sábado, 20 de abril de 2019




PARÓQUIAS DE NISA

Domingo, 21 de abril de 2019








Domingo de Páscoa

Ofício Próprio





DIA DE PÁSCOA

+ Missa própria, Glória, sequência, Credo, pf. I da Páscoa.

L 1 Act 10, 34a. 37-43; Sal 117 (118), 1-2. 16ab-17. 22-23
L 2 Col 3, 1-4 ou 1 Cor 5, 6b-8
Ev Jo 20, 1-9

* Na Missa vespertina pode ler-se Lc 24, 13-35.
* Hoje são proibidas todas as outras celebrações, e todas as Missas de defuntos.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* Com as Vésperas do Domingo da Ressurreição encerra-se o Tríduo Pascal.
* Hoje, e durante toda a oitava, Completas dom. (dep. I ou II Vésperas), antífona Este é o dia, com oração da Ressurreição.
* No fim das Completas e em vez da oração O Anjo do Senhor, diz-se a antífona Rainha do céu
,




DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 139, 18.5-6
Ressuscitei e estou convosco para sempre; pusestes sobre mim a vossa mão: é admirável a vossa sabedoria.

Ou Lc 24, 34; cf. Ap 1, 5
O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia. Glória e louvor a Cristo para sempre. Aleluia.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus do universo, que neste dia, pelo vosso Filho Unigénito, vencedor da morte, nos abristes as portas da eternidade, concedei-nos que, celebrando a solenidade da ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos para a luz da vida. Por Nosso Senhor.


LEITURA I:  Act. 10, 34a, 37-43

Leitura dos Atos dos Apóstolos
 
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio, porque Deus estava com Ele. Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém; e eles mataram-n'O, suspendendo-O na cruz. Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos. Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos. É d'Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».

Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial Sal. 117(118), 1-2, 16ab-17, 22-23
Refrão: Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria.
Repete-se

Ou: Aleluia. Repete-se

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a Sua misericórdia. Refrão

A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver,
para anunciar as obras do Senhor. Refrão

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
e é admirável aos nossos olhos. Refrão


Leitura II Col. 3, 1-4

Leitura da Epístola do apóstolo S. Paulo aos Colossenses

Irmãos: Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde Cristo Se encontra, sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, então também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.

Palavra do Senhor.

Ou I Cor 5, 6b-8

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios

Irmãos: Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa? Purificai-vos do velho fermento, para serdes uma nova massa, visto que sois pães ázimos. Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado. Celebremos a festa, não com fermento velho, nem com fermento de malícia e perversidade, mas com os pães ázimos da pureza e da verdade.

Palavra do Senhor.


SEQUÊNCIA PASCAL
À Vítima pascal
Ofereçam os cristãos
sacrifícios de louvor
O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo, o Inocente,
reconciliou com o Pai os pecadores.
A morte e a vida
travaram um admirável combate:
depois de morto,
vive e reina o Autor da vida.
Diz-nos, Maria:
Que viste no caminho?
Vi o sepulcro de Cristo vivo,
e a glória do ressuscitado.
Vi as testemunhas dos Anjos,
vi o sudário e a mortalha.
Ressuscitou Cristo, minha esperança:
precederá os seus discípulos na Galileia.
Sabemos e acreditamos:
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso,
tende piedade de nós.


ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO I Cor 5, 7b-8a
Refrão: Aleluia. Repete-se

Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi imolado:
celebremos a festa do Senhor. Refrão


Evangelho Jo 20, 1-9

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. João

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo que Jesus amava e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

Palavra da Salvação.


Em vez deste Evangelho pode ler-se o que se leu na Vigília da Noite Santa. Nas Missas Vespertinas pode ler-se o Evangelho de Lc 24, 13-15.

EVANGELHO (Facultativo para as Missas Vespertinas) Lc. 24, 13-35

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas

Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?». Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias». E Ele perguntou: «Que foi?». Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos, a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?». Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de seguir para diante. Mas eles convenceram-n'O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n'O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?». Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.

Palavra da Salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Exultando de alegria pascal, nós Vos oferecemos, Senhor, este sacrifício, no qual tão admiravelmente renasce e se alimenta a vossa Igreja. Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal I [mas com maior solenidade neste dia].


ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Cor 5, 7-8
Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado: celebremos a festa com o pão ázimo da pureza e da verdade. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus, protegei sempre com paternal bondade a vossa Igreja, para que, renovada pelos mistérios pascais, mereça chegar à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor.

