PARÓQUIAS
DE NISA
Quinta, 18 de abril de 2019
Quinta-feira da Semana Santa
Ofício Próprio
QUINTA-FEIRA
da Semana Santa (de manhã)
Roxo.
Ofício próprio.
L 1 Is 61, 1-3a. 6a. 8b-9; Sal 88 (89), 21-22. 25 e 27
L 2 Ap 1, 5-8
Ev Lc 4, 16-21
* Na Diocese do Porto – Aniversário da Ordenação episcopal de D. António Maria Bessa Taipa, Bispo Emérito de Tabbora (1999).
Ofício próprio.
L 1 Is 61, 1-3a. 6a. 8b-9; Sal 88 (89), 21-22. 25 e 27
L 2 Ap 1, 5-8
Ev Lc 4, 16-21
* Na Diocese do Porto – Aniversário da Ordenação episcopal de D. António Maria Bessa Taipa, Bispo Emérito de Tabbora (1999).
MISSA
MISSA VESPERTINA DA CEIA DO SENHOR
Seguindo um rito evocativo das grandes intervenções salvíficas de Deus, os Apóstolos celebravam a Ceia pascal, sem pressentirem que a nova Páscoa havia chegado.
Essa Ceia, contudo, será a última, pois Jesus, tomando aquela simbólica refeição ritual, dá-lhe um sentido novo, com a instituição da Eucaristia.
Misteriosamente antecipando o Sacrifício que iria oferecer, dentro de algumas horas, Jesus põe fim a todas as «figuras», converte o pão e o vinho no Seu Corpo e Sangue, apresenta-Se como o verdadeiro cordeiro pascal – o «Cordeiro de Deus» (Jo. I, 29).
O Sacrifício da Cruz, com o qual se estabelecerá a «nova Aliança», não ficará, pois, limitado a um ponto geográfico ou a um momento da história: pelo Sacrifício Eucarístico, perpetuar-se-á, «pelo decorrer dos séculos até Ele voltar» (SC. 47). Comendo o Seu Corpo imolado e bebendo o Seu Sangue, os discípulos de Jesus farão sua a Sua oferenda de amor e beneficiarão da graça, por ela alcançada aos homens. «Pela participação no Sacrifício Eucarístico, fonte e centro de toda a vida cristã, oferecem a Deus a Vítima divina e a si mesmos juntamente com ela» (LG. 11).
Para que este mistério de amor se pudesse realizar, Jesus ordena aos Apóstolos que, até ao Seu regresso, à Sua semelhança e por Sua autoridade, operem esta transformação, ficando assim participantes do Seu mesmo Sacerdócio.
Nascido da Eucaristia, o Sacerdócio tornará, portanto, atual, até ao fim dos tempos, a obra redentora de Cristo.
Sendo a Eucaristia a obra prima do amor de Jesus, a prova suprema do Seu amor (Jo. 13, 1), compreende-se agora bem por que é que Ele escolheu a última Ceia para fazer a proclamação solene do «Seu mandamento», o de «nos amarmos uns aos outros», o mandamento novo, «que resume toda a lei».
Ritos iniciais e liturgia da palavra
1. O sacrário deve estar completamente vazio. Para a comunhão do clero e dos fiéis, consagre-se nesta Missa pão suficiente para hoje e amanhã.
2. ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Gal. 6, 14
Toda a nossa glória está na cruz de Nosso senhor Jesus Cristo. N’Ele está a nossa salvação, vida e ressurreição. Por Ele fomos salvos e livres.
3. Diz-se o Glória.
Enquanto se canta este hino,
tocam-se os sinos, que não voltarão a tocar-se até à Vigília Pascal, a não ser
que a Conferência Episcopal ou o Ordinário do lugar julguem oportuno
estabelecer outra coisa.
