sábado, 13 de junho de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Domingo, 14 de junho de 2020







XI domingo do tempo comum







DOMINGO XI DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana III do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Ex 19, 2-6a; Sal 99 (100), 2. 3. 5
L 2 Rom 5, 6-11
Ev Mt 9, 36 – 10, 8 


* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo – SOLENIDADE
* Na Congregação das Irmãs Adoradoras Escravas do Santíssimo Sacramento e da Caridade – I Vésp. de S. Maria Micaela do Santíssimo Sacramento.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.





MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 26, 7.9
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica.
Vós sois o meu refúgio:
não me abandoneis, meu Deus, meu Salvador.


ORAÇÃO COLECTA
Deus misericordioso, fortaleza dos que esperam em Vós,
atendei propício as nossas súplicas;
e, como sem Vós nada pode a fraqueza humana,
concedei-nos sempre o auxílio da vossa graça,
para que as nossas vontades e acções Vos sejam agradáveis
no cumprimento fiel dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Ex 19, 2-6a
«Sereis para Mim um reino de sacerdotes, uma nação santa»


Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias, os filhos de Israel partiram de Refidim e chegaram ao deserto do Sinai, onde acamparam, em frente da montanha. Moisés subiu à presença de Deus. O Senhor chamou-o da montanha e disse-lhe: «Assim falarás à casa de Jacob, isto dirás aos filhos de Israel: ‘Vistes o que Eu fiz ao Egipto, como vos transportei sobre asas de águia e vos trouxe até Mim. Agora, se ouvirdes a minha voz, se guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade especial entre todos os povos. Porque toda a terra Me pertence; mas vós sereis para Mim um reino de sacerdotes, uma nação santa’».
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL
Salmo 99 (100), 2.3.5 (R. 3c)
Refrão: Nós somos o povo de Deus,
as ovelhas do seu rebanho. Repete-se

Aclamai o Senhor, terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo. Refrão

Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho. Refrão
Porque o Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração. Refrão


LEITURA II Rom 5, 6-11
«Se fomos reconciliados pela morte do Filho,
com muito mais razão seremos salvos pela sua vida»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
 
Irmãos: Quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios no tempo determinado. Dificilmente alguém morre por um justo; por um homem bom, talvez alguém tivesse a coragem de morrer. Mas Deus prova assim o seu amor para connosco: Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores. E agora, que fomos justificados pelo seu sangue, com muito mais razão seremos por Ele salvos da ira divina. Se, na verdade, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, depois de reconci­liados, seremos salvos pela sua vida. Mais ainda: também nos gloriamos em Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem alcançámos agora a reconciliação.
 
Palavra do Senhor.


ALELUIA Mc 1, 15
Refrão: Aleluia. Repete-se
Está próximo o reino de Deus.
Arrependei-vos e acreditai no Evangelho. Refrão

EVANGELHO Mt 9, 36 – 10, 8
«Chamou os doze discípulos e enviou-os»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus, ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara». Depois chamou a Si os seus doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades. São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou. Jesus enviou estes Doze, dando-lhes as seguintes instruções: «Não sigais o caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça».
 
Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que pelo pão e o vinho apresentados ao vosso altar
dais ao homem o alimento que o sustenta
e o sacramento que o renova,
fazei que nunca falte este auxílio
ao nosso corpo e à nossa alma.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 26, 4
Uma só coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida.

Ou Jo 17, 11
Pai santo, guarda no teu nome os que Me deste,
para que sejam em nós confirmados na unidade,
diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que a sagrada comunhão nos vossos mistérios,
sinal da nossa união convosco,
realize a unidade na vossa Igreja.
Por Nosso Senhor.






«Usa mais vezes os ouvidos do que a língua»



Santo António







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS : Ex 19, 2-6a: Moisés é enviado, como, mais tarde, Jesus enviará os Apóstolos, a anunciar ao povo a esperança que Deus lhe reserva. Esta esperança é a que já começou a ser uma realidade desde que o Senhor o libertou da terra da escravidão, fazendo dele um povo a Si consagrado, povo sacerdotal, povo real, nação santa, como o Novo Testamento o há de novamente proclamar, agora à luz de Cristo ressuscitado.

