quinta-feira, 5 de março de 2020







PARÓQUIAS DE NISA



Sexta, 06 de Março de 2020


















Sexta-feira da I semana da Quaresma

                                     














SEXTA-FEIRA da semana I

Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.

L 1 Ez 18, 21-28; Sal 129 (130), 1-2. 3-4ab. 4c-6. 7-8
Ev Mt 5, 20-26.





MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 24, 17-18
Senhor, livrai-me dos meus tormentos.
Vede a minha miséria e a minha dor
e perdoai todos os meus pecados.


ORAÇÃO COLECTA
Fazei, Senhor, que os vossos fiéis se preparem convenientemente para o mistério pascal, de modo que a mortificação desta Quaresma a todos aproveite para bem das suas almas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Ez 18, 21-28
«Será porventura a morte do pecador que Me agrada?
Não é antes que se converta e viva?»


Leitura da Profecia de Ezequiel

Assim fala o Senhor Deus: «Se o pecador se arrepender de todas as faltas que cometeu, se observar todos os meus mandamentos e praticar o direito e a justiça, certamente viverá e não morrerá. Não lhe serão lembrados os pecados que cometeu e viverá por causa da justiça que praticou. Será porventura a morte do pecador que Me agrada? – diz o Senhor Deus – Não é antes que se converta do seu mau proceder e viva? Mas se o justo se desviar da justiça e praticar o mal, imitando as abominações dos pecadores, porventura viverá? Não mais será recordada a justiça que praticou; por causa da prevaricação em que caiu e do pecado que cometeu, ele morrerá. E vós dizeis: ‘O modo de proceder do Senhor não é justo’. Escutai, casa de Israel: Será o meu modo de proceder que não é justo? Não será antes o vosso modo de proceder que é injusto? Quando o justo se afastar da justiça, praticar o mal e vier a morrer, morrerá por causa do mal cometido. Quando o pecador se afastar do mal que tiver realizado, praticar o direito e a justiça, salvará a sua vida. Se abrir os olhos e renunciar às faltas que tiver cometido, certamente viverá e não morrerá».
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 129 (130),1-2.3-4ab.4c-6.7-8 (R. 3)
Refrão: Se olhais para os nossos pecados,
Senhor, quem poderá salvar-se?
Repete-se


Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam os vossos ouvidos atentos
à voz da minha súplica. Refrão


Se tiverdes em conta as nossas faltas,
Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão,
para Vos servirmos com reverência. Refrão


Eu confio no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra.
A minha alma espera pelo Senhor
mais do que as sentinelas pela aurora. Refrão

Porque no Senhor está a misericórdia
e com Ele abundante redenção.
Ele há-de libertar Israel
de todas as suas faltas. Refrão


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Ez 18, 31
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai. Repete-se
Deixai todos os vossos pecados, diz o Senhor;
criai um coração novo e um espírito novo. Refrão


EVANGELHO Mt 5, 20-26
«Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não matarás; quem matar será submetido a julgamento’. Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao Sinédrio, e quem lhe chamar louco será submetido à geena de fogo. Portanto, se fores apresentar a tua oferta sobre o altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta. Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto vais com ele a caminho, não seja caso que te entregue ao juiz, o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei benignamente, Senhor, o sacrifício pelo qual quisestes reconciliar-nos convosco e reconduzir-nos à salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Quaresma


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Ez 33, 11
Pela minha vida, diz o Senhor,
não quero a morte do pecador, mas que se converta e viva.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Renovai-nos, Senhor, pelo sacramento da vossa mesa santa, para que, livres da antiga corrupção do pecado, participemos plenamente no mistério da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.





«Os mais belos pensamentos nada são sem as obras»



Santa Teresa do Menino Jesus






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Ez 18, 21-28   A conversão não é coisa fácil, mas é o único caminho certo. Cada um de nós bem sente que é assim. Deus quer esta conversão e espera por ela. Deus nunca Se satura de nós; espera sempre, porque a sua vontade é que o homem se converta e viva. A Quaresma é tempo de preparar o coração para a passagem pascal, a passagem da morte à vida com Cristo.

Mt 5, 20-26: Se a conversão a Deus é o fim de todo o caminho quaresmal, este caminho começa pela reconciliação com os irmãos, que são sempre a imagem de Deus mais próximo de nós, como Deus assim os apresenta; não se pode passar ao lado dos irmãos para chegar a Deus, pois que Deus para vir até nós Se fez nosso irmão.




AGENDA DO DIA



18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa.





A VOZ DO PASTOR


SEMPRE INCANSÁVEIS A SONHAR E A CONSTRUIR

Há pessoas assim, com interesse e com nível, não envelhecem. Sempre humildes, sempre jovens apesar da idade, sempre sonhadoras e sempre de mangas arregaçadas a desafiar a construção dum mundo mais justo, mais humano e mais fraterno, independentemente da crença, raça ou cultura.

