PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta,
25 de março de 2020
Quarta da IV semana da Quaresma
QUARTA-FEIRA
da semana IV
ANUNCIAÇÃO DO SENHOR – SOLENIDADE
Branco – Ofício da solenidade. Te
Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf.
próprio.
L 1 Is 7, 10-14; 8, 10; Sal 39 (40),
7-8a. 8b-9. 10. 11
L 2 Hebr 10, 4-10
Ev Lc 1, 26-38
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Às palavras do Credo «E encarnou...», deve genuflectir-se.
* Na Congregação das Irmãs Dominicanas da Anunciata – Anunciação do Senhor, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Missionários Monfortinos – Anunciação do Senhor, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – Anunciação do Senhor, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – Anunciação do Senhor, Titular do Instituto agregado «Nossa Senhora da Anunciação» (Anunciatinas) – SOLENIDADE
* No Instituto das Servas do Coração Imaculado de Maria – Aniversário da fundação do Instituto (1996).
* II Vésperas da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
L 2 Hebr 10, 4-10
Ev Lc 1, 26-38
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Às palavras do Credo «E encarnou...», deve genuflectir-se.
* Na Congregação das Irmãs Dominicanas da Anunciata – Anunciação do Senhor, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Missionários Monfortinos – Anunciação do Senhor, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – Anunciação do Senhor, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – Anunciação do Senhor, Titular do Instituto agregado «Nossa Senhora da Anunciação» (Anunciatinas) – SOLENIDADE
* No Instituto das Servas do Coração Imaculado de Maria – Aniversário da fundação do Instituto (1996).
* II Vésperas da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
ANUNCIAÇÃO DO
SENHOR
Nota
Histórica
Deus
que no decorrer dos séculos, tinha encarregado os profetas de transmitir aos
homens a sua palavra, ao chegar a plenitude dos tempos, determina enviar-lhes o
seu próprio Filho, o seu Verbo, a Palavra feita Carne.
Contudo,
o Pai das misericórdias quis que a Incarnação fosse precedida da aceitação por
parte daquela que Ele predestinara para Mãe, para que, assim como uma mulher
contribuiu para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida» (Lumen
gentium, 56).
No
momento da Anunciação, através do Anjo Gabriel, Deus expõe portanto, a Maria os
seus desígnios. E Maria, livre, consciente e generosamente, aceita a vontade do
Senhor a seu respeito, realizando-se assim o mistério da Incarnação do Verbo.
Nesse momento, com efeito, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade começa a sua
existência humana. O filho de Deus faz-se Filho do Homem. O Deus Altíssimo
torna-se o «Deus connosco».
Ao
celebrar este mistério, precisamente nove meses antes do Natal, a Solenidade da
Anunciação orienta-nos já para o Nascimento de Cristo. No entanto, a Incarnação
está intimamente unida à Redenção. Por isso, as Leituras (especialmente a
segunda) introduzem-nos já no Mistério da Páscoa.
Essencialmente
festa do Senhor, a Anunciação não pode deixar de ser, ao mesmo tempo, uma festa
perfeitamente mariana. Na verdade, foi pelo sim de Maria que a Incarnação se
realizou, a nova Aliança se estabeleceu e a Redenção do mundo pecador ficou
assegurada.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Hebr
10, 5.7
Ao entrar no mundo, o Senhor disse:
Eu venho, meu Deus, para fazer a vossa vontade.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, Pai santo,
que na vossa benigna providência
quisestes que o vosso Verbo
assumisse verdadeira carne humana no seio da Virgem Maria, concedei-nos que, celebrando o nosso Redentor
como verdadeiro Deus e verdadeiro homem,
mereçamos também participar da sua natureza divina.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 7, 10-14; 8, 10
«A Virgem conceberá»
Leitura do Livro de Isaías
Ao entrar no mundo, o Senhor disse:
Eu venho, meu Deus, para fazer a vossa vontade.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, Pai santo,
que na vossa benigna providência
quisestes que o vosso Verbo
assumisse verdadeira carne humana no seio da Virgem Maria, concedei-nos que, celebrando o nosso Redentor
como verdadeiro Deus e verdadeiro homem,
mereçamos também participar da sua natureza divina.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 7, 10-14; 8, 10
«A Virgem conceberá»
Leitura do Livro de Isaías
Naqueles dias,
o Senhor mandou ao rei Acaz a seguinte mensagem:
«Pede um sinal ao Senhor teu Deus,
quer nas profundezas do abismo,
quer lá em cima nas alturas».
Acaz respondeu:
«Não pedirei, não porei o Senhor à prova».