4. ORAÇÃO COLECTA
Senhor
nosso Deus, que nos reunistes para celebrar a Ceia santíssima em que o vosso
Filho Unigénito, antes de Se entregar à morte, confiou à Igreja o sacrifício da
nova e eterna aliança, fazei que recebamos, neste sagrado banquete do seu amor,
a plenitude da caridade e da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ex 12, 1-8.11-14
LEITURA I Ex 12, 1-8.11-14
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, o Senhor disse a Moisés e a Aarão na terra do Egipto: «Este mês será para vós o princípio dos meses; fareis dele o primeiro mês do ano. Falai a toda a comunidade de Israel e dizei-lhe: No dia dez deste mês, procure cada qual um cordeiro por família, uma rês por cada casa. Se a família for pequena demais para comer um cordeiro, junte-se ao vizinho mais próximo, segundo o número de pessoas, tendo em conta o que cada um pode comer. Tomareis um animal sem defeito, macho e de um ano de idade. Podeis escolher um cordeiro ou um cabrito. Deveis conservá-lo até ao dia catorze desse mês. Então, toda a assembleia da comunidade de Israel o imolará ao cair da tarde. Recolherão depois o seu sangue, que será espalhado nos dois umbrais e na padieira da porta das casas em que o comerem. E comerão a carne nessa mesma noite; comê-la-ão assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. Quando o comerdes, tereis os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. Comereis a toda a pressa: é a Páscoa do Senhor. Nessa mesma noite, passarei pela terra do Egipto e hei-de ferir de morte, na terra do Egipto, todos os primogénitos, desde os homens até aos animais. Assim exercerei a minha justiça contra os deuses do Egipto, Eu, o Senhor. O sangue será para vós um sinal, nas casas em que estiverdes: ao ver o sangue, passarei adiante e não sereis atingidos pelo flagelo exterminador, quando Eu ferir a terra do Egipto. Esse dia será para vós uma data memorável, que haveis de celebrar com uma festa em honra do Senhor. Festejá-lo-eis de geração em geração, como instituição perpétua».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 115 (116), 12-13.15-16bc.17-18 (R. cf. 1 Cor 10, 16)
Refrão: O cálice de bênção é comunhão do Sangue de Cristo. Repete-se
Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor. Refrão
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias. Refrão
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor,
na presença de todo o povo. Refrão
LEITURA II 1 Cor 11, 23-26
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu Corpo, entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim». Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue. Todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de Mim». Na verdade, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que Ele venha.
Palavra do Senhor.
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Jo 13, 34
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor:
Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Refrão
EVANGELHO Jo 13, 1-15
«Amou-os até ao fim»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. No decorrer da ceia, tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a ideia de O entregar, Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade, sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-Se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha, que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura. Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe: «Senhor, Tu vais lavar-me os pés?». Jesus respondeu: «O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde». Pedro insistiu: «Nunca consentirei que me laves os pés». Jesus respondeu-lhe: «Se não tos lavar, não terás parte comigo». Simão Pedro replicou: «Senhor, então não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». Jesus respondeu-lhe: «Aquele que já tomou banho está limpo e não precisa de lavar senão os pés. Vós estais limpos, mas não todos». Jesus bem sabia quem O havia de entregar. Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos». Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa. Então disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também».
Palavra da salvação.
5. Na homilia comentam-se os grandes mistérios que neste dia se comemoram: a instituição da sagrada Eucaristia e do sacramento da Ordem e o mandato do Senhor sobre a caridade.
L a v a - p é s
6. Depois da homilia, onde razões pastorais o aconselhem, faz-se a cerimónia do Lava-pés.
As pessoas escolhidas entre o povo de Deus, conduzidos pelos ministros, vão ocupar os bancos reservados para eles em lugar conveniente. O sacerdote (depois de tirar a casula, se for necessário), aproxima-se de cada um deles, deita-lhes água nos pés e enxuga-os com a ajuda dos ministros.
7. Entretanto, cantam-se algumas das seguintes antífonas ou outros cânticos apropriados.
ANTÍFONA I cf. Jo. 13, 4.5.15
Para nos dar exemplo, o Senhor levantou-Se da mesa
e começou a lavar os pés aos seus discípulos.
