sexta-feira, 12 de junho de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Sábado, 13 de junho de 2020







Sábado da X semana do tempo comum





SÁBADO da semana X


S. António de Lisboa, presbítero e doutor da Igreja, Padroeiro secundário de Portugal – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. Comum dos Santos.

L 1 Sir 39, 8-14 (gr. 6-11); Sal 18 B (19B), 8. 9. 10. 11
Ev Mt 5, 13-19

* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* No Patriarcado de Lisboa – S. António de Lisboa, Padroeiro principal da cidade de Lisboa. Em Lisboa – SOLENIDADE; nas outras igrejas do Patriarcado – FESTA
* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco (Titular) – S. António de Lisboa – FESTA
* Na Ordem Franciscana (Convento do Varatojo) e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos (Convento de Barcelos) – S. António de Lisboa – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus – S. António de Lisboa, Padroeiro principal da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação do Santíssimo Redentor (Erecção da Província de Lisboa – 1962) – S. António de Lisboa – FESTA
* Na Congregação Salesiana – S. António de Lisboa, Padroeiro da Província Portuguesa – FESTA
* Na União Missionária Franciscana – S. António de Lisboa, Padroeiro universal – FESTA
* Na Diocese de Santiago (Cabo Verde) – S. António de Lisboa – MO
* Nas Dioceses de Cabo Verde – I Vésp. do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.



S. ANTÓNIO DE LISBOA, presbítero e doutor da Igreja

 Nota Histórica;
Nasceu em Lisboa (Portugal) no final do século XII. Foi recebido entre os Cónegos Regulares de S. Agostinho e pouco depois da sua ordenação sacerdotal ingressou na Ordem dos Frades Menores com a intenção de se dedicar à propagação da fé entre os povos da África. Mas foi na França e na Itália que ele exerceu com grande fruto o ministério da pregação e converteu muitos hereges. Foi o primeiro professor de teologia na sua Ordem. Escreveu vários sermões, cheios de doutrina e de unção espiritual. Morreu em Pádua no ano 1231.



MISSA:


ANTÍFONA DE ENTRADA Sir 15, 5
O Senhor deu-lhe a palavra no meio da assembleia,
encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência
e revestiu-o com um manto de glória.

Em Portugal diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e todo-poderoso,
que em Santo António destes ao vosso povo
um pregador insigne do Evangelho
e um poderoso intercessor junto de Vós,
concedei que, pelo seu auxílio,
sigamos fielmente os ensinamentos da vida cristã
e mereçamos a vossa protecção em todas as adversidades.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Sir 39, 8-14 (gr. 6-11)
«Derramará, como chuva, as suas palavras de sabedoria»


Leitura do Livro de Ben-Sirá

Aquele que medita na lei do Altíssimo,
se for do agrado do Senhor omnipotente,
será cheio do espírito de inteligência.
Então ele derramará, como chuva, as suas palavras de sabedoria
e na sua oração louvará o Senhor.
Adquirirá a retidão do julgamento e da ciência
e refletirá nos mistérios de Deus.
Fará brilhar a instrução que recebeu
e a sua glória estará na lei da aliança do Senhor.
Muitos louvarão a sua inteligência,
que jamais será esquecida.
Não desaparecerá a sua memória
e o seu nome viverá de geração em geração.
As nações proclamarão a sua sabedoria
e a assembleia celebrará os seus louvores.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 18 B (19 B), 8.9.10.11 (R. 10b)
Refrão: Os juízos do Senhor são verdadeiros e retos.

A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma.
As ordens do Senhor são firmes
e dão sabedoria aos simples.

Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração.
Os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.

O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente.
Os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

São mais preciosos que o ouro,
o ouro mais fino;
são mais doces que o mel,
o puro mel dos favos.


ALELUIA Mt 5, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se
Brilhe a vossa luz diante dos homens,
para que, vendo as vossas boas obras,
glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus. Refrão


EVANGELHO Mt 5, 13-19
«Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Vós sois o sal da terra.
Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se?
Não serve para nada,
senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder uma cidade
situada sobre um monte;
nem se acende uma lâmpada
para a colocar debaixo do alqueire,
mas sobre o candelabro,
onde brilha para todos os que estão em casa.
Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens,
para que, vendo as vossas boas obras,
glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus.
Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas;
não vim revogar, mas completar.
Em verdade vos digo:
Antes que passem o céu e a terra,
não passará da Lei a mais pequena letra
ou o mais pequeno sinal,
sem que tudo se cumpra.
Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos,
por mais pequenos que sejam,
e ensinar assim aos homens,
será o menor no reino dos Céus.
Mas aquele que os praticar e ensinar
será grande no reino dos Céus».
 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Ao celebrarmos estes divinos mistérios,
o Espírito Santo derrame em nós a luz da fé
que iluminou sempre a vida de Santo António
para anunciar ao mundo a vossa glória.
Por Nosso Senhor.


