PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
16 de março de 2020
Segunda da III semana da Quaresma
SEGUNDA-FEIRA
da semana III
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 2 Reis 5, 1-15a; Sal 41 (42), 2-3; 42, 3. 4
Ev Lc 4, 24-30
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 2 Reis 5, 1-15a; Sal 41 (42), 2-3; 42, 3. 4
Ev Lc 4, 24-30
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 83,
3
A minha alma suspira pelos átrios do Senhor,
o meu coração e a minha carne exultam no Deus vivo.
ORAÇÃO COLECTA
Purificai, Senhor, e protegei continuamente a vossa Igreja e, porque não pode salvar-se sem Vós, governai-a com a vossa providência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 2 Reis 5, 1-15ª
«Havia muitos leprosos em Israel;
contudo nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã»
Leitura do Segundo Livro dos Reis
A minha alma suspira pelos átrios do Senhor,
o meu coração e a minha carne exultam no Deus vivo.
ORAÇÃO COLECTA
Purificai, Senhor, e protegei continuamente a vossa Igreja e, porque não pode salvar-se sem Vós, governai-a com a vossa providência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 2 Reis 5, 1-15ª
«Havia muitos leprosos em Israel;
contudo nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã»
Leitura do Segundo Livro dos Reis
Naqueles dias, Naamã, general dos exércitos do rei da Síria, era tido em grande consideração e estima pelo seu soberano, porque, por seu intermédio, o Senhor tinha dado a vitória à Síria. Mas este homem, valente guerreiro, estava leproso. Ora, numa incursão, os sírios tinham levado uma menina da terra de Israel, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Ela disse à sua senhora: «Se o meu senhor fosse ter com o profeta que vive na Samaria, ele decerto o livraria da lepra». Naamã foi contar ao soberano o que dissera a jovem da terra de Israel. O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu escreverei uma carta ao rei de Israel». Naamã pôs-se a caminho, levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa; e entregou ao rei de Israel a carta, que dizia: «Logo que esta carta te chegar às mãos, ficarás a saber que te envio o meu servo Naamã, para que o livres da sua lepra». Depois de ter lido a carta, o rei de Israel rasgou as vestes, exclamando: «Serei eu um deus que possa dar a morte e a vida, para este me mandar dizer que livre um homem da sua lepra? Reparai e vede como ele procura um pretexto contra mim». Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei de Israel tinha rasgado as vestes, mandou-lhe dizer: «Por que motivo rasgaste as tuas vestes? Esse homem venha ter comigo e saberá que existe um profeta em Israel». Naamã seguiu com os seus cavalos e o seu carro e parou à porta de Eliseu. Eliseu mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai banhar-te sete vezes no Jordão e o teu corpo ficará limpo». Naamã irritou-se e decidiu ir-se embora, dizendo: «Eu pensava que ele mesmo viria ao meu encontro, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, colocaria a mão sobre a parte doente e me livraria da lepra. Não valem os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, mais do que todas as águas de Israel? Não poderia eu banhar-me neles para ficar limpo?» Deu meia volta e partiu indignado. Mas os servos aproximaram-se dele e disseram: «Meu pai, se o profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais, se ele te diz apenas: ‘Vai banhar-te e ficarás limpo’?» Naamão desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, como lhe ordenara o homem de Deus. A sua carne tornou-se como a de uma criança e ficou limpo. Voltou de novo, com todo o seu séquito, à casa do homem de Deus, entrou e apresentou-se, dizendo: «Agora sei que não há Deus em toda a terra, senão em Israel».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 41 (42), 2.3; 42 (43), 3.4 (R. Salmo 41, 3)
Refrão: A minha alma tem sede do Deus vivo:
quando verei a face do Senhor? Repete-se
Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:
quando irei contemplar a face de Deus? Refrão
Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa
e ao vosso santuário. Refrão
E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei,
Senhor, meu Deus. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 129 (130), 5.7
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
Eu confio no Senhor, confio na sua palavra,
porque no Senhor está a misericórdia e a redenção. Refrão
EVANGELHO Lc 4, 24-30
Como Elias e Eliseu, Jesus não é enviado somente aos judeus
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga, dizendo: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Digo-vos a verdade: Havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Apresentamos, Senhor, estes dons sobre o vosso altar e humildemente Vos pedimos que os transformeis para nós em sacramento de salvação. Por Nosso Senhor.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 116, 1-2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
porque é eterna a sua misericórdia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
A comunhão deste sacramento nos purifique, Senhor, e nos confirme na unidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« Onde não existe amor, coloca amor e amor
encontrarás»
S.