ANTÍFONA II Jo. 13, 6.7.8
Senhor, Tu vais lavar-me os pés?
Jesus respondeu-lhe:
Se não te lavar os pés, não terás parte comigo.
V. Quando Jesus se aproximou de Simão Pedro,
Pedro disse a Jesus:
Senhor, Tu vais lavar-me os pés…
V. O que Eu vou fazer, não o compreendes agora.
Mais tarde o compreenderás.
Senhor, Tu vais lavar-me os pés...
ANTÍFONA III cf. Jo. 13, 14
Se Eu vos lavei os pés, sendo Mestre e Senhor,
também vós deveis lavar os pés uns aos outros.
ANTÍFONA IV Jo 13, 35
Todos conhecerão que sois meus discípulos,
se vos amardes uns aos outros.
V. Disse Jesus aos seus discípulos:
Todos conhecerão...
ANTÍFONA V Jo. 13, 34
Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor:
Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.
ANTÍFONA VI 1 Cor 13, 14
Permaneçam em vós a fé, a esperança e a caridade.
Mas a maior de todas é a caridade.
V. Agora permanecem a fé, a esperança e a caridade.
Mas a maior de todas é a caridade.
Permaneçam em vós a fé, a esperança e a caridade.
Mas a maior de todas é a caridade.
8. Logo a seguir ao Lava-pés, ou, se este se omite, a seguir à homilia, diz-se a oração universal: Ano A p. 1207; Ano B p. 1285; Ano C p. 1358
Nesta Missa não se diz o Credo.
Liturgia eucarística
9. Ao iniciar-se a liturgia eucarística, pode organizar-se uma procissão dos fiéis com oferta para os pobres.
Entretanto, canta-se a antífona Ubi caritas ou outro cântico apropriado.
10. ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor, a graça de participar dignamente nestes mistérios, pois todas as vezes que celebramos o memorial deste sacrifício realiza-se a obra da nossa redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
11. PREFÁCIO DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA
A Eucaristia, memorial do sacrifício de Cristo
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo, nosso Senhor. Verdadeiro e eterno sacerdote, oferecendo-Se como vítima de salvação, instituiu o sacrifício da nova aliança e mandou que o celebrássemos em sua memória. O seu Corpo, por nós imolado, é alimento que nos fortalece; e o seu Sangue, por nós derramado, é bebida que nos purifica. Por isso, com os Anjos e os Arcanjos e todos os coros celestes, proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo…
No Cânon Romano, diz-se o Communicantes (Em comunhão com toda a Igreja), o Hanc igitur (Aceita benignamente) e o Qui pridie (Na véspera da sua paixão) próprios.
* Também nas Orações Eucarísticas II e III se fazem as comemorações próprias.
No Cânon Romano:
Em comunhão com toda a Igreja, ao celebrarmos o dia santíssimo em que Nosso Senhor Jesus Cristo Se entregou por nós, veneramos a memória da gloriosa sempre Virgem Maria, Mãe do nosso Deus e Senhor Jesus Cristo, e também a de São José, seu esposo, e a dos bem-aventurados Apóstolos e Mártires: Pedro e Paulo, André, (Tiago, João, Tomé, Tiago, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Simão e Tadeu; Lino, Cleto, Clemente, Sixto, Cornélio, Cipriano, Lourenço, Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião) e de todos os Santos. Por seus méritos e orações, concedei-nos, em tudo e sempre, auxílio e protecção. (Por Cristo, nosso Senhor. Amen).
De braços abertos, continua:
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação que nós, vossos servos, com toda a vossa família, Vos apresentamos. Nós Vo-la oferecemos neste dia, em que Nosso Senhor Jesus Cristo confiou aos seus discípulos a celebração dos mistérios do seu Corpo e Sangue. Dai a paz aos nossos dias, livrai-nos da condenação eterna e contai-nos entre os vossos eleitos.
Junta as mãos.