Prefácio dos Pastores da Igreja


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 5, 16
Brilhe a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem o Pai que está no Céu.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de sabedoria infinita,
que nos alimentais com o Corpo de Cristo, pão da vida,
ensinai-nos com a sua doutrina
e fazei que, ao celebrarmos a festa de Santo António,
conheçamos melhor a vossa verdade
e a pratiquemos na caridade.
Por Nosso Senhor.







«Usa mais vezes os ouvidos do que a língua»



Santo António







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS :
 




AGENDA DO DIA

15.00 horas: Missa na Falagueira
16.00 horas: Missa no Monte Claro
16.00 horas: Missa o Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Gáfete (Santo António).





A VOZ DO PASTOR


ATITUDES QUE INTERPELAM E EMPOBRECEM

Admita o amigo leitor que foi convidado para um banquete, um opíparo banquete!... Sei que merece isso e muito mais, até pela paciência que tem manifestado em ler estes meus escritos de perna longa. Sabendo embora que não há almoços grátis - como diz quem sabe!-, suponha que o amigo leitor aceitou o convite para esse tal vitamínico, sentindo-se muito honrado, vindo ele de quem vinha. A contento de todos, marcaram o dia e a hora. Quem o convidou, caprichou na preparação do manjar, colocou na mesa a mais artística toalha de linho mui caprichada por mãozinhas de ouro na arte da renda e do tricô, sacou da cristaleira a melhor baixela, procurou os melhores vinhos, convidou os parentes e amigos para fazer sala, não esqueceu até um pequeno grupo de animação musical. No dia marcado e à hora combinada, janotamente enfardelado, lá aparece, cheio de nove horas por ter sido distinguido por tão respeitado anfitrião. Cumprimenta todos os presentes, puxa conversa de ocasião em aperitivos de acolhimento, e todos se abancam à mesa. O pitéu, do melhor e zelosamente preparado, é servido com todos os requintes, mesuras e protocolos. O amigo leitor, porém, ilustre convidado, já instalado e de guardanapo estendido, aprecia as beldades que o rodeiam e tudo o mais que se passa à sua volta, mas recusa comer, não toca na comida!... Ao notarem o facto, todos se olham, todos estranham, todos se interrogam: será que não gosta? Será que está doente? Será que nos quer ofender? Será que ficou pírulas e já não fecha bem a gaveta? Será que... será que... Ora, isto seria uma atitude muito estranha que, por certo, ninguém faria, mesmo que o ambiente fosse de cortar à faca e a refeição intragável, a dar vontade de chamar pelo gregório...

Já reparou que essa é a atitude que muitos tomam quando participam na Missa? “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor”! Tantos quantos se encontram na Assembleia sentem-se felizes, foram convidados, não por um bípede humano qualquer por mais importante que fosse, mas pelo próprio Senhor do Universo, pelo Filho de Deus, por aquele que deu a vida por todos, gratuitamente, por amor, sem passar fatura! Também os membros da Assembleia aceitaram o honroso convite que Ele lhes fez. Também eles marcaram o dia e a hora, geralmente ao Domingo, e apareceram à hora determinada. À chegada, todos se saúdam com alegria e alimentam agradável conversa uns com os outros até se acomodarem à volta da mesa do Altar. O Pão da Vida é colocado sobre a mesa e servido gentilmente. Mas... eis que os felizes convidados não comem!... Será que não gostam deste alimento? Será que estão doentes? Será que querem ofender quem os convidou? Será que endoidaram? Ou será que, na sua indignidade de braço dado com a preguiça, estão à espera que o Senhor diga uma só palavra e faça um milagre? “Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo”.

Não acredito que não gostem do pão eucarístico. Não acredito que queiram ofender quem os convidou. Também não acredito que estejam pírulas. Ficam-nos, então, duas hipóteses: ou estão doentes, ou estão mesmo à espera de um milagre. Isto é: ou estão, de facto, em pecado, ou então, por não quererem mudar de vida, estão à espera que o Senhor diga a tal palavra mágica, sem qualquer esforço da sua parte! Dizem-se indignos na oração que fazem, mas são pretensiosos na vida, querem milagres, querem ser diferentes, reclamam exceção.


