HINO DE PÁSCOA
Como as águas do Mar Vermelho
Se abriram à passagem de Israel,
Cristo nos conduziu à liberdade
Pela morte e ressurreição.
Éramos um povo de escravos,
Vivíamos vencidos pelo mal,
Como novo Moisés, Cristo nos trouxe
Para a terra da Promissão.
Somos a Igreja de Cristo,
Luminoso sinal do Amor de Deus;
A toda a humanidade proclamamos
Que Jesus é o Salvador.
Renovai-nos nas vossas águas,
Inesgotável fonte, excelsa luz,
Cristo, libertador da humanidade,
Nossa bebida, nosso pão.
O
DIA EM NEMI
O
dia de hoje foi dedicado a refletir sobre a Terceira Idade, a partir de uma
percetiva feminina. Orientou o tema a Irmã Ana Tor, natural da Catalunha e
pertencente às Irmãs Teresianas.
Falou
da sua experiência. Apontou alguns equívocos, veiculados por uma ideologia
moderna e ocidental que valoriza apenas a eficácia e a produção material,
esquecendo o ser. Numa tal visão a terceira idade é composta pelos já retirados
e, por isso inúteis; reformados e pensionistas, por isso, apenas fonte de despesa.
É
evidente que esta visão é redutora e esvazia a importância da sabedoria,
esquecendo que o ser humano antes de produzir é. Uma sociedade que não valorize
o seu passado não tem futuro e banaliza o presente.
A
Irmã falou durante dois momentos de uma hora cada. Muito bem preparada
intelectualmente soube ser surpreendentemente prática. A sua carreira
profissional de enfermeira habituou-a a lidar com os limites humanos e a
valorizá-los. Ela mesma com mais de sessenta anos, é o membro mais novo de uma comunidade
de 19 irmãs maioritariamente espanholas e portuguesas que vivem em Roma.
Entre
os vários textos que nos deixou escolhemos um que traduzimos. Intitula-se: “As bem-aventuranças dos idosos”:
“Bem-aventurados
os idosos acolhedores, ternos e carinhosos, porque partilharão da amizade das
crianças, jovens, vizinhos e familiares”.
“Bem-aventurados
os idosos que se riem da parca agilidade e da sua fraca memória, porque alegram
aqueles que os rodeiam”.
“Bem-aventurados
os idosos que abrem caminhos aos jovens e os escutam nas suas descobertas e
entusiasmos, porque experimentarão a juventude do seu coração”.
“Bem-aventurados
os idosos que semeiam a paz e a concórdia, porque viverão na alegria”.
“Bem-aventurados
os idosos que em vez de se queixarem, vivem amando e servindo o mais que podem,
porque serão felizes apesar das doenças”.
“Bem-aventurados
os idosos que preferentemente olham para as coisas boas e para os valores
presentes do que para as desgraças e males, porque viverão numa eterna
primavera apesar das nuvens”.
“Bem-aventurados
os idosos que vivem animados em lutar pela vida
conjuntamente com os outros, porque passarão bem nesta vida e na outra”.
“Bem-aventurados
os idosos que sabem contar histórias às crianças; atirar migalhas aos pardais e
regar as plantas do jardim; olhar através da janela os jogos da pequenada e
falar com alegria do Deus de misericórdia, porque serão reconhecidos no Reino
dos Céus”.
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Anedota: Entre reformados:
Três
amigos, reformados já há algum tempo, encontram- se por acaso: Um pergunta ao
outro: “Então, tu como vais?” “Muito bem” responde o interpelado. “Durante o tempo de trabalho ansiava por
passear e ler bons livros. Agora faço o que desejei, e sinto-me feliz”.
Por
sua vez o outro pergunta: “E tu?”… “Vivo
à grande!” responde. “Sempre gostei
de visitar museus, agora tenho muito tempo para isso e ocupo-me bem”.
Então
os dois perguntam ao terceiro: “E
tu?” “Eu… virei-me para a investigação!”
“Nesta idade?” perguntam os dois admirados. “Sim” responde – “ando sempre
a procura do sítio onde deixei o último objeto!”
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