(Por Cristo, nosso Senhor).
Com as mãos estendidas sobre as oblatas, diz:
Santificai esta oblação com o poder da vossa bênção e recebei-a como sacrifício espiritual perfeito, de modo que se converta para nós no Corpo e Sangue do Vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Junta as mãos
Hoje, na véspera da sua paixão, por nós e por todos os homens,
Toma o pão e, elevando-o um pouco sobre o altar, continua:
Ele tomou o pão em suas santas e veneráveis mãos e, levantando os olhos ao céu, para Vós, Deus, seu Pai todo-poderoso, dando graças abençoou-o, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo:
Levemente inclinado
TOMAI, TODOS, E COMEI:
ISTO É O MEU CORPO
QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Continua o Cânon Romano
12. ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. 1 Cor 11, 24.25
Isto é o meu Corpo, entregue por vós;
este é o cálice da nova aliança no meu Sangue,
diz o Senhor.
Fazei isto em memória de Mim.
13. Terminada a distribuição da comunhão, deixa-se sobre o altar a píxide com as partículas para a comunhão do dia seguinte. A Missa conclui com a oração depois da comunhão:
14. ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus eterno e omnipotente, que hoje nos alimentastes na Ceia do vosso Filho, saciai-nos um dia na ceia do reino eterno. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Trasladação do Santíssimo Sacramento
15. Terminada a oração, o sacerdote, de pé, diante do altar, põe incenso no turíbulo e, de joelhos, incensa por três vezes o Santíssimo Sacramento. Em seguida, toma o véu de ombros, pega na píxide e cobre-a com as extremidades do véu.
16. Organiza-se a procissão, com círios e incenso, indo à frente o cruciferário com a cruz, e leva-se o Santíssimo Sacramento, através da igreja, para o lugar da reserva, preparado numa capela convenientemente ornamentada. Entretanto canta-se o hino Pange, lingua (Canta, Igreja, o Rei do mundo) excepto as duas últimas estrofes – ou outro Cântico apropriado.
Celebremos o Mistério
da Divina Eucaristia
Corpo e Sangue de Jesus:
O Mistério de Deus vivo,
Tão real no Seu altar
como outrora sobre a cruz.
Vindo à terra, que O chamava,
Cristo foi a salvação
E a alegria do Seu povo.
Foi Profeta, foi Palavra
E Palavra que, pregada,
Fez do mundo um mundo novo.
Foi na Noite Derradeira
Que, na Ceia com os Doze,
Coração a coração,
Se deu todo e para sempre
Mãos em bênção sobre a Mesa
Da Primeira Comunhão.
Assim, Deus, que Se fez Homem,
Tudo fez em plenitude
de humildade e de pobreza.
E o milagre continua:
Onde falham os sentidos,
Chega a esp’rança de quem reza.
17. Chegada a procissão ao lugar da reserva, o sacerdote depõe a píxide. Seguidamente, põe incenso no turíbulo e, de joelhos, incensa o Santíssimo Sacramento. Entretanto canta-se o Tantum ergo sacramentum. Depois fecha-se o tabernáculo ou urna da reserva.
Veneremos, adoremos
A presença do Senhor,
Nossa Luz e Pão da Vida.
Cante a alma o Seu louvor,
Adoremos no sacrário
Deus oculto por amor.
Dêmos glória ao Pai do Céu,
Infinita Majestade;
Glória ao Filho e ao Santo Espírito!
Em espírito e verdade,
Veneremos, adoremos
A Santíssima Trindade!
18. Depois de algum tempo de oração em silêncio, o sacerdote e os ministros fazem a genuflexão e retiram-se para a sacristia.
19. Segue-se a desnudação do altar e, se possível, retiram-se as cruzes da igreja. Se algumas ficam na igreja, é conveniente cobri-las.