Então Isaías disse:
«Escutai, casa de David:
Não vos basta que andeis a molestar os homens
para quererdes também molestar o meu Deus?
Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal:
a virgem conceberá e dará à luz um filho
e o seu nome será ‘Emanuel’,
porque Deus está connosco».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 39 (40), 7-8a.8b-9.10.11 (R. 8a.9a)
Refrão: Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.
Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou.
De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade.
Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração».
Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Não escondi a vossa justiça no fundo do coração,
proclamei a vossa fidelidade e salvação.
Não ocultei a vossa bondade e fidelidade
no meio da grande assembleia.
LEITURA II Hebr 10, 4-10
«No livro sagrado está escrito a meu respeito:
Eu venho, meu Deus, para fazer a tua vontade»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Irmãos:
É impossível que o sangue de touros e cabritos
perdoe os pecados.
Por isso, ao entrar no mundo, Cristo disse:
«Não quiseste sacrifícios nem oblações,
mas formaste-Me um corpo.
Não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado.
Então Eu disse: ‘Eis-Me aqui;
no livro sagrado está escrito a meu respeito:
Eu venho, meu Deus, para fazer a tua vontade’».
Primeiro disse:
«Não quiseste sacrifícios nem oblações,
não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado».
E no entanto, eles são oferecidos segundo a Lei.
Depois acrescenta: «Eis-Me aqui:
Eu venho para fazer a tua vontade».
Assim aboliu o primeiro culto
para estabelecer o segundo.
É em virtude dessa vontade
que nós somos santificados
pela oblação do corpo de Jesus Cristo,
feita de uma vez para sempre.
Palavra do Senhor.
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Jo 1, 14ab
Refrão: O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós
e nós vimos a sua glória. Refrão
EVANGELHO Lc 1, 26-38
«Conceberás e darás à luz um Filho»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
o Anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia chamada Nazaré,
a uma Virgem desposada com um homem chamado José,
que era descendente de David.
O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo:
«Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras
e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus.
Conceberás e darás à luz um Filho,
a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo.
O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David;
reinará eternamente sobre a casa de Jacob
e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao Anjo:
«Como será isto, se eu não conheço homem?».
O Anjo respondeu-lhe:
«O Espírito Santo virá sobre ti
e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra.
Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice
e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril;
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então:
«Eis a escrava do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra».
Palavra da salvação.
Diz-se o Credo. Às palavras e encarnou ... ajoelha-se.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, os dons da vossa Igreja,
que reconhece a sua origem na Encarnação do vosso Filho
e fazei-lhe sentir a alegria de celebrar nesta solenidade
os mistérios do seu Salvador,
Por Nosso Senhor.
PREFÁCIO O mistério da Encarnação
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
por Cristo, nosso Senhor.
Pela anunciação do mensageiro celeste,
a Virgem Imaculada acolheu com fé a vossa Palavra
e, pela ação admirável do Espírito Santo,
trouxe em seu ventre com amor inefável
o Primogénito da nova humanidade,
que vinha cumprir as promessas feitas a Israel
e revelar-Se ao mundo como a esperança de todos os povos.
Por isso, com os Anjos, que adoram a vossa majestade
e exultam eternamente na vossa presença,
proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Is 7, 14
A Virgem conceberá e dará à luz um filho.
O seu nome será Emanuel, Deus connosco.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Confirmai em nós, Senhor, os mistérios da verdadeira fé,
para que, tendo proclamado que Jesus Cristo,
concebido da Virgem Maria,
é verdadeiro Deus e verdadeiro homem,
cheguemos, pelo poder da sua ressurreição,
às alegrias da vida eterna.
Por Nosso Senhor.
«O missionário não é a luz, mas aquele que revela a
luz: Cristo»
Santo Arnaldo Janssen
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
AGENDA DO DIA
17.30 horas: Missa na Casa paroquial
transmitida por facebook
12.00 horas: Oração em rede em toda a diocese
pedir a graça do fim da epidemia ( ver mais abaixo o pedido do Senhor Bispo)
PROPOSTA DE MOMENTO DE ORAÇÃO
Meio dia
Senhor Padres
Senhores Diáconos
Senhores Membros da
Vida Consagrada
Senhores Membros do
Conselho Diocesano da Pastoral
Cumprimentos
respeitosos.
Pelas redes sociais,
tenho apreciado como alguns têm vivido, acompanhado e animado o povo de Deus
nestes difíceis momentos. Que a Celebração da Eucaristia, mesmo sem gente que
se veja, seja o momento mais alto do dia do Padre.