João da Cruz
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: 2 Reis 5, 1-15ª :Começa, nesta semana, a preparação
mais diretamente orientada para o Batismo dos catecúmenos e para a renovação
das promessas do Batismo dos já batizados, na Vigília Pascal. A saúde
restituída a um leproso por meio de simples banho no rio é figura do Batismo,
que, num gesto tão simples, é sacramento de uma graça espiritual tão grande, que
nele, de simples homens naturais, nos tornamos filhos de Deus, participantes da
vida e da glória de Cristo ressuscitado. E esta graça é oferecida a todos os
homens: Naamã era estrangeiro e pagão, e foi curado.
Lc 4, 24-30: A liturgia de hoje põe em relevo a universalidade da redenção. É a todo o género humano que se abre a fonte do Batismo; todos são chamados a acolherem, na fé, o reino de Deus e a entrarem na sua Igreja. Mas, por vezes, os que estão mais perto são os que têm mais dificuldade em o acolher, como aconteceu com os de Nazaré. E foi a esse propósito que Jesus Se referiu ao acontecimento narrado na leitura anterior.
AGENDA DO DIA
21.00 horas: Oração de louvor no Calvário
Devido
ao Covid 19, não celebração comunitária da Eucaristia nas Paróquias
A
Visita Pastoral foi interrompida até data a anunciar.
COMENTÁRIO AO
EVANGELHO DE DOMINGO
(Santo Agostinho)
Veio uma mulher:
esta mulher é figura da Igreja, ainda não justificada, mas já a caminho da justificação.
É disto que iremos tratar.
A
mulher veio sem saber o que ali a esperava; encontrou Jesus, e Jesus dirigiu-lhe
a palavra. Vejamos a razão por que veio uma mulher da Samaria para tirar água. Os
samaritanos não pertenciam ao povo judeu, não eram do povo escolhido. Faz parte
do simbolismo da narração que esta mulher, figura da Igreja, tenha vindo dum
povo estrangeiro; porque a Igreja havia de vir dos gentios, dos que não eram da
raça judaica.
Escutemo-nos
a nós mesmos nas palavras desta mulher, reconheçamo-nos nela, e nela dêmos
graças a Deus por nós. Era uma figura, não a realidade; começou por ser figura
e veio a tornar se realidade. De facto, ela acreditou n' Aquele que desejava
fazer dela figura de nós mesmos. Veio para tirar água. Vinha simplesmente tirar
água, como costumam fazer os homens e as mulheres. .
Disse-lhe
Jesus: Dá-me de beber. Os seus discípulos
tinham ido à cidade comprar mantimentos. Respondeu-lhe então a samaritana: Como
é que tu, sendo judeu, me pedes de beber, a mim que sou samaritana? Os judeus, na
verdade, não se dão com os samaritanos .
Bem
vedes que se trata de estrangeiros. Os judeus de modo nenhum usavam os cãntaros
dos samaritanos. Como esta mulher trazia consigo um cântaro para tirar água, ficou
admirada por um judeu lhe pedir de beber, coisa que não costumavam fazer os judeus.
Mas Aquele que pedia de beber à mulher tinha sede da sua fé.
Repara
agora n'Aquele que pede de beber. Jesus respondeu-lhe: Se conhecesses o dom de Deus e quem é Aquele que te diz: 'Dá-me de
beber', tu é que lhe pedirias, e Ele te daria água viva. .
Pede
de beber, e promete dar de beber. Apresenta-Se como necessitado que espera
receber, mas é rico para dar em abundância. Se
conhecesses o dom de Deus ... O dom de Deus é o Espírito Santo. Jesus fala
ainda veladamente à mulher,' mas pouco a pouco entra em seu coração e a vai ensinando.
Que pode haver de mais suave e bondoso do que esta exortação? Se conhecesses o dom de Deus e quem é Aquele
que te diz: 'Dá-me de beber', tu é que lhe pedirias, e Ele te daria água viva.
