PARÓQUIAS
DE NISA
Domingo,
22 de março de 2020
IV domingo da Quaresma
CELEBRAR
E
REZAR
EM
TEMPO DE EPIDEMIA
DOMINGO
IV DA QUARESMA
Roxo ou rosa – Ofício próprio
(Semana IV do Saltério).
+ Missa própria, Credo, pf. da Quaresma (próprio).
L 1 1 Sam 16, 1b. 6-7. 10-13a; Sal 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6
L 2 Ef 5, 8-14
Ev Jo 9, 1-41 ou Jo 9, 1. 6-9. 13-17. 34-38
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Pode usar-se, neste domingo, a cor de rosa (IGMR 346 f: EDREL 1256 f).
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
+ Missa própria, Credo, pf. da Quaresma (próprio).
L 1 1 Sam 16, 1b. 6-7. 10-13a; Sal 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6
L 2 Ef 5, 8-14
Ev Jo 9, 1-41 ou Jo 9, 1. 6-9. 13-17. 34-38
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Pode usar-se, neste domingo, a cor de rosa (IGMR 346 f: EDREL 1256 f).
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA cf.
Is 66, 10-11
Alegra-te, Jerusalém; rejubilai, todos os seus amigos.
Exultai de alegria, todos vós que participastes no seu luto
e podereis beber e saciar-vos na abundância das suas consolações.
Alegra-te, Jerusalém; rejubilai, todos os seus amigos.
Exultai de alegria, todos vós que participastes no seu luto
e podereis beber e saciar-vos na abundância das suas consolações.
Não se diz o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de misericórdia, que, pelo vosso Filho,
realizais admiravelmente a reconciliação do género humano, concedei ao povo cristão fé viva e espírito generoso,
a fim de caminhar alegremente
para as próximas solenidades pascais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Sam 16, 1b.6-7.10-13a
David é ungido rei de Israel.
Leitura do Primeiro Livro de Samuel
ORAÇÃO COLECTA
Deus de misericórdia, que, pelo vosso Filho,
realizais admiravelmente a reconciliação do género humano, concedei ao povo cristão fé viva e espírito generoso,
a fim de caminhar alegremente
para as próximas solenidades pascais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Sam 16, 1b.6-7.10-13a
David é ungido rei de Israel.
Leitura do Primeiro Livro de Samuel
Naqueles dias, o Senhor disse a Samuel: «Enche a âmbula de óleo e parte. Vou enviar-te a Jessé de Belém, pois escolhi um rei entre os seus filhos». Quando chegou, Samuel viu Eliab e pensou consigo: «Certamente é este o ungido do Senhor». Mas o Senhor disse a Samuel: «Não te impressiones com o seu belo aspeto, nem com a sua elevada estatura, pois não foi esse que Eu escolhi. Deus não vê como o homem; o homem olha às aparências, o Senhor vê o coração». Jessé fez passar os sete filhos diante de Samuel, mas Samuel declarou-lhe: «O Senhor não escolheu nenhum destes». E perguntou a Jessé: «Estão aqui todos os teus filhos?». Jessé respondeu-lhe: «Falta ainda o mais novo, que anda a guardar o rebanho». Samuel ordenou: «Manda-o chamar, porque não nos sentaremos à mesa, enquanto ele não chegar». Então Jessé mandou-o chamar: era ruivo, de belos olhos e agradável presença. O Senhor disse a Samuel: «Levanta-te e unge-o, porque é este mesmo». Samuel pegou na âmbula do óleo e ungiu-o no meio dos irmãos. Daquele dia em diante, o Espírito do Senhor apoderou-Se de David.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 1)
Refrão: O Senhor é meu pastor: nada me faltará. Repete-se
Ou: O Senhor me conduz: nada me faltará. Repete-se
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma. Refrão
Ele me guia por sendas direitas
por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo
me enchem de confiança. Refrão
Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e meu cálice transborda. Refrão
A bondade e a graça hão de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre. Refrão
LEITURA II Ef 5, 8-14
«Desperta e levanta-te do meio dos mortos, e Cristo brilhará sobre ti»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Outrora vós éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz, porque o fruto da luz é a bondade, a justiça e a verdade. Procurai sempre o que mais agrada ao Senhor. Não tomeis parte nas obras das trevas, que nada trazem de bom; tratai antes as denunciar abertamente, porque o que eles fazem em segredo até é vergonhoso dizê-lo. Mas todas as coisas que são condenadas são postas a descoberto pela luz, e tudo o que assim se manifesta torna-se luz. É por isso que se diz: «Desperta, tu que dormes; levanta-te do meio dos mortos e Cristo brilhará sobre ti».
Palavra do Senhor.
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Jo 8, 12
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai
Repete-se Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor.
