PARÓQUIAS
DE NISA
Domingo,
28 de junho de 2020
XIII domingo do tempo comum
DOMINGO
XIII DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana I do
Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 2 Reis 4, 8-11. 14-16a; Sal 88 (89), 2-3. 16-17. 18-19
L 2 Rom 6, 3-4. 8-11
Ev Mt 10, 37-42
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Em todas as dioceses de Portugal – Ofertório para a Santa Sé ou Cadeira de S. Pedro.
* I Vésp. de SS. Pedro e Paulo – Compl. dep. I Vésp. dom.
S. PEDRO E S. PAULO, Apóstolos
SOLENIDADE
DOMINGO à tarde
Vermelho.
Missa própria da Vigília, Glória, Credo, pf. dos Apóstolos.
L 1 Act 3, 1-10; Sal 18, 2-3. 4-5
L 2 Gal 1, 11-20
Ev Jo 21, 15-19
* I Vésp. de S. Pedro e S. Paulo – Compl. dep. I Vésp. dom.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 2 Reis 4, 8-11. 14-16a; Sal 88 (89), 2-3. 16-17. 18-19
L 2 Rom 6, 3-4. 8-11
Ev Mt 10, 37-42
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Em todas as dioceses de Portugal – Ofertório para a Santa Sé ou Cadeira de S. Pedro.
* I Vésp. de SS. Pedro e Paulo – Compl. dep. I Vésp. dom.
S. PEDRO E S. PAULO, Apóstolos
SOLENIDADE
DOMINGO à tarde
Vermelho.
Missa própria da Vigília, Glória, Credo, pf. dos Apóstolos.
L 1 Act 3, 1-10; Sal 18, 2-3. 4-5
L 2 Gal 1, 11-20
Ev Jo 21, 15-19
* I Vésp. de S. Pedro e S. Paulo – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Salmo 46,
2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 2 Reis 4, 8-11.14-16a
«Este é um santo homem de Deus: poderá cá ficar»
Leitura do Segundo Livro dos Reis
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 2 Reis 4, 8-11.14-16a
«Este é um santo homem de Deus: poderá cá ficar»
Leitura do Segundo Livro dos Reis
Certo dia, o profeta Eliseu passou por Sunam. Vivia lá uma distinta senhora, que o convidou com insistência a comer em sua casa. A partir de então, sempre que por ali passava, era em sua casa que ia tomar a refeição. A senhora disse ao marido: «Estou convencida de que este homem, que passa frequentemente pela nossa casa, é um santo homem de Deus. Mandemos-lhe fazer no terraço um pequeno quarto com paredes de tijolo, com uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lâmpada. Quando ele vier a nossa casa, poderá lá ficar». Um dia, chegou Eliseu e recolheu-se ao quarto para descansar. Depois perguntou ao seu servo Giezi: «Que podemos fazer por esta senhora?». Giezi respondeu: «Na verdade, ela não tem filhos e o seu marido é de idade avançada». «Chama-a» – disse Eliseu. O servo foi chamá-la e ela apareceu à porta. Disse-lhe o profeta: «No próximo ano, por esta época, terás um filho nos braços».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 88 (89), 2-3.16-17.18-19 (R. 2a)
Refrão: Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor. Repete-se
Ou: Eu canto para sempre a bondade do Senhor. Repete-se
Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor
e para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Vós dissestes:
«A bondade está estabelecida para sempre»,
no céu permanece firme a vossa fidelidade. Refrão
Feliz do povo que sabe aclamar-Vos
e caminha, Senhor, à luz do vosso rosto.
Todos os dias aclama o vosso nome
e se gloria com a vossa justiça. Refrão
Vós sois a sua força,
com o vosso favor se exalta a nossa valentia.
Do Senhor é o nosso escudo
e do Santo de Israel o nosso rei. Refrão
LEITURA II Rom 6, 3-4.8-11
«Sepultados com Cristo pelo Batismo, vivamos uma vida nova»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Todos nós que fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte. Fomos sepultados com Ele pelo Batismo na sua morte, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos; sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem domínio sobre Ele. Porque na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre; mas a sua vida, é uma vida para Deus. Assim, vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor.
