PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
09 de março de 2020
Segunda-feira da II semana da Quaresma
SEGUNDA-FEIRA
da semana II
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Dan 9, 4b-10; Sal 78 (79), 8. 9. 11. 13
Ev Lc 6, 36-38
* Pode celebrar-se a memória de S. Francisca Romana, religiosa, como se indica na p. 33, n. 8.
* Na Ordem Beneditina – Pode celebrar-se a memória de S. Francisca Romana, como se indica na p. 33, n. 8.
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – S. João de Deus, religioso, Fundador da Ordem Hospitaleira – SOLENIDADE (transferida).
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Dan 9, 4b-10; Sal 78 (79), 8. 9. 11. 13
Ev Lc 6, 36-38
* Pode celebrar-se a memória de S. Francisca Romana, religiosa, como se indica na p. 33, n. 8.
* Na Ordem Beneditina – Pode celebrar-se a memória de S. Francisca Romana, como se indica na p. 33, n. 8.
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – S. João de Deus, religioso, Fundador da Ordem Hospitaleira – SOLENIDADE (transferida).
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 25,
11-12
Salvai-me, Senhor, e tende piedade de mim. Os meus pés seguem o caminho recto. Nas assembleias bendirei o Senhor.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita misericórdia, que nos ordenais a penitência do corpo para remédio do espírito, concedei que possamos evitar todo o pecado e cumprir fielmente as exigências da vossa lei. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Dan 9, 4b-10
«Pecámos, cometemos injustiças e iniquidades»
Leitura da Profecia de Daniel
Salvai-me, Senhor, e tende piedade de mim. Os meus pés seguem o caminho recto. Nas assembleias bendirei o Senhor.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita misericórdia, que nos ordenais a penitência do corpo para remédio do espírito, concedei que possamos evitar todo o pecado e cumprir fielmente as exigências da vossa lei. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Dan 9, 4b-10
«Pecámos, cometemos injustiças e iniquidades»
Leitura da Profecia de Daniel
Senhor, Deus grande e terrível, que sois fiel à aliança e à misericórdia para com os que Vos amam e observam os vossos mandamentos! Nós pecámos, cometemos injustiças e iniquidades, fomos rebeldes, afastando-nos dos vossos mandamentos e preceitos. Não escutámos os profetas, vossos servos, que em vosso nome falavam aos nossos reis, aos nossos chefes e antepassados e a todo o povo da nação. Em Vós, Senhor, está a justiça; em nós recai a vergonha que sentimos no rosto, como sucede neste dia aos homens de Judá, aos habitantes de Jerusalém e a todo o Israel, aos que estão perto e aos que estão longe, em todos os países para onde os dispersastes por causa das infidelidades que contra Vós cometeram. Sobre nós, Senhor, recai a vergonha que sentimos no rosto, sobre os nossos reis, chefes e antepassados, porque pecámos contra Vós. No Senhor, nosso Deus, está a misericórdia e o perdão, porque nos revoltámos contra Ele e não escutámos a voz do Senhor, nosso Deus, seguindo as leis que nos dava por meio dos profetas, seu servos.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 78 (79), 8.9.11.13 (R. Salmo 102, 10a)
Refrão: Não nos julgueis, Senhor, pelos nossos pecados. Repete-se
Não recordeis, Senhor, contra nós
as culpas dos nossos pais.
Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia,
porque somos tão miseráveis. Refrão
Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do vosso nome.
Salvai-nos e perdoai os nossos pecados,
para glória do vosso nome. Refrão
Chegue à vossa presença, Senhor,
o gemido dos cativos;
pela omnipotência do vosso braço,
libertai os condenados à morte. Refrão
E nós, vosso povo,
ovelhas do vosso rebanho,
louvar-Vos-emos para sempre
e de geração em geração cantaremos a vossa glória.
Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Jo 6, 63c.68c
Refrão: Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo. Repete-se
As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida:
Vós tendes palavras de vida eterna. Refrão
EVANGELHO Lc 6, 36-38
«Perdoai e sereis perdoados»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Atendei, Senhor, as nossas súplicas e livrai das seduções terrenas aqueles a quem destes a graça de celebrar os mistérios celestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc. 6, 36
Sede misericordiosos,
como o vosso Pai celeste é misericor¬dioso, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor, que esta comunhão nos purifique do pecado e nos torne participantes da alegria celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O Bom Deus me dá
coragem na proporção dos meus sofrimentos»
Santa Teresa do
Menino Jesus
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Dan 9, 4b-10: De
novo, uma liturgia penitencial, que não é de estranhar neste tempo. Penitencial
não quer dizer triste; quer dizer antes denúncia do pecado, chamamento à
conversão, anúncio do perdão e da misericórdia do Pai. O primeiro passo na
conversão é o reconhecimento, diante de Deus, da situação de pecador. E logo
surge a oração humilde e confiante de quem pede o perdão, como a de Daniel, o
cativo da Babilónia.
Lc 6, 36-38: O homem, feito em santidade à imagem de
Deus, também agora, ao suplicar o perdão de seus pecados, há-de imitar o Pai
das misericórdias, há de perdoar a quem o ofendeu, como numa cadeia de amor, de
Deus ao pecador, deste ao seu irmão
AGENDA DO DIA
21.30 horas: Oração de louvor no Calvário.