Quem Me segue terá a luz da vida. Refrão
EVANGELHO – Forma longa Jo 9, 1-41
«Eu fui, lavei-me e comecei a ver»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus encontrou no seu caminho um cego de nascença. Os discípulos perguntaram-Lhe: «Mestre, quem é que pecou para ele nascer cego? Ele ou os seus pais?». Jesus respondeu-lhes: «Isso não tem nada que ver com os pecados dele ou dos pais; mas aconteceu assim para se manifestarem nele as obras de Deus. É preciso trabalhar, enquanto é dia, nas obras d’Aquele que Me enviou. Vai chegar a noite, em que ninguém pode trabalhar. Enquanto Eu estou no mundo, sou a luz do mundo». Dito isto, cuspiu em terra, fez com a saliva um pouco de lodo e ungiu os olhos do cego. Depois disse-lhe: «Vai lavar-te à piscina de Siloé»; Siloé quer dizer «Enviado». Ele foi, lavou-se e ficou a ver. Entretanto, perguntavam os vizinhos e os que antes o viam a mendigar: «Não é este o que costumava estar sentado a pedir esmola?». Uns diziam: «É ele». Outros afirmavam: «Não é. É parecido com ele». Mas ele próprio dizia: «Sou eu». Perguntaram-lhe então: «Como foi que se abriram os teus olhos?». Ele respondeu: «Esse homem, que se chama Jesus, fez um pouco de lodo, ungiu-me os olhos e disse-me: ‘Vai lavar-te à piscina de Siloé’. Eu fui, lavei-me e comecei a ver». Perguntaram-lhe ainda: «Onde está Ele?». O homem respondeu: «Não sei». Levaram aos fariseus o que tinha sido cego. Era sábado esse dia em que Jesus fizera lodo e lhe tinha aberto os olhos. Por isso, os fariseus perguntaram ao homem como tinha recuperado a vista. Ele declarou-lhes: «Jesus pôs-me lodo nos olhos; depois fui lavar-me e agora vejo». Diziam alguns dos fariseus: «Esse homem não vem de Deus, porque não guarda o sábado». Outros observavam: «Como pode um pecador fazer tais milagres?». E havia desacordo entre eles. Perguntaram então novamente ao cego: «Tu que dizes d’Aquele que te deu a vista?». O homem respondeu: «É um profeta». Os judeus não quiseram acreditar que ele tinha sido cego e começara a ver. Chamaram então os pais dele e perguntaram-lhes: «É este o vosso filho? É verdade que nasceu cego? Como é que ele agora vê?». Os pais responderam: «Sabemos que este é o nosso filho e que nasceu cego; mas não sabemos como é que ele agora vê, nem sabemos quem lhe abriu os olhos. Ele já tem idade para responder; perguntai-lho vós». Foi por medo que eles deram esta resposta, porque os judeus tinham decidido expulsar da sinagoga quem reconhecesse que Jesus era o Messias. Por isso é que disseram: «Ele já tem idade para responder; perguntai-lho vós». Os judeus chamaram outra vez o que tinha sido cego e disseram-lhe: «Dá glória a Deus. Nós sabemos que esse homem é pecador». Ele respondeu: «Se é pecador, não sei. O que sei é que eu era cego e agora vejo». Perguntaram-lhe então: «Que te fez Ele? Como te abriu os olhos?». O homem replicou: «Já vos disse e não destes ouvidos. Porque desejais ouvi-lo novamente? Também quereis fazer-vos seus discípulos?». Então insultaram-no e disseram-lhe: «Tu é que és seu discípulo; nós somos discípulos de Moisés. Nós sabemos que Deus falou a Moisés; mas este, nem sabemos de onde é». O homem respondeu-lhes: «Isto é realmente estranho: não sabeis de onde Ele é, mas a verdade é que Ele me deu a vista. Ora, nós sabemos que Deus não escuta os pecadores, mas escuta aqueles que O adoram e fazem a sua vontade. Nunca se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se Ele não viesse de Deus, nada podia fazer». Replicaram-lhe então eles: «Tu nasceste inteiramente em pecado e pretendes ensinar-nos?». E expulsaram-no. Jesus soube que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: «Tu acreditas no Filho do homem?». Ele respondeu-Lhe: «Quem é, Senhor, para que eu acredite n'Ele?». Disse-lhe Jesus: «Já O viste: é quem está a falar contigo». O homem prostrou-se diante de Jesus e exclamou: «Eu creio, Senhor». Então Jesus disse: «Eu vim a este mundo para exercer um juízo: os que não veem ficarão a ver; os que veem ficarão cegos». Alguns fariseus que estavam com Ele, ouvindo isto, perguntaram-Lhe: «Nós também somos cegos?». Respondeu-lhes Jesus: «Se fôsseis cegos, não teríeis pecado. Mas como agora dizeis: ‘Nós vemos’, o vosso pecado permanece».
Palavra da salvação.
EVANGELHO – Forma breve Jo 9, 1.6-9.13-17.34-38
«Eu fui, lavei-me e comecei a ver»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus encontrou no seu caminho um cego de nascença. Cuspiu em terra, fez com a saliva um pouco de lodo e ungiu os olhos do cego. Depois disse-lhe: «Vai lavar-te à piscina de Siloé»; Siloé quer dizer «Enviado». Ele foi, lavou-se e começou a ver. Entretanto, perguntavam os vizinhos e os que o viam a mendigar: «Não é este o que costumava estar sentado a pedir esmola?». Uns diziam: «É ele». Outros afirmavam: «Não é. É parecido com ele». Mas ele próprio dizia: «Sou eu». Levaram aos fariseus o que tinha sido cego. Era sábado esse dia em que Jesus fizera lodo e lhe tinha aberto os olhos. Por isso, os fariseus perguntaram ao homem como tinha recuperado a vista. Ele declarou-lhes: «Jesus pôs-me lodo nos olhos; depois fui lavar-me e agora vejo». Diziam alguns dos fariseus: «Esse homem não vem de Deus, porque não guarda o sábado». Outros observavam: «Como pode um pecador fazer tais milagres?». E havia desacordo entre eles. Perguntaram então novamente ao cego: «Tu que dizes d’Aquele que te deu a vista?». O homem respondeu: «É um profeta». Replicaram-lhe então eles: «Tu nasceste inteiramente em pecado e pretendes ensinar-nos?». E expulsaram-no. Jesus soube que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: «Tu acreditas no Filho do homem?». Ele respondeu-Lhe: «Quem é, Senhor, para que eu acredite n'Ele?». Disse-lhe Jesus: «Já O viste: é quem está a falar contigo». O homem prostrou-se diante de Jesus e exclamou: «Eu creio, Senhor».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Ao apresentarmos com alegria estes dons de vida eterna,
humildemente Vos pedimos, Senhor,
a graça de os celebrar com verdadeira fé
e de os oferecer dignamente pela salvação do mundo.
