sábado, 6 de junho de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Domingo, 07 de junho de 2020








Domingo X do tempo comum

Santíssima Trindade








DOMINGO X DO TEMPO COMUM
SANTÍSSIMA TRINDADE – SOLENIDADE

Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
+Missa própria, Glória, Credo, pf. próprio.

L 1 Ex 34, 4b-6. 8-9; Sal Dan 3, 52.53-54.55acd-56
L 2 2 Cor 13, 11-13
Ev Jo 3, 16-18


* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Na Diocese de Coimbra – Ofertório para a Igreja Diocesana.
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.

Em Portugal – Na próxima quinta-feira ocorre a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. É dia santificado e feriado nacional.





MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA
Bendito seja Deus Pai,
bendito o Filho Unigénito,
bendito o Espírito Santo,
pela sua infinita misericórdia.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Deus Pai,
que revelastes aos homens o vosso admirável mistério,
enviando ao mundo a Palavra da verdade
e o Espírito da santidade,
concedei-nos que, na profissão da verdadeira fé,
reconheçamos a glória da eterna Trindade
e adoremos a Unidade na sua omnipotência.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Ex 34, 4b-6.8-9
«O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo»


Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias, Moisés levantou-se muito cedo e subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe ordenara, levando nas mãos as tábuas de pedra. O Senhor desceu na nuvem, ficou junto de Moisés, que invocou o nome do Senhor. O Senhor passou diante de Moisés e proclamou: «O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo, sem pressa para Se indignar e cheio de misericórdia e fidelidade». Moisés caiu de joelhos e prostrou-se em adoração. Depois disse: «Se encontrei, Senhor, aceitação a vossos olhos, digne-Se o Senhor caminhar no meio de nós. É certo que se trata de um povo de dura cerviz, mas Vós perdoareis os nossos pecados e iniquidades e fareis de nós a vossa herança».
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Dan 3, 52.53.54.55.56 (R. 52b)
Refrão: Digno é o Senhor
de louvor e de glória para sempre.
Repete-se
Ou: Louvor e glória ao Senhor para sempre. Repete-se

Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito o vosso nome glorioso e santo:
digno de louvor e de glória para sempre. Refrão

Bendito sejais no templo santo da vossa glória:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no trono da vossa realeza:
digno de louvor e de glória para sempre. Refrão

Bendito sejais, Vós que sondais os abismos
e estais sentado sobre os Querubins:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no firmamento do céu:
digno de louvor e de glória para sempre. Refrão


LEITURA II 2 Cor 13, 11-13
«A graça de Jesus Cristo, o amor de Deus
e a comunhão do Espírito Santo
»


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios

Irmãos: Sede alegres, trabalhai pela vossa perfeição, animai-vos uns aos outros, tende os mesmos sentimentos, vivei em paz. E o Deus do amor e da paz estará convosco. Saudai-vos uns aos outros com o ósculo santo. Todos os santos vos saúdam. A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.

Palavra do Senhor.


ALELUIA cf. Ap 1, 8
Refrão: Aleluia. Repete-se
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
ao Deus que é, que era e que há de vir. Refrão


EVANGELHO
Jo 3, 16-18
«Deus enviou o seu Filho ao mundo,
para que o mundo seja salvo por Ele
»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita n'Ele já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus».

Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, os dons
sobre os quais invocamos o vosso santo nome
e, por este divino sacramento,
fazei de nós mesmos uma oblação eterna para vossa glória.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


PREFÁCIO O mistério da Santíssima Trindade

V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte:


Com o vosso Filho Unigénito e o Espírito Santo,
sois um só Deus, um só Senhor,
não na unidade de uma só pessoa,
mas na trindade de uma só natureza.
Tudo quanto revelastes acerca da vossa glória,
nós o acreditamos também, sem diferença alguma,
do vosso Filho e do Espírito Santo.
Professando a nossa fé na verdadeira e sempiterna divindade,
adoramos as três Pessoas distintas,
a sua essência única e a sua igual majestade.
Por isso Vos louvam os Anjos e os Arcanjos,
os Querubins e os Serafins,
que Vos aclamam sem cessar, cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Gal 4, 6
Porque somos filhos de Deus,
Ele enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho,
que clama: Abba, Pai.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Ao professarmos a nossa fé na Trindade Santíssima
e na sua indivisível Unidade,
concedei-nos, Senhor nosso Deus,
que a participação neste divino sacramento
nos alcance a saúde do corpo e da alma.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Viva Deus Uno e Trino em nossos corações»

Santo Arnaldo Janssen






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS I: Ex 34, 4b-6.8-9 :Deus manifesta-Se a Moisés como um Deus cheio de amor e de ternura para com o Seu povo. Sem deixar de ser justo, antes de tudo e acima de tudo, Ele é o Deus que ama e perdoa. Compenetrado desta verdade, Moisés não tem receio de interceder pelo Povo, que fora infiel à Aliança, voltando as costa, ao Deus vivo, para se entregar aos ídolos. E Moisés não vê frustrada a sua esperança. Deus continuará no meio do Seu povo, porque Ele é, na verdade, Aquele que salva.

