quinta-feira, 19 de março de 2020







PARÓQUIAS DE NISA



Sexta, 20 de março de 2020

















Sexta da III semana da Quaresma

                                     








SEXTA-FEIRA da semana III
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.

L 1 Os 14, 2-10; Sal 80 (81), 6c-8a. 8bc-9. 10-11ab. 14 e 17
Ev Mc 12, 28b-34

* Na Arquidiocese de Braga (Basílica de S. Bento da Porta Aberta) – I Vésp. do aniversário da Basílica de S. Bento da Porta Aberta.




MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 8.10
Quem como Vós, Senhor?
Só Vós sois grande e operais maravilhas. Só Vós sois Deus.


ORAÇÃO COLECTA
Infundi, Senhor, a vossa graça em nossos corações, para que saibamos dominar os desejos terrenos e ser fiéis, com a vossa ajuda, aos mandamentos celestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Os 14, 2-10
«Não chamaremos ‘nosso Deus’ à obra das nossas mãos»



Leitura da Profecia de Oseias
 
Assim fala o Senhor: «Israel, converte-te ao Senhor, teu Deus, porque foram os teus pecados que te fizeram cair. Vinde com palavras de súplica, voltai para o Senhor e dizei-Lhe: “Perdoai todas as nossas faltas e aceitai o dom que Vos oferecemos, a homenagem dos nossos lábios. Não é a Assíria que nos pode salvar; não montaremos mais a cavalo, nem chamaremos ‘Nosso Deus’ à obra das nossas mãos, porque só em Vós o órfão encontra piedade”. Curarei a sua infidelidade, amá-los-ei generosamente, pois a minha ira afastou-se deles. Serei como orvalho para Israel, que florirá como o lírio e lançará raízes como o cedro do Líbano. Os seus ramos estender-se-ão ao longe, a sua opulência será como a da oliveira e a sua fragrância como a do Líbano. Voltarão a sentar-se à minha sombra, farão reviver o trigo; florescerão como a vinha, criarão fama como o vinho do Líbano. Que terá ainda Efraim de comum com os ídolos? Sou Eu que o atendo e olho por ele. Sou como o cipreste verdejante: graças a Mim darás muito fruto». Quem for sábio entenderá estas palavras, quem for inteligente poderá entendê-las. Porque são retos os caminhos do Senhor: por eles caminham os justos e neles tropeçam os pecadores.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 80(81), 6c-8a.8bc-9.10-11ab.14.17 (cf. 11.9)
Refrão: Eu sou o Senhor, teu Deus:
Escuta a minha voz. Repete-se

Oiço uma língua desconhecida:
«Aliviei os teus ombros do fardo,
soltei as tuas mãos dos cestos;
gritaste na angústia e Eu te libertei. Refrão

Do meio do trovão te respondi;
pus-te à prova junto das águas de Meriba.
Escuta, meu povo, a minha advertência,
assim, Israel, Me prestes ouvidos: Refrão

Não terás contigo um deus alheio,
nem adorarás divindades estranhas.
Eu, o Senhor, sou o teu Deus,
que te fiz sair da terra do Egipto. Refrão

Ah! se o meu povo Me escutasse,
se Israel seguisse os meus caminhos,
alimentaria o meu povo com a flor da farinha
e saciá-lo-ia com o mel dos rochedos». Refrão


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Mt 4, 17
Refrão: Grandes e admiráveis são as vossas obras, Senhor. Repete-se
Arrependei-vos, diz o Senhor;
está próximo o reino dos Céus. Refrão


EVANGELHO Mc 12, 28b-34
«O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor:
amarás o Senhor, teu Deus»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» Jesus respondeu-lhe: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor: Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’. O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há nenhum mandamento maior que estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além d’Ele. Amá-l’O com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-l’O.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai com bondade, Senhor, para os dons que Vos consagramos, para que Vos sejam agradáveis e se tornem para nós fonte de salvação.Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Quaresma

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mc 12, 33
Amar a Deus de todo o coração
e ao próximo como a nós mesmos
vale mais que todos os sacrifícios.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Santificai, Senhor, com o poder da vossa graça as nossas almas e os nossos corpos, para possuirmos um dia em plenitude o que começamos a receber neste sacramento. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