Por Nosso Senhor.
PREFÁCIO O cego de nascença
Quando se lê o Evangelho do cego de nascença, diz-se o prefácio seguinte:
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
por Cristo nosso Senhor.
Pelo mistério da Encarnação,
iluminou o género humano que vivia nas trevas
para o reconduzir à luz da fé
e pela regeneração do Baptismo
libertou os que nasciam na escravidão do antigo pecado
para os tornar seus filhos adoptivos.
Por isso o céu e a terra Vos adoram,
cantando um cântico novo,
e também nós, com os Anjos e os Santos,
proclamamos a vossa glória, cantando com alegria:
Santo, Santo, Santo.
Quando não se lê o Evangelho do cego de nascença, diz-se outro prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO
Quando se lê o Evangelho do cego de nascença: cf. Jo 9, 11
O Senhor ungiu os meus olhos.
Eu fui lavar-me, comecei a ver e acreditei em Deus.
Quando se lê o Evangelho do filho pródigo: Lc 15, 32
Alegra-te, meu filho, porque o teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi encontrado.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
luz de todo o homem que vem a este mundo,
iluminai os nossos corações com o esplendor da vossa graça,
para que pensemos sempre no que Vos é agradável
e Vos amemos de todo o coração.
Por Nosso Senhor.
« Eu sou a Luz do
mundo. Quem Me segue não andará nas trevas, mas terá luz da Vida»
Jesus (Cf. Jo 8,12)
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita, situa
o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: 1 Sam 16, 1b.6-7.10-13a: Continuamos a ler, como primeira
leitura dos domingos da Quaresma, algumas das passagens mais significativas da
história da salvação do Antigo Testamento, para assim compreendermos melhor
como a Páscoa de Jesus é o ponto culminante de toda essa história. Hoje lemos a
unção de David como rei de Israel. David é um antepassado de Jesus, a quem foi
feita a promessa de que um descendente seu seria o grande Rei do povo de Deus.
Jesus é esse Rei, Filho de David, mas ao mesmo tempo, Filho de Deus, como Ele
próprio Se revela no Evangelho. É Ele que vem para conduzir os homens, como seu
Pastor, até ao Pai.
Ef 5, 8-14: Este é o Domingo da luz, da
iluminação. Essa luz é Cristo, como se diz no final da leitura, numa passagem
que é talvez parte de um hino cristão primitivo. O Baptismo é o sacramento da
iluminação, da fé, que havemos de professar, de novo, na Vigília Pascal. Se na
nossa comunidade houver catecúmenos (que nesta altura, já serão “eleitos”),
eles nos ajudarão a sentir como se deve olhar para o batismo como o momento da
“iluminação”, conforme os antigos lhe chamavam.
Jo 9, 1-41 : Jesus, que no domingo anterior Se
revelou como Aquele que dá a água da vida, revela-Se hoje como a luz que
ilumina o homem. O cego de nascença é figura de toda a humanidade, que tateia,
neste mundo, como que às apalpadelas, a caminho da vida, caminho que só Deus
lhe pode desvendar. O Batismo é o banho que ilumina, porque nos faz mergulhar
em Cristo que é a luz. Os antigos chamavam justamente ao Batismo a
“iluminação”.
AGENDA DO DIA
11.00 horas: Missa da zona pastoral de Nisa
transmitida através da internet (facebook:.
Endereço: Zona Pastoral de Nisa)
12.00 horas: Oração em rede em toda a diocese
pedir a graça do fim da epidemia ( ver mais abaixo o pedido do Senhor Bispo)
Dadas s circunstâncias, convidamos todos a
participar nas celebrações deste modo. Passai a palavra, convidando-nos
mutuamente. A celebração da eucaristia é um momento em que todos, mesmo à
distância, estamos unidos e formamos comunidade. Podem, inclusive, pedir intenções tal como nas celebrações de
presença física.
Estas celebrações, sem a presença física da
comunidade, continuarão até não haver risco de contágio pelo Covid 19
PROPOSTA DE MOMENTO DE
ORAÇÃO
Senhor
Padres
Senhores
Diáconos
Senhores
Membros da Vida Consagrada
Senhores
Membros do Conselho Diocesano da Pastoral
Cumprimentos
respeitosos.
Pelas
redes sociais, tenho apreciado como alguns têm vivido, acompanhado e animado o
povo de Deus nestes difíceis momentos. Que a Celebração da Eucaristia, mesmo
sem gente que se veja, seja o momento mais alto do dia do Padre.
