segunda-feira, 8 de junho de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Terça-feira, 09 de junho de 2020








Terça da X semana do comum







TERÇA-FEIRA da semana X

S. Efrém, diácono e doutor da Igreja – MF

Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 1 Reis 17, 7-16; Sal 4, 2-3. 4-5. 7-8
Ev Mt 5, 13-16

* Na Companhia de Jesus – S. José de Anchieta, presbítero – MF






MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 26, 1-2
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem temerei?
O Senhor é protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo?


ORAÇÃO COLECTA
Deus, fonte de todo o bem,
ensinai-nos com a vossa inspiração a pensar o que é recto
e ajudai-nos com a vossa providência a pô-lo em prática.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) 1 Reis 17, 7-16
«Não se esgotou a panela da farinha,
como o Senhor prometera pela boca de Elias»


Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naqueles dias, secou a torrente, junto da qual se tinha refugiado o profeta Elias, porque não tinha chovido na região. Então o Senhor dirigiu a palavra a Elias, dizendo: «Levanta-te, vai a Sarepta de Sidónia e fica lá, porque Eu ordenei a uma viúva que te dê alimento». Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar às portas da cidade, encontrou uma viúva a apanhar lenha. Chamou-a e disse-lhe: «Por favor, traz-me uma bilha de água para eu beber». Quando ela ia a buscar a água, Elias chamou-a e disse: «Por favor, traz-me também um pedaço de pão». Mas ela respondeu: «Tão certo como estar vivo o Senhor, teu Deus, eu não tenho pão cozido, mas somente um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na almotolia. Vim apanhar dois cavacos de lenha, a fim de preparar esse resto para mim e meu filho. Depois comeremos e esperaremos a morte». Elias disse-lhe: «Não temas; volta e faz como disseste. Mas primeiro coze um pãozinho e traz-mo aqui. Depois farás pão para ti e teu filho. Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘Não se esgotará a panela da farinha, nem se esvaziará a almotolia do azeite, até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da terra’». A mulher foi e fez como Elias lhe mandara; e comeram ele, ela e seu filho. Desde aquele dia, nem a panela da farinha se esgotou, nem se esvaziou a almotolia do azeite, como o Senhor prometera pela boca de Elias.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 4, 2-3.4-5.7-8 (R. 7a)
Refrão: Fazei brilhar sobre nós, Senhor,
a luz do vosso rosto. Repete-se

Quando Vos invocar, ouvi-me, ó Deus de justiça.
Vós que na tribulação me tendes protegido,
compadecei-Vos de mim e ouvi a minha súplica.
Até quando, ó homens, sereis duros de coração?
Porque amais a vaidade e procurais a mentira? Refrão

Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos seus amigos,
o Senhor me atende quando O invoco.
Tremei e não pequeis,
no silêncio dos vossos leitos falai ao vosso coração. Refrão

Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?».
Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face.
Dais ao meu coração uma alegria maior
do que a deles na abundância de trigo e vinho. Refrão


ALELUIA Mt 5, 16
Refrão: Aleluia Repete-se

Brilhe a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus. Refrão


EVANGELHO Mt 5, 13-16
«Vós sois a luz do mundo»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai com bondade, Senhor,
para os dons que apresentamos ao vosso altar
e fazei que esta oblação Vos seja agradável
e aumente em nós a caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 17, 3
Sois o meu protetor e o meu refúgio, Senhor;
sois o meu libertador; meu Deus, em Vós confio.

Ou 1 Jo 4, 16
Deus é amor.
Quem permanece no amor permanece em Deus
e Deus permanece nele.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a acção santificadora deste sacramento
nos liberte das más inclinações
e nos conduza a uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






«Um cristão nunca pode andar chateado nem triste. Quem ama Cristo é uma pessoa cheia de alegria e que irradia alegria»

Papa Francisco







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS I: 1 Reis 17, 7-16: Ontem ouvimos o profeta a anunciar um longo tempo de seca, em consequência da infidelidade do rei. Hoje vemo-lo a socorrer uma viúva, que sentia, aflita, as consequências do mesmo flagelo. Assim, a ambos, de maneiras opostas, o homem de Deus dá testemunho do poder e da bondade do Senhor.

