terça-feira, 10 de abril de 2012

Cristo Ressuscitado


HINO AO RESSUSCITADO

Nasceu o Sol da Páscoa gloriosa,
Ressoa pelo céu um canto novo
Exulta de alegria a terra inteira.

Dos abismos da morte e da tristeza
Sobe o Senhor Jesus à sua glória,
Libertando os antigos patriarcas.

Sem saber que o sepulcro está vazio,
A guarda, vigilante, testemunha
O poder do Senhor ressuscitado.

Rei imortal, contigo glorifica
Neste dia de glória os que em teu nome
Renasceram das águas do Batismo.

E desça sobre a Igreja e sobre o mundo,
Como penhor de paz e de esperança,
A luz da Páscoa esplendorosa.

Cantemos a Deus Pai e seu Filho,
Louvemos o Espírito de amor,
Agora e pelos séculos sem fim.

Hino muito antigo a Cristo ressuscitado.
Agora hino de Laudes


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O PAPA FALA DE CRISTO RESSUSCITADO

O Papa está em Castelgandolfo, cidade a poucos quilómetros de Nemi. É habitual vir até cá para descansar. Certamente depois da viagem à América Latina e dos tempos intensos de Páscoa, o Papa precise de descansar um pouco. Ontem, Segunda-feira de Páscoa, falou aos peregrinos aqui reunidos para rezar o Angelus. Foi neste contexto que dirigindo-se às pessoas presentes falou de Cristo ressuscitado e das mulheres as primeiras missionárias a quem foi dada missão de O anunciarem. Apresentamos aqui o discurso numa tradução pessoal, versão não oficializada.

“Bom dia a todos.

Segunda-feira de Páscoa porque em muitos países é dia feriado, é costume passear pelos campos ou ainda visitar familiares que vivem longe. Faço votos que na mente e no coração dos cristãos esteja presente que a ressurreição de Jesus, o mistério decisivo da nossa fé, é o motivo deste feriado. Na verdade, como escreve São Paulo aos Coríntios: “Se Cristo não ressuscitou, sem sentido será a nossa pregação e sem sentido será a nossa fé” (1 Cor15,14). Por isso nestes dias é importante reler com o coração as narrativas da Ressurreição de Cristo que encontramos nos quatro evangelhos. Trata-se de narrações que, de diversos modos, descrevem os encontros dos discípulos com Jesus Ressuscitado, e que nos permitem assim meditar o extraordinário acontecimento que transformou a história e dá sentido à vida de todos e de cada homem.

O acontecimento da ressurreição enquanto tal, não é descrito pelos evangelistas: permanece misterioso, escondido, além do nosso conhecimento, mas nem por isso menos real: é como luz refulgente que não se pode olhar de frente sem ofuscar. As narrativas começam no alvorecer do dia depois do Sábado, quando as mulheres indo ao sepulcro, o encontraram aberto e vazio. São Mateus fala mesmo de terramoto e de um anjo luminoso que rolou a enorme pedra tumular, sentando-se sobre ela (Mt 28,2). Ouvido o anúncio da ressurreição feito pelo anjo, as mulheres, cheias de medo e de alegria, correm a dar a notícia aos discípulos. Justamente nesse momento se encontram com  Jesus, e, prostradas, O adoraram. Ele lhes diz: “Não temais; ide e dizei aos meus irmãos que vão para a Galileia; lá me verão” (Mt 28,10).

Em todos os evangelhos, as mulheres ocupam um lugar de destaque nos espaços da narração das aparições de Cristo ressuscitado, assim como também nos da morte da Sua morte. Ora, naqueles tempos, em Israel, o testemunho das mulheres não tinha valor jurídico oficial. Mas as mulheres viveram uma experiência especial com o Senhor, e que foi determinante para a vida concreta da comunidade cristã primitiva e até para toda história da Igreja.

Modelo sublime e exemplar deste relacionamento com Jesus, e em particular no Mistério Pascal é, naturalmente, Maria, a Mãe do Senhor. Foi na participação transformante na Páscoa de seu Filho, que a Virgem Maria vem a ser “Mãe da Igreja” e, por isso Mãe de cada crente e de toda a comunidade.  Para Ela se voltam todos invocando-a como Rainha do Céu na oração que tradicionalmente recitamos no Angelus.

Maria nos obtenha a graça de experimentar a presença do Senhor ressuscitado, fonte de esperança e paz”.

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