Com
confiança e sem protocolos, venho apelar a todos a que, neste momento tão
preocupante, e para além de aderirmos ao que nos é pedido pelas autoridades
sanitárias, façamos um momento de oração em rede, todos os dias, às 12 horas. O
despertador do telemóvel pode assinalar o momento. Se alguém o não conseguir
fazer a essa hora, não fique com problemas de consciência. Pode-o fazer noutra
hora. Se lhes for possível, e sem quebrar as regras sanitárias, podem fazer com
que alguns dos vossos paroquianos ou amigos (Ministros da Palavra, da Comunhão,
Catequistas, Crianças, Movimentos, serviços, etc), também se unam nesse
momento, em oração diocesana. Comecemos amanhã, Solenidade de São José e Dia do
Pai.
Durante
cinco minutos, ao meio dia, estaremos unidos em oração, pedindo ao Senhor,
Salvador do mundo, por intercessão de São José e da Virgem Maria, Sua e nossa
Mãe, a vitória sobre o flagelo do vírus:
-
que a epidemia possa ser contida,
-
que inspire os nossos governantes,
-
que dê coragem e sabedoria aos profissionais da saúde,
-
que fortaleça as famílias das vítimas da doença,
-
que dê o eterno descanso àqueles que já partiram.
-
que a comunidade humana se faça colaborante
-
que...
(Porque
pode ajudar, junto uma Oração dos Bispos da Europa)
Deus Pai,
Criador do mundo,
omnipotente e
misericordioso,
que por nosso
amor
enviaste o teu
Filho ao mundo
como médico dos
corpos e das almas,
olha para os
teus filhos
que neste
momento difícil
de desorientação
e consternação
em muitas
regiões da Europa e do mundo
se voltam para
Ti
em busca de
força, salvação e alívio.
Livra-nos da
doença e do medo,
cura os nossos
doentes,
conforta os seus
familiares,
dá sabedoria aos
nossos governantes,
energia e recompensa
aos médicos,
enfermeiros e
voluntários,
vida eterna aos
defuntos.
Não nos
abandones
neste momento de
provação,
mas livra-nos de
todo o mal.
Tudo isto Te
pedimos, ó Pai
que, com o Filho
e o Espírito Santo,
vives e reinas
pelos séculos dos séculos.
Ámen.
Santa Maria,
Mãe da saúde e
da esperança,
roga por nós!
[Bispos
da Europa – CCEE e COMECE]
+Antonino Dias
Portalegre
18-03-2020
A
VOZ DO PASTOR
Comunicado da
Conferência Episcopal Portuguesa
Oração do Rosário e
Consagração de Portugal
A
Conferência Episcopal Portuguesa comunica que no próximo dia 25, Solenidade da
Anunciação do Senhor, todas as Dioceses estarão unidas na oração do Rosário
pelas intenções de todo o mundo e em particular de Portugal, nesta situação
dramática que estamos a passar devido ao coronavírus Covid-19.
A
oração do Rosário, transmitida por várias plataformas digitais de rádio e
televisão, terá início às 18.30 horas na Basílica de Nossa Senhora do Rosário
do Santuário de Fátima e será presidida pelo Cardeal António Marto, Bispo de
Leiria-Fátima e Vice-Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
A
seguir à oração, o Cardeal António Marto fará a renovação da consagração
de Portugal ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria.
A
partir das nossas casas procuremos estar em sintonia espiritual nesta oração do
Rosário e consagração de Portugal.
Lisboa, 20 de março de 2020
__________________________________
. Penitenciaria Apostólica
DECRETO
acerca da concessão de
Indulgências especiais
aos fiéis na atual
situação de pandemia
Concede-se o dom de Indulgências especiais aos fiéis afetados com a
doença Covid-19, comummente chamado Coronavírus, e também aos profissionais de
saúde, aos familiares e a todos os que, de alguma forma, mesmo com a oração,
cuidam deles.
«Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na
oração» (Rm 12,12). Estas palavras, escritas por São Paulo à Igreja de Roma, ecoam
ao longo de toda a história da Igreja e orientam o juízo dos fiéis diante de
todos os sofrimentos, doenças e calamidades.
O momento presente em que está imersa toda a humanidade, ameaçada por uma
doença invisível e insidiosa, que já há algum tempo, com prepotência, começou a
fazer parte da vida de cada um de nós, é marcado, dia após dia, por medos
angustiantes, novas incertezas e, sobretudo, por um extenso sofrimento físico e
moral.
A Igreja, a exemplo do seu Divino Mestre, desde sempre tomou a peito a
assistência dos enfermos. Como foi apontado por São João Paulo II, o valor do
sofrimento humano é duplo: «É sobrenatural, porque se radica no mistério
divino da Redenção do mundo; e é também profundamente humano, porque
nele o homem se aceita a si mesmo, com a sua própria humanidade, com a própria
dignidade e a própria missão» (Carta Apostólica Salvifici doloris, 31).
Nestes últimos dias, também o Papa Francisco manifestou a sua paterna
proximidade e renovou o convite a rezar incessantemente pelos doentes de
Coronavírus.
Para que também todos os que sofrem por causa do Covid-19, justamente no
mistério deste sofrimento possam redescobrir «o próprio sofrimento redentor de
Cristo» (ibid., 30), esta Penitenciaria Apostólica, ex auctoritate
Summi Pontificis, confiando na palavra de Cristo Senhor e considerando com
espírito de fé a epidemia atualmente em curso, que deve ser vivida em chave de
conversão pessoal, concede o dom das Indulgências de acordo com a seguinte
disposição.
