HINO AO
RESSUSCITADO
Nasceu
o Sol da Páscoa gloriosa,
Ressoa
pelo céu um canto novo
Exulta
de alegria a terra inteira.
Dos
abismos da morte e da tristeza
Libertando
os antigos patriarcas.
Sem
saber que o sepulcro está vazio,
A
guarda, vigilante, testemunha
O
poder do Senhor ressuscitado.
Rei
imortal, contigo glorifica
Neste
dia de glória os que em teu nome
Renasceram
das águas do Batismo.
E
desça sobre a Igreja e sobre o mundo,
Como
penhor de paz e de esperança,
A
luz da Páscoa esplendorosa.
Cantemos
a Deus Pai e seu Filho,
Louvemos
o Espírito de amor,
Agora
e pelos séculos sem fim.
Hino muito
antigo a Cristo ressuscitado.
Agora hino de
Laudes
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O PAPA FALA DE CRISTO RESSUSCITADO
O Papa está em Castelgandolfo, cidade a poucos
quilómetros de Nemi. É habitual vir até cá para descansar. Certamente depois da
viagem à América Latina e dos tempos intensos de Páscoa, o Papa precise de
descansar um pouco. Ontem, Segunda-feira de Páscoa, falou aos peregrinos aqui
reunidos para rezar o Angelus. Foi neste contexto que dirigindo-se às pessoas
presentes falou de Cristo ressuscitado e das mulheres as primeiras missionárias
a quem foi dada missão de O anunciarem. Apresentamos aqui o discurso numa
tradução pessoal, versão não oficializada.
“Bom dia a todos.
Segunda-feira de Páscoa porque em muitos
países é dia feriado, é costume passear pelos campos ou ainda visitar
familiares que vivem longe. Faço votos que na mente e no coração dos cristãos
esteja presente que a ressurreição de Jesus, o mistério decisivo da nossa fé, é
o motivo deste feriado. Na verdade, como escreve São Paulo aos Coríntios: “Se
Cristo não ressuscitou, sem sentido será a nossa pregação e sem sentido será a
nossa fé” (1 Cor15,14). Por isso nestes dias é importante reler com o coração
as narrativas da Ressurreição de Cristo que encontramos nos quatro evangelhos.
Trata-se de narrações que, de diversos modos, descrevem os encontros dos
discípulos com Jesus Ressuscitado, e que nos permitem assim meditar o
extraordinário acontecimento que transformou a história e dá sentido à vida de
todos e de cada homem.
O acontecimento da ressurreição
enquanto tal, não é descrito pelos evangelistas: permanece misterioso,
escondido, além do nosso conhecimento, mas nem por isso menos real: é como luz
refulgente que não se pode olhar de frente sem ofuscar. As narrativas começam
no alvorecer do dia depois do Sábado, quando as mulheres indo ao sepulcro, o
encontraram aberto e vazio. São Mateus fala mesmo de terramoto e de um anjo
luminoso que rolou a enorme pedra tumular, sentando-se sobre ela (Mt 28,2).
Ouvido o anúncio da ressurreição feito pelo anjo, as mulheres, cheias de medo e
de alegria, correm a dar a notícia aos discípulos. Justamente nesse momento se
encontram com Jesus, e, prostradas, O
adoraram. Ele lhes diz: “Não temais; ide e dizei aos meus irmãos que vão para a
Galileia; lá me verão” (Mt 28,10).
Em todos os evangelhos, as mulheres
ocupam um lugar de destaque nos espaços da narração das aparições de Cristo
ressuscitado, assim como também nos da morte da Sua morte. Ora, naqueles
tempos, em Israel, o testemunho das mulheres não tinha valor jurídico oficial.
Mas as mulheres viveram uma experiência especial com o Senhor, e que foi
determinante para a vida concreta da comunidade cristã primitiva e até para
toda história da Igreja.
Modelo sublime e exemplar deste
relacionamento com Jesus, e em particular no Mistério Pascal é, naturalmente,
Maria, a Mãe do Senhor. Foi na participação transformante na Páscoa de seu Filho,
que a Virgem Maria vem a ser “Mãe da Igreja” e, por isso Mãe de cada crente e
de toda a comunidade. Para Ela se voltam
todos invocando-a como Rainha do Céu na oração que tradicionalmente recitamos
no Angelus.
Maria
nos obtenha a graça de experimentar a presença do Senhor ressuscitado, fonte de
esperança e paz”.
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