mulher: “Que fizeste?” A mulher respondeu: “A serpente enganou-me, e eu comi” (Gn 3, 9-13). Infelizmente continua a ser assim. Confiante em si próprio, o homem quase sempre se embandeira e, cheio de nove horas, age mal, transgride, envergonha-se, esconde-se, desculpa-se, culpa os outros, não assume as suas responsabilidades, gera a instabilidade nesta Casa Comum da qual até há quem se julgue dono e senhor, por egoísmo e coisas mais do mesmo saco. Buscando tantas razões sem razão, o homem acaba por sentir “passos” pesados na sua consciência. Com certeza que ao serem expulsos daquele jardim belo e aprazível como cada um o queira imaginar, e sabendo que teriam de aceitar as consequências da sua aventura, com certeza que - embora não conste lá no Livro! -, com certeza que teriam sido os primeiros a dizer um ao outro, de lágrimas nos olhos e a toque da espada flamejante: “Eh, pá!... como a vida está difícil, pá!...”. Se a vida ficou difícil para eles, também não ficou fácil para nós. Também nós vamos penando as passas do Algarve, mesmo que ande por aí gente a dizer que nunca nada esteve tão bem como agora!... Muita coisa melhorou, sim, parabéns por isso e que Deus ajude quem faz o bem sem olhar a quem. Tais melhorias, porém, fazem-nos esticar os olhos e os ouvidos até às periferias que são muitas e diversas e não deixam de continuar a colocar-nos a pergunta: onde está o teu irmão? O que é que lhe fizeste ou deixaste de fazer? (cf. Mt 25, 31-46). Onde está o teu irmão que caluniaste, humilhaste e destruíste, o que abandonaste no lar, no hospital ou na cadeia, o que não tem emprego, nem casa, nem pão, nem dinheiro para pagar a água, a eletricidade, a saúde, a roupa, a educação dos filhos e tudo o mais cuja míngua o conduz à morte lenta e sofrida? “Onde está o teu irmão?” Alguns também responderão: “Não sei. Sou, porventura, o guarda do meu irmão?” Mas Deus insiste: “Que fizeste? Ouço o sangue de teu irmão, clamando da terra por mim...” (Gn 4, 9-10). O homem sem coração, fazendo de conta que nada tem a ver com o outro, fecha-se no seu casulo ou exige só para si, cultiva a inveja e a dor-de-cotovelo, fomenta guerras, constrói muros, sequestra, viola, tortura, trafica, vende pessoas, assalta, explora, escraviza, trafulha, suborna, corrompe, instrumentaliza, sente-se dono, ignora os gritos de migrantes e refugiados, mata em família por indiferença e abandono, por violência, aborto e eutanásia, faz das crianças reféns ou moeda de negócio para satisfazer caprichos de pais ressentidos em acordos de separação... E está tudo bem? Nunca nada como agora? Sim, se nos fizermos surdos ou indiferentes. Mas Deus continua a perguntar-nos: “Onde é que tu estás?” “Por onde é que tu andas?” “O que fizeste?”. E insiste que ouve os gritos dos nossos irmãos a quem até chama pelo nome: “Onde está o teu irmão Abel?”. De facto, os outros incomodam muita gente. Fazem ouvir “passos” pesados naquelas consciências que de jardins belos e floridos já nada têm. Porque acham que a culpa é só e toda dos pobres e miseráveis, dos excluídos e até dos governos, porque se julgam superiores e assumem que isso nunca lhes acontecerá, essa gente sente-se incomodada por aqueles que gritam e reclamam justiça. Mesmo assim, muitos, e sem emenda, esquecendo a economia social e que os outros também são gente, continuam a agir como donos, não desistem de fazer valer e impor a “economia que mata”: diminuem as medidas, aumentam os pesos, viciam as balanças, compram os fracos por dinheiro e os necessitados por um par de sandálias, fazem do direito um veneno e do fruto da justiça um amargor, aceitam subornos e enganam os necessitados (cf. Amós, 5.8). Mas também os que teimam em remar contra essa maré incomodam muito e muita gente, a mesma gente. Já o Livro da Sabedoria aponta este pensar e agir: “Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras. Censura-nos as transgressões da Lei e repreende-nos as faltas de educação. Declara ter o conhecimento de Deus e chama-se a si mesmo filho do Senhor. Tornou-se uma censura viva dos nossos pensamentos e até a sua vista nos é insuportável. A sua vida não é como a dos outros e os seus caminhos são muito diferentes. (...) Provemo-lo com ultrajes e torturas, para conhecermos a sua mansidão e apreciemos a sua paciência. Condenemo-lo à morte infame...” (Sab2).

A história do mundo vai-se desenvolvendo assim, conjugando o poder de Deus, o bem e a maldade dos homens. No entanto, mesmo que o homem perca as estribeiras e se torne lobo do outro homem, Deus não se ressente nem o abandona. Rico em misericórdia, até enviou o Seu Filho para que o homem se direcione de novo e prossiga em paz nos caminhos do bem e da fraternidade. Nesta caminhada, porém, Jesus também nos faz perguntas, muitas perguntas, perguntas claras e diretas. Às portas da Semana Santa em que celebramos a Sua Paixão, Morte e Ressurreição, e na qual muitos irão, por certo, participar, apenas recordo, para mim e para ti que me lês, três dessas perguntas de Jesus que vão ao encontro de saber se verdadeiramente O conhecemos, amamos e Lhe agradecemos: “Quem dizeis que Eu sou?” (Lc 9, 20); “Tu amas-Me?” (Jo 21, 16); “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão?” (Lc 17, 17-18).

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 12-04-2019.







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