20. Os que tomaram parte na Missa vespertina não são obrigados à celebração das Vésperas.
21. Exortem-se os fiéis, tendo em conta as circunstâncias e as diversas situações locais, a dedicar algum tempo da noite à adoração do Santíssimo Sacramento. A partir da meia noite, porém, esta adoração faz-se sem solenidade.
«A Eucaristia é o
alimento no caminhar para a eternidade»
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS Ex
12, 1-8.11-14: Jesus é o verdadeiro Cordeiro pascal
que, na sua Paixão, realiza a verdadeira e definitiva libertação do povo de
Deus. A Eucaristia é o memorial da sua Paixão; Jesus tomou para sacramento deste
memorial precisamente a ceia pascal do Antigo Testamento, mas dando-lhe sentido
novo, fazendo-nos assim compreender que a Páscoa antiga encontra a consumação
perfeita na sua Páscoa. Como o povo de Deus do Antigo Testamento repetia a ceia
pascal em memória da sua passagem do Egipto para a Terra Prometida (a Páscoa
antiga), assim agora o povo do Novo Testamento celebra a Eucaristia em memória
da Morte e Ressurreição de Jesus (a Páscoa Nova), em que se realiza a passagem
deste mundo para o Pai
1
Cor 11, 23-26: Na última Ceia, Jesus instituiu a
Eucaristia e entregou-a à sua Igreja, para que, na Eucaristia, a Igreja
encontrasse, até ao fim dos tempos, quando Ele vier, o memorial da sua Páscoa,
isto é, da sua passagem deste mundo para o Pai, pela Morte à Ressurreição. Esta
leitura é a mais antiga narração chegada até nós da instituição da Eucaristia
pelo Senhor, e da sua celebração pela Igreja, neste caso, na Igreja de Corinto.
Jo 13, 1-15: A leitura situa-nos em plena celebração da última Ceia. Jesus ao lavar os pés aos discípulos, revela o verdadeiro sentido da sua missão, que é o de Ele ser o Servo, servindo até dar a vida, em obediência ao Pai, para salvação dos homens. Foi assim que Ele amou até ao fim, e nos ensinou a fazermos o mesmo uns aos outros, como Ele fez aos seus discípulos. O lava-pés dá-nos o sentido profundo da Morte de Jesus: um serviço de amor em favor dos seus. E este sentido continua a ser-nos ainda recordado sempre que celebramos a Eucaristia..
REZANDO A PALAVRA
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
-
10.00 horas: Missa Crismal em Castelo Branco
-
14.30 horas: Funeral em Nisa (com celebração da Palavra)
-
18.00 horas: Celebração da Ceia do Senhor em Nisa
-
18.00 horas: Celebração da Ceia do Senhor em Tolosa
-
18.00 horas: Celebração da Ceia do Senhor em Gáfete
-
21.00 horas: Celebração da Ceia do Senhor em Alpalhão
AGENDA DA SEMANA
Dia 15, segunda
-
21.00 horas: Oração de louvor no Calvário
Dia 16
terça
-
15.00 horas: Acolhimento em Alpalhão
-
18.00 horas: Missa em Nisa
-
21.00 horas: Reunião de pais e padrinho para batismo - Matriz
Dia 17, quarta
-
17.00 horas: Missa em Gáfete
-
18.00 horas: Missa em Tolosa
-
18.00 horas: Missa em Nisa
Dia 18, Quinta
Feira Santa
-
10.00 horas: Missa Crismal em Castelo Branco
-
18.00 horas: Celebração da ceia do Senhor em Nisa
-
18.00 horas: Celebração da ceia do Senhor em Tolosa
-
18.00 horas: Celebração da ceia do Senhor em Gáfete
-
21.00 horas: Celebração da ceia do Senhor em Alpalhão
Dia 19,
Sexta-Feira Santa
O
Calvário estará aberto das 09.00 horas até às 17.00 horas.
-
15.00 horas: Adoração da Cruz em Nisa
-
15.00 horas: Adoração da Cruz em Gáfete
-
15.00 horas: Adoração da Cruz em Tolosa
-
17.00 horas: Adoração da Cruz em Alpalhão
21.00
horas: Via-Sacra na Igreja de Nossa Senhora da Graça.
