domingo, 8 de março de 2020







PARÓQUIAS DE NISA



Segunda, 09 de março de 2020

















Segunda-feira da II semana da Quaresma

                                     












SEGUNDA-FEIRA da semana II
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.

L 1 Dan 9, 4b-10; Sal 78 (79), 8. 9. 11. 13
Ev Lc 6, 36-38


* Pode celebrar-se a memória de S. Francisca Romana, religiosa, como se indica na p. 33, n. 8.
* Na Ordem Beneditina – Pode celebrar-se a memória de S. Francisca Romana, como se indica na p. 33, n. 8.
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – S. João de Deus, religioso, Fundador da Ordem Hospitaleira – SOLENIDADE (transferida).


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 25, 11-12
Salvai-me, Senhor, e tende piedade de mim. Os meus pés seguem o caminho recto. Nas assembleias bendirei o Senhor.


ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita misericórdia, que nos ordenais a penitência do corpo para remédio do espírito, concedei que possamos evitar todo o pecado e cumprir fielmente as exigências da vossa lei. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Dan 9, 4b-10
«Pecámos, cometemos injustiças e iniquidades»


Leitura da Profecia de Daniel

Senhor, Deus grande e terrível, que sois fiel à aliança e à misericórdia para com os que Vos amam e observam os vossos mandamentos! Nós pecámos, cometemos injustiças e iniquidades, fomos rebeldes, afastando-nos dos vossos mandamentos e preceitos. Não escutámos os profetas, vossos servos, que em vosso nome falavam aos nossos reis, aos nossos chefes e antepassados e a todo o povo da nação. Em Vós, Senhor, está a justiça; em nós recai a vergonha que sentimos no rosto, como sucede neste dia aos homens de Judá, aos habitantes de Jerusalém e a todo o Israel, aos que estão perto e aos que estão longe, em todos os países para onde os dispersastes por causa das infidelidades que contra Vós cometeram. Sobre nós, Senhor, recai a vergonha que sentimos no rosto, sobre os nossos reis, chefes e antepassados, porque pecámos contra Vós. No Senhor, nosso Deus, está a misericórdia e o perdão, porque nos revoltámos contra Ele e não escutámos a voz do Senhor, nosso Deus, seguindo as leis que nos dava por meio dos profetas, seu servos.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 78 (79), 8.9.11.13 (R. Salmo 102, 10a)
Refrão: Não nos julgueis, Senhor, pelos nossos pecados. Repete-se


Não recordeis, Senhor, contra nós
as culpas dos nossos pais.
Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia,
porque somos tão miseráveis. Refrão


Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do vosso nome.
Salvai-nos e perdoai os nossos pecados,
para glória do vosso nome. Refrão


Chegue à vossa presença, Senhor,
o gemido dos cativos;
pela omnipotência do vosso braço,
libertai os condenados à morte. Refrão


E nós, vosso povo,
ovelhas do vosso rebanho,
louvar-Vos-emos para sempre
e de geração em geração cantaremos a vossa glória.
Refrão


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Jo 6, 63c.68c
Refrão: Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo. Repete-se
As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida:
Vós tendes palavras de vida eterna. Refrão


EVANGELHO Lc 6, 36-38
«Perdoai e sereis perdoados»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Atendei, Senhor, as nossas súplicas e livrai das seduções terrenas aqueles a quem destes a graça de celebrar os mistérios celestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Quaresma


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc. 6, 36
Sede misericordiosos,
como o vosso Pai celeste é misericor¬dioso, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor, que esta comunhão nos purifique do pecado e nos torne participantes da alegria celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







«O Bom Deus me dá coragem na proporção dos meus sofrimentos»



Santa Teresa do Menino Jesus







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Dan 9, 4b-10: De novo, uma liturgia penitencial, que não é de estranhar neste tempo. Penitencial não quer dizer triste; quer dizer antes denúncia do pecado, chamamento à conversão, anúncio do perdão e da misericórdia do Pai. O primeiro passo na conversão é o reconhecimento, diante de Deus, da situação de pecador. E logo surge a oração humilde e confiante de quem pede o perdão, como a de Daniel, o cativo da Babilónia.

Lc 6, 36-38: O homem, feito em santidade à imagem de Deus, também agora, ao suplicar o perdão de seus pecados, há-de imitar o Pai das misericórdias, há de perdoar a quem o ofendeu, como numa cadeia de amor, de Deus ao pecador, deste ao seu irmão





AGENDA DO DIA


21.30 horas: Oração de louvor no Calvário.






A VOZ DO PASTOR


A MULHER EM BUSCA DE MAIS E MELHOR

Apesar de existir ainda muita desigualdade e muitos outros modos de ferir a sua dignidade, a mulher encontra-se hoje nos mais elevados cargos públicos e nos mais importantes lugares de decisão. Desde o mundo do trabalho ao da vida social, desde a cultura à ciência e às artes, da educação ao desporto, da política à economia, da vida eclesial à reflexão teológica, nada lhes é estranho. Alegramo-nos com elas! Mas também, com elas, reconhecemos que a sua preciosa presença na família é cada vez menor. A inserção no mercado de trabalho, a valorização da sua carreira e o sucesso profissional, se têm aspetos positivamente relevantes, terão este contra: o tempo não chega, o trabalho cansa, os meios de transporte fazem aumentar a fadiga diária, a disposição fraqueja, tantas razões a complicar ou a fazer delegar esta dimensão vocacional da mulher. Mesmo assim, elas esticam-se e desdobram-se em tarefas, com muito esforço, com muita correria e muita ginástica de vida, ainda que essa presença seja igualmente partilhada com o marido, quando é...

De facto, só uma sociedade bem estruturada e organizada, que, de todo, não é a nossa, poderia permitir que cada mulher pudesse realizar-se no desempenho da sua competência e responsabilidade profissional sem ter de prejudicar ou abandonar a sua insubstituível e muito especial presença na família e para a família. Se essa dimensão social fosse mais e melhor implementada pelos poderes públicos, a sociedade só teria a ganhar, a mulher e a família beneficiariam, os filhos saltitariam de alegria e o seu crescimento seria muito mais saudável e harmonioso. Quanto mais estável for a família, tanto mais garantida e respeitada estará a situação da mulher bem como a sua autoridade e liberdade, a sua vida matrimonial e a sua maternidade, o pleno desenvolvimento da sua personalidade. Até o seu emprego seria melhor vivido, seria um tempo mais feliz e um local de plena realização.

Estou com quem pensa e defende que o primeiro direito da mulher é ser verdadeiramente mulher, é ser respeitada na sua dignidade e vocação, em igualdade de género, de salário e de oportunidades. Nem a mulher nem o homem, nenhum deles, é superior ou mais digno que o outro. Também não há igualdade absoluta entre homem e mulher. Têm natureza idêntica mas especificidades ou caraterísticas próprias. São ambos necessários para a plenitude da pessoa e há entre eles “uma verdadeira reciprocidade na equivalência e na diferença”. São duas formas distintas pelas quais a humanidade cresce e se enriquece.

No entanto, há quem, para libertar a mulher de situações tidas como injustas, deite mão de “uma presumida liberdade sem limites”, ou de um certo “igualitarismo radical”, como se tais modos de decretar e impor fossem capazes de modificar a natureza das coisas ou de alterar aquilo que o próprio senso comum evidencia. A ideologia do género é uma dessas ferramentas. Muda e desconstrói a linguagem, os laços familiares, a sexualidade, a cultura, a educação e os valores, de forma dinâmica e silenciosa, sem fazer barulho, mas a trilhar caminho por tudo quanto é sítio, a começar pelas escolas, universidades e outras instâncias criadoras de opinião e mentalidade. Alguém a classifica como uma “metástase do marxismo”, sendo a família tradicional, e quem a defende, o principal inimigo a exterminar. Por sua vez, a dedicada engenharia social, as elites de serviço e os parlamentos de turno, fazem coro e dão-lhe força, e a legislação, sob o falso pretexto de um grande rasgo civilizacional, lá vai sendo cozinhada por entre os aplausos de quem se sente dono e ao leme do barco, e o encolher de ombros de quem, subserviente e sem coragem, não quer fazer ondas ou gerar tempestades com medo que os ventos e a água lhe possam saltar para o seu próprio tacho que não querem enegrecer, muito menos perder!...

Cristo teve um comportamento  desconcertante perante a triste mentalidade da época em relação à mulher. Ele fez-se promotor da verdadeira dignidade da mulher e da vocação correspondente a essa dignidade. Os próprios discípulos manifestaram estranheza ao ver como Jesus se colocava ao lado  da mulher e a defendia, qualquer que fosse a sua condição, idade ou circunstância. No debate sobre o matrimónio em que ardilosamente lhe colocaram a questão do direito do homem «repudiar a sua mulher por qualquer motivo», Jesus denuncia e insurge-se contra a dureza do coração farisaico e defende o verdadeiro lugar da mulher no matrimónio e a sua dignidade como pessoa. