PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta,
24 de junho de 2020
Quarta da XII semana do tempo comum
Nascimento de S. João
QUARTA-FEIRA
da semana XII
NASCIMENTO DE S. JOÃO BAPTISTA –
SOLENIDADE
Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
Missa própria do dia, Glória, Credo, pf. próprio.
L 1 Is 49, 1-6; Sal 138, 1-3. 13-14ab. 14c-15
L 2 Act 13, 22-26
Ev Lc 1, 57-66. 80
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Dia Nacional do Cigano.
* Na Ordem Cartusiana – Nascimento de S. João Baptista, Padroeiro da Ordem Cartusiana – SOLENIDADE
* Na Congregação das Irmãs de S. João Baptista e de Maria Rainha e Missionários de S. João Baptista – Nascimento de S. João Baptista, Padroeiro – SOLENIDADE
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
NASCIMENTO DE S. JOÃO
BAPTISTA
Nota Histórica:
João
Baptista é o único santo, com a Virgem Maria, de quem a Liturgia celebra o
nascimento para a terra. Isso deve-se certamente, à missão única, que, na
História da Salvação, foi confiada a este homem, santificado, no seio de sua
mãe, pela presença do Salvador, que mais tarde, dele fará um belo elogio (Lc.
7, 28).
Anel
de ligação entre a Antiga e a Nova Aliança, João foi acima de tudo, o enviado
de Deus, uma testemunha fiel da Luz, aquele que anunciou Cristo e o apresentou
ao mundo. Profeta por excelência, a ponto de não ser senão uma «Voz» de Deus,
ele é o Precursor imediato de Cristo: vai à Sua frente, apontando, com a sua
palavra e com o exemplo da sua vida, as condições necessários para se conseguir
a Salvação.
A
Solenidade do Precursor é um convite para que conheçamos a Cristo, Sol que nos
vem visitar na Eucaristia, e dêmos testemunho d’Ele, com o ardor, o
desinteresse e a generosidade de João Baptista.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Jo 1, 6-7; Lc 1, 17
Apareceu um homem enviado por Deus,
que tinha o nome de João.
Ele veio para dar testemunho da luz
e preparar o povo para a vinda do Senhor.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que enviastes São João Baptista
a preparar o vosso povo para a vinda do Messias,
concedei à vossa família o dom da alegria espiritual
e guiai o coração dos fiéis no caminho da salvação e da paz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 49, 1-6
«Farei de ti a luz das nações»
Leitura do Livro de Isaías
Terras de Além-Mar, escutai-me;
povos de longe, prestai atenção.
O Senhor chamou-me desde o ventre materno,
disse o meu nome desde o seio de minha mãe.
Fez da minha boca uma espada afiada,
abrigou-me à sombra da sua mão.
Tornou-me semelhante a uma seta aguda,
guardou-me na sua aljava.
E disse-me: «Tu és o meu servo, Israel,
por quem manifestarei a minha glória».
E eu dizia: «Cansei-me inutilmente,
em vão e por nada gastei as minhas forças».
Mas o meu direito está no Senhor
e a minha recompensa está no meu Deus.
E agora o Senhor falou-me,
Ele que me formou desde o seio materno,
para fazer de mim o seu servo,
a fim de Lhe restaurar as tribos de Jacob
e reconduzir os sobreviventes de Israel.
Eu tenho merecimento aos olhos do Senhor
e Deus é a minha força.
Ele disse-me então:
«Não basta que sejas meu servo,
para restaurares as tribos de Jacob
e reconduzires os sobreviventes de Israel.
Farei de ti a luz das nações,
para que a minha salvação chegue até aos confins da terra».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 138 (139), 1-3.13-14ab.14c-15 (R. 14a)
Refrão: Eu Vos dou graças, Senhor,
porque maravilhosamente me criastes.
Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser:
sabeis quando me sento e quando me levanto.
De longe penetrais o meu pensamento:
Vós me vedes quando caminho e quando descanso,
Vós observais todos os meus passos.
Vós formastes as entranhas do meu corpo
e me criastes no seio de minha mãe.
Eu Vos dou graças
por me terdes feito tão maravilhosamente:
admiráveis são as vossas obras.
Vós conhecíeis já a minha alma
e nada do meu ser Vos era oculto,
quando secretamente era formado,
modelado nas profundidades da terra.
LEITURA II Actos 13, 22-26
«João tinha proclamado, antes da vinda de Cristo...»
Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias, Paulo falou deste modo:
«Deus concedeu aos filhos de Israel David como rei,
de quem deu este testemunho:
‘Encontrei David, filho de Jessé,
homem segundo o meu coração,
que fará sempre a minha vontade’.