Mt 5, 13-16: Depois das Bem-aventuranças, o sermão da montanha continua, em longa exposição, as grandes perspetivas do reino de Deus. Como se entrará nele e nele se viverá? Não só com a fé que se exprime em palavras, mas na que se vive na existência de cada dia: sendo “sal”, que dá gosto, que evita a corrupção, que conserva a frescura; sendo “luz”, que brilha, que ilumina, que é ponto de referência para guiar no caminho, que revela as boas obras, para que os outros, ao observá-las, deem glória ao Pai do Céu.




AGENDA DO DIA

16.00 horas: Missa no Pé da Serra
17.00 horas: Funeral em Montalvão
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa.






A VOZ DO PASTOR


ATITUDES QUE INTERPELAM E EMPOBRECEM

Admita o amigo leitor que foi convidado para um banquete, um opíparo banquete!... Sei que merece isso e muito mais, até pela paciência que tem manifestado em ler estes meus escritos de perna longa. Sabendo embora que não há almoços grátis - como diz quem sabe!-, suponha que o amigo leitor aceitou o convite para esse tal vitamínico, sentindo-se muito honrado, vindo ele de quem vinha. A contento de todos, marcaram o dia e a hora. Quem o convidou, caprichou na preparação do manjar, colocou na mesa a mais artística toalha de linho mui caprichada por mãozinhas de ouro na arte da renda e do tricô, sacou da cristaleira a melhor baixela, procurou os melhores vinhos, convidou os parentes e amigos para fazer sala, não esqueceu até um pequeno grupo de animação musical. No dia marcado e à hora combinada, janotamente enfardelado, lá aparece, cheio de nove horas por ter sido distinguido por tão respeitado anfitrião. Cumprimenta todos os presentes, puxa conversa de ocasião em aperitivos de acolhimento, e todos se abancam à mesa. O pitéu, do melhor e zelosamente preparado, é servido com todos os requintes, mesuras e protocolos. O amigo leitor, porém, ilustre convidado, já instalado e de guardanapo estendido, aprecia as beldades que o rodeiam e tudo o mais que se passa à sua volta, mas recusa comer, não toca na comida!... Ao notarem o facto, todos se olham, todos estranham, todos se interrogam: será que não gosta? Será que está doente? Será que nos quer ofender? Será que ficou pírulas e já não fecha bem a gaveta? Será que... será que... Ora, isto seria uma atitude muito estranha que, por certo, ninguém faria, mesmo que o ambiente fosse de cortar à faca e a refeição intragável, a dar vontade de chamar pelo gregório...

Já reparou que essa é a atitude que muitos tomam quando participam na Missa? “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor”! Tantos quantos se encontram na Assembleia sentem-se felizes, foram convidados, não por um bípede humano qualquer por mais importante que fosse, mas pelo próprio Senhor do Universo, pelo Filho de Deus, por aquele que deu a vida por todos, gratuitamente, por amor, sem passar fatura! Também os membros da Assembleia aceitaram o honroso convite que Ele lhes fez. Também eles marcaram o dia e a hora, geralmente ao Domingo, e apareceram à hora determinada. À chegada, todos se saúdam com alegria e alimentam agradável conversa uns com os outros até se acomodarem à volta da mesa do Altar. O Pão da Vida é colocado sobre a mesa e servido gentilmente. Mas... eis que os felizes convidados não comem!... Será que não gostam deste alimento? Será que estão doentes? Será que querem ofender quem os convidou? Será que endoidaram? Ou será que, na sua indignidade de braço dado com a preguiça, estão à espera que o Senhor diga uma só palavra e faça um milagre? “Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo”.

Não acredito que não gostem do pão eucarístico. Não acredito que queiram ofender quem os convidou. Também não acredito que estejam pírulas. Ficam-nos, então, duas hipóteses: ou estão doentes, ou estão mesmo à espera de um milagre. Isto é: ou estão, de facto, em pecado, ou então, por não quererem mudar de vida, estão à espera que o Senhor diga a tal palavra mágica, sem qualquer esforço da sua parte! Dizem-se indignos na oração que fazem, mas são pretensiosos na vida, querem milagres, querem ser diferentes, reclamam exceção.