Concede-se Indulgência Plenária aos fiéis infetados com Coronavírus,
submetidos a regime de quarantena por disposição da autoridade sanitária nos
hospitais ou nas próprias casas se, com ânimo desprendido de qualquer pecado,
se unirem espiritualmente através dos meios de comunicação à celebração da
Santa Missa, à recitação do Santo Rosário, à prática de piedade da Via Sacra ou
a outras formas de devoção, ou se pelo menos recitarem o Credo, o Pai Nosso e
uma piedosa invocação à Bem-Aventurada Virgem Maria, oferecendo esta provação
em espírito de fé em Deus e de caridade para com os irmãos, com a vontade de
cumprir as usuais condições (confissão sacramental, comunhão eucarística e
oração de acordo com as intenções do Santo Padre), mal lhes seja possível.
Os profissionais de saúde, os familiares e todos os que, a exemplo do Bom
Samaritano, expostos ao risco de contágio, assistem os doentes de Coronavírus
de acordo com as palavras do Divino Redentor: «Ninguém tem maior amor do que
aquele que dá a vida pelos amigos» (Jo 15,13), obterão o mesmo dom da Indulgência
Plenária nas mesmas condições.
Além disso, esta Penitenciaria Apostólica concede de bom grado, nas
mesmas condições, a Indulgência Plenária por ocasião da atual epidemia
mundial, também àqueles fiéis que oferecerem a visita ao Santíssimo Sacramento,
ou a adoração eucarística, ou a leitura das Sagradas Escrituras durante pelo
menos meia hora, ou a recitação do Santo Rosário, ou o exercício de piedade da
Via Sacra, ou a recitação do Terço da Divina Misericórdia, para implorar da
parte de Deus Omnipotente a cessação da epidemia, o conforto para aqueles que
ela aflige e a salvação eterna daqueles que o Senhor chamou a Si.
A Igreja reza por quem estiver impossibilitado de receber o sacramento da
Unção dos Enfermos e do Viático, confiando à Misericórdia Divina todos e cada
um em virtude da comunhão dos santos e concede ao fiel a Indulgência Plenária
em ponto de morte, desde que esteja com a disposição devida e que, durante a
vida, tenha recitado habitualmente alguma oração (neste caso, a Igreja supre as
três condições habitualmente requeridas). Para obter esta indulgência,
recomenda-se o uso do crucifixo ou da cruz (cf. Enchiridion indulgentiarum,
n. 12).
Que a Bem-aventurada sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e da Igreja, Saúde
dos Enfermos e Auxílio dos Cristãos, Advogada nossa, se digne socorrer a
humanidade sofredora, afastando de nós o mal desta pandemia e obtendo-nos todos
os bens necessários à nossa salvação e santificação.
O presente Decreto é válido não obstante qualquer disposição contrária.
Dado em Roma, da sede da Penitenciaria Apostólica, a 19 de março de 2020.
Cardeal Mauro Piacenza, Penitenciário
Mor
Krzysztof Nykiel, Regente
____________________________
Comunicado da
Conferência Episcopal Portuguesa
Semana Santa e Tríduo
Pascal em tempo de Covid-19
Nos
tempos difíceis que estamos a viver, devido à pandemia do Covid-19, a
Conferência Episcopal Portuguesa reafirma as determinações expressas no
Comunicado do dia 13 de março, nomeadamente a “suspensão da celebração
comunitária da Santa Missa até ser superada a atual situação de emergência”.
Conforme
o Decreto da Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos,
aprovado por mandato do Sumo Pontífice apenas para este ano de 2020
(19.03.2020), que acabamos de receber, a Conferência Episcopal determina quanto
segue a propósito da Semana Santa e do Tríduo Pascal:
1.
A data da Páscoa,
que é Coração do ano litúrgico e não uma festa como as outras, não pode ser
transferida;
2.
A celebração dos
mistérios litúrgicos do Tríduo Pascal, sem a participação física dos fiéis,
aconteça no cumprimento das deliberações das autoridades civis e de saúde e
segundo a real possibilidade;
3.
Os Bispos darão
indicações para que na Igreja Catedral e nas Igrejas paroquiais, mesmo sem a
participação dos fiéis, o bispo e os párocos celebrem os mistérios litúrgicos
do Tríduo Pascal, avisando os fiéis da hora de início que julgarem mais
oportuna, de modo a que se possam unir em oração nas respetivas habitações;
4.
As transmissões
das celebrações litúrgicas são em direto, não gravadas, aliás como tem
acontecido;
5.
O Bispo Diocesano
tem a faculdade de adiar a Missa Crismal para uma data posterior;
6.
O Bispo Diocesano
decidirá o que achar oportuno em relação à celebração dos mistérios litúrgicos
do Tríduo Pascal nos mosteiros, seminários e comunidades religiosas, assim como
a possibilidade de transferir para datas mais convenientes as expressões de
piedade popular e as procissões que enriquecem os dias da Semana Santa e do
Tríduo Pascal.
Lisboa,
20 de março de 2020
_______________________
Penitenciaria Apostólica
Nota acerca do Sacramento da Reconciliação na atual situação de pandemia
«Eu estou sempre convosco»
(Mt 28,20)
A gravidade das
circunstâncias atuais impõe uma reflexão acerca da urgência e da centralidade
do Sacramento da Reconciliação, juntamente com alguns esclarecimentos
necessários, tanto para os fiéis leigos como para os ministros chamados a
celebrar o sacramento.
Também no tempo do
Covid-19, o Sacramento da Reconciliação é administrado conforme a norma do
direito canónico universal e de acordo com o que está disposto no Ordo
Paenitentiae.