ALELUIA 1 Pedro 2, 9
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vós sois geração eleita, sacerdócio real,
nação santa,
para anunciar os louvores de Deus,
que vos chamou das trevas à sua luz admirável. Refrão
EVANGELHO Mt 10, 37-42
«Quem não toma a sua cruz não é digno de Mim.
Quem vos recebe a Mim recebe».
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim. Quem encontrar a sua vida há-de perdê-la; e quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la. Quem vos recebe, a Mim recebe; e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou. Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá a recompensa de profeta; e quem recebe um justo por ele ser justo, receberá a recompensa de justo. E se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fresca, a um destes pequeninos, por ele ser meu discípulo, em verdade vos digo: Não perderá a sua recompensa».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que assegurais a eficácia dos vossos sacramentos,
fazei que este serviço divino
seja digno dos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 1
A minha alma louva o Senhor,
todo o meu ser bendiz o seu nome santo.
Ou cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles
que hão-de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor,
que o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
oferecidos em sacrifício e recebidos em comunhão,
nos dêem a verdadeira vida,
para que, unidos convosco em amor eterno,
dêmos frutos que permaneçam para sempre.
Por Nosso Senhor.
«Cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho»
Papa
Francisco
A Alegria do
Evangelho 20
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS :
2 Reis 4, 8-11.14-16a; A
hospitalidade é uma das virtudes mais humanas e de grande tradição entre os
antigos, como a leitura mostra, certamente porque, na vida da gente desse
tempo, os apoios para quem viajava eram muito deficientes; mas ela é também das
virtudes mais cristãs. É uma forma excelente de exercer a caridade para com o
próximo. Na pessoa do próximo é o próprio Senhor que Se recebe.
Rom 6, 3-4.8; Esta
passagem dá-nos a doutrina fundamental sobre o Batismo. Ele é o sacramento que
nos faz participar no sentido profundo da morte e ressurreição de Cristo. Por
isso, o batizado torna-se membro de Cristo ressuscitado, o que faz com que a
sua vida seja uma vida nova para Deus, uma vez que morreu para tudo o que é do
pecado.
Mt 10, 37-42; A
vida cristã é, ao mesmo tempo, renúncia e conquista, perder e ganhar, como o
foi para Jesus, que morreu, dando a vida, mas a ganhou ressuscitando. Esta
atitude de não fazer dos seus interesses o primeiro critério de bem
manifesta-se particularmente na atenção que se despende em favor dos irmãos,
pois sabemos que, acolhendo-os, acolhemos ao Senhor.
AGENDA DO DIA
09.00 horas: Funeral em Alpalhão
09.300 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em Gáfete
10.00 horas: Missa em Alpalhão
15.30 horas: Missa em Montalvão
15.30 horas: Missa no Cacheiro
15.30 horas: Missa no Arneiro.
A VOZ DO PASTOR
E MATARAM-NO
POR DÁ CÁ AQUELA PALHA!...
“No tempo de Herodes, rei da Judeia,
havia um sacerdote chamado Zacarias, que pertencia ao grupo sacerdotal de Abias.
Isabel, sua mulher, também era descendente de Arão. Ambos eram justos aos
olhos de Deus, obedecendo de modo irrepreensível a todos os mandamentos e
preceitos do Senhor. Mas eles não tinham filhos, porque Isabel era estéril
e ambos eram de idade avançada. Certa vez, estando de serviço o seu grupo,
Zacarias exercia o sacerdócio diante de Deus. Ele foi escolhido por
sorteio, de acordo com o costume, para entrar no santuário do Senhor e oferecer
incenso. Chegando a hora de oferecer o incenso, todo o povo rezava do lado
de fora. Então, um anjo do Senhor apareceu a Zacarias, à direita do altar
do incenso. Quando Zacarias o viu, perturbou-se e o medo apoderou-se
dele. Mas o anjo disse-lhe: “Não tenhas medo, Zacarias; a tua oração foi
ouvida. Isabel, tua mulher, dar-te-á um filho, e tu lhe darás o nome de
João. Ele será para ti motivo de alegria e de júbilo e muitos se alegrarão
com o seu nascimento, pois será grande aos olhos do Senhor. Ele nunca
beberá vinho nem bebida embriagante, e será cheio do Espírito Santo desde o
seio de sua mãe. Fará voltar muitos dos filhos de Israel para o Senhor,
seu Deus. (...) Zacarias perguntou ao anjo: “Como posso ter a certeza
disso? Sou velho, e minha mulher é de idade avançada”. O anjo respondeu:
“Eu sou Gabriel, aquele que está diante de Deus, e fui enviado para te anunciar
esta boa nova. E eis que ficarás mudo e não poderás falara até ao dia em
que isso acontecer, porque não acreditaste nas minhas palavras, que se
cumprirão no tempo oportuno”. Enquanto isso, o povo esperava por Zacarias,
estranhando a sua demora no santuário. Quando saiu, não era capaz de lhe
falar e compreenderam que ele tivera uma visão no santuário. Zacarias
fazia-lhes sinais, mas permanecia mudo. Quando terminou o seu tempo de
serviço litúrgico, ele voltou para casa. Depois disso, Isabel, sua mulher,
engravidou e durante cinco meses não saiu de casa” (Lc 1, 5-24).
“Ao se completar o tempo de Isabel dar à
luz, ela teve um filho. Os seus vizinhos e parentes ouviram falar da
grande misericórdia que o Senhor lhe havia demonstrado e alegraram-se com
ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do
pai, Zacarias, mas a sua mãe tomou a palavra e disse: “Não! Ele será chamado
João”. Disseram-lhe: “Não há ninguém na tua família que tenha esse nome!”.
Então, fizeram sinais ao pai do menino, para saber como ele queria que a
criança se chamasse. Ele pediu uma tábua e, para admiração de todos,
escreveu: “O seu nome é João”. Imediatamente a sua boca se abriu, a sua
língua se soltou e ele começou a falar, louvando a Deus. Todos os vizinhos
ficaram cheios de temor e por toda a montanha da Judeia se divulgaram estas
coisas. E todos os que ouviam falar disso, perguntavam-se: “O que irá ser
este menino?” De facto, a mão do Senhor estava com ele (Lc 1, 57-66). João
cresceu, fez-se homem, viveu no deserto. No décimo quinto ano do reinado de
Tibério César, “quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia; Herodes,
tetrarca da Galileia; seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e Traconítide;
Lisânias, tetrarca de Abilene; Anás e Caifás, sumo sacerdotes”, a palavra do
Senhor foi dirigida a João, no deserto, e logo percorreu toda a região à volta
do Jordão, a proclamar um batismo de conversão para o perdão dos pecados, como
está escrito no livro do profeta Isaías: "Uma voz clama, no deserto:
‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas...” (cf. Lc 3,1-4).
“Toda a região da Judeia e todos os moradores de Jerusalém iam ao encontro de
João. Confessavam os seus pecados e João batizava-os no rio Jordão. Ele vestia-se
com uma pele de camelo, usava um cinto de couro e comia gafanhotos e me
silvestre” (Mc 1, 4-6). Denunciando a inutilidade de uma fé meramente teórica e
apelando à mudança radical nas atitudes e ações, as multidões, e certos grupos
de pessoas em particular, deram ouvidos à pregação de João, reconheciam a
justiça de Deus e perguntavam o que é que deviam fazer (cf. Lc 3, 1-14).
Porque aguardavam a vinda do Messias, os
judeus estavam intrigados com a pessoa, o estilo e a pregação de João. Por
isso, mandaram sacerdotes e levitas ao encontro de João Batista para que ele os
esclarecesse sobre quem era ou pretendia ser, se era, de facto, o Messias.
“Perguntaram-lhe eles: «Quem és tu?» Ele
confessou e não negou: «Eu não sou o Messias».
