quarta-feira, 18 de março de 2020







PARÓQUIAS DE NISA



Quinta, 19 de março de 2020

















Quinta da III semana da Quaresma

                                     








QUINTA-FEIRA da semana III

S. JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM SANTA MARIA

SOLENIDADE

 Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. próprio.

L 1 2 Sam 7, 4-5a. 12-14a. 16; Sal 88 (89), 2-3. 4-5. 27 e 29.
L 2 Rom 4, 13. 16-18. 22.
Ev Mt 1, 16. 18-21. 24a ou Lc 2, 41-51a.

* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* 7.º aniversário da solene inauguração do Pontificado do Papa Francisco (2013).
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. José Augusto Martins Fernandes Pedreira, Bispo Emérito de Viana do Castelo (1983).
* Na Diocese de Vila Real – Aniversário da Ordenação episcopal de D. António Augusto de Oliveira Azevedo (2016).
* Na Ordem Agostiniana – S. José, Protector da Ordem – SOLENIDADE
* Na Congregação das Filhas de São Camilo – S. José, Padroeiro da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Irmãos Maristas, na Congregação das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo, na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria, Padroeiro principal das Congregações – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Missionários do Coração de Maria – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria, Padroeiro secundário da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria, Padroeiro secundário da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Sagrados Corações – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria, Padroeiro da Congregação – SOLENIDADE
* Nos Missionários Combonianos do Coração de Jesus – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria, Padroeiro do Instituto – SOLENIDADE
* Nas Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados – S. José, Esposo da Virgem Santa Maria, Padroeiro principal – SOLENIDADE
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.




S. JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM SANTA MARIA

Nota Histórica
Nos desígnios de Deus, José foi o homem escolhido para ser o pai adoptivo de Jesus. É no seio da sua família modestíssima que se realiza, com efeito, o Ministério da Incarnação do Verbo. Intimamente unido à Virgem-Mãe e ao Salvador, José situa-se num plano muito superior ao dos mais profundos místicos: amando Jesus, amava o Seu Deus; toda a ternura respeitosa, com que envolvia Maria, dirigia-se à Imaculada Mãe de Deus.
Figura perfeita do «justo» do Antigo Testamento, homem de uma fé a toda a prova, no cumprimento da sua missão, mostrará sempre uma disponibilidade total, mesmo nos acontecimentos mais desconcertantes.
Protector providencial de Cristo, continua a sê-lo do Seu Corpo Místico. O exemplo da sua vida é sempre actual para todos quantos querem situar a sua vida na âmbito dos desígnios de salvação do Senhor.

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missa

ANTÍFONA DE ENTRADA Lc 12, 42
Este é o servo fiel e prudente,
que o Senhor pôs à frente da sua família.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Deus todo-poderoso,
que na aurora dos novos tempos confiastes a São José
a guarda dos mistérios da salvação dos homens,
concedei à vossa Igreja, por sua intercessão,
a graça de os conservar fielmente
e de os realizar até à sua plenitude.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 2 Sam 7, 4-5a.12-14a.16
«O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David» (Lc 2, 32)


Leitura do Segundo Livro de Samuel

Naqueles dias,
o Senhor falou a Natã, dizendo:
«Vai dizer ao meu servo David:
Assim fala o Senhor:
Quando chegares ao termo dos teus dias
e fores repousar com os teus pais,
estabelecerei em teu lugar um descendente que nascerá de ti
e consolidarei a tua realeza.
Ele construirá um palácio ao meu nome
e Eu consolidarei para sempre o seu trono real.
Serei para ele um pai e Ele será para Mim um filho.

A tua casa e o teu reino
permanecerão diante de Mim eternamente
e o teu trono será firme para sempre».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 88 (89), 2-3.4-5.27 e 29 (R. 37)
Refrão: A sua descendência permanecerá eternamente.

Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor
e para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Vós dissestes:
«A bondade está estabelecida para sempre»,
no céu permanece firme a vossa fidelidade.

Concluí uma aliança com o meu eleito,
fiz um juramento a David meu servo:
Conservarei a tua descendência para sempre,
estabelecerei o teu trono por todas as gerações.

Ele Me invocará: «Vós sois meu Pai,
meu Deus, meu Salvador».
Assegurar-lhe-ei para sempre o meu favor,
a minha aliança com ele será irrevogável.


LEITURA II Rom 4, 13.16-18.22
«Esperando contra toda a esperança»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos:
Não foi por meio da Lei,
mas pela justiça da fé,
que se fez a Abraão ou à sua descendência
a promessa de que receberia o mundo como herança.