Da sua descendência, como prometera,
Deus fez nascer Jesus, o Salvador de Israel.
João tinha proclamado, antes da sua vinda,
um baptismo de penitência a todo o povo de Israel.
Prestes a terminar a sua carreira, João dizia:
‘Eu não sou quem julgais;
mas depois de mim, vai chegar Alguém,
a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés’.
Irmãos, descendentes de Abraão
e todos vós que temeis a Deus:
a nós é que foi dirigida esta palavra de salvação».
Palavra do Senhor.
ALELUIA cf. Lc 1, 76
Refrão: Aleluia. Repete-se
Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo,
irás à frente do Senhor a preparar os seus caminhos.
Refrão
EVANGELHO Lc 1, 57-66.80
«O seu nome é João»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
chegou a altura de Isabel ser mãe e deu à luz um filho.
Os seus vizinhos e parentes souberam
que o Senhor lhe tinha feito tão grande benefício
e congratularam-se com ela.
Oito dias depois, vieram circuncidar o menino
e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias.
Mas a mãe interveio e disse:
«Não, Ele vai chamar-se João».
Disseram-lhe:
«Não há ninguém da tua família que tenha esse nome».
Perguntaram então ao pai, por meio de sinais,
como queria que o menino se chamasse.
O pai pediu uma tábua e escreveu:
«O seu nome é João».
Todos ficaram admirados.
Imediatamente se lhe abriu a boca e se lhe soltou a língua
e começou a falar, bendizendo a Deus.
Todos os vizinhos se encheram de temor
e por toda a região montanhosa da Judeia
se divulgaram estes factos.
Quantos os ouviam contar
guardavam-nos em seu coração e diziam:
«Quem virá a ser este menino?».
Na verdade, a mão do Senhor estava com ele.
O menino ia crescendo e o seu espírito fortalecia-se.
E foi habitar no deserto
até ao dia em que se manifestou a Israel.
Palavra da salvação.
Diz-se o Credo.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Trazemos ao altar, Senhor, os nossos dons
para celebrarmos condignamente
o nascimento de São João Baptista,
que anunciou a vinda do Salvador do mundo
e O mostrou já presente no meio dos homens.
Por Nosso Senhor.
PREFÁCIO A missão do Precursor
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
por Cristo nosso Senhor.
Ao celebrarmos hoje a glória do Precursor, São João Baptista, proclamado o maior entre os filhos dos homens,
anunciamos as vossas maravilhas:
antes de nascer, ele exultou de alegria,
sentindo a presença do Salvador;
quando veio ao mundo,
muitos se alegraram pelo seu nascimento;
foi ele, entre todos os Profetas,
que mostrou o Cordeiro que tira o pecado do mundo;
nas águas do Jordão, ele baptizou o autor do Baptismo
e desde então a água viva tem poder de santificar os crentes;
por fim deu o mais belo testemunho de Cristo,
derramando por Ele o seu sangue.
Por isso, com os Anjos e os Santos no Céu,
proclamamos na terra a vossa glória, cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 1, 78
Graças ao coração misericordioso do nosso Deus,
das alturas nos visitou o Sol nascente.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes à mesa do Cordeiro celeste,
concedei à vossa Igreja,
que se alegra com o nascimento de São João Baptista,
a graça de reconhecer o autor do seu renascimento espiritual
n’Aquele cuja vinda ao mundo foi anunciada pelo Precursor.
Por Nosso Senhor.
«O bem tende sempre a comunicar-se».
Papa
Francisco
A Alegria do
Evangelho, 9
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS :
AGENDA DO DIA
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Funeral em Arez
19.00 horas: Missa em Gáfete.
A VOZ DO PASTOR
E MATARAM-NO
POR DÁ CÁ AQUELA PALHA!...