Qual
é a água que Ele há-de dar, senão aquela de que está escrito: Em Vós está a fonte da vida? E não podem
passar sede os que se inebriam com a
abundância da vossa casa.
O
Senhor prometia o alimento e a abundância do Espírito Santo. Mas ela ainda não
compreendia. E, na sua incompreensão, que respondia? Senhor, diz-Lhe a mulher, dá-me dessa água, para que eu não sinta mais sede
nem tenha de voltar aqui a tirar água. A sua necessidade obrigava-a a trabalhar,
mas a sua fraqueza recusava o trabalho. Se ao menos ela tivesse ouvido aquelas
palavras: Vinde a Mim, Vós todos os que
vos afadigais e andais sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Isto lhe dizia
Jesus para que não se afadigasse mais; mas ela ainda não compreendia.
A
VOZ DO PASTOR
PAI PRESENTE - FILHOS AGRADECIDOS
Em
Portugal, celebramos o Dia do Pai no Dia da Solenidade de São José, esposo de
Maria e pai adotivo de Jesus, o Filho de Deus. Homem justo e bom, homem da
escuta e da ação, dos grandes e pequenos gestos, ele passou a vida amando e
servindo Jesus e Maria, constituindo, com eles, a Sagrada Família de Nazaré,
sempre envolvida no serviço à comunidade humana. Na figura de São José, reconhecemos
a dedicação de todos os pais que vivem com alegria e esperança a difícil tarefa
da educação dos seus filhos, reconhecendo que, de facto, a família é, sem
dúvida, o primeiro espaço do dom e da gratuidade, onde o amor deve atuar e crescer.
Se é insubstituível a presença e o contributo da mãe para a saúde e o bem estar
da família, hoje vamos destacar a importância da presença e da ação do pai. Constatando
a superficialidade do mundo atual, a missão do pai é a de ser capaz de educar e
ensinar os filhos a adquirir e a usar todas as ferramentas adequadas para
escavar bem até ao fundo, bem até à rocha firme, para que, sobre essa rocha, eles
possam construir a sua pessoa e a sua vida, com abertura ao compromisso e à
esperança. Esse princípio de construir sobre a rocha firme não é novo, mas
Jesus tornou-o presente e necessário. De facto, não se deve construir sobre a areia
movediça. A influência exercida sobre as novas gerações já não é tanto a da
família, mas a do grupo, muito mais a do mundo, muito mais ainda a do fascinante
mundo virtual. A maravilha e as enormes potencialidades que o mundo virtual
encerra nem sempre são usadas com os critérios do bem fazer e do construir. Fogem
ao real e ao verdadeiro para se deixarem subjugar pelos meros interesses
económicos, cativando e explorando os mais vulneráveis que facilmente
assimilam, naturalmente constroem fantasias e pensam poder construir um mundo à
parte, isolando-se de tudo e de todos. Neste mundo, tão belo quão complicado e
esquisito, a educação precisa de humildade e de dedicação, de verdade e de
coerência, de confiança e de firmeza credível, em liberdade e responsabilidade. Tantas vezes
é preciso remar contra a maré, enfrentar a fadiga e o sacrifício para se poder optar,
não pelos caminhos sombrios, esburacados e perigosos, não pelos atalhos, vielas
ou carreiros de cabras, mas pelas estradas amplas e airosas que levem a viajar
pela vida adentro com gosto e segurança, sempre livres e agradecidos ao Senhor
da Vida que a todos ama e quer felizes.
Mesmo
que as Escrituras não nos esclareçam se São José também mudava o nome ao
martelo quando, em vez de acertar no prego, malhava com ele nos dedos, sim,
mesmo que isso, brincando, não nos esteja claro, ele apresenta-se como pai e marido
exemplar, é um estímulo, é protetor. Pai
presente e sereno, protegeu Jesus, deu-lhe o nome, ensinou-lhe o caminho do
trabalho, da obediência e da cidadania. E Jesus iam crescendo “em estatura,
sabedoria e graça”. Os filhos, regra geral, nas etapas mais recetivas da vida
de crescimento, têm no pai o seu herói. Ele gera confiança, ensina a arriscar,
a fazer opções, a encarar a vida: educa com paciência. Francisco escreveu assim:
“Os pais devem saber ser pacientes. Às vezes, não há outra coisa a fazer que
não seja esperar, rezar e esperar com paciência, doçura, magnanimidade, misericórdia.