Rom 5, 6-11: A morte de Jesus é o testemunho maior do amor de Deus por nós, e isto ainda antes de termos sido reconciliados com Ele. Quanto mais agora, depois de termos sido reconciliados com Deus pela oblação da vida de seu Filho, não havemos de ser salvos pela vida d’Ele que ressuscitou para nossa justificação?

Mt 9, 36 – 10, 8 : Jesus não é apenas alguém que veio da parte de Deus revelar aos homens o reino. Ele lançou os fundamentos da futura assembleia dos crentes, e, para isso, escolheu os Doze, a que chamou Apóstolos, e enviou-os, como o Pai O tinha enviado a Ele. Mas eles hão-de ter sempre presente que o seu ministério não é uma iniciativa sua, nem o seu trabalho uma simples ocupação ditada pelo seu gosto natural. A sua escolha é um chamamento divino, e a sua obra é a realização da própria obra de salvação, que, por meio deles, o Senhor Jesus continua a realizar no meio dos homens. É uma graça que vem de Deus e, por eles, há de chegar até aos outros seus irmãos.






AGENDA DO DIA


19.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em Alpalhão
12.00 horas: Missa em Gáfete
15.30 horas: Missa em Montalvão
15.30 horas: Missa no Cacheiro
15.30 horas: Missa no Arneiro.





A VOZ DO PASTOR


CORAÇÃO DOADO E COMPATÍVEL COM TODOS

Sem me querer meter em seara alheia, sei que há muitas doenças cardíacas e cardiovasculares. Algumas delas têm fatores de risco associados, outras são congénitas. Outras há que se devem ao deambular da vida com as suas circunstâncias e consequências. A ciência médica, porém, e os seus ilustres servidores no terreno, lá se vão desunhando, com dedicação e responsabilidade. Perturbações associadas aos sentimentos, ou à falta deles, também podem afetar o coração, mesmo que anatomicamente saudável, diz quem sabe. Há corações obcecados por paixões, projetos, desporto, política, por inúmeras razões que escravizam. Algumas delas, para quem está de fora, até parece que são razões sem grande razão, mas, mesmo assim, dizem eles que elas fazem doer... É, já Blaise Pascal dizia que o coração tem razões que a própria razão não entende! Mas são o bastante para fazer entrar numa espécie de curto-circuito e a queimar os fusíveis. Nesses casos, a razão deixa de funcionar ou funciona mal. A saúde sofre e, não raro, a própria vida se complica ou até se pode desmoronar. Convenhamos, porém, que, se a paixão sem a razão é cega, também a razão sem qualquer espécie de paixão pode tornar-se inútil, sem gosto por nada, inativa.

Mas voltando ao assunto, há, sem dúvida, corações feridos, destroçados, escaqueirados, com sintomas e causas de vária ordem, como, por exemplo, dores de cotovelo, ciúmes, planos frustrados, questões pessoais mal resolvidas, amores não correspondidos, separações dolorosas, mortes inesperadas, experiências traumáticas, medos, segredos que angustiam, desequilíbrios e dependências emocionais, vida difícil por falta disto ou daquilo, para já não citar a longa lista de mazelas que São Paulo refere como saindo de lá bem fundo do coração humano.

O povo, na sua experiência, se diz que este tem bom coração e aquele tem um coração de pedra ou de gelo, se diz que este é um pinga amores e aquele não é flor que se cheire, também afirma que quem vê caras não vê corações e se quiserdes ver o vilão metei-lhe o pau na mão. De facto, a cara pode identificar o indivíduo, mas nem sempre revela o que ele é, sente ou pensa, as aparências podem iludir. Há quem sorria e esteja triste, há quem espelhe serenidade e esteja furibundo, há quem aparente ser cordeirinho manso e seja lobo feroz, e o contrário também pode ser verdade.

         E perguntará o leitor: mas toda esta conversa a propósito de quê e para quê? Mesmo que lhe pareça, não perdi o fio à meada. O que eu pretendo com toda esta abada de coisas e loisas, é recordar, ainda que possa não ser preciso, é recordar ao amigo leitor que, para além das ciências médicas atinentes, é bom ter presente, saber e confiar que também há um coração inexcedível e compatível com todos os outros corações e que pode ajudar a sanar as maleitas dos que estão em apuros. Se cada um quiser, ele pode ajudar a transformar um coração violento num coração manso e humilde, assim como pode concertar um coração feito em cacos se lhe dermos todos os pedaços e pedacinhos. Este mês de junho é o mês a ele dedicado, e gente se esmera em vivê-lo com amor e exigência. É um coração referência, é o modelo e símbolo daquele amor perfeito e infinito que se oferece por todos, amando-nos até ao fim. E não abdica do seu desejo de nos dar a paz e a alegria de viver, por entre as vergastadas e os carinhos da vida. Dele brota o perdão e a vida, é um bom coração, solícito e dedicado, cheio de compaixão e amoroso, e não faz aceção de pessoas. Por nós e para nossa salvação, deixou-se transpassar na cruz.

