sábado, 14 de abril de 2012


HINO DE PÁSCOA


Como as águas do Mar Vermelho
Se abriram à passagem de Israel,
Cristo nos conduziu à liberdade
Pela morte e ressurreição.

Éramos um povo de escravos,
Vivíamos vencidos pelo mal,
Como novo Moisés, Cristo nos trouxe
Para a terra da Promissão.

Somos a Igreja de Cristo,
Luminoso sinal do Amor de Deus;
A toda a humanidade proclamamos
Que Jesus é o Salvador.

Renovai-nos nas vossas águas,
Inesgotável fonte, excelsa luz,
Cristo, libertador da humanidade,
Nossa bebida, nosso pão.
                               


O DIA EM NEMI

O dia de hoje foi dedicado a refletir sobre a Terceira Idade, a partir de uma percetiva feminina. Orientou o tema a Irmã Ana Tor, natural da Catalunha e pertencente às Irmãs Teresianas.

Falou da sua experiência. Apontou alguns equívocos, veiculados por uma ideologia moderna e ocidental que valoriza apenas a eficácia e a produção material, esquecendo o ser. Numa tal visão a terceira idade é composta pelos já retirados e, por isso inúteis; reformados e pensionistas, por isso, apenas fonte de despesa.

É evidente que esta visão é redutora e esvazia a importância da sabedoria, esquecendo que o ser humano antes de produzir é. Uma sociedade que não valorize o seu passado não tem futuro e banaliza o presente.

A Irmã falou durante dois momentos de uma hora cada. Muito bem preparada intelectualmente soube ser surpreendentemente prática. A sua carreira profissional de enfermeira habituou-a a lidar com os limites humanos e a valorizá-los. Ela mesma com mais de sessenta anos, é o membro mais novo de uma comunidade de 19 irmãs maioritariamente espanholas e portuguesas que vivem em Roma.

Entre os vários textos que nos deixou escolhemos um que traduzimos. Intitula-se: “As bem-aventuranças dos idosos”:

“Bem-aventurados os idosos acolhedores, ternos e carinhosos, porque partilharão da amizade das crianças, jovens, vizinhos e familiares”.

“Bem-aventurados os idosos que se riem da parca agilidade e da sua fraca memória, porque alegram aqueles que os rodeiam”.

“Bem-aventurados os idosos que abrem caminhos aos jovens e os escutam nas suas descobertas e entusiasmos, porque experimentarão a juventude do seu coração”.

“Bem-aventurados os idosos que semeiam a paz e a concórdia, porque viverão na alegria”.

“Bem-aventurados os idosos que em vez de se queixarem, vivem amando e servindo o mais que podem, porque serão felizes apesar das doenças”.

“Bem-aventurados os idosos que preferentemente olham para as coisas boas e para os valores presentes do que para as desgraças e males, porque viverão numa eterna primavera apesar das nuvens”.

“Bem-aventurados os idosos que vivem animados em lutar pela vida  conjuntamente com os outros, porque passarão bem nesta vida e na outra”.

“Bem-aventurados os idosos que sabem contar histórias às crianças; atirar migalhas aos pardais e regar as plantas do jardim; olhar através da janela os jogos da pequenada e falar com alegria do Deus de misericórdia, porque serão reconhecidos no Reino dos Céus”.

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Anedota: Entre reformados:

Três amigos, reformados já há algum tempo, encontram- se por acaso: Um pergunta ao outro: “Então, tu como vais?” “Muito bem” responde o interpelado. “Durante o tempo de trabalho ansiava por passear e ler bons livros. Agora faço o que desejei, e sinto-me feliz”.
Por sua vez o outro pergunta: “E tu?”… “Vivo à grande!” responde. “Sempre gostei de visitar museus, agora tenho muito tempo para isso e ocupo-me bem”.
Então os dois perguntam ao terceiro: “E tu?”  “Eu… virei-me para a investigação!” “Nesta idade?” perguntam os dois admirados. “Sim” responde – “ando sempre a procura do sítio onde deixei o último objeto!”

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