Dia 20, sábado
(Vigília Pascal)
-
20 horas: Vigília Pascal em Nisa
-
20 horas: Vigília Pascal em Alpalhão
Dia 14, domingo
(Páscoa=
09.30
horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00
horas: Missa em Arez
10.45
horas: Missa em Tolosa
11.00
horas: Missa em Nisa com batismos, seguida de procissão
12.00
horas: Missa em Gáfete
12.00
horas: Misas em Alpalhão
15.30
horas: Missa no Cacheiro
15.30
horas: Missa no Arneiro
15.30
horas: Missa em Montalvão
17.00
horas: Missa no Pé da Serra.
A VOZ DO PASTOR
O texto base duma formação que teve
lugar entre nós, recordava a pedagogia das perguntas como pedagogia também de
Deus. De facto, Deus, na Sua proximidade e condescendência, usa uma pedagogia
insuperável. As perguntas que faz ao homem, embora algumas já venham das
origens, são perguntas sempre novas, atuais e atuantes. O homem precisa
constantemente de ser alertado e chamado à razão, é frágil, deixa endurecer o
coração e mete-se por vielas que não conduzem a bom porto. Lá nos princípios,
Deus pergunta pelo homem. Não porque, por descuido ou esquecimento, o tivesse
perdido em qualquer festa ou praia deste globo terráqueo ou o tivesse deixado
cair por um qualquer buraco negro de alguma galáxia. Mas porque o homem,
puxando pelos seus galões e insignificâncias, saiu da casca e sentiu-se perdido
no meio das suas ambições de grandeza. “Onde estás?”, perguntou Deus ao homem e
o homem respondeu: “Ouvi os Teus passos no jardim: tive medo, porque estou nu,
e escondi-me”. Deus continuou: “E quem te disse que estavas nu? Acaso comeste
da árvore da qual Eu te tinha proibido comer?” O homem respondeu: “A mulher que
me deste por companheira deu-me o fruto, e eu comi”. Deus disse à mulher: “Que
fizeste?” A mulher respondeu: “A serpente enganou-me, e eu comi” (Gn 3, 9-13).
Infelizmente continua a ser assim. Confiante em si próprio, o homem quase
sempre se embandeira e, cheio de nove horas, age mal, transgride,
envergonha-se, esconde-se, desculpa-se, culpa os outros, não assume as suas
responsabilidades, gera a instabilidade nesta Casa Comum da qual até há quem se
julgue dono e senhor, por egoísmo e coisas mais do mesmo saco. Buscando tantas
razões sem razão, o homem acaba por sentir “passos” pesados na sua consciência.
Com certeza que ao serem expulsos daquele jardim belo e aprazível como cada um
o queira imaginar, e sabendo que teriam de aceitar as consequências da sua
aventura, com certeza que - embora não conste lá no Livro! -, com certeza que
teriam sido os primeiros a dizer um ao outro, de lágrimas nos olhos e a toque
da espada flamejante: “Eh, pá!... como a vida está difícil, pá!...”. Se a vida
ficou difícil para eles, também não ficou fácil para nós. Também nós vamos
penando as passas do Algarve, mesmo que ande por aí gente a dizer que nunca
nada esteve tão bem como agora!... Muita coisa melhorou, sim, parabéns por isso
e que Deus ajude quem faz o bem sem olhar a quem. Tais melhorias, porém,
fazem-nos esticar os olhos e os ouvidos até às periferias que são muitas e
diversas e não deixam de continuar a colocar-nos a pergunta: onde está o teu
irmão? O que é que lhe fizeste ou deixaste de fazer? (cf. Mt 25, 31-46). Onde
está o teu irmão que caluniaste, humilhaste e destruíste, o que abandonaste no
lar, no hospital ou na cadeia, o que não tem emprego, nem casa, nem pão, nem
dinheiro para pagar a água, a eletricidade, a saúde, a roupa, a educação dos
filhos e tudo o mais cuja míngua o conduz à morte lenta e sofrida? “Onde está o
teu irmão?” Alguns também responderão: “Não sei. Sou, porventura, o guarda do