No primeiro caso, se estão doentes, devem, na verdade, respeitar a dieta. Ninguém deve comer aquilo que lhe vai agravar o estado de saúde, morrerá mais depressa. Sim, se está espiritualmente doente, em pecado grave, não deverá comungar, seria pior. Deve, sim, alimentar-se do Pão da Palavra para espicaçar a vontade de recuperar a vida saudável. Mas então a Eucaristia não é um remédio para quem está doente? Sim, é, é verdade. A Igreja ensina que a Eucaristia é “o remédio pelo qual somos livres das falhas cotidianas e preservados dos pecados mortais”, e são os doentes que precisam de médico. Mas nem todos os medicamentos são bons para todas as situações de doença. Podem até ser contraproducentes, ter efeitos letais. Medicamentos há, que, para serem tomados, exigem antecipada preparação do organismo, para que, depois, se possam ingerir de forma curativa. Também aqui é o caso, há que antecipar alguns cuidados! Há que reconhecer o pecado e pedir perdão na Reconciliação, para que, depois, pela receção da Eucaristia, se tenha vida e vida em abundância!

No segundo caso, se estão à espera que o Senhor faça um milagre nas suas vidas, a coisa é mais problemática. É verdade que todos somos indignos dessa mesa e desse pão, mas nessa indignidade, temos de fazer a nossa parte. Também é certo que, de quando em vez, acontecem milagres que nos fazem abrir a boca até às orelhas, e agradecemos. No entanto, não é muito provável que o Senhor faça um milagre quando as pessoas, por preguiça, preconceitos ou maleitas autorreferenciais, se acomodam às situações, gerando até escândalo nas comunidades, não fazendo nem querendo fazer o que está ao seu alcance. Por vezes, podem as situações ser difíceis de resolver, irreversíveis até, e com grande desgosto para quem as vive. No entanto, mesmo nesses casos, há sempre um caminho possível a trilhar. A Igreja é mãe, embora não possa aceitar tudo, acolhe a todos e a todos ajuda a caminhar, ainda que não lhes possa dizer o que, nessas circunstâncias, as pessoas gostariam de ouvir. E quem, por consequência da sua situação,  se sente impossibilitado de participar na Comunhão, e aceita o que lhe diz a Igreja, pode demonstrar muito mais amor à Eucaristia do que muitos daqueles que lá vão todos os dias.

Também pode haver uma terceira e uma quarta situação que nos interpelam. A primeira, será a daquelas pessoas que, embora sem pecado, tanto lhes faz ir como não ir à Comunhão. E se porventura vão, não pensam bem no que vão fazer, fazem-no de forma indiferente, fria, rotineira, em jeito de maria vai com as outras. Isto se pode constatar, por exemplo, quando, apesar de frequentarem a Comunhão, jamais deixam de fomentar a “cultura” da maledicência, fantasiando, caluniando, espalhando boatos, criando divisões e mal estar nas comunidades, numa espécie de contra apostolado bisbilhoteiro e contagiante no qual o Papa Francisco tanto tem zurzido. A segunda situação, poderá ser a de quem, sabendo que não está em condições de o fazer, sempre que participa na Eucaristia, vai à Sagrada Comunhão, como se de um direito ou de um mero gesto social se tratasse, afrontando a misericórdia do Senhor, prejudicando-se a si próprio e ao testemunho que deve dar.


O Senhor apresentou-se como o Pão da Vida e disse-nos que quem comesse desse pão viveria eternamente e o ressuscitaria no último dia. Prometeu que a pessoa que comesse desse pão, permaneceria nele, em Jesus, e Jesus nele, no comungante. E que assim como o Pai o enviara e ele vivia pelo Pai, também aquele que dele se alimentasse viveria por ele, por Jesus (cf. Jo 6, 48-58). São Paulo, por sua vez, recorda-nos que sempre que comemos desse pão, anunciamos a morte do Senhor, e alerta para que cada um se examine a si próprio antes de comungar, pois aquele que o faz sem discernir o Corpo do Senhor, come a sua própria condenação (cf. 1Cor 11, 26-29).

A Solenidade do Corpo de Deus que iremos celebrar, é uma boa ocasião para cada um de nós se interrogar sobre se a Eucaristia é, para si, na verdade, uma necessidade vital, uma trave mestra e estruturante da sua vida espiritual e da sua atividade apostólica, ou se é outra coisa qualquer, vivida na indiferença. Se, realmente, é importante, então, a própria vida será pautada pelo ensinamento do lava-pés. Dará frutos abundantes e saborosos, todo o mundo beneficiará.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 05-06-2020.




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