Portanto a herança vem pela fé,
para que seja dom gratuito de Deus
e a promessa seja válida para toda a descendência,
não só para a descendência segundo a Lei,
mas também para a descendência segundo a fé de Abraão.
Ele é o pai de todos nós, como está escrito:
«Fiz de ti o pai de muitos povos».
Ele é o nosso pai diante d’Aquele em quem acreditou,
o Deus que dá vida aos mortos
e chama à existência o que não existe.
Esperando contra toda a esperança,
Abraão acreditou,
tornando-se pai de muitos povos,
como lhe tinha sido dito:
«Assim será a tua descendência».
Por este motivo é que isto «lhe foi atribuído como justiça».

Palavra do Senhor.


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 83 (84), 5
Refrão:
Felizes os que habitam na vossa casa, Senhor:
eles Vos louvarão pelos tempos sem fim.
Refrão

Em vez deste Evangelho pode ler-se o que se lhe segue.


EVANGELHO Mt 1, 16.18-21.24a
«José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Jacob gerou José, esposo de Maria,
da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo:
Maria, sua Mãe, noiva de José,
antes de terem vivido em comum,
encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.
Mas José, seu esposo,
que era justo e não queria difamá-la,
resolveu repudiá-la em segredo.
Tinha ele assim pensado,
quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor,
que lhe disse:
«José, filho de David,
não temas receber Maria, tua esposa,
pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho
e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus,
porque Ele salvará o povo dos seus pecados».
Quando despertou do sono,
José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor.

Palavra da salvação.


Em vez do Evangelho precedente, pode ler-se o seguinte:

EVANGELHO Lc 2, 41-51a
«Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém,
pela festa da Páscoa.
Quando Ele fez doze anos,
subiram até lá, como era costume nessa festa.
Quando eles regressavam, passados os dias festivos,
o Menino Jesus ficou em Jerusalém,
sem que seus pais o soubessem.
Julgando que Ele vinha na caravana,
fizeram um dia de viagem
e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos.
Não O encontrando,
voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Passados três dias,
encontraram-n’O no templo,
sentado no meio dos doutores,
a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos aqueles que O ouviam
estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas.
Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados;
e sua Mãe disse-Lhe:
«Filho, porque procedeste assim connosco?
Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura».
Jesus respondeu-lhes:
«Porque Me procuráveis?
Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?».
Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse.
Jesus desceu então com eles para Nazaré
e era-lhes submisso.
Palavra da salvação.

Diz-se o Credo.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
a graça de servir ao vosso altar de coração puro,
imitando a dedicação e fidelidade
com que São José serviu o vosso Filho Unigénito,
nascido da Virgem Maria.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio de São José [na solenidade]: p. 492


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 25, 21
Servo bom e fiel,
entra na alegria do teu Senhor.

Ou Mt 1, 20-21
Não temas, José:
Maria dará à luz um Filho
e tu Lhe darás o nome de Jesus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor,
que na solenidade de São José
alimentastes a vossa família à mesa deste altar,
defendei-a sempre com a vossa proteção
e velai pelos dons que lhe concedestes.
Por Nosso Senhor.





« Não comungar seria o maior desprezo a Jesus que se sente ‘doente de amor’»


São João Crisóstomo






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS:
  



AGENDA DO DIA


12.00 horas: Oração em rede em toda a diocese pedir a graça do fim da epidemia ( ver mais abaixo o pedido do Senhor Bispo)

18.00 horas: Missa da zona pastoral de Nisa transmitida através da internet (facebook)

Dadas s circunstâncias, convidamos todos a participar nas celebrações deste modo. Passai a palavra, convidando-nos mutuamente. A celebração da eucaristia é um momento em que todos, mesmo à distância, estamos unidos e formamos comunidade. Podem, inclusive, pedir intenções tal como nas celebrações de presença física.

Pelas 21.00 horas ; Oração pela internet (Facebook – Zona Pastoral de Nisa)

Estas celebrações, sem a presença física da comunidade, continuarão até não haver risco de contágio pelo Covid 19


PROPOSTA DE MOMENTO DE ORAÇÃO


Senhor Padres
Senhores Diáconos
Senhores Membros da Vida Consagrada
Senhores Membros do Conselho Diocesano da Pastoral

Cumprimentos respeitosos.
Pelas redes sociais, tenho apreciado como alguns têm vivido, acompanhado e animado o povo de Deus nestes difíceis momentos. Que a Celebração da Eucaristia, mesmo sem gente que se veja, seja o momento mais alto do dia do Padre.