A VOZ DO PASTOR
Apesar de existir ainda muita
desigualdade e muitos outros modos de ferir a sua dignidade, a mulher
encontra-se hoje nos mais elevados cargos públicos e nos mais importantes
lugares de decisão. Desde o mundo do trabalho ao da vida social, desde a
cultura à ciência e às artes, da educação ao desporto, da política à economia,
da vida eclesial à reflexão teológica, nada lhes é estranho. Alegramo-nos com
elas! Mas também, com elas, reconhecemos que a sua preciosa presença na família é cada vez menor. A inserção
no mercado de trabalho, a valorização da sua carreira e o sucesso profissional,
se têm aspetos positivamente relevantes, terão este contra: o tempo não chega,
o trabalho cansa, os meios de transporte fazem aumentar a fadiga diária, a
disposição fraqueja, tantas razões a complicar ou a fazer delegar esta dimensão
vocacional da mulher. Mesmo assim, elas esticam-se e desdobram-se em tarefas,
com muito esforço, com muita correria e muita ginástica de vida, ainda que essa
presença seja igualmente partilhada com o marido, quando é...
De facto, só uma sociedade bem estruturada e organizada, que, de todo, não é a nossa,
poderia permitir que cada mulher pudesse realizar-se no desempenho da sua competência
e responsabilidade profissional sem ter de prejudicar ou abandonar a sua
insubstituível e muito especial presença na família e para a família. Se essa dimensão social fosse mais e melhor
implementada pelos poderes públicos, a sociedade só teria a ganhar, a mulher e
a família beneficiariam, os filhos saltitariam de alegria e o seu crescimento
seria muito mais saudável e harmonioso. Quanto mais estável for a família,
tanto mais garantida e respeitada estará a situação da mulher bem como a sua
autoridade e liberdade, a sua vida matrimonial e a sua maternidade, o pleno
desenvolvimento da sua personalidade. Até o seu emprego seria melhor vivido, seria
um tempo mais feliz e um local de plena realização.
Estou com quem pensa e defende que o
primeiro direito da mulher é ser verdadeiramente mulher, é ser respeitada na
sua dignidade e vocação, em igualdade de género, de salário e de oportunidades. Nem a mulher nem o homem, nenhum deles, é
superior ou mais digno que o outro. Também não há igualdade absoluta
entre homem e mulher. Têm natureza idêntica mas especificidades ou
caraterísticas próprias. São ambos necessários para a plenitude da pessoa e há
entre eles “uma verdadeira reciprocidade na equivalência e na diferença”. São
duas formas distintas pelas quais a humanidade cresce e se enriquece.
No entanto, há
quem, para libertar a mulher de situações tidas como injustas, deite mão de “uma presumida liberdade sem
limites”, ou de um certo “igualitarismo radical”, como se tais modos de decretar
e impor fossem capazes de modificar a natureza das coisas ou de alterar aquilo
que o próprio senso comum evidencia. A ideologia do género é uma dessas
ferramentas. Muda e desconstrói a linguagem, os laços familiares, a
sexualidade, a cultura, a educação e os valores, de forma dinâmica e silenciosa,
sem fazer barulho, mas a trilhar caminho por tudo quanto é sítio, a começar
pelas escolas, universidades e outras instâncias criadoras de opinião e
mentalidade. Alguém a classifica como uma “metástase do marxismo”, sendo a
família tradicional, e quem a defende, o principal inimigo a exterminar. Por
sua vez, a dedicada engenharia social, as elites de serviço e os parlamentos de
turno, fazem coro e dão-lhe força, e a legislação, sob o falso pretexto de um
grande rasgo civilizacional, lá vai sendo cozinhada por entre os aplausos de
quem se sente dono e ao leme do barco, e o encolher de ombros de quem,
subserviente e sem coragem, não quer fazer ondas ou gerar tempestades com medo
que os ventos e a água lhe possam saltar para o seu próprio tacho que não
querem enegrecer, muito menos perder!...
Cristo teve um
comportamento desconcertante perante a triste
mentalidade da época em relação à mulher. Ele fez-se promotor da
verdadeira dignidade da mulher e
da vocação correspondente a essa dignidade. Os próprios discípulos manifestaram estranheza ao
ver como Jesus se colocava ao lado da mulher e a defendia, qualquer que fosse a sua
condição, idade ou circunstância. No
debate sobre o matrimónio em que ardilosamente lhe colocaram a questão do
direito do homem «repudiar a sua mulher por qualquer motivo», Jesus denuncia e
insurge-se contra a dureza do coração farisaico e defende o verdadeiro lugar da
mulher no matrimónio e a sua dignidade como pessoa. Na história do
cristianismo, mesmo que nela se possam encontrar erros ou desvios - a Igreja,
se é divina, também é humana! -, na história do cristianismo, a mulher sempre
teve um estatuto especial de dignidade. O Magistério da Igreja tem sido pródigo
em documentos e referências ao assunto e a mulher encontra-se no coração da história da salvação. Mas,
de facto, não tem sido fácil essa luta pelos direitos da mulher. Só desde que
ela deixou de ser apenas destinatária dessa luta e assumiu nela verdadeiro
protagonismo é que se têm dado passos de aplaudir e podemos hoje celebrar o Dia
Internacional da Mulher. Desde as suas reivindicações como operárias numa
fábrica em Nova Iorque, em 1857, a história desta luta das mulheres tem-se
vindo a construir e a fazer valer.
Aconselho a ler um elogio à mulher, no
Livro dos Provérbios, um livro da Bíblia cujo conteúdo é atribuído ao rei
Salomão que viveu, aproximadamente, há 3.000 anos. A compilação do Livro é imputado
a um autor do século VI-V antes de Cristo. É um poema ou hino em louvor da
mulher, sempre dedicada, laboriosa, empreendedora, hábil e atenta aos outros, cujos
filhos e marido se erguem para a felicitar e elogiar (Provérbios 31, 10-31).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 06-03-2020
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