« Não comungar seria o maior desprezo a Jesus que se sente ‘doente de amor’»


São João Crisóstomo






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Os 14, 2-10: A liturgia de hoje quer reconduzir-nos ao essencial da nossa fé: Deus. É Ele próprio quem nos convida a voltarmos para Si. A Quaresma é tempo de regresso a Deus. Reencontrá-l’O é reencontrar o paraíso, que o profeta descreve com as conhecidas imagens de uma terra fértil e feliz, deixando para trás os deuses que nossas mãos tinham fabricado.

Mc 12, 28b-34: O mandamento fundamental de toda a lei era, já no Antigo Testamento, reconhecer a Deus como o único Senhor e amá-l’O como tal. Foi assim a resposta do escriba, e Jesus confirmou que estava certa a resposta. É, de facto, essa a porta de entrada no reino de Deus: reconhecê-l’O e amá-l’O. Caminhar para a Páscoa supõe a descoberta contínua deste primeiro mandamento, a redescoberta de Deus nos caminhos da nossa vida, que a Ele finalmente nos conduzem.
  



AGENDA DO DIA

11.30 horas: Funeral em Alpalhão

12.00 horas: Oração em rede em toda a diocese pedir a graça do fim da epidemia ( ver mais abaixo o pedido do Senhor Bispo)

18.00 horas: Missa da zona pastoral de Nisa transmitida através da internet (facebook)

Dadas s circunstâncias, convidamos todos a participar nas celebrações deste modo. Passai a palavra, convidando-nos mutuamente. A celebração da eucaristia é um momento em que todos, mesmo à distância, estamos unidos e formamos comunidade. Podem, inclusive, pedir intenções tal como nas celebrações de presença física.


Estas celebrações, sem a presença física da comunidade, continuarão até não haver risco de contágio pelo Covid 19


PROPOSTA DE MOMENTO DE ORAÇÃO


Senhor Padres
Senhores Diáconos
Senhores Membros da Vida Consagrada
Senhores Membros do Conselho Diocesano da Pastoral

Cumprimentos respeitosos.
Pelas redes sociais, tenho apreciado como alguns têm vivido, acompanhado e animado o povo de Deus nestes difíceis momentos. Que a Celebração da Eucaristia, mesmo sem gente que se veja, seja o momento mais alto do dia do Padre.

Com confiança e sem protocolos, venho apelar a todos a que, neste momento tão preocupante, e para além de aderirmos ao que nos é pedido pelas autoridades sanitárias, façamos um momento de oração em rede, todos os dias, às 12 horas. O despertador do telemóvel pode assinalar o momento. Se alguém o não conseguir fazer a essa hora, não fique com problemas de consciência. Pode-o fazer noutra hora. Se lhes for possível, e sem quebrar as regras sanitárias, podem fazer com que alguns dos vossos paroquianos ou amigos (Ministros da Palavra, da Comunhão, Catequistas, Crianças, Movimentos, serviços, etc), também se unam nesse momento, em oração diocesana. Comecemos amanhã, Solenidade de São José e Dia do Pai.
Durante cinco minutos, ao meio dia, estaremos unidos em oração, pedindo ao Senhor, Salvador do mundo, por intercessão de São José e da Virgem Maria, Sua e nossa Mãe, a vitória sobre o flagelo do vírus:
- que a epidemia possa ser contida,
- que inspire os nossos governantes,
- que dê coragem e sabedoria aos profissionais da saúde,
- que fortaleça as famílias das vítimas da doença,
- que dê o eterno descanso àqueles que já partiram.
- que a comunidade humana se faça colaborante
- que...

(Porque pode ajudar, junto uma Oração dos Bispos da Europa)

Deus Pai, Criador do mundo,
omnipotente e misericordioso,
que por nosso amor
enviaste o teu Filho ao mundo
como médico dos corpos e das almas,
olha para os teus filhos
que neste momento difícil
de desorientação e consternação
em muitas regiões da Europa e do mundo
se voltam para Ti
em busca de força, salvação e alívio.