Com confiança e sem
protocolos, venho apelar a todos a que, neste momento tão preocupante, e para
além de aderirmos ao que nos é pedido pelas autoridades sanitárias, façamos um
momento de oração em rede, todos os dias, às 12 horas. O despertador do
telemóvel pode assinalar o momento. Se alguém o não conseguir fazer a essa
hora, não fique com problemas de consciência. Pode-o fazer noutra hora. Se lhes
for possível, e sem quebrar as regras sanitárias, podem fazer com que alguns
dos vossos paroquianos ou amigos (Ministros da Palavra, da Comunhão,
Catequistas, Crianças, Movimentos, serviços, etc), também se unam nesse
momento, em oração diocesana. Comecemos amanhã, Solenidade de São José e Dia do
Pai.
Durante cinco minutos,
ao meio dia, estaremos unidos em oração, pedindo ao Senhor, Salvador do mundo,
por intercessão de São José e da Virgem Maria, Sua e nossa Mãe, a vitória sobre
o flagelo do vírus:
- que a epidemia possa
ser contida,
- que inspire os
nossos governantes,
- que dê coragem e sabedoria
aos profissionais da saúde,
- que fortaleça as
famílias das vítimas da doença,
- que dê o eterno
descanso àqueles que já partiram.
- que a comunidade
humana se faça colaborante
- que...
(Porque pode ajudar,
junto uma Oração dos Bispos da Europa)
Deus Pai, Criador do
mundo,
omnipotente e
misericordioso,
que por nosso amor
enviaste o teu Filho
ao mundo
como médico dos corpos
e das almas,
olha para os teus
filhos
que neste momento
difícil
de desorientação e
consternação
em muitas regiões da
Europa e do mundo
se voltam para Ti
em busca de força,
salvação e alívio.
Livra-nos da doença e
do medo,
cura os nossos
doentes,
conforta os seus
familiares,
dá sabedoria aos
nossos governantes,
energia e recompensa
aos médicos,
enfermeiros e
voluntários,
vida eterna aos
defuntos.
Não nos abandones
neste momento de
provação,
mas livra-nos de todo
o mal.
Tudo isto Te pedimos,
ó Pai
que, com o Filho e o
Espírito Santo,
vives e reinas pelos
séculos dos séculos.
Ámen.
Santa Maria,
Mãe da saúde e da
esperança,
roga por nós!
[Bispos da Europa –
CCEE e COMECE]
+Antonino Dias
Portalegre
18-03-2020
A VOZ DO PASTOR
Comunicado da Conferência Episcopal Portuguesa
Oração do Rosário e Consagração de Portugal
A Conferência
Episcopal Portuguesa comunica que no próximo dia 25, Solenidade da Anunciação
do Senhor, todas as Dioceses estarão unidas na oração do Rosário pelas
intenções de todo o mundo e em particular de Portugal, nesta situação dramática
que estamos a passar devido ao coronavírus Covid-19.
A oração do Rosário,
transmitida por várias plataformas digitais de rádio e televisão, terá início
às 18.30 horas na Basílica de Nossa Senhora do Rosário do Santuário de Fátima e
será presidida pelo Cardeal António Marto, Bispo de Leiria-Fátima e
Vice-Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
A seguir à oração, o
Cardeal António Marto fará a renovação da consagração de Portugal ao
Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria.
A partir das nossas
casas procuremos estar em sintonia espiritual nesta oração do Rosário e
consagração de Portugal.
Lisboa, 20 de março de
2020.
__________________________________
. Penitenciaria
Apostólica
DECRETO
acerca da concessão de Indulgências
especiais
aos fiéis na atual situação de
pandemia
Concede-se
o dom de Indulgências especiais aos fiéis afetados com a doença Covid-19,
comummente chamado Coronavírus, e também aos profissionais de saúde, aos
familiares e a todos os que, de alguma forma, mesmo com a oração, cuidam deles.
«Sede
alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração» (Rm
12,12). Estas palavras, escritas por São Paulo à Igreja de Roma, ecoam ao longo
de toda a história da Igreja e orientam o juízo dos fiéis diante de todos os
sofrimentos, doenças e calamidades.
O
momento presente em que está imersa toda a humanidade, ameaçada por uma doença
invisível e insidiosa, que já há algum tempo, com prepotência, começou a fazer
parte da vida de cada um de nós, é marcado, dia após dia, por medos
angustiantes, novas incertezas e, sobretudo, por um extenso sofrimento físico e
moral.