Com confiança e sem protocolos, venho apelar a todos a que, neste momento tão preocupante, e para além de aderirmos ao que nos é pedido pelas autoridades sanitárias, façamos um momento de oração em rede, todos os dias, às 12 horas. O despertador do telemóvel pode assinalar o momento. Se alguém o não conseguir fazer a essa hora, não fique com problemas de consciência. Pode-o fazer noutra hora. Se lhes for possível, e sem quebrar as regras sanitárias, podem fazer com que alguns dos vossos paroquianos ou amigos (Ministros da Palavra, da Comunhão, Catequistas, Crianças, Movimentos, serviços, etc), também se unam nesse momento, em oração diocesana. Comecemos amanhã, Solenidade de São José e Dia do Pai.
Durante cinco minutos, ao meio dia, estaremos unidos em oração, pedindo ao Senhor, Salvador do mundo, por intercessão de São José e da Virgem Maria, Sua e nossa Mãe, a vitória sobre o flagelo do vírus:
- que a epidemia possa ser contida,
- que inspire os nossos governantes,
- que dê coragem e sabedoria aos profissionais da saúde,
- que fortaleça as famílias das vítimas da doença,
- que dê o eterno descanso àqueles que já partiram.
- que a comunidade humana se faça colaborante
- que...

(Porque pode ajudar, junto uma Oração dos Bispos da Europa)

Deus Pai, Criador do mundo,
omnipotente e misericordioso,
que por nosso amor
enviaste o teu Filho ao mundo
como médico dos corpos e das almas,
olha para os teus filhos
que neste momento difícil
de desorientação e consternação
em muitas regiões da Europa e do mundo
se voltam para Ti
em busca de força, salvação e alívio.

Livra-nos da doença e do medo,
cura os nossos doentes,
conforta os seus familiares,
dá sabedoria aos nossos governantes,
energia e recompensa aos médicos,
enfermeiros e voluntários,
vida eterna aos defuntos.
Não nos abandones
neste momento de provação,

mas livra-nos de todo o mal.

Tudo isto Te pedimos, ó Pai
que, com o Filho e o Espírito Santo,
vives e reinas pelos séculos dos séculos.
Ámen.

Santa Maria,
Mãe da saúde e da esperança,
roga por nós!

[Bispos da Europa – CCEE e COMECE]