Livra-nos da doença e do medo,
cura os nossos doentes,
conforta os seus familiares,
dá sabedoria aos nossos governantes,
energia e recompensa aos médicos,
enfermeiros e voluntários,
vida eterna aos defuntos.
Não nos abandones
neste momento de provação,

mas livra-nos de todo o mal.

Tudo isto Te pedimos, ó Pai
que, com o Filho e o Espírito Santo,
vives e reinas pelos séculos dos séculos.
Ámen.

Santa Maria,
Mãe da saúde e da esperança,
roga por nós!

[Bispos da Europa – CCEE e COMECE]

+Antonino Dias
Portalegre
18-03-2020









A VOZ DO PASTOR

PAI PRESENTE - FILHOS AGRADECIDOS

Em Portugal, celebramos o Dia do Pai no Dia da Solenidade de São José, esposo de Maria e pai adotivo de Jesus, o Filho de Deus. Homem justo e bom, homem da escuta e da ação, dos grandes e pequenos gestos, ele passou a vida amando e servindo Jesus e Maria, constituindo, com eles, a Sagrada Família de Nazaré, sempre envolvida no serviço à comunidade humana. Na figura de São José, reconhecemos a dedicação de todos os pais que vivem com alegria e esperança a difícil tarefa da educação dos seus filhos, reconhecendo que, de facto, a família é, sem dúvida, o primeiro espaço do dom e da gratuidade, onde o amor deve atuar e crescer. Se é insubstituível a presença e o contributo da mãe para a saúde e o bem estar da família, hoje vamos destacar a importância da presença e da ação do pai. Constatando a superficialidade do mundo atual, a missão do pai é a de ser capaz de educar e ensinar os filhos a adquirir e a usar todas as ferramentas adequadas para escavar bem até ao fundo, bem até à rocha firme, para que, sobre essa rocha, eles possam construir a sua pessoa e a sua vida, com abertura ao compromisso e à esperança. Esse princípio de construir sobre a rocha firme não é novo, mas Jesus tornou-o presente e necessário. De facto, não se deve construir sobre a areia movediça. A influência exercida sobre as novas gerações já não é tanto a da família, mas a do grupo, muito mais a do mundo, muito mais ainda a do fascinante mundo virtual. A maravilha e as enormes potencialidades que o mundo virtual encerra nem sempre são usadas com os critérios do bem fazer e do construir. Fogem ao real e ao verdadeiro para se deixarem subjugar pelos meros interesses económicos, cativando e explorando os mais vulneráveis que facilmente assimilam, naturalmente constroem fantasias e pensam poder construir um mundo à parte, isolando-se de tudo e de todos. Neste mundo, tão belo quão complicado e esquisito, a educação precisa de humildade e de dedicação, de verdade e de coerência, de confiança e de firmeza credível,  em liberdade e responsabilidade. Tantas vezes é preciso remar contra a maré, enfrentar a fadiga e o sacrifício para se poder optar, não pelos caminhos sombrios, esburacados e perigosos, não pelos atalhos, vielas ou carreiros de cabras, mas pelas estradas amplas e airosas que levem a viajar pela vida adentro com gosto e segurança, sempre livres e agradecidos ao Senhor da Vida que a todos ama e quer felizes.

Mesmo que as Escrituras não nos esclareçam se São José também mudava o nome ao martelo quando, em vez de acertar no prego, malhava com ele nos dedos, sim, mesmo que isso, brincando, não nos esteja claro, ele apresenta-se como pai e marido exemplar, é um estímulo, é protetor.  Pai presente e sereno, protegeu Jesus, deu-lhe o nome, ensinou-lhe o caminho do trabalho, da obediência e da cidadania. E Jesus iam crescendo “em estatura, sabedoria e graça”. Os filhos, regra geral, nas etapas mais recetivas da vida de crescimento, têm no pai o seu herói. Ele gera confiança, ensina a arriscar, a fazer opções, a encarar a vida: educa com paciência. Francisco escreveu assim: “Os pais devem saber ser pacientes. Às vezes, não há outra coisa a fazer que não seja esperar, rezar e esperar com paciência, doçura, magnanimidade, misericórdia. Um bom pai sabe esperar e sabe perdoar.”