A
Igreja, a exemplo do seu Divino Mestre, desde sempre tomou a peito a
assistência dos enfermos. Como foi apontado por São João Paulo II, o valor do
sofrimento humano é duplo: «É sobrenatural, porque se radica no mistério
divino da Redenção do mundo; e é também profundamente humano, porque nele
o homem se aceita a si mesmo, com a sua própria humanidade, com a própria
dignidade e a própria missão» (Carta Apostólica Salvifici doloris, 31).
Nestes
últimos dias, também o Papa Francisco manifestou a sua paterna proximidade e
renovou o convite a rezar incessantemente pelos doentes de Coronavírus.
Para
que também todos os que sofrem por causa do Covid-19, justamente no mistério
deste sofrimento possam redescobrir «o próprio sofrimento redentor de Cristo»
(ibid., 30), esta Penitenciaria Apostólica, ex auctoritate Summi
Pontificis, confiando na palavra de Cristo Senhor e considerando com espírito
de fé a epidemia atualmente em curso, que deve ser vivida em chave de conversão
pessoal, concede o dom das Indulgências de acordo com a seguinte disposição.
Concede-se Indulgência
Plenária aos fiéis infetados com Coronavírus, submetidos a regime de
quarantena por disposição da autoridade sanitária nos hospitais ou nas próprias
casas se, com ânimo desprendido de qualquer pecado, se unirem espiritualmente
através dos meios de comunicação à celebração da Santa Missa, à recitação do
Santo Rosário, à prática de piedade da Via Sacra ou a outras formas de devoção,
ou se pelo menos recitarem o Credo, o Pai Nosso e uma piedosa invocação à
Bem-Aventurada Virgem Maria, oferecendo esta provação em espírito de fé em Deus
e de caridade para com os irmãos, com a vontade de cumprir as usuais condições
(confissão sacramental, comunhão eucarística e oração de acordo com as
intenções do Santo Padre), mal lhes seja possível.
Os
profissionais de saúde, os familiares e todos os que, a exemplo do Bom
Samaritano, expostos ao risco de contágio, assistem os doentes de Coronavírus
de acordo com as palavras do Divino Redentor: «Ninguém tem maior amor do que
aquele que dá a vida pelos amigos» (Jo 15,13), obterão o mesmo dom
da Indulgência Plenária nas mesmas condições.
Além
disso, esta Penitenciaria Apostólica concede de bom grado, nas mesmas
condições, a Indulgência Plenária por ocasião da atual epidemia
mundial, também àqueles fiéis que oferecerem a visita ao Santíssimo Sacramento,
ou a adoração eucarística, ou a leitura das Sagradas Escrituras durante pelo
menos meia hora, ou a recitação do Santo Rosário, ou o exercício de piedade da
Via Sacra, ou a recitação do Terço da Divina Misericórdia, para implorar da
parte de Deus Omnipotente a cessação da epidemia, o conforto para aqueles que
ela aflige e a salvação eterna daqueles que o Senhor chamou a Si.
A
Igreja reza por quem estiver impossibilitado de receber o sacramento da Unção
dos Enfermos e do Viático, confiando à Misericórdia Divina todos e cada um em
virtude da comunhão dos santos e concede ao fiel a Indulgência Plenária em
ponto de morte, desde que esteja com a disposição devida e que, durante a vida,
tenha recitado habitualmente alguma oração (neste caso, a Igreja supre as três
condições habitualmente requeridas). Para obter esta indulgência, recomenda-se o
uso do crucifixo ou da cruz (cf. Enchiridion indulgentiarum, n. 12).
Que
a Bem-aventurada sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e da Igreja, Saúde dos
Enfermos e Auxílio dos Cristãos, Advogada nossa, se digne socorrer a humanidade
sofredora, afastando de nós o mal desta pandemia e obtendo-nos todos os bens
necessários à nossa salvação e santificação.
O
presente Decreto é válido não obstante qualquer disposição contrária.
Dado em Roma, da sede da Penitenciaria
Apostólica, a 19 de março de 2020.
Cardeal Mauro Piacenza, Penitenciário
Mor
Krzysztof Nykiel, Regente
____________________________
Comunicado da Conferência Episcopal Portuguesa
Semana Santa e Tríduo Pascal em tempo de
Covid-19
Nos tempos difíceis que estamos a viver,
devido à pandemia do Covid-19, a Conferência Episcopal Portuguesa reafirma as
determinações expressas no Comunicado do dia 13 de março, nomeadamente a
“suspensão da celebração comunitária da Santa Missa até ser superada a atual
situação de emergência”.
Conforme
o Decreto da Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos,
aprovado por mandato do Sumo Pontífice apenas para este ano de 2020
(19.03.2020), que acabamos de receber, a Conferência Episcopal determina quanto
segue a propósito da Semana Santa e do Tríduo Pascal:
1. A
data da Páscoa, que é Coração do ano litúrgico e não uma festa como as outras,
não pode ser transferida;
2. A
celebração dos mistérios litúrgicos do Tríduo Pascal, sem a participação física
dos fiéis, aconteça no cumprimento das deliberações das autoridades civis e de
saúde e segundo a real possibilidade;
3. Os
Bispos darão indicações para que na Igreja Catedral e nas Igrejas paroquiais,
mesmo sem a participação dos fiéis, o bispo e os párocos celebrem os mistérios
litúrgicos do Tríduo Pascal, avisando os fiéis da hora de início que julgarem
mais oportuna, de modo a que se possam unir em oração nas respetivas
habitações;
4. As
transmissões das celebrações litúrgicas são em direto, não gravadas, aliás como
tem acontecido;
5. O
Bispo Diocesano tem a faculdade de adiar a Missa Crismal para uma data
posterior;
6. O
Bispo Diocesano decidirá o que achar oportuno em relação à celebração dos
mistérios litúrgicos do Tríduo Pascal nos mosteiros, seminários e comunidades
religiosas, assim como a possibilidade de transferir para datas mais
convenientes as expressões de piedade popular e as procissões que enriquecem os
dias da Semana Santa e do Tríduo Pascal.
Lisboa,
20 de março de 2020
_______________________
Penitenciaria Apostólica
Nota acerca do Sacramento da Reconciliação na atual situação de pandemia
«Eu
estou sempre convosco»(Mt 28,20)
A
gravidade das circunstâncias atuais impõe uma reflexão acerca da urgência e da
centralidade do Sacramento da Reconciliação, juntamente com alguns esclarecimentos
necessários, tanto para os fiéis leigos como para os ministros chamados a
celebrar o sacramento.
Também
no tempo do Covid-19, o Sacramento da Reconciliação é administrado conforme a
norma do direito canónico universal e de acordo com o que está disposto
no Ordo Paenitentiae.
A
confissão individual representa o modo ordinário para a celebração deste
sacramento (cf. cân. 960 CIC), ao passo que a absolvição simultânea a vários
penitentes sem confissão individual prévia não pode dar-se de modo geral, a
não ser que esteja iminente o perigo de morte, e não haja tempo para um ou
mais sacerdotes poderem ouvir a confissão de cada um dos penitentes (cf. can.
961 §1 CIC), ou haja necessidade grave (cf. cân. 961 §1, 2.º CIC), cujo juízo
compete ao Bispo diocesano, atendendo aos critérios fixados por acordo com os
restantes membros da Conferência Episcopal (cf. cân. 455 §2 CIC), ficando
estabelecido que, para a válida absolvição, é necessário o votum
sacramenti por parte de cada penitente, ou seja, o propósito de se
confessar individualmente, no devido tempo, dos pecados graves que no momento
não pôde confessar (cf. cân. 962 §1 CIC).
Esta
Penitenciaria Apostólica considera que, sobretudo nos lugares mais atingidos
pelo contágio pandémico e enquanto o fenómeno não desaparecer, ocorrem os casos
de grave necessidade, de que trata o acima referido cân. 961 §2 CIC.
Qualquer
especificação ulterior é delegada pelo direito aos Bispos diocesanos, tendo
sempre em conta o supremo bem da salvação das almas (cf. cân. 1752 CIC).
Caso
se viesse a verificar subitamente a necessidade de dar a absolvição sacramental
a vários fiéis em simultâneo, o sacerdote tem o dever de avisar, nos limites do
possível, o Bispo diocesano ou, se não o puder fazer, de o informar quanto antes
(cf. Ordo Paenitentiae, n. 32).
Na
presente emergência pandémica, compete, por isso, ao Bispo diocesano indicar
aos sacerdotes e aos penitentes as prudentes atenções que devem adotar na
celebração individual da reconciliação sacramental, como seja a celebração em
lugar arejado fora do confessionário, a adoção de uma distância conveniente, o
recurso a máscaras de proteção, sem prejuízo da absoluta atenção à salvaguarda
do sigilo sacramental e da necessária discrição.
Além
disso, é sempre da competência do Bispo diocesano determinar, no território da
sua circunscrição eclesiástica e em relação com o nível de contágio pandémico,
os casos de grave necessidade em que será lícito dar a absolvição simultânea:
por exemplo, à entrada das divisões hospitalares, onde se encontram internados
os fiéis contagiados em perigo de morte, usando, nos limites do possível e com
as precauções oportunas, os meios de amplificação da voz, de modo que a
absolvição seja ouvida.