+Antonino Dias
Portalegre
18-03-2020









A VOZ DO PASTOR

PAI PRESENTE - FILHOS AGRADECIDOS

Em Portugal, celebramos o Dia do Pai no Dia da Solenidade de São José, esposo de Maria e pai adotivo de Jesus, o Filho de Deus. Homem justo e bom, homem da escuta e da ação, dos grandes e pequenos gestos, ele passou a vida amando e servindo Jesus e Maria, constituindo, com eles, a Sagrada Família de Nazaré, sempre envolvida no serviço à comunidade humana. Na figura de São José, reconhecemos a dedicação de todos os pais que vivem com alegria e esperança a difícil tarefa da educação dos seus filhos, reconhecendo que, de facto, a família é, sem dúvida, o primeiro espaço do dom e da gratuidade, onde o amor deve atuar e crescer. Se é insubstituível a presença e o contributo da mãe para a saúde e o bem estar da família, hoje vamos destacar a importância da presença e da ação do pai. Constatando a superficialidade do mundo atual, a missão do pai é a de ser capaz de educar e ensinar os filhos a adquirir e a usar todas as ferramentas adequadas para escavar bem até ao fundo, bem até à rocha firme, para que, sobre essa rocha, eles possam construir a sua pessoa e a sua vida, com abertura ao compromisso e à esperança. Esse princípio de construir sobre a rocha firme não é novo, mas Jesus tornou-o presente e necessário. De facto, não se deve construir sobre a areia movediça. A influência exercida sobre as novas gerações já não é tanto a da família, mas a do grupo, muito mais a do mundo, muito mais ainda a do fascinante mundo virtual. A maravilha e as enormes potencialidades que o mundo virtual encerra nem sempre são usadas com os critérios do bem fazer e do construir. Fogem ao real e ao verdadeiro para se deixarem subjugar pelos meros interesses económicos, cativando e explorando os mais vulneráveis que facilmente assimilam, naturalmente constroem fantasias e pensam poder construir um mundo à parte, isolando-se de tudo e de todos. Neste mundo, tão belo quão complicado e esquisito, a educação precisa de humildade e de dedicação, de verdade e de coerência, de confiança e de firmeza credível,  em liberdade e responsabilidade. Tantas vezes é preciso remar contra a maré, enfrentar a fadiga e o sacrifício para se poder optar, não pelos caminhos sombrios, esburacados e perigosos, não pelos atalhos, vielas ou carreiros de cabras, mas pelas estradas amplas e airosas que levem a viajar pela vida adentro com gosto e segurança, sempre livres e agradecidos ao Senhor da Vida que a todos ama e quer felizes.
Mesmo que as Escrituras não nos esclareçam se São José também mudava o nome ao martelo quando, em vez de acertar no prego, malhava com ele nos dedos, sim, mesmo que isso, brincando, não nos esteja claro, ele apresenta-se como pai e marido exemplar, é um estímulo, é protetor.  Pai presente e sereno, protegeu Jesus, deu-lhe o nome, ensinou-lhe o caminho do trabalho, da obediência e da cidadania. E Jesus iam crescendo “em estatura, sabedoria e graça”. Os filhos, regra geral, nas etapas mais recetivas da vida de crescimento, têm no pai o seu herói. Ele gera confiança, ensina a arriscar, a fazer opções, a encarar a vida: educa com paciência. Francisco escreveu assim: “Os pais devem saber ser pacientes. Às vezes, não há outra coisa a fazer que não seja esperar, rezar e esperar com paciência, doçura, magnanimidade, misericórdia. Um bom pai sabe esperar e sabe perdoar.”
Ao longo dos tempos, mercê da ação continuada dos Papas e de, nos tempos mais difíceis, eles pedirem aos fiéis que recorressem à sua proteção, a devoção a São José foi-se desenvolvendo gradualmente, ao ponto de ser declarado Padroeiro da Igreja Universal e Advogado dos lares cristãos. Determinou-se que, em cada ano e todos os dias, no mês de outubro, Mês do Rosário, se rezasse uma oração a São José e que se lhe consagrasse todo o mês de março, com culto diário. Àqueles lugares em que não existisse esse costume, foi-lhes proposto que, antes do Dia da Festa anual que já vem de 1621, celebrassem um tríduo de oração. E se esse dia não fosse dia de preceito, que os fiéis o santificassem como se, de facto, o fosse. São José também foi apresentado como exemplo para todos os trabalhadores e foi fixado o primeiro dia do mês de maio como festa de São José Operário, Dia do Trabalhador. O Concílio Vaticano II foi confiado à proteção de São José e o seu nome foi integrado no cânone da Missa e faz parte da oração após a Bênção do SS. Sacramento. A sua figura e missão na Vida de Cristo e da Igreja foi tema de uma Exortação Apostólica de São João Paulo II. E Santa Teresa de Ávila afirmava que quem não tivesse quem o ensinasse a rezar, tomasse São José por mestre e não erraria o caminho. Na Aparição de Outubro de 1917, em Fátima, São José, com o Menino, parecia abençoar o mundo. Tanto São José como Nossa Senhora, deram o seu “Sim” aos projetos de Deus. Que cada pai, de mão dada com a sua esposa, também possam dar o seu “Sim” agradecido a Deus, em fidelidade à missão que Ele lhes confiou: os filhos agradecem! Também eles crescerão em “estatura, sabedoria e graça”!

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-03-2020.

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DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
COMUNICADO

Havendo o risco real e grave de alastramento, em Portugal, da epidemia do Covid-19 já declarada pandemia pela OMS; querendo colaborar no imenso esforço que todos, civicamente, desde os competentes serviços até ao cidadão individual, somos chamados a fazer para conter o mais possível o contágio por Covid-19 e as suas consequências; consciente do papel e da responsabilidade da Igreja na relação direta e próxima com as Comunidades; apelando ao bom senso e ao sentido cívico próprio dos Cristãos, solicitamos aos Reverendos Párocos, às Comunidades cristãs e às suas Instituições eclesiais (Movimentos de Evangelização, Equipas de Serviços Paroquiais, Irmandades, Confrarias, Associações culturais religiosas, Comissões de Festas, Centros Sociais Paroquiais, etc.) a atenção para os seguintes aspetos:

Temos o dever ético cristão de colaborar com as autoridades de saúde e as suas orientações, avisando, repetida e pedagogicamente, e sem gerar pânico, as nossas Comunidades, da necessidade de algumas medidas de etiqueta respiratória e de maior higiene, que ajudam a prevenir a infeção, como, sobretudo, as que são indicadas pela Direção Geral de saúde;

Temos o imperativo da consciência cristã e o dever eclesial do cumprimento das orientações emanadas pela Conferência Episcopal Portuguesa:  omissão do gesto da saudação na paz; Comunhão sacramental acolhida na mão; inexistência de água nas pias de água benta; Comunhão dos concelebrantes por intinção;