Na despedida, durante toda a Oitava, diz-se:

Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. Aleluia. Aleluia.
R. Graças a Deus. Aleluia. Aleluia.







« Quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados»

Atos 10,43







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS 

I Act. 10, 34a, 37-43 Diante de pagãos, em casa do centurião Cornélio, Pedro anuncia o que já lhes havia chegado aos ouvidos: Cristo ressuscitou! E, completando aquela «boa notícia», garantindo, com o seu testemunho pessoal, a verdade dos acontecimentos daqueles dias, o Apóstolo explica-lhes o que eles querem dizer:
 
– Jesus de Nazaré, homem que viveu como eles e com Quem Pedro convivera, não é um simples homem. Ungido do Espírito de Deus, tem a plenitude de Deus em Si. Ele é o Messias, o Filho de Deus, como o demonstrou pelos milagres por ele mesmo presenciados e, sobretudo pelo milagre definitivo – a Ressurreição.

Pela Ressurreição, de que Pedro é testemunha, Jesus de Nazaré é o Juiz dos vivos e dos mortos, é o Salvador de todos os homens, judeus ou pagãos.

 
Esta primeira Páscoa, que foi uma nova criação, é um acontecimento salvífico que anuncia o Batismo, sacramento da nossa libertação e da nossa «passagem» do pecado à vida da graça


Col. 3, 1-4

Pelo seu Batismo, o cristão morreu para o pecado e ressuscitou com Cristo para uma vida nova. Desde esse momento, recebeu a missão de, à semelhança de Cristo, conduzir os homens e todas as coisas para o Pai. Inserido nas realidades divinas, não pode alhear-se do mundo, nem ficar indiferente aos esforços dos homens relativamente à construção dum mundo de felicidade, justiça e paz. Inserido nas realidades da terra, não pode encerrar-se no mundo, trabalhando só para fins terrenos, esquecido do destino final do homem e do mundo. Feito nova criatura pela Ressurreição de Cristo, o cristão viverá a vida de cada dia, sem perder de vista o fim superior, para que foi criado.

Jo 18, 1 - 19, 42: O discípulo predileto de Jesus foi aquele que, mais de perto, viveu a sua Paixão. No relato que dela nos transmitiu, deixa, sobretudo, transparecer a sua admiração pela maneira como Jesus enfrenta a morte. Não é, na verdade, como um vencido pelo sofrimento que avança para ela. Consciente de que chegara a Sua «Hora», encaminha-Se, livremente e como senhor dos acontecimentos, a cumprir a ação solene, que havia predito e constitui a sua missão. Acompanhando-O no Seu sofrimento, João vê n'Ele o Verbo Encarnado, O Verdadeiro Cordeiro de Deus, cujo Sacrifício redentor se prolongará, sacramentalmente, na Igreja, presente em Maria que junto da Cruz de Jesus e ao lado do Evangelista, se associava à geração da nova humanidade.

Jo 20, 1-9: Pedro e João, juntamente com Madalena, são as primeiras testemunhas do túmulo vazio, naquela manhã de Páscoa. Não foi, porém, muito facilmente que eles chegaram à conclusão de que Jesus estava vivo. A sua fé será progressiva, caminhará entre incredulidade e dúvidas. Só perante as ligaduras e o lençol, cuidadosamente dobrados, o que excluía a hipótese de roubo, se lhes começam a abrir os olhos para a realidade. No seu amor intuitivo, João é o primeiro a compreender os sinais da Ressurreição. Mas bem depressa Pedro, que, não por acaso mas intencionalmente, ocupa o primeiro lugar e nos aparece já nesta manhã como Chefe do Colégio Apostólico, descobre a verdade, anunciada tão claramente pela Escritura e pelo mesmo Jesus. Depois, em contacto pessoal com o Ressuscitado, a sua fé tornar-se-á firme como «rocha» inabalável..


REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.






AGENDA DO DIA


09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa com batismos, seguida de procissão
12.00 horas: Missa em Gáfete
12.00 horas: Misas em Alpalhão com batismo
15.30 horas: Missa no Cacheiro
15.30 horas: Missa no Arneiro como batismo
15.30 horas: Missa em Montalvão
17.00 horas: Missa no Pé da Serra.