Avalie-se
a necessidade e a oportunidade de constituir, onde for necessário, de acordo
com as autoridades de saúde, grupos de “capelães hospitalares extraordinários”,
mesmo à base de voluntariado e respeitando as normas de proteção contra o
contágio, de modo a garantir a necessária assistência espiritual aos doentes e
aos moribundos.
Quando
um fiel se encontrar na dolorosa impossibilidade de receber a absolvição
sacramental, recorda-se que a contrição perfeita, procedente do amor de Deus,
amado sobre todas as coisas, expressa por um sincero pedido de perdão (o pedido
que, nesse momento, o penitente é capaz de exprimir) e acompanhado
pelo votum confessionis, ou seja, o propósito firme de recorrer, logo que
possível, à confissão sacramental, obtém o perdão dos pecados, também dos
mortais (cf. Cat. Ig. Cat., n. 1452).
Neste
tempo mais do que nunca, a Igreja experimenta a força da comunhão dos santos,
eleva ao seu Senhor, Crucificado e Ressuscitado, votos e oração, de modo
particular o Sacrifício da Santa Missa, celebrado quotidianamente pelos
sacerdotes, mesmo sem povo.
Como
boa mãe, a Igreja implora ao Senhor que a humanidade seja libertada de um tal
flagelo, invocando a intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de
Misericórdia e Saúde dos Enfermos, e do seu Esposo São José, sob cujo
patrocínio a Igreja caminha desde sempre no mundo.
Que
Maria Santíssima e São José nos obtenham abundantes graças de reconciliação e
de salvação, na escuta atenta da Palavra do Senhor, que repete hoje à
humanidade: «Rendei-vos e reconhecei que Eu sou Deus» (Sl 46,11), «Eu estou
sempre convosco» (Mt 28,20).
Dado
em Roma, da sede da Penitenciaria Apostólica, a 19 de março de 2020,
Solenidade
de São José, Esposo da B. V. Maria, Patrono da Igreja Universal.
Cardeal
Mauro Piacenza, Penitenciário-Mor
Krzysztof
Nykiel, Regente
_______________________
Congregação para os Institutos de Vida
Consagrada
e as Sociedades de Vida Apostólica
Vaticano, 16 de março de 2020
Carta aos consagrados e consagradas
Queridos consagrados e
consagradas:
O Senhor está a
fazer-nos viver esta Quaresma do ano 2020 de uma maneira muito particular, de
uma maneira que ninguém poderia pensar ou imaginar e que realmente exige em
cada dia de cada um de nós uma mudança decidida de estilo e de modo de vida.
Normalmente, na
Quaresma multiplicam-se as iniciativas de caridade e os momentos fortes de
oração e reflexão para nos prepararmos com um espírito renovado e purificado
para as festas pascais, e nas nossas comunidades os momentos de celebração e de
reunião também se tornam mais intensos. No entanto, este ano somos chamados a
viver o tempo forte da fé sempre com a mesma intensidade, mas de maneiras
completamente diferentes.
O testemunho mais
eficaz que podemos dar é, em primeiro lugar, a obediência serena e convencida
ao que nos pedem aqueles que nos governam, tanto a nível estatal como eclesial,
a tudo o que está disponível para a salvaguarda da nossa saúde, como cidadãos
privados e como comunidades.
É um dever de caridade
e de gratidão que cada um de nós, individualmente e como comunidade, intensifiquemos
a oração incessante por todos aqueles que estão a ajudar-nos a viver e a
superar estes momentos difíceis. Autoridades, governantes, profissionais da
saúde a todos os níveis, voluntários da Proteção Civil e das Forças Armadas,
todos aqueles que oferecem o seu valioso trabalho por esta calamidade, são
objeto da nossa oração e da oferta dos nossos sacrifícios! Não deixemos de dar
o valioso contributo que cada um pode dar com uma oração contínua e incessante.
Pensamos, em primeiro
lugar, nas comunidades contemplativas que querem ser sinal tangível de oração
constante e confiante por toda a humanidade. Pensamos nos muitos irmãos e irmãs
mais idosos que acompanham em cada dia com a sua oração o ministério e o
apostolado dos que, no ativo, se dedicam com todas as suas forças para chegar a
cada irmão e irmã necessitados. Nestes dias, com um ímpeto ainda maior,
intensificai este vosso precioso e insubstituível apostolado, com a certeza de
que o Senhor não tardará a escutar-nos e na sua infinita misericórdia afastará
um flagelo tão grave.