Devemos instituir, se ainda o não fizemos, precauções sanitárias na preparação de todos os elementos litúrgicos, nomeadamente para a celebração da Eucaristia: cuidado extremo do manuseamento das partículas; consagração da hóstia em patena distinta das partículas; utilização da pala tapando as partículas que se destinam aos fiéis e tapando o cálice; desinfeção das mãos com solução alcoólica imediatamente antes da distribuição da Sagrada Comunhão e logo após; cuidado redobrado com os Ministros Extraordinários da Comunhão;

Porque na vivência da Quaresma e preparação da Festa da Páscoa se costumam organizar atos culturais e atos de culto como Concertos, Procissões, Vias-sacras ao ar livre e outras iniciativas que envolvem visitantes e maior aglomeração de pessoas, é imperioso sintonizar com o que as autoridades públicas indicam, cancelando essas iniciativas. Reduza-se ao indispensável o atendimento nos Cartórios paroquiais mesmo que se usem as devidas cautelas de segurança;

Nos Lares de Idosos, Infantários, Centros de Dia, Centros de Convívio, Unidades de cuidados continuados, etc., devem elaborar-se e pôr-se em prática planos de contingência. Seguindo as medidas da DGS e da Autoridade de Proteção Civil, façam-se apenas as visitas que se justifiquem, e desde que haja abertura da Instituição para que a visita possa acontecer;

O mesmo se diga das visitas aos idosos e doentes, em suas próprias casas, por parte de visitadores de doentes, Ministros Extraordinários da Comunhão, Conferências Vicentinas e outros. Reduzam- se essas visitas também ao mínimo indispensável;

Porque a visita aos Lares de idosos, a doentes e idosos em suas próprias casas, era momento importante dentro da sua programação, também já foram suspensas as Visitas Pastorais que estavam em curso no Arciprestado de Ponte de Sor;

Sem prejuízo da preparação devida para a Sagrada Comunhão, e não sendo autorizadas as “absolvições coletivas”, as Confissões quaresmais devem passar para o tempo pascal ou para outra ocasião. No entanto, não sejam negados, de forma alguma, os sacramentos aos doentes ou idosos que, em perigo de vida, os peçam, quer nos Lares quer em suas casas;

Quanto à Celebração da Eucaristia, dos Sacramentos, funerais e outras celebrações litúrgicas, dentro das igrejas, os Párocos saberão agir dentro do que for aconselhado pelas autoridades públicas. Em caso extremo, acompanhando sempre as indicações da DGS e competentes autoridades eclesiais, pode acontecer vir a ser necessário encerrar as Igrejas. Neste caso, pode indicar-se, previamente, aos cristãos uma forma de “estabelecer comunhão”, com Celebrações e momentos de oração em que se permaneça unido, mesmo à distância. Pode indicar-se a Eucaristia dominical através da TV ou, nas Paróquias e Comunidades com mais meios, através dos diretos em facebook. No caso particular dos funerais, tenha-se em grande atenção o risco do velório e do próprio funeral. Pode ser conveniente que o féretro vá diretamente para o cemitério, celebrando-se depois a Eucaristia;

É fundamental estarmos atentos aos ambientes sanitários das Escolas locais e, sempre em linha com as decisões da DGS, se as Escolas forem encerradas, suspender as Catequeses Paroquiais e as atividades dos demais grupos paroquiais;

Embora acompanhando as indicações das autoridades sanitárias, neste momento não nos é possível definir bem a forma de Celebração do Tríduo Pascal. No entanto, fica à responsabilidade dos Párocos e seus colaboradores, a decisão e comunicação atempada  à comunidade da sua realização ou não, dado que tais celebrações também implicam a vida das famílias, sobretudo de batizandos. Se for necessário encerrar as igrejas, as celebrações mais importantes e indispensáveis serão apenas participadas pelos envolvidos na ação litúrgica, sem a participação dos fiéis, e, se possível, transmitidas por algum dos meios já mencionados;

Nesta fase, e até novas indicações, será bom encerrar as Igrejas às visitas turísticas, abrindo-as apenas para as horas de Celebração litúrgica. Logo de seguida, deve proceder-se, no interior da Igreja, à higienização possível, com uma solução alcoolizada, de todos os botões, maçanetas, puxadores das portas, a possível higienização dos pavimentos, etc.;

Temos, entretanto, o dever imperioso de fé e de vida cristã de promover a oração invocando de Deus a força para fazer face ao flagelo da pandemia Covid-19 e implorando-Lhe a vitória sobre esta batalha. Rezamos e agimos sanitariamente. Não podemos deixar de rezar e de preservar o essencial da identidade cristã em momentos como este. Seria pecado se não agíssemos com base no Mandamento Novo do amor ao próximo e se não colaborássemos com as autoridades sanitárias.


Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco
11-03-2020



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