         Convida-nos agora, como amigo, a entrar na intimidade do seu lado aberto donde saiu sangue e água, a conhecer melhor a sua pessoa, a grandeza do seu coração e do seu amor, a sua misericórdia, o que Ele disse e fez por nós. Sim, por nós, também por ti!... Se aceitarmos o seu convite, se usarmos os meios que Ele colocou ao nosso dispor, aprenderemos a viver com a sabedoria evangélica da misericórdia e da paz interior. Descobriremos a nossa realidade a partir de dentro para fora. As borboletas no estômago deixarão de se notar. As teias de aranha, os lixos, os fungos e as zonas sombrias não farão ninho nos beirais ou nas paredes do coração. Aprenderemos a contemplar o Coração de Cristo como coração da Igreja. Tornar-nos-emos pessoas livres e de vida interior a caminho da santidade. Sentir-nos-emos protagonistas da evangelização, colocando a nossa pessoa e as nossas coisas ao serviço de Cristo e dos outros.
O Sagrado Coração de Jesus não desiste, insiste e persiste no convite. E é bom que sintamos a alegria de o encontrar antes de se esgotar o stock dos nossos anos e dias: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas, pois o meu jogo é suave, e a minha carga é leve” (Mt 11, 28-30).“Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3, 20).

São Paulo sentia-se feliz por ter a graça de anunciar esta insondável riqueza do Coração de Jesus e de esclarecer a todos este mistério que esteve oculto em Deus. Ajoelhava-se a pedir que Deus concedesse aos cristãos a fortaleza do Espírito, que Cristo habitasse nos seus corações, que, arraigados e alicerçados no amor, pudessem conhecer e viver imbuídos no amor Deus (cf. Ef 3, 8-12.14-19). São João Paulo II afirmava que, "perto do Coração de Cristo, o coração humano aprende a conhecer o sentido verdadeiro e único da vida e do próprio destino, a compreender o valor de uma vida autenticamente cristã, a se guardar de certas perversões do coração, a unir o amor filial a Deus ao amor ao próximo”. E encorajava “a cultivar, aprofundar e promover o culto ao Coração de Cristo, com linguagem e formas adequadas ao nosso tempo, de maneira a poder transmiti-lo às gerações futuras no espírito que sempre o animou”.

         De facto, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus é a alma do Apostolado da Oração, agora com uma nova vitalidade e apoiada pelo mundo digital, congregando instituições, famílias, jovens, crianças e idosos numa rede mundial de oração de toda a Igreja em comunhão com o Papa. O coração da missão da Igreja é a oração. Se o amigo leitor ainda o não fez, pode baixar a aplicação Click To Pray para o seu telemóvel e unir-se, todos os dias, a esta iniciativa. Experimente, entre na rede, promova e divulgue. Também depende de si que outros se sintam felizes por terem encontrado esta maneira de estarem ativamente unidos...

Santa Margarida de Alacoque, afirma que numa das suas visões, o Coração de Jesus se lhe manifestou num trono de chamas, tendo à volta uma coroa de espinhos, simbolizando as feridas infligidas pelos pecados humanos, sobretudo pelos corações a ele consagrados. São João Paulo II, em março de 1995, instituiu o Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero, dia a coincidir com a Solenidade anual do Sagrado Coração de Jesus, na sexta feira a seguir à oitava do Corpo de Deus, este ano no dia 19 de junho. Será uma ocasião propícia para os fiéis se unirem em oração, de uma forma especial, pela santificação dos seus sacerdotes. Com toda a Igreja, peçamos ao Sagrado Coração de Jesus, fonte e refúgio de toda a existência sacerdotal, que acompanhe os seus passos com o poder da graça divina, os faça viver de coração agradecido e alegre, dedicados ao seu povo com confiança e entusiasmo, com um coração vigilante, misericordioso e compassivo.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 12-06-2020.






Sem comentários:

Enviar um comentário