Ofereçamos com alegria
ao Senhor o grande sacrifício que implica a não participação na celebração
eucarística! Vivamo-lo em comunhão com todos aqueles que quotidianamente não
podem fazê-lo pela falta de sacerdotes.
Aqueles que puderem
não deixem de mostrar sinais concretos de proximidade ao nosso povo, sempre em
conformidade com as disposições dadas pelas autoridades a este propósito, e em
total fidelidade aos nossos carismas, como em todos as épocas da história
passada e recente, compartilhemos os sofrimentos, as ansiedades, os medos, com
a verdadeira confiança de que a resposta do Senhor não tardará a chegar e em
breve poderemos cantar um solene Te Deum de ação de graças.
O Papa Francisco,
ontem precisamente, como peregrino diante da Virgem Salus Populi Romani e
do Crucifixo que salvou Roma da peste, quis recordar-nos que os meios de que
dispomos para erradicar desgraças e calamidades são nos nossos tempos, tão
tecnológicos e avançados, os mesmos que usaram os nossos antepassados. Oração,
sacrifício, penitência, jejum e caridade: armas poderosas para receber do
Coração Eucarístico de Jesus a graça da cura total de uma doença tão insidiosa.
Queridas irmãs e
queridos irmãos, através dos meios modernos de comunicação temos a possibilidade
de participar em celebrações e momentos formativos; temos a possibilidade de
nos sentirmos menos sozinhos e isolados e de fazer chegar a nossa voz às
comunidades mais distantes! Demos a todos um sinal de esperança e de confiança
e, mesmo vivendo estes dias com ansiedade e apreensão, estamos convencidos de
que, cada um fazendo bem a sua parte, ajudamos a comunidade a sair da presente
hora obscura.
Acolhamos com
entusiasmo o convite do Papa e encomendemo-nos agora com toda a nossa fé à
querida Virgem do Divino Amor. Rezemos todos os dias, de manhã e à noite, a
oração do Papa: “Tu, salvação do povo, sabes do que necessitamos e estamos
seguros de que providenciarás para que, como em Caná da Galileia, possam voltar
a alegria e a festa depois deste momento de provação”.
Que ela, a querida Mãe
do Céu, nos ajude a viver estes dias difíceis com muita esperança, com uma
unidade renovada, com verdadeiro espírito de obediência ao que nos é ordenado,
com a certeza de chegar através desta provação à hora bendita e gloriosa da
ressurreição.
Saudamo-vos a todos
com afeto e estima, desejando que a luz e o amor que provêm do Mistério Pascal
do Senhor penetrem toda a vossa vida.
Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito
Arcebispo José Rodríguez Carballo, Secretário
_______________________
DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
COMUNICADO
Havendo o risco real e grave de alastramento,
em Portugal, da epidemia do Covid-19 já declarada pandemia pela OMS; querendo
colaborar no imenso esforço que todos, civicamente, desde os competentes
serviços até ao cidadão individual, somos chamados a fazer para conter o mais
possível o contágio por Covid-19 e as suas consequências; consciente do papel e
da responsabilidade da Igreja na relação direta e próxima com as Comunidades; apelando
ao bom senso e ao sentido cívico próprio dos Cristãos, solicitamos aos
Reverendos Párocos, às Comunidades cristãs e às suas Instituições eclesiais
(Movimentos de Evangelização, Equipas de Serviços Paroquiais, Irmandades,
Confrarias, Associações culturais religiosas, Comissões de Festas, Centros
Sociais Paroquiais, etc.) a atenção para os seguintes aspetos:
Temos o dever ético cristão de colaborar com
as autoridades de saúde e as suas orientações, avisando, repetida e
pedagogicamente, e sem gerar pânico, as nossas Comunidades, da necessidade de
algumas medidas de etiqueta respiratória e de maior higiene, que ajudam a
prevenir a infeção, como, sobretudo, as que são indicadas pela Direção Geral de
saúde;
Temos o imperativo da consciência cristã e o dever
eclesial do cumprimento das orientações emanadas pela Conferência Episcopal
Portuguesa: omissão do gesto da saudação na paz; Comunhão
sacramental acolhida na mão; inexistência de água nas pias de água benta;
Comunhão dos concelebrantes por intinção;
Devemos instituir, se ainda o não fizemos,
precauções sanitárias na preparação de todos os elementos litúrgicos,
nomeadamente para a celebração da Eucaristia: cuidado extremo do manuseamento
das partículas; consagração da hóstia em patena distinta das partículas;
utilização da pala tapando as partículas que se destinam aos fiéis e tapando o