2 Cor 13, 11-13: Ao iniciarmos as nossas assembleias litúrgicas com o voto de S. Paulo, no final da carta aos Coríntios nós professamos a nossa fé no mistério de um Deus em três Pessoas distintas. Nós reconhecemos que a presença da Trindade é o que constitui a comunidade cristã. Na verdade, é pelo dom gratuito de Jesus Cristo, pelo amor universal do Pai e pela força unitiva do Espírito de caridade que somos congregados em assembleia, para celebrarmos a glória de Deus. Reunida pela ação da Santíssima Trindade, a comunidade cristã deve empenhar-se em se assemelhar à comunidade trinitária vivendo na busca da perfeição, na alegria e no amor mútuo que se exprime pelo ósculo da paz.

Jo 3, 16-18 : O mistério da Santíssima Trindade é um mistério de amor: amor de um Deus que se revela aos homens e, num gesto de infinita bondade, lhes dá o Seu Filho, o Qual, encarnando e entregando-Se, totalmente, aos homens até à morte de Cruz (Filip. 2, 8), veio não para julgá-los, mas para salvá-los. Perante este amor de Deus, o homem só pode ter uma atitude: aceitar Jesus Cristo como seu Salvador deixar-se penetrar pelo Seu amor e iluminar pela Sua verdade, que é o Seu Evangelho de amor. Recusar Jesus Cristo é recusar a salvação. Deus não condena ninguém. Cada um de nós, com a sua aceitação ou recusa de Cristo, é que decide acerca do seu juízo final.




AGENDA DO DIA


09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em  Gáfete
12.00 horas: Missa em Alpalhão
15.30 horas: Missa em Montalvão
15.30 horas: Missa no Cacheiro
15.30 horas: Missa no Arneiro





A VOZ DO PASTOR


ATITUDES QUE INTERPELAM E EMPOBRECEM

Admita o amigo leitor que foi convidado para um banquete, um opíparo banquete!... Sei que merece isso e muito mais, até pela paciência que tem manifestado em ler estes meus escritos de perna longa. Sabendo embora que não há almoços grátis - como diz quem sabe!-, suponha que o amigo leitor aceitou o convite para esse tal vitamínico, sentindo-se muito honrado, vindo ele de quem vinha. A contento de todos, marcaram o dia e a hora. Quem o convidou, caprichou na preparação do manjar, colocou na mesa a mais artística toalha de linho mui caprichada por mãozinhas de ouro na arte da renda e do tricô, sacou da cristaleira a melhor baixela, procurou os melhores vinhos, convidou os parentes e amigos para fazer sala, não esqueceu até um pequeno grupo de animação musical. No dia marcado e à hora combinada, janotamente enfardelado, lá aparece, cheio de nove horas por ter sido distinguido por tão respeitado anfitrião. Cumprimenta todos os presentes, puxa conversa de ocasião em aperitivos de acolhimento, e todos se abancam à mesa. O pitéu, do melhor e zelosamente preparado, é servido com todos os requintes, mesuras e protocolos. O amigo leitor, porém, ilustre convidado, já instalado e de guardanapo estendido, aprecia as beldades que o rodeiam e tudo o mais que se passa à sua volta, mas recusa comer, não toca na comida!... Ao notarem o facto, todos se olham, todos estranham, todos se interrogam: será que não gosta? Será que está doente? Será que nos quer ofender? Será que ficou pírulas e já não fecha bem a gaveta? Será que... será que... Ora, isto seria uma atitude muito estranha que, por certo, ninguém faria, mesmo que o ambiente fosse de cortar à faca e a refeição intragável, a dar vontade de chamar pelo gregório...


Já reparou que essa é a atitude que muitos tomam quando participam na Missa? “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor”! Tantos quantos se encontram na Assembleia sentem-se felizes, foram convidados, não por um bípede humano qualquer por mais importante que fosse, mas pelo próprio Senhor do Universo, pelo Filho de Deus, por aquele que deu a vida por todos, gratuitamente, por amor, sem passar fatura! Também os membros da Assembleia aceitaram o honroso convite que Ele lhes fez. Também eles marcaram o dia e a hora, geralmente ao Domingo, e apareceram à hora determinada. À chegada, todos se saúdam com alegria e alimentam agradável conversa uns com os outros até se acomodarem à volta da mesa do Altar. O Pão da Vida é colocado sobre a mesa e servido gentilmente. Mas... eis que os felizes convidados não comem!... Será que não gostam deste alimento? Será que estão doentes? Será que querem ofender quem os convidou? Será que endoidaram? Ou será que, na sua indignidade de braço dado com a preguiça, estão à espera que o Senhor diga uma só palavra e faça um milagre? “Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo”.