“No tempo de Herodes, rei da Judeia,
havia um sacerdote chamado Zacarias, que pertencia ao grupo sacerdotal de
Abias. Isabel, sua mulher, também era descendente de Arão. Ambos eram
justos aos olhos de Deus, obedecendo de modo irrepreensível a todos os
mandamentos e preceitos do Senhor. Mas eles não tinham filhos, porque
Isabel era estéril e ambos eram de idade avançada. Certa vez, estando de
serviço o seu grupo, Zacarias exercia o sacerdócio diante de Deus. Ele foi
escolhido por sorteio, de acordo com o costume, para entrar no santuário do
Senhor e oferecer incenso. Chegando a hora de oferecer o incenso, todo o
povo rezava do lado de fora. Então, um anjo do Senhor apareceu a Zacarias,
à direita do altar do incenso. Quando Zacarias o viu, perturbou-se e o
medo apoderou-se dele. Mas o anjo disse-lhe: “Não tenhas medo, Zacarias; a
tua oração foi ouvida. Isabel, tua mulher, dar-te-á um filho, e tu lhe darás o
nome de João. Ele será para ti motivo de alegria e de júbilo e muitos se
alegrarão com o seu nascimento, pois será grande aos olhos do Senhor. Ele
nunca beberá vinho nem bebida embriagante, e será cheio do Espírito Santo desde
o seio de sua mãe. Fará voltar muitos dos filhos de Israel para o Senhor,
seu Deus. (...) Zacarias perguntou ao anjo: “Como posso ter a certeza
disso? Sou velho, e minha mulher é de idade avançada”. O anjo respondeu:
“Eu sou Gabriel, aquele que está diante de Deus, e fui enviado para te anunciar
esta boa nova. E eis que ficarás mudo e não poderás falara até ao dia em
que isso acontecer, porque não acreditaste nas minhas palavras, que se
cumprirão no tempo oportuno”. Enquanto isso, o povo esperava por Zacarias,
estranhando a sua demora no santuário. Quando saiu, não era capaz de lhe
falar e compreenderam que ele tivera uma visão no santuário. Zacarias
fazia-lhes sinais, mas permanecia mudo. Quando terminou o seu tempo de
serviço litúrgico, ele voltou para casa. Depois disso, Isabel, sua mulher,
engravidou e durante cinco meses não saiu de casa” (Lc 1, 5-24).
“Ao se completar o tempo de Isabel dar à
luz, ela teve um filho. Os seus vizinhos e parentes ouviram falar da
grande misericórdia que o Senhor lhe havia demonstrado e alegraram-se com
ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do
pai, Zacarias, mas a sua mãe tomou a palavra e disse: “Não! Ele será chamado
João”. Disseram-lhe: “Não há ninguém na tua família que tenha esse nome!”.
Então, fizeram sinais ao pai do menino, para saber como ele queria que a
criança se chamasse. Ele pediu uma tábua e, para admiração de todos,
escreveu: “O seu nome é João”. Imediatamente a sua boca se abriu, a sua
língua se soltou e ele começou a falar, louvando a Deus. Todos os vizinhos
ficaram cheios de temor e por toda a montanha da Judeia se divulgaram estas
coisas. E todos os que ouviam falar disso, perguntavam-se: “O que irá ser
este menino?” De facto, a mão do Senhor estava com ele (Lc 1, 57-66). João
cresceu, fez-se homem, viveu no deserto. No décimo quinto ano do reinado de
Tibério César, “quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia; Herodes,
tetrarca da Galileia; seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e Traconítide;
Lisânias, tetrarca de Abilene; Anás e Caifás, sumo sacerdotes”, a palavra do
Senhor foi dirigida a João, no deserto, e logo percorreu toda a região à volta
do Jordão, a proclamar um batismo de conversão para o perdão dos pecados, como
está escrito no livro do profeta Isaías: "Uma voz clama, no deserto:
‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas...” (cf. Lc 3,1-4). “Toda
a região da Judeia e todos os moradores de Jerusalém iam ao encontro de João.
Confessavam os seus pecados e João batizava-os no rio Jordão. Ele vestia-se com
uma pele de camelo, usava um cinto de couro e comia gafanhotos e me silvestre”
(Mc 1, 4-6). Denunciando a inutilidade de uma fé meramente teórica e apelando à
mudança radical nas atitudes e ações, as multidões, e certos grupos de pessoas
em particular, deram ouvidos à pregação de João, reconheciam a justiça de Deus
e perguntavam o que é que deviam fazer (cf. Lc 3, 1-14).
Porque aguardavam a vinda do Messias, os
judeus estavam intrigados com a pessoa, o estilo e a pregação de João. Por
isso, mandaram sacerdotes e levitas ao encontro de João Batista para que ele os
esclarecesse sobre quem era ou pretendia ser, se era, de facto, o Messias.
“Perguntaram-lhe eles: «Quem és tu?» Ele
confessou e não negou: «Eu não sou o Messias».