AGENDA DA SEMANA

Segunda:
09.30 horas: Missa em Alpalhão
09.30 horas: Missa na Igreja Matriz de Nisa
11.00 horas: Missa no Santuário de Nossa Senhora da Graça
12.00 horas: Missa na Capela de Santo António em Arez
15.00 horas: Missa na Capela de Nossa Senhora da Arredonda, seguida de procissão
16.00 horas: Terço no santuário de Nossa Senhora da Graça
16.00 horas: Missa na Capela de Santo Amaro de Tolosa, seguida de procissão

Terça:
15.00 horas: Missa na Capela de Nossa Senhora da Arredonda,
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo

Quarta
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
18.00 horas: Missa em Tolosa

quinta
11.00 horas: Missa na c apela de S. Marcos de Gáfete, precedida de procissão
16.00 horas: Missa no Lar da santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
21.00 horas: Adoração em Nisa – Espírito santo

Sexta:
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
À noite, começa encontro de jovens em Nisa

Sábado
Todo o dia: encontro de jovens – todo o dia
Sardoal: encontro de catequistas  - Todo o dia

18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo.





A VOZ DO PASTOR



O TRIUNFO DA VIDA SOBRE A MORTE

“Era já quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E Jesus exclamou com voz forte: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Dito isto, expirou” (Lc 23, 44-46).

E fez-se silêncio!... A eloquência da Cruz falou mais alto, a sua palavra fez-se ouvir!... Um Deus que se fez homem!... Um homem Deus que morre na Cruz, por amor!... Um Deus misericórdia que a todos redime e, de braços abertos, abraça a criação inteira e toda a humanidade, identificando-se sobretudo com todos os crucificados, descartados e proscritos da história!... Sim, naquela Cruz, a morte não é o fim de um triste e fracassado revolucionário. Essa Cruz não ostenta a morte de Deus, não. Exalta, isso sim, um novo princípio. Proclama a Boa Nova da morte em Deus. É o triunfo da vida, da vida de Deus imortal e que, graças àquela morte, nela todos poderemos participar! Deus ressuscitou-O, Ele está vivo! Ele mesmo Se apresentou aos Seus amigos que passando do medo, do espanto e da dúvida ao reconhecimento do Ressuscitado, logo correm a fazer ecoar por toda a terra a feliz e alegre notícia de que a Vida triunfara sobre a morte: “Ele está vivo, ressuscitou, nós vimo-l’O”. E renasce a esperança, e tudo se transforma e renova. Eis que, pelo dom e força do Espírito Santo, brota a vida nova e a alegria de anunciar e testemunhar o Senhor Jesus ressuscitado. Recordemos:

“No primeiro dia da semana, ao romper da alva, as mulheres foram ao sepulcro, levando os perfumes que haviam preparado. Encontraram removida a pedra da porta do sepulcro e, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. Estando elas perplexas com o caso, apareceram-lhes dois homens em trajes resplandecentes. Como estivessem amedrontadas e voltassem o rosto para o chão, eles disseram-lhes: «Porque buscais o Vivente entre os mortos? Não está aqui; ressuscitou! Lembrai-vos de como vos falou, quando ainda estava na Galileia, dizendo que o Filho do Homem havia de ser entregue às mãos dos pecadores, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia.»
Recordaram-se, então, das suas palavras. Voltando do sepulcro, foram contar tudo isto aos Onze e a todos os restantes. Eram elas Maria de Magdala, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas diziam isto aos Apóstolos; mas as suas palavras pareceram-lhes um desvario, e eles não acreditaram nelas. Pedro, no entanto, pôs-se a caminho e correu ao sepulcro. Debruçando-se, apenas viu as ligaduras e voltou para casa, admirado com o sucedido.

Nesse mesmo dia, dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém; e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera. Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho; os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer.
Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto caminhais?» Pararam entristecidos. E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!» Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia. Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.» Jesus disse-lhes, então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em tudo quanto os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?» E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante. Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles. E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?»
Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os seus companheiros, que lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!» E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão. Enquanto isto diziam, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito. Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu tenho.» Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam, Ele perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa que se coma?» Deram-lhe um bocado de peixe assado; e, tomando-o, comeu diante deles. Depois, disse-lhes: «Estas foram as palavras que vos disse, quando ainda estava convosco: que era necessário que se cumprisse tudo quanto a meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia; que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas. E Eu vou mandar sobre vós o que meu Pai prometeu. Entretanto, permanecei na cidade até serdes revestidos com a força do Alto.» (Lc 24,1-49).
.........
Santa Páscoa para todos e que todos e todas as famílias se deixem renovar, fortalecer e iluminar pelo Senhor Ressuscitado. Ele ressuscitou, Ele está vivo: “Eis que estou à porta e bato: Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo” (Ap 3, 20).

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 19-04-2019.



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