Ainda a contas com o Encontro “A Economia de Francisco” a acontecer no próximo mês, o Papa, num encontro com os membros do Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé, anunciou a sua intenção de fomentar, em maio próximo, um outro acontecimento mundial que terá como objetivo ajudar a “unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna”. E voltou a falar de tal assunto aos académicos de algumas das mais conceituadas universidades do mundo, reunidos em Roma, neste mês de fevereiro, num encontro cujo tema foi “Educação: o Pacto Global”. É necessário, diz ele, “construir uma «aldeia da educação», onde, na diversidade, se partilhe o compromisso de gerar uma rede de relações humanas e abertas”. A caminhada conjunta desta «aldeia da educação» deve ter a coragem de colocar no centro a pessoa, de investir as melhores energias com criatividade e responsabilidade, de formar pessoas disponíveis para se colocarem ao serviço da comunidade.


Mas deixemos, por ora, este novo encontro e voltemos a referir-nos àquele que foi há mais tempo anunciado. Como sabemos, o Papa Francisco, em maio do ano passado, escreveu aos jovens economistas, estudantes e académicos em Economia, estudantes de Mestrado, Doutorado, jovens pesquisadores, empresários e empresárias, empreendedores e protagonistas de mudanças, do mundo inteiro, a convidá-los para um encontro a decorrer de 26 a 28 de março próximo para tentar descobrir uma economia que faça viver e não mate, que inclua e não exclua, que humanize e não desumanize, que cuide da criação e não a devaste. Pretende estabelecer um pacto comum, “um processo de mudança global que veja em comunhão de intenções não apenas quantos têm o dom da fé, mas todos os homens de boa vontade, para além das diferenças de credo e de nacionalidade, unidos por um ideal de fraternidade atento sobretudo aos pobres e aos excluídos”. Alguém já definiu esta iniciativa como o Davos de Francisco. Os convidados não são os grandes financeiros e empresários do mundo das finanças já afirmados, mas economistas e empreendedores com menos de 35 anos. Já são mais de 3.300 os pedidos de participação, com 2.000 jovens credenciados, provenientes de 115 países, entre os quais de Portugal.

É evidente que a complexidade dos sistemas económicos não se resolve com um toque de varinha mágica. Mas tudo ajuda a pensar e a repensar que algo tem de mudar para construir “uma nova economia à medida do homem e para o homem”. Com os jovens e através deles, o Papa, apelará “a alguns dos melhores estudiosos e estudiosas da ciência da economia, assim como a empresários e empresárias que hoje já se encontram comprometidos a nível mundial, por uma economia coerente com este cenário ideal”. Mas não serão os especialistas a  criar a agenda aos jovens. Será o Papa que os convoca. Francisco confia nos jovens e sabe que as suas universidades, empresas e organizações “são canteiros de esperança para construir outras modalidades de entender a economia e o progresso, para combater a cultura do descarte, para dar voz a quantos não a têm, para propor novos estilos de vida”. Ele sabe que enquanto “o nosso sistema económico-social ainda produzir uma só vítima, e enquanto houver uma só pessoa descartada, não poderá haver a festa da fraternidade universal”.

O Encontro terá lugar na inspiradora cidade de Assis, o lugar onde São Francisco se despojou “de toda a mundanidade para escolher Deus como Estrela polar da sua vida, fazendo-se pobre com os pobres, irmão universal. Da sua escolha de pobreza brotou também uma visão da economia que permanece extremamente atual. Ela pode dar esperança ao nosso amanhã, não apenas em benefício dos mais pobres, mas da humanidade inteira”. A cidade será dividia em 12 "aldeias", doze áreas da vida económica onde se refletirá sobre grandes temas e questões apresentadas pela economia de hoje e de amanhã. A iniciativa tem, pois, o nome de “Economia de Francisco”, em referência a São Francisco de Assis e ao Evangelho que “ele viveu em total coerência, inclusive nos planos económico e social”.

Na sua Carta Encíclica Laudato Si, o Papa sublinhou que “é preciso corrigir os modelos de crescimento incapazes de garantir o respeito pelo meio ambiente, o acolhimento da vida, o cuidado da família, e equidade social, a dignidade dos trabalhadores e os direitos das gerações vindouras”. Ele vê nos jovens “a profecia de uma economia atenta à pessoa e ao meio ambiente”. Eles são portadores de “uma cultura corajosa e não têm medo de arriscar, são “capazes de ouvir com o coração os brados cada vez mais angustiantes da terra e dos seus pobres em busca de ajuda e de responsabilidade, ou seja, de alguém que “responda” e não olhe para o outro lado”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 28-02-2020.



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