meu irmão?” Mas Deus insiste: “Que fizeste? Ouço o sangue de teu irmão,
clamando da terra por mim...” (Gn 4, 9-10). O homem sem coração, fazendo de
conta que nada tem a ver com o outro, fecha-se no seu casulo ou exige só para
si, cultiva a inveja e a dor-de-cotovelo, fomenta guerras, constrói muros,
sequestra, viola, tortura, trafica, vende pessoas, assalta, explora, escraviza,
trafulha, suborna, corrompe, instrumentaliza, sente-se dono, ignora os gritos
de migrantes e refugiados, mata em família por indiferença e abandono, por
violência, aborto e eutanásia, faz das crianças reféns ou moeda de negócio para
satisfazer caprichos de pais ressentidos em acordos de separação... E está tudo
bem? Nunca nada como agora? Sim, se nos fizermos surdos ou indiferentes. Mas
Deus continua a perguntar-nos: “Onde é que tu estás?” “Por onde é que tu
andas?” “O que fizeste?”. E insiste que ouve os gritos dos nossos irmãos a quem
até chama pelo nome: “Onde está o teu irmão Abel?”. De facto, os outros
incomodam muita gente. Fazem ouvir “passos” pesados naquelas consciências que de
jardins belos e floridos já nada têm. Porque acham que a culpa é só e toda dos
pobres e miseráveis, dos excluídos e até dos governos, porque se julgam
superiores e assumem que isso nunca lhes acontecerá, essa gente sente-se
incomodada por aqueles que gritam e reclamam justiça. Mesmo assim, muitos, e
sem emenda, esquecendo a economia social e que os outros também são gente,
continuam a agir como donos, não desistem de fazer valer e impor a “economia
que mata”: diminuem as medidas, aumentam os pesos, viciam as balanças, compram
os fracos por dinheiro e os necessitados por um par de sandálias, fazem do
direito um veneno e do fruto da justiça um amargor, aceitam subornos e enganam
os necessitados (cf. Amós, 5.8). Mas também os que teimam em remar contra essa
maré incomodam muito e muita gente, a mesma gente. Já o Livro da Sabedoria
aponta este pensar e agir: “Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se
opõe às nossas obras. Censura-nos as transgressões da Lei e repreende-nos as
faltas de educação. Declara ter o conhecimento de Deus e chama-se a si mesmo
filho do Senhor. Tornou-se uma censura viva dos nossos pensamentos e até a sua
vista nos é insuportável. A sua vida não é como a dos outros e os seus caminhos
são muito diferentes. (...) Provemo-lo com ultrajes e torturas, para
conhecermos a sua mansidão e apreciemos a sua paciência. Condenemo-lo à morte
infame...” (Sab2).
A história do mundo vai-se desenvolvendo assim, conjugando o poder de Deus, o bem e a maldade dos homens. No entanto, mesmo que o homem perca as estribeiras e se torne lobo do outro homem, Deus não se ressente nem o abandona. Rico em misericórdia, até enviou o Seu Filho para que o homem se direcione de novo e prossiga em paz nos caminhos do bem e da fraternidade. Nesta caminhada, porém, Jesus também nos faz perguntas, muitas perguntas, perguntas claras e diretas. Às portas da Semana Santa em que celebramos a Sua Paixão, Morte e Ressurreição, e na qual muitos irão, por certo, participar, apenas recordo, para mim e para ti que me lês, três dessas perguntas de Jesus que vão ao encontro de saber se verdadeiramente O conhecemos, amamos e Lhe agradecemos: “Quem dizeis que Eu sou?” (Lc 9, 20); “Tu amas-Me?” (Jo 21, 16); “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão?” (Lc 17, 17-18).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 12-04-2019.
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