cálice; desinfeção das mãos com solução alcoólica imediatamente antes da
distribuição da Sagrada Comunhão e logo após; cuidado redobrado com os
Ministros Extraordinários da Comunhão;
Porque na vivência da Quaresma e preparação da
Festa da Páscoa se costumam organizar atos culturais e atos de culto como
Concertos, Procissões, Vias-sacras ao ar livre e outras iniciativas que
envolvem visitantes e maior aglomeração de pessoas, é imperioso sintonizar com
o que as autoridades públicas indicam, cancelando essas iniciativas. Reduza-se
ao indispensável o atendimento nos Cartórios paroquiais mesmo que se usem as
devidas cautelas de segurança;
Nos Lares de Idosos, Infantários, Centros de
Dia, Centros de Convívio, Unidades de cuidados continuados, etc., devem
elaborar-se e pôr-se em prática planos de contingência. Seguindo as medidas da
DGS e da Autoridade de Proteção Civil, façam-se apenas as visitas que se
justifiquem, e desde que haja abertura da Instituição para que a visita possa
acontecer;
O mesmo se diga das visitas aos idosos e
doentes, em suas próprias casas, por parte de visitadores de doentes, Ministros
Extraordinários da Comunhão, Conferências Vicentinas e outros. Reduzam- se
essas visitas também ao mínimo indispensável;
Porque a visita aos Lares de idosos, a doentes
e idosos em suas próprias casas, era momento importante dentro da sua
programação, também já foram suspensas as Visitas Pastorais que estavam em
curso no Arciprestado de Ponte de Sor;
Sem prejuízo da preparação devida para a
Sagrada Comunhão, e não sendo autorizadas as “absolvições coletivas”, as
Confissões quaresmais devem passar para o tempo pascal ou para outra ocasião.
No entanto, não sejam negados, de forma alguma, os sacramentos aos doentes ou
idosos que, em perigo de vida, os peçam, quer nos Lares quer em suas casas;
Quanto à Celebração da Eucaristia, dos
Sacramentos, funerais e outras celebrações litúrgicas, dentro das igrejas, os
Párocos saberão agir dentro do que for aconselhado pelas autoridades públicas.
Em caso extremo, acompanhando sempre as indicações da DGS e competentes
autoridades eclesiais, pode acontecer vir a ser necessário encerrar as Igrejas.
Neste caso, pode indicar-se, previamente, aos cristãos uma forma de
“estabelecer comunhão”, com Celebrações e momentos de oração em que se
permaneça unido, mesmo à distância. Pode indicar-se a Eucaristia dominical
através da TV ou, nas Paróquias e Comunidades com mais meios, através dos
diretos em facebook. No caso particular dos funerais, tenha-se em grande
atenção o risco do velório e do próprio funeral. Pode ser conveniente que o
féretro vá diretamente para o cemitério, celebrando-se depois a Eucaristia;
É fundamental estarmos atentos aos ambientes
sanitários das Escolas locais e, sempre em linha com as decisões da DGS, se as
Escolas forem encerradas, suspender as Catequeses Paroquiais e as atividades
dos demais grupos paroquiais;
Embora acompanhando as indicações das
autoridades sanitárias, neste momento não nos é possível definir bem a forma de
Celebração do Tríduo Pascal. No entanto, fica à responsabilidade dos Párocos e
seus colaboradores, a decisão e comunicação atempada à comunidade da
sua realização ou não, dado que tais celebrações também implicam a vida das
famílias, sobretudo de batizandos. Se for necessário encerrar as igrejas, as
celebrações mais importantes e indispensáveis serão apenas participadas pelos
envolvidos na ação litúrgica, sem a participação dos fiéis, e, se possível,
transmitidas por algum dos meios já mencionados;
Nesta fase, e até novas indicações, será bom
encerrar as Igrejas às visitas turísticas, abrindo-as apenas para as horas de
Celebração litúrgica. Logo de seguida, deve proceder-se, no interior da Igreja,
à higienização possível, com uma solução alcoolizada, de todos os botões,
maçanetas, puxadores das portas, a possível higienização dos pavimentos, etc.;
Temos, entretanto, o dever imperioso de fé e
de vida cristã de promover a oração invocando de Deus a força para fazer face
ao flagelo da pandemia Covid-19 e implorando-Lhe a vitória sobre esta batalha.
Rezamos e agimos sanitariamente. Não podemos deixar de rezar e de preservar o
essencial da identidade cristã em momentos como este. Seria pecado se não agíssemos
com base no Mandamento Novo do amor ao próximo e se não colaborássemos com as
autoridades sanitárias.
Antonino Dias
Bispo de
Portalegre-Castelo Branco
11-03-2020
Sem comentários:
Enviar um comentário