Ao longo dos tempos, mercê da ação continuada dos Papas e de, nos tempos mais difíceis, eles pedirem aos fiéis que recorressem à sua proteção, a devoção a São José foi-se desenvolvendo gradualmente, ao ponto de ser declarado Padroeiro da Igreja Universal e Advogado dos lares cristãos. Determinou-se que, em cada ano e todos os dias, no mês de outubro, Mês do Rosário, se rezasse uma oração a São José e que se lhe consagrasse todo o mês de março, com culto diário. Àqueles lugares em que não existisse esse costume, foi-lhes proposto que, antes do Dia da Festa anual que já vem de 1621, celebrassem um tríduo de oração. E se esse dia não fosse dia de preceito, que os fiéis o santificassem como se, de facto, o fosse. São José também foi apresentado como exemplo para todos os trabalhadores e foi fixado o primeiro dia do mês de maio como festa de São José Operário, Dia do Trabalhador. O Concílio Vaticano II foi confiado à proteção de São José e o seu nome foi integrado no cânone da Missa e faz parte da oração após a Bênção do SS. Sacramento. A sua figura e missão na Vida de Cristo e da Igreja foi tema de uma Exortação Apostólica de São João Paulo II. E Santa Teresa de Ávila afirmava que quem não tivesse quem o ensinasse a rezar, tomasse São José por mestre e não erraria o caminho. Na Aparição de Outubro de 1917, em Fátima, São José, com o Menino, parecia abençoar o mundo. Tanto São José como Nossa Senhora, deram o seu “Sim” aos projetos de Deus. Que cada pai, de mão dada com a sua esposa, também possam dar o seu “Sim” agradecido a Deus, em fidelidade à missão que Ele lhes confiou: os filhos agradecem! Também eles crescerão em “estatura, sabedoria e graça”!

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-03-2020.

_____________________________

DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
COMUNICADO

Havendo o risco real e grave de alastramento, em Portugal, da epidemia do Covid-19 já declarada pandemia pela OMS; querendo colaborar no imenso esforço que todos, civicamente, desde os competentes serviços até ao cidadão individual, somos chamados a fazer para conter o mais possível o contágio por Covid-19 e as suas consequências; consciente do papel e da responsabilidade da Igreja na relação direta e próxima com as Comunidades; apelando ao bom senso e ao sentido cívico próprio dos Cristãos, solicitamos aos Reverendos Párocos, às Comunidades cristãs e às suas Instituições eclesiais (Movimentos de Evangelização, Equipas de Serviços Paroquiais, Irmandades, Confrarias, Associações culturais religiosas, Comissões de Festas, Centros Sociais Paroquiais, etc.) a atenção para os seguintes aspetos:

Temos o dever ético cristão de colaborar com as autoridades de saúde e as suas orientações, avisando, repetida e pedagogicamente, e sem gerar pânico, as nossas Comunidades, da necessidade de algumas medidas de etiqueta respiratória e de maior higiene, que ajudam a prevenir a infeção, como, sobretudo, as que são indicadas pela Direção Geral de saúde;

Temos o imperativo da consciência cristã e o dever eclesial do cumprimento das orientações emanadas pela Conferência Episcopal Portuguesa:  omissão do gesto da saudação na paz; Comunhão sacramental acolhida na mão; inexistência de água nas pias de água benta; Comunhão dos concelebrantes por intinção;

Devemos instituir, se ainda o não fizemos, precauções sanitárias na preparação de todos os elementos litúrgicos, nomeadamente para a celebração da Eucaristia: cuidado extremo do manuseamento das partículas; consagração da hóstia em patena distinta das partículas; utilização da pala tapando as partículas que se destinam aos fiéis e tapando o cálice; desinfeção das mãos com solução alcoólica imediatamente antes da distribuição da Sagrada Comunhão e logo após; cuidado redobrado com os Ministros Extraordinários da Comunhão;