Não acredito que não gostem do pão eucarístico. Não acredito que queiram ofender quem os convidou. Também não acredito que estejam pírulas. Ficam-nos, então, duas hipóteses: ou estão doentes, ou estão mesmo à espera de um milagre. Isto é: ou estão, de facto, em pecado, ou então, por não quererem mudar de vida, estão à espera que o Senhor diga a tal palavra mágica, sem qualquer esforço da sua parte! Dizem-se indignos na oração que fazem, mas são pretensiosos na vida, querem milagres, querem ser diferentes, reclamam exceção.


No primeiro caso, se estão doentes, devem, na verdade, respeitar a dieta. Ninguém deve comer aquilo que lhe vai agravar o estado de saúde, morrerá mais depressa. Sim, se está espiritualmente doente, em pecado grave, não deverá comungar, seria pior. Deve, sim, alimentar-se do Pão da Palavra para espicaçar a vontade de recuperar a vida saudável. Mas então a Eucaristia não é um remédio para quem está doente? Sim, é, é verdade. A Igreja ensina que a Eucaristia é “o remédio pelo qual somos livres das falhas cotidianas e preservados dos pecados mortais”, e são os doentes que precisam de médico. Mas nem todos os medicamentos são bons para todas as situações de doença. Podem até ser contraproducentes, ter efeitos letais. Medicamentos há, que, para serem tomados, exigem antecipada preparação do organismo, para que, depois, se possam ingerir de forma curativa. Também aqui é o caso, há que antecipar alguns cuidados! Há que reconhecer o pecado e pedir perdão na Reconciliação, para que, depois, pela receção da Eucaristia, se tenha vida e vida em abundância!


No segundo caso, se estão à espera que o Senhor faça um milagre nas suas vidas, a coisa é mais problemática. É verdade que todos somos indignos dessa mesa e desse pão, mas nessa indignidade, temos de fazer a nossa parte. Também é certo que, de quando em vez, acontecem milagres que nos fazem abrir a boca até às orelhas, e agradecemos. No entanto, não é muito provável que o Senhor faça um milagre quando as pessoas, por preguiça, preconceitos ou maleitas autorreferenciais, se acomodam às situações, gerando até escândalo nas comunidades, não fazendo nem querendo fazer o que está ao seu alcance. Por vezes, podem as situações ser difíceis de resolver, irreversíveis até, e com grande desgosto para quem as vive. No entanto, mesmo nesses casos, há sempre um caminho possível a trilhar. A Igreja é mãe, embora não possa aceitar tudo, acolhe a todos e a todos ajuda a caminhar, ainda que não lhes possa dizer o que, nessas circunstâncias, as pessoas gostariam de ouvir. E quem, por consequência da sua situação,  se sente impossibilitado de participar na Comunhão, e aceita o que lhe diz a Igreja, pode demonstrar muito mais amor à Eucaristia do que muitos daqueles que lá vão todos os dias.

Também pode haver uma terceira e uma quarta situação que nos interpelam. A primeira, será a daquelas pessoas que, embora sem pecado, tanto lhes faz ir como não ir à Comunhão. E se porventura vão, não pensam bem no que vão fazer, fazem-no de forma indiferente, fria, rotineira, em jeito de maria vai com as outras. Isto se pode constatar, por exemplo, quando, apesar de frequentarem a Comunhão, jamais deixam de fomentar a “cultura” da maledicência, fantasiando, caluniando, espalhando boatos, criando divisões e mal estar nas comunidades, numa espécie de contra apostolado bisbilhoteiro e contagiante no qual o Papa Francisco tanto tem zurzido. A segunda situação, poderá ser a de quem, sabendo que não está em condições de o fazer, sempre que participa na Eucaristia, vai à Sagrada Comunhão, como se de um direito ou de um mero gesto social se tratasse, afrontando a misericórdia do Senhor, prejudicando-se a si próprio e ao testemunho que deve dar.


O Senhor apresentou-se como o Pão da Vida e disse-nos que quem comesse desse pão viveria eternamente e o ressuscitaria no último dia. Prometeu que a pessoa que comesse desse pão, permaneceria nele, em Jesus, e Jesus nele, no comungante. E que assim como o Pai o enviara e ele vivia pelo Pai, também aquele que dele se alimentasse viveria por ele, por Jesus (cf. Jo 6, 48-58). São Paulo, por sua vez, recorda-nos que sempre que comemos desse pão, anunciamos a morte do Senhor, e alerta para que cada um se examine a si próprio antes de comungar, pois aquele que o faz sem discernir o Corpo do Senhor, come a sua própria condenação (cf. 1Cor 11, 26-29).

A Solenidade do Corpo de Deus que iremos celebrar, é uma boa ocasião para cada um de nós se interrogar sobre se a Eucaristia é, para si, na verdade, uma necessidade vital, uma trave mestra e estruturante da sua vida espiritual e da sua atividade apostólica, ou se é outra coisa qualquer, vivida na indiferença. Se, realmente, é importante, então, a própria vida será pautada pelo ensinamento do lava-pés. Dará frutos abundantes e saborosos, todo o mundo beneficiará.


Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 05-06-2020.





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