Eles perguntaram-lhe: «Então, quem és tu? És Elias?» «Não sou»,
respondeu ele. «És o Profeta?» Ele respondeu: «Não». Disseram-lhe então: «Quem
és tu? Para podermos dar uma resposta àqueles que nos enviaram, que dizes de ti
mesmo?» Ele declarou: «Eu sou a voz que clama no deserto: ‘Endireitai o caminho
do Senhor’, como disse o profeta Isaías». Entre os enviados havia fariseus que
lhe perguntaram: «Então porque batizas, se não és o Messias, nem Elias, nem o
Profeta?». João respondeu-lhes: «Eu batizo na água; mas no meio de vós está
Alguém que não conheceis: Aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno
de desatar a correia das sandálias” (Jo 1, 19-27). “Ele batizar-vos-á no
Espírito Santo e no fogo. Tem a pá na sua mão para limpar a sua eira e
recolher o trigo para o seu celeiro, e queimará a palha num fogo que não se
apaga” (Lc 3, 16-18). “Nesse tempo, veio Jesus da galileia ao Jordão até
João, a fim de ser batizado por ele. Mas João tentava dissuadi-lo, dizendo: ‘Eu
é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim?’. Jesus, porém,
respondeu-lhe: ‘Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir com a
justiça’. E João consentiu. Batizado, Jesus subiu imediatamente da água e logo
os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba e vindo
sobre ele. Ao mesmo tempo, uma voz vinda dos céus dizia: ‘Este é o meu filho
muito amado, em quem me comprazo’ (Mt 3, 13-17).
Herodes, embora respeitasse João, não
morria de amores por ele. Não só pela força da sua pregação, mas, sobretudo,
porque ele o tinha repreendido por viver com a mulher de seu irmão. Quando a
verdade incomoda os grandes e os instalados, eles tentam destruir quem a
proclama com vigor. E foi o que aconteceu, João foi encarcerado. “De facto, o
próprio Herodes mandara prender João e acorrentá-lo na prisão, por causa de
Herodíade, a mulher de seu irmão Filipe, que ele desposara. Pois João dizia a
Herodes: «Não te é permitido ter contigo a mulher do teu irmão». Ora, Herodíade
guardava-lhe rancor e queria matá-lo, mas não podia, pois Herodes temia João,
sabendo que era um homem justo e santo, e protegia-o. Quando o ouvia, ficava
muito perturbado, mas ouvia-o com gosto. Entretanto chegou o dia oportuno,
quando Herodes, no seu aniversário, realizou uma ceia para os seus nobres,
oficiais e principais personalidades da Galileia. Tendo entrado a filha de
Herodíade, dançou e agradou a Herodes e aos que estavam reclinados à mesa.
Disse o rei à jovem: «Pede-me o que desejares e eu to darei.» E jurou-lhe
muitas vezes: «Aquilo que pedires, dar-te-ei, até metade do meu reino.» Ela
saiu e perguntou à mãe: «Que hei de pedir?» Ela respondeu: «A cabeça de João
Baptista.» E, entrando imediatamente e correndo para o rei, fez o pedido,
dizendo: «Quero que me dês agora mesmo, numa bandeja, a cabeça de João Baptista».
O rei ficou muito consternado, mas, por causa dos juramentos e dos que estavam
reclinados à mesa, não quis recusar-lho. E imediatamente o rei enviou um
guarda, ordenando-lhe que trouxesse a cabeça de João. Ele foi, decapitou-o na
prisão e trouxe a sua cabeça numa bandeja; deu-a à jovem, e a jovem deu-a à sua
mãe. Quando os seus discípulos o souberam, foram buscar o cadáver e
depositaram-no num sepulcro” (Mc 6, 17-29).
Aproxima-se
o dia da Solenidade do nascimento de São João Batista, o Precursor de Jesus, “o
maior entre os filhos nascido de mulher”. O seu modo de falar, a sua pregação,
as suas opções de vida, a sua coerência na verdade e a coragem de profeta
deixaram marcas, mas não o levaram a colocar-se na ponta dos pés nem a exigir
reconhecimento e aplausos, antes pelo contrário. Nele se cumpriu o que Jesus a
todos haveria de aconselhar: “Quando tiverdes feito tudo o que vos foi
ordenado, dizei: somos servos inúteis, apenas fizemos o que devíamos ter feito”
(Lc 17,10). João Batista, tendo batizado e preparado os caminhos do Senhor,
apresentou-o ao povo como o Cordeiro de Deus, o que tira o pecado do mundo.
Depois disso, na sua grandeza e humildade, retirou-se, afirmando: “É necessário
que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30). Os que se julgavam donos e senhores de
tudo e de todos, acabaram por o matar, era voz incómoda demais!. Que ele
interceda por todos nós! Que o amigo leitor, obedecendo aos caprichos
ditatoriais do covid-19, se poupe das marchas populares e encontre nas
sardinhas um bom pretexto para que a Festa seja maior e mais familiar, mais
Festa em honra de São João Batista!
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 19-06-2020
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