Porque na vivência da Quaresma e preparação da Festa da Páscoa se costumam organizar atos culturais e atos de culto como Concertos, Procissões, Vias-sacras ao ar livre e outras iniciativas que envolvem visitantes e maior aglomeração de pessoas, é imperioso sintonizar com o que as autoridades públicas indicam, cancelando essas iniciativas. Reduza-se ao indispensável o atendimento nos Cartórios paroquiais mesmo que se usem as devidas cautelas de segurança;

Nos Lares de Idosos, Infantários, Centros de Dia, Centros de Convívio, Unidades de cuidados continuados, etc., devem elaborar-se e pôr-se em prática planos de contingência. Seguindo as medidas da DGS e da Autoridade de Proteção Civil, façam-se apenas as visitas que se justifiquem, e desde que haja abertura da Instituição para que a visita possa acontecer;

O mesmo se diga das visitas aos idosos e doentes, em suas próprias casas, por parte de visitadores de doentes, Ministros Extraordinários da Comunhão, Conferências Vicentinas e outros. Reduzam- se essas visitas também ao mínimo indispensável;

Porque a visita aos Lares de idosos, a doentes e idosos em suas próprias casas, era momento importante dentro da sua programação, também já foram suspensas as Visitas Pastorais que estavam em curso no Arciprestado de Ponte de Sor;

Sem prejuízo da preparação devida para a Sagrada Comunhão, e não sendo autorizadas as “absolvições coletivas”, as Confissões quaresmais devem passar para o tempo pascal ou para outra ocasião. No entanto, não sejam negados, de forma alguma, os sacramentos aos doentes ou idosos que, em perigo de vida, os peçam, quer nos Lares quer em suas casas;

Quanto à Celebração da Eucaristia, dos Sacramentos, funerais e outras celebrações litúrgicas, dentro das igrejas, os Párocos saberão agir dentro do que for aconselhado pelas autoridades públicas. Em caso extremo, acompanhando sempre as indicações da DGS e competentes autoridades eclesiais, pode acontecer vir a ser necessário encerrar as Igrejas. Neste caso, pode indicar-se, previamente, aos cristãos uma forma de “estabelecer comunhão”, com Celebrações e momentos de oração em que se permaneça unido, mesmo à distância. Pode indicar-se a Eucaristia dominical através da TV ou, nas Paróquias e Comunidades com mais meios, através dos diretos em facebook. No caso particular dos funerais, tenha-se em grande atenção o risco do velório e do próprio funeral. Pode ser conveniente que o féretro vá diretamente para o cemitério, celebrando-se depois a Eucaristia;

É fundamental estarmos atentos aos ambientes sanitários das Escolas locais e, sempre em linha com as decisões da DGS, se as Escolas forem encerradas, suspender as Catequeses Paroquiais e as atividades dos demais grupos paroquiais;

Embora acompanhando as indicações das autoridades sanitárias, neste momento não nos é possível definir bem a forma de Celebração do Tríduo Pascal. No entanto, fica à responsabilidade dos Párocos e seus colaboradores, a decisão e comunicação atempada  à comunidade da sua realização ou não, dado que tais celebrações também implicam a vida das famílias, sobretudo de batizandos. Se for necessário encerrar as igrejas, as celebrações mais importantes e indispensáveis serão apenas participadas pelos envolvidos na ação litúrgica, sem a participação dos fiéis, e, se possível, transmitidas por algum dos meios já mencionados;

Nesta fase, e até novas indicações, será bom encerrar as Igrejas às visitas turísticas, abrindo-as apenas para as horas de Celebração litúrgica. Logo de seguida, deve proceder-se, no interior da Igreja, à higienização possível, com uma solução alcoolizada, de todos os botões, maçanetas, puxadores das portas, a possível higienização dos pavimentos, etc.;

Temos, entretanto, o dever imperioso de fé e de vida cristã de promover a oração invocando de Deus a força para fazer face ao flagelo da pandemia Covid-19 e implorando-Lhe a vitória sobre esta batalha. Rezamos e agimos sanitariamente. Não podemos deixar de rezar e de preservar o essencial da identidade cristã em momentos como este. Seria pecado se não agíssemos com base no Mandamento Novo do amor ao próximo e se não colaborássemos com as autoridades sanitárias.


Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco
11-03-2020




Sem comentários:

Enviar um comentário