Um bom pai sabe esperar e sabe perdoar.”
Ao
longo dos tempos, mercê da ação continuada dos Papas e de, nos tempos mais
difíceis, eles pedirem aos fiéis que recorressem à sua proteção, a devoção a
São José foi-se desenvolvendo gradualmente, ao ponto de ser declarado Padroeiro
da Igreja Universal e Advogado dos lares cristãos. Determinou-se que, em cada
ano e todos os dias, no mês de outubro, Mês do Rosário, se rezasse uma oração a
São José e que se lhe consagrasse todo o mês de março, com culto diário. Àqueles
lugares em que não existisse esse costume, foi-lhes proposto que, antes do Dia
da Festa anual que já vem de 1621, celebrassem um tríduo de oração. E se esse dia
não fosse dia de preceito, que os fiéis o santificassem como se, de facto, o
fosse. São José também foi apresentado como exemplo para todos os trabalhadores
e foi fixado o primeiro dia do mês de maio como festa de São José Operário, Dia
do Trabalhador. O Concílio Vaticano II foi confiado à proteção de São José e o seu
nome foi integrado no cânone da Missa e faz parte da oração após a Bênção do
SS. Sacramento. A sua figura e missão na Vida de Cristo e da Igreja foi tema de
uma Exortação Apostólica de São João Paulo II. E Santa Teresa de Ávila afirmava
que quem não tivesse quem o ensinasse a rezar, tomasse São José por mestre e
não erraria o caminho. Na Aparição de Outubro de 1917, em Fátima, São José, com
o Menino, parecia abençoar o mundo. Tanto São José como Nossa Senhora, deram o
seu “Sim” aos projetos de Deus. Que cada pai, de mão dada com a sua esposa,
também possam dar o seu “Sim” agradecido a Deus, em fidelidade à missão que Ele
lhes confiou: os filhos agradecem! Também eles crescerão em “estatura,
sabedoria e graça”!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-03-2020.
_____________________________
COMUNICADO
Havendo
o risco real e grave de alastramento, em Portugal, da epidemia do Covid-19 já declarada
pandemia pela OMS; querendo colaborar no imenso esforço que todos, civicamente,
desde os competentes serviços até ao cidadão individual, somos chamados a fazer
para conter o mais possível o contágio por Covid-19 e as suas consequências;
consciente do papel e da responsabilidade da Igreja na relação direta e próxima
com as Comunidades; apelando ao bom senso e ao sentido cívico próprio dos
Cristãos, solicitamos aos Reverendos Párocos, às Comunidades cristãs e às suas
Instituições eclesiais (Movimentos de Evangelização, Equipas de Serviços
Paroquiais, Irmandades, Confrarias, Associações culturais religiosas, Comissões
de Festas, Centros Sociais Paroquiais, etc.) a atenção para os seguintes
aspetos:
Temos
o dever ético cristão de colaborar com as autoridades de saúde e as suas
orientações, avisando, repetida e pedagogicamente, e sem gerar pânico, as
nossas Comunidades, da necessidade de algumas medidas de etiqueta respiratória
e de maior higiene, que ajudam a prevenir a infeção, como, sobretudo, as que
são indicadas pela Direção Geral de saúde;
Temos
o imperativo da consciência cristã e o dever eclesial do cumprimento das
orientações emanadas pela Conferência Episcopal Portuguesa: omissão do gesto da saudação na paz; Comunhão
sacramental acolhida na mão; inexistência de água nas pias de água benta;
Comunhão dos concelebrantes por intinção;
Devemos
instituir, se ainda o não fizemos, precauções sanitárias na preparação de todos
os elementos litúrgicos, nomeadamente para a celebração da Eucaristia: cuidado
extremo do manuseamento das partículas; consagração da hóstia em patena
distinta das partículas; utilização da pala tapando as partículas que se
destinam aos fiéis e tapando o cálice; desinfeção das mãos com solução
alcoólica imediatamente antes da distribuição da Sagrada Comunhão e logo após;
cuidado redobrado com os Ministros Extraordinários da Comunhão;
Porque
na vivência da Quaresma e preparação da Festa da Páscoa se costumam organizar
atos culturais e atos de culto como Concertos, Procissões, Vias-sacras ao ar
livre e outras iniciativas que envolvem visitantes e maior aglomeração de
pessoas, é imperioso sintonizar com o que as autoridades públicas indicam,
cancelando essas iniciativas. Reduza-se ao indispensável o atendimento nos
Cartórios paroquiais mesmo que se usem as devidas cautelas de segurança;
Nos
Lares de Idosos, Infantários, Centros de Dia, Centros de Convívio, Unidades de
cuidados continuados, etc., devem elaborar-se e pôr-se em prática planos de
contingência. Seguindo as medidas da DGS e da Autoridade de Proteção Civil,
façam-se apenas as visitas que se justifiquem, e desde que haja abertura da
Instituição para que a visita possa acontecer;
O
mesmo se diga das visitas aos idosos e doentes, em suas próprias casas, por
parte de visitadores de doentes, Ministros Extraordinários da Comunhão,
Conferências Vicentinas e outros. Reduzam- se essas visitas também ao mínimo
indispensável;
Porque
a visita aos Lares de idosos, a doentes e idosos em suas próprias casas, era
momento importante dentro da sua programação, também já foram suspensas as
Visitas Pastorais que estavam em curso no Arciprestado de Ponte de Sor;
Sem
prejuízo da preparação devida para a Sagrada Comunhão, e não sendo autorizadas
as “absolvições coletivas”, as Confissões quaresmais devem passar para o tempo
pascal ou para outra ocasião. No entanto, não sejam negados, de forma alguma,
os sacramentos aos doentes ou idosos que, em perigo de vida, os peçam, quer nos
Lares quer em suas casas;
Quanto
à Celebração da Eucaristia, dos Sacramentos, funerais e outras celebrações
litúrgicas, dentro das igrejas, os Párocos saberão agir dentro do que for
aconselhado pelas autoridades públicas. Em caso extremo, acompanhando sempre as
indicações da DGS e competentes autoridades eclesiais, pode acontecer vir a ser
necessário encerrar as Igrejas. Neste caso, pode indicar-se, previamente, aos
cristãos uma forma de “estabelecer comunhão”, com Celebrações e momentos de
oração em que se permaneça unido, mesmo à distância. Pode indicar-se a
Eucaristia dominical através da TV ou, nas Paróquias e Comunidades com mais
meios, através dos diretos em facebook. No caso particular dos funerais,
tenha-se em grande atenção o risco do velório e do próprio funeral. Pode ser
conveniente que o féretro vá diretamente para o cemitério, celebrando-se depois
a Eucaristia;
É
fundamental estarmos atentos aos ambientes sanitários das Escolas locais e,
sempre em linha com as decisões da DGS, se as Escolas forem encerradas,
suspender as Catequeses Paroquiais e as atividades dos demais grupos
paroquiais;
Embora
acompanhando as indicações das autoridades sanitárias, neste momento não nos é
possível definir bem a forma de Celebração do Tríduo Pascal. No entanto, fica à
responsabilidade dos Párocos e seus colaboradores, a decisão e comunicação
atempada à comunidade da sua realização
ou não, dado que tais celebrações também implicam a vida das famílias,
sobretudo de batizandos. Se for necessário encerrar as igrejas, as celebrações
mais importantes e indispensáveis serão apenas participadas pelos envolvidos na
ação litúrgica, sem a participação dos fiéis, e, se possível, transmitidas por
algum dos meios já mencionados;
Nesta
fase, e até novas indicações, será bom encerrar as Igrejas às visitas
turísticas, abrindo-as apenas para as horas de Celebração litúrgica. Logo de
seguida, deve proceder-se, no interior da Igreja, à higienização possível, com
uma solução alcoolizada, de todos os botões, maçanetas, puxadores das portas, a
possível higienização dos pavimentos, etc.;
Temos,
entretanto, o dever imperioso de fé e de vida cristã de promover a oração
invocando de Deus a força para fazer face ao flagelo da pandemia Covid-19 e
implorando-Lhe a vitória sobre esta batalha. Rezamos e agimos sanitariamente.
Não podemos deixar de rezar e de preservar o essencial da identidade cristã em
momentos como este. Seria pecado se não agíssemos com base no Mandamento Novo
do amor ao próximo e se não colaborássemos com as autoridades sanitárias.
Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco
11-03-2020
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