Eles perguntaram-lhe: «Então, quem és tu? És Elias?» «Não sou»,
respondeu ele. «És o Profeta?» Ele respondeu: «Não». Disseram-lhe então: «Quem
és tu? Para podermos dar uma resposta àqueles que nos enviaram, que dizes de ti
mesmo?» Ele declarou: «Eu sou a voz que clama no deserto: ‘Endireitai o caminho
do Senhor’, como disse o profeta Isaías». Entre os enviados havia fariseus que
lhe perguntaram: «Então porque batizas, se não és o Messias, nem Elias, nem o
Profeta?». João respondeu-lhes: «Eu batizo na água; mas no meio de vós está
Alguém que não conheceis: Aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno
de desatar a correia das sandálias” (Jo 1, 19-27). “Ele batizar-vos-á no
Espírito Santo e no fogo. Tem a pá na sua mão para limpar a sua eira e
recolher o trigo para o seu celeiro, e queimará a palha num fogo que não se
apaga” (Lc 3, 16-18). “Nesse tempo, veio Jesus da galileia ao Jordão até
João, a fim de ser batizado por ele. Mas João tentava dissuadi-lo, dizendo: ‘Eu
é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim?’. Jesus, porém,
respondeu-lhe: ‘Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir com a
justiça’. E João consentiu. Batizado, Jesus subiu imediatamente da água e logo
os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba e vindo
sobre ele. Ao mesmo tempo, uma voz vinda dos céus dizia: ‘Este é o meu filho
muito amado, em quem me comprazo’ (Mt 3, 13-17).
Herodes, embora respeitasse João, não
morria de amores por ele. Não só pela força da sua pregação, mas, sobretudo,
porque ele o tinha repreendido por viver com a mulher de seu irmão. Quando a verdade
incomoda os grandes e os instalados, eles tentam destruir quem a proclama com
vigor. E foi o que aconteceu, João foi encarcerado. “De facto, o próprio
Herodes mandara prender João e acorrentá-lo na prisão, por causa de Herodíade,
a mulher de seu irmão Filipe, que ele desposara. Pois João dizia a Herodes:
«Não te é permitido ter contigo a mulher do teu irmão». Ora, Herodíade
guardava-lhe rancor e queria matá-lo, mas não podia, pois Herodes temia João,
sabendo que era um homem justo e santo, e protegia-o. Quando o ouvia, ficava
muito perturbado, mas ouvia-o com gosto. Entretanto chegou o dia oportuno,
quando Herodes, no seu aniversário, realizou uma ceia para os seus nobres,
oficiais e principais personalidades da Galileia. Tendo entrado a filha de Herodíade,
dançou e agradou a Herodes e aos que estavam reclinados à mesa. Disse o rei à
jovem: «Pede-me o que desejares e eu to darei.» E jurou-lhe muitas vezes:
«Aquilo que pedires, dar-te-ei, até metade do meu reino.» Ela saiu e perguntou
à mãe: «Que hei de pedir?» Ela respondeu: «A cabeça de João Baptista.» E,
entrando imediatamente e correndo para o rei, fez o pedido, dizendo: «Quero que
me dês agora mesmo, numa bandeja, a cabeça de João Baptista». O rei ficou muito
consternado, mas, por causa dos juramentos e dos que estavam reclinados à mesa,
não quis recusar-lho. E imediatamente o rei enviou um guarda, ordenando-lhe que
trouxesse a cabeça de João. Ele foi, decapitou-o na prisão e trouxe a sua
cabeça numa bandeja; deu-a à jovem, e a jovem deu-a à sua mãe. Quando os seus
discípulos o souberam, foram buscar o cadáver e depositaram-no num sepulcro”
(Mc 6, 17-29).
Aproxima-se
o dia da Solenidade do nascimento de São João Batista, o Precursor de Jesus, “o
maior entre os filhos nascido de mulher”. O seu modo de falar, a sua pregação,
as suas opções de vida, a sua coerência na verdade e a coragem de profeta
deixaram marcas, mas não o levaram a colocar-se na ponta dos pés nem a exigir
reconhecimento e aplausos, antes pelo contrário. Nele se cumpriu o que Jesus a
todos haveria de aconselhar: “Quando tiverdes feito tudo o que vos foi
ordenado, dizei: somos servos inúteis, apenas fizemos o que devíamos ter feito”
(Lc 17,10). João Batista, tendo batizado e preparado os caminhos do Senhor,
apresentou-o ao povo como o Cordeiro de Deus, o que tira o pecado do mundo.
Depois disso, na sua grandeza e humildade, retirou-se, afirmando: “É necessário
que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30). Os que se julgavam donos e senhores de
tudo e de todos, acabaram por o matar, era voz incómoda demais!. Que ele
interceda por todos nós! Que o amigo leitor, obedecendo aos caprichos
ditatoriais do covid-19, se poupe das marchas populares e encontre nas
sardinhas um bom pretexto para que a Festa seja maior e mais familiar, mais
Festa em honra de São João Batista!
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 19-06-2020
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