A confissão
individual representa o modo ordinário para a celebração deste sacramento (cf.
cân. 960 CIC), ao passo que a absolvição simultânea a vários penitentes sem
confissão individual prévia não pode dar-se de modo geral, a não ser que esteja
iminente o perigo de morte, e não haja tempo para um ou mais sacerdotes
poderem ouvir a confissão de cada um dos penitentes (cf. can. 961 §1 CIC), ou
haja necessidade grave (cf. cân. 961 §1, 2.º CIC), cujo juízo compete ao Bispo
diocesano, atendendo aos critérios fixados por acordo com os restantes membros
da Conferência Episcopal (cf. cân. 455 §2 CIC), ficando estabelecido que, para
a válida absolvição, é necessário o votum sacramenti por parte de cada
penitente, ou seja, o propósito de se confessar individualmente, no devido
tempo, dos pecados graves que no momento não pôde confessar (cf. cân. 962 §1
CIC).
Esta
Penitenciaria Apostólica considera que, sobretudo nos lugares mais atingidos
pelo contágio pandémico e enquanto o fenómeno não desaparecer, ocorrem os casos
de grave necessidade, de que trata o acima referido cân. 961 §2 CIC.
Qualquer
especificação ulterior é delegada pelo direito aos Bispos diocesanos, tendo
sempre em conta o supremo bem da salvação das almas (cf. cân. 1752 CIC).
Caso se viesse a
verificar subitamente a necessidade de dar a absolvição sacramental a vários
fiéis em simultâneo, o sacerdote tem o dever de avisar, nos limites do
possível, o Bispo diocesano ou, se não o puder fazer, de o informar quanto
antes (cf. Ordo Paenitentiae, n. 32).
Na presente
emergência pandémica, compete, por isso, ao Bispo diocesano indicar aos
sacerdotes e aos penitentes as prudentes atenções que devem adotar na
celebração individual da reconciliação sacramental, como seja a celebração em
lugar arejado fora do confessionário, a adoção de uma distância conveniente, o
recurso a máscaras de proteção, sem prejuízo da absoluta atenção à salvaguarda
do sigilo sacramental e da necessária discrição.
Além disso, é
sempre da competência do Bispo diocesano determinar, no território da sua
circunscrição eclesiástica e em relação com o nível de contágio pandémico, os
casos de grave necessidade em que será lícito dar a absolvição simultânea: por
exemplo, à entrada das divisões hospitalares, onde se encontram internados os
fiéis contagiados em perigo de morte, usando, nos limites do possível e com as
precauções oportunas, os meios de amplificação da voz, de modo que a absolvição
seja ouvida.
Avalie-se a
necessidade e a oportunidade de constituir, onde for necessário, de acordo com
as autoridades de saúde, grupos de “capelães hospitalares extraordinários”,
mesmo à base de voluntariado e respeitando as normas de proteção contra o
contágio, de modo a garantir a necessária assistência espiritual aos doentes e
aos moribundos.
Quando um fiel se
encontrar na dolorosa impossibilidade de receber a absolvição sacramental,
recorda-se que a contrição perfeita, procedente do amor de Deus, amado sobre
todas as coisas, expressa por um sincero pedido de perdão (o pedido que, nesse
momento, o penitente é capaz de exprimir) e acompanhado pelo votum
confessionis, ou seja, o propósito firme de recorrer, logo que possível, à
confissão sacramental, obtém o perdão dos pecados, também dos mortais (cf. Cat.
Ig. Cat., n. 1452).
Neste tempo mais do
que nunca, a Igreja experimenta a força da comunhão dos santos, eleva ao seu
Senhor, Crucificado e Ressuscitado, votos e oração, de modo particular o
Sacrifício da Santa Missa, celebrado quotidianamente pelos sacerdotes, mesmo
sem povo.
Como boa mãe, a
Igreja implora ao Senhor que a humanidade seja libertada de um tal flagelo,
invocando a intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Misericórdia e
Saúde dos Enfermos, e do seu Esposo São José, sob cujo patrocínio a Igreja
caminha desde sempre no mundo.
Que Maria
Santíssima e São José nos obtenham abundantes graças de reconciliação e de
salvação, na escuta atenta da Palavra do Senhor, que repete hoje à humanidade:
«Rendei-vos e reconhecei que Eu sou Deus» (Sl 46,11), «Eu estou sempre
convosco» (Mt 28,20).
Dado em Roma, da
sede da Penitenciaria Apostólica, a 19 de março de 2020,
Solenidade de São
José, Esposo da B. V. Maria, Patrono da Igreja Universal.
Cardeal Mauro
Piacenza, Penitenciário-Mor
Krzysztof
Nykiel, Regente
_______________________
Congregação para
os Institutos de Vida Consagrada
e as Sociedades
de Vida Apostólica
Vaticano, 16 de março de 2020
Carta aos consagrados e consagradas
Queridos
consagrados e consagradas:
O Senhor está a
fazer-nos viver esta Quaresma do ano 2020 de uma maneira muito particular, de
uma maneira que ninguém poderia pensar ou imaginar e que realmente exige em
cada dia de cada um de nós uma mudança decidida de estilo e de modo de vida.
Normalmente,
na Quaresma multiplicam-se as iniciativas de caridade e os momentos fortes de
oração e reflexão para nos prepararmos com um espírito renovado e purificado
para as festas pascais, e nas nossas comunidades os momentos de celebração e de
reunião também se tornam mais intensos. No entanto, este ano somos chamados a viver
o tempo forte da fé sempre com a mesma intensidade, mas de maneiras
completamente diferentes.
O
testemunho mais eficaz que podemos dar é, em primeiro lugar, a obediência
serena e convencida ao que nos pedem aqueles que nos governam, tanto a nível
estatal como eclesial, a tudo o que está disponível para a salvaguarda da nossa
saúde, como cidadãos privados e como comunidades.
É
um dever de caridade e de gratidão que cada um de nós, individualmente e como
comunidade, intensifiquemos a oração incessante por todos aqueles que estão a
ajudar-nos a viver e a superar estes momentos difíceis. Autoridades,
governantes, profissionais da saúde a todos os níveis, voluntários da Proteção
Civil e das Forças Armadas, todos aqueles que oferecem o seu valioso trabalho por
esta calamidade, são objeto da nossa oração e da oferta dos nossos sacrifícios!
Não deixemos de dar o valioso contributo que cada um pode dar com uma oração
contínua e incessante.
Pensamos,
em primeiro lugar, nas comunidades contemplativas que querem ser sinal tangível
de oração constante e confiante por toda a humanidade. Pensamos nos muitos
irmãos e irmãs mais idosos que acompanham em cada dia com a sua oração o
ministério e o apostolado dos que, no ativo, se dedicam com todas as suas
forças para chegar a cada irmão e irmã necessitados. Nestes dias, com um ímpeto
ainda maior, intensificai este vosso precioso e insubstituível apostolado, com
a certeza de que o Senhor não tardará a escutar-nos e na sua infinita
misericórdia afastará um flagelo tão grave.
Ofereçamos
com alegria ao Senhor o grande sacrifício que implica a não participação na
celebração eucarística! Vivamo-lo em comunhão com todos aqueles que
quotidianamente não podem fazê-lo pela falta de sacerdotes.
Aqueles
que puderem não deixem de mostrar sinais concretos de proximidade ao nosso
povo, sempre em conformidade com as disposições dadas pelas autoridades a este
propósito, e em total fidelidade aos nossos carismas, como em todos as épocas
da história passada e recente, compartilhemos os sofrimentos, as ansiedades, os
medos, com a verdadeira confiança de que a resposta do Senhor não tardará a
chegar e em breve poderemos cantar um solene Te Deum de ação de graças.
O
Papa Francisco, ontem precisamente, como peregrino diante da Virgem Salus Populi Romani e do Crucifixo que
salvou Roma da peste, quis recordar-nos que os meios de que dispomos para
erradicar desgraças e calamidades são nos nossos tempos, tão tecnológicos e
avançados, os mesmos que usaram os nossos antepassados. Oração, sacrifício,
penitência, jejum e caridade: armas poderosas para receber do Coração
Eucarístico de Jesus a graça da cura total de uma doença tão insidiosa.
Queridas
irmãs e queridos irmãos, através dos meios modernos de comunicação temos a
possibilidade de participar em celebrações e momentos formativos; temos a
possibilidade de nos sentirmos menos sozinhos e isolados e de fazer chegar a
nossa voz às comunidades mais distantes! Demos a todos um sinal de esperança e
de confiança e, mesmo vivendo estes dias com ansiedade e apreensão, estamos
convencidos de que, cada um fazendo bem a sua parte, ajudamos a comunidade a
sair da presente hora obscura.
Acolhamos
com entusiasmo o convite do Papa e encomendemo-nos agora com toda a nossa fé à
querida Virgem do Divino Amor. Rezemos todos os dias, de manhã e à noite, a
oração do Papa: “Tu, salvação do povo, sabes do que necessitamos e estamos
seguros de que providenciarás para que, como em Caná da Galileia, possam voltar
a alegria e a festa depois deste momento de provação”.
Que
ela, a querida Mãe do Céu, nos ajude a viver estes dias difíceis com muita
esperança, com uma unidade renovada, com verdadeiro espírito de obediência ao
que nos é ordenado, com a certeza de chegar através desta provação à hora
bendita e gloriosa da ressurreição.
Saudamo-vos
a todos com afeto e estima, desejando que a luz e o amor que provêm do Mistério
Pascal do Senhor penetrem toda a vossa vida.
Cardeal João
Braz de Aviz, Prefeito
Arcebispo José
Rodríguez Carballo, Secretário
_______________________
COMUNICADO
Havendo
o risco real e grave de alastramento, em Portugal, da epidemia do Covid-19 já
declarada pandemia pela OMS; querendo colaborar no imenso esforço que todos,
civicamente, desde os competentes serviços até ao cidadão individual, somos
chamados a fazer para conter o mais possível o contágio por Covid-19 e as suas
consequências; consciente do papel e da responsabilidade da Igreja na relação
direta e próxima com as Comunidades; apelando ao bom senso e ao sentido cívico
próprio dos Cristãos, solicitamos aos Reverendos Párocos, às Comunidades
cristãs e às suas Instituições eclesiais (Movimentos de Evangelização, Equipas
de Serviços Paroquiais, Irmandades, Confrarias, Associações culturais
religiosas, Comissões de Festas, Centros Sociais Paroquiais, etc.) a atenção para
os seguintes aspetos:
Temos
o dever ético cristão de colaborar com as autoridades de saúde e as suas
orientações, avisando, repetida e pedagogicamente, e sem gerar pânico, as
nossas Comunidades, da necessidade de algumas medidas de etiqueta respiratória
e de maior higiene, que ajudam a prevenir a infeção, como, sobretudo, as que
são indicadas pela Direção Geral de saúde;
Temos
o imperativo da consciência cristã e o dever eclesial do cumprimento das
orientações emanadas pela Conferência Episcopal Portuguesa: omissão do gesto da saudação na paz; Comunhão
sacramental acolhida na mão; inexistência de água nas pias de água benta;
Comunhão dos concelebrantes por intinção;
Devemos
instituir, se ainda o não fizemos, precauções sanitárias na preparação de todos
os elementos litúrgicos, nomeadamente para a celebração da Eucaristia: cuidado
extremo do manuseamento das partículas; consagração da hóstia em patena
distinta das partículas; utilização da pala tapando as partículas que se
destinam aos fiéis e tapando o cálice; desinfeção das mãos com solução
alcoólica imediatamente antes da distribuição da Sagrada Comunhão e logo após;
cuidado redobrado com os Ministros Extraordinários da Comunhão;
Porque
na vivência da Quaresma e preparação da Festa da Páscoa se costumam organizar
atos culturais e atos de culto como Concertos, Procissões, Vias-sacras ao ar
livre e outras iniciativas que envolvem visitantes e maior aglomeração de
pessoas, é imperioso sintonizar com o que as autoridades públicas indicam,
cancelando essas iniciativas. Reduza-se ao indispensável o atendimento nos
Cartórios paroquiais mesmo que se usem as devidas cautelas de segurança;
Nos
Lares de Idosos, Infantários, Centros de Dia, Centros de Convívio, Unidades de
cuidados continuados, etc., devem elaborar-se e pôr-se em prática planos de
contingência. Seguindo as medidas da DGS e da Autoridade de Proteção Civil,
façam-se apenas as visitas que se justifiquem, e desde que haja abertura da
Instituição para que a visita possa acontecer;
O
mesmo se diga das visitas aos idosos e doentes, em suas próprias casas, por
parte de visitadores de doentes, Ministros Extraordinários da Comunhão,
Conferências Vicentinas e outros. Reduzam- se essas visitas também ao mínimo
indispensável;
Porque
a visita aos Lares de idosos, a doentes e idosos em suas próprias casas, era
momento importante dentro da sua programação, também já foram suspensas as
Visitas Pastorais que estavam em curso no Arciprestado de Ponte de Sor;
Sem
prejuízo da preparação devida para a Sagrada Comunhão, e não sendo autorizadas
as “absolvições coletivas”, as Confissões quaresmais devem passar para o tempo
pascal ou para outra ocasião. No entanto, não sejam negados, de forma alguma,
os sacramentos aos doentes ou idosos que, em perigo de vida, os peçam, quer nos
Lares quer em suas casas;
Quanto
à Celebração da Eucaristia, dos Sacramentos, funerais e outras celebrações
litúrgicas, dentro das igrejas, os Párocos saberão agir dentro do que for
aconselhado pelas autoridades públicas. Em caso extremo, acompanhando sempre as
indicações da DGS e competentes autoridades eclesiais, pode acontecer vir a ser
necessário encerrar as Igrejas. Neste caso, pode indicar-se, previamente, aos
cristãos uma forma de “estabelecer comunhão”, com Celebrações e momentos de oração
em que se permaneça unido, mesmo à distância. Pode indicar-se a Eucaristia
dominical através da TV ou, nas Paróquias e Comunidades com mais meios, através
dos diretos em facebook. No caso particular dos funerais, tenha-se em grande
atenção o risco do velório e do próprio funeral. Pode ser conveniente que o
féretro vá diretamente para o cemitério, celebrando-se depois a Eucaristia;
É
fundamental estarmos atentos aos ambientes sanitários das Escolas locais e,
sempre em linha com as decisões da DGS, se as Escolas forem encerradas,
suspender as Catequeses Paroquiais e as atividades dos demais grupos
paroquiais;
Embora
acompanhando as indicações das autoridades sanitárias, neste momento não nos é
possível definir bem a forma de Celebração do Tríduo Pascal. No entanto, fica à
responsabilidade dos Párocos e seus colaboradores, a decisão e comunicação
atempada à comunidade da sua realização
ou não, dado que tais celebrações também implicam a vida das famílias,
sobretudo de batizandos. Se for necessário encerrar as igrejas, as celebrações
mais importantes e indispensáveis serão apenas participadas pelos envolvidos na
ação litúrgica, sem a participação dos fiéis, e, se possível, transmitidas por
algum dos meios já mencionados;
Nesta
fase, e até novas indicações, será bom encerrar as Igrejas às visitas
turísticas, abrindo-as apenas para as horas de Celebração litúrgica. Logo de
seguida, deve proceder-se, no interior da Igreja, à higienização possível, com
uma solução alcoolizada, de todos os botões, maçanetas, puxadores das portas, a
possível higienização dos pavimentos, etc.;
Temos,
entretanto, o dever imperioso de fé e de vida cristã de promover a oração
invocando de Deus a força para fazer face ao flagelo da pandemia Covid-19 e
implorando-Lhe a vitória sobre esta batalha. Rezamos e agimos sanitariamente.
Não podemos deixar de rezar e de preservar o essencial da identidade cristã em
momentos como este. Seria pecado se não agíssemos com base no Mandamento Novo
do amor ao próximo e se não colaborássemos com as autoridades sanitárias.
Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco
11-03-2020
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