No primeiro caso, se estão doentes, devem, na verdade, respeitar a dieta. Ninguém deve comer aquilo que lhe vai agravar o estado de saúde, morrerá mais depressa. Sim, se está espiritualmente doente, em pecado grave, não deverá comungar, seria pior. Deve, sim, alimentar-se do Pão da Palavra para espicaçar a vontade de recuperar a vida saudável. Mas então a Eucaristia não é um remédio para quem está doente? Sim, é, é verdade. A Igreja ensina que a Eucaristia é “o remédio pelo qual somos livres das falhas cotidianas e preservados dos pecados mortais”, e são os doentes que precisam de médico. Mas nem todos os medicamentos são bons para todas as situações de doença. Podem até ser contraproducentes, ter efeitos letais. Medicamentos há, que, para serem tomados, exigem antecipada preparação do organismo, para que, depois, se possam ingerir de forma curativa. Também aqui é o caso, há que antecipar alguns cuidados! Há que reconhecer o pecado e pedir perdão na Reconciliação, para que, depois, pela receção da Eucaristia, se tenha vida e vida em abundância!

No segundo caso, se estão à espera que o Senhor faça um milagre nas suas vidas, a coisa é mais problemática. É verdade que todos somos indignos dessa mesa e desse pão, mas nessa indignidade, temos de fazer a nossa parte. Também é certo que, de quando em vez, acontecem milagres que nos fazem abrir a boca até às orelhas, e agradecemos. No entanto, não é muito provável que o Senhor faça um milagre quando as pessoas, por preguiça, preconceitos ou maleitas autorreferenciais, se acomodam às situações, gerando até escândalo nas comunidades, não fazendo nem querendo fazer o que está ao seu alcance. Por vezes, podem as situações ser difíceis de resolver, irreversíveis até, e com grande desgosto para quem as vive. No entanto, mesmo nesses casos, há sempre um caminho possível a trilhar. A Igreja é mãe, embora não possa aceitar tudo, acolhe a todos e a todos ajuda a caminhar, ainda que não lhes possa dizer o que, nessas circunstâncias, as pessoas gostariam de ouvir. E quem, por consequência da sua situação,  se sente impossibilitado de participar na Comunhão, e aceita o que lhe diz a Igreja, pode demonstrar muito mais amor à Eucaristia do que muitos daqueles que lá vão todos os dias.

Também pode haver uma terceira e uma quarta situação que nos interpelam. A primeira, será a daquelas pessoas que, embora sem pecado, tanto lhes faz ir como não ir à Comunhão. E se porventura vão, não pensam bem no que vão fazer, fazem-no de forma indiferente, fria, rotineira, em jeito de maria vai com as outras. Isto se pode constatar, por exemplo, quando, apesar de frequentarem a Comunhão, jamais deixam de fomentar a “cultura” da maledicência, fantasiando, caluniando, espalhando boatos, criando divisões e mal estar nas comunidades, numa espécie de contra apostolado bisbilhoteiro e contagiante no qual o Papa Francisco tanto tem zurzido. A segunda situação, poderá ser a de quem, sabendo que não está em condições de o fazer, sempre que participa na Eucaristia, vai à Sagrada Comunhão, como se de um direito ou de um mero gesto social se tratasse, afrontando a misericórdia do Senhor, prejudicando-se a si próprio e ao testemunho que deve dar.


O Senhor apresentou-se como o Pão da Vida e disse-nos que quem comesse desse pão viveria eternamente e o ressuscitaria no último dia. Prometeu que a pessoa que comesse desse pão, permaneceria nele, em Jesus, e Jesus nele, no comungante. E que assim como o Pai o enviara e ele vivia pelo Pai, também aquele que dele se alimentasse viveria por ele, por Jesus (cf. Jo 6, 48-58). São Paulo, por sua vez, recorda-nos que sempre que comemos desse pão, anunciamos a morte do Senhor, e alerta para que cada um se examine a si próprio antes de comungar, pois aquele que o faz sem discernir o Corpo do Senhor, come a sua própria condenação (cf. 1Cor 11, 26-29).

A Solenidade do Corpo de Deus que iremos celebrar, é uma boa ocasião para cada um de nós se interrogar sobre se a Eucaristia é, para si, na verdade, uma necessidade vital, uma trave mestra e estruturante da sua vida espiritual e da sua atividade apostólica, ou se é outra coisa qualquer, vivida na indiferença. Se, realmente, é importante, então, a própria vida será pautada pelo ensinamento do lava-pés. Dará frutos abundantes e saborosos, todo o mundo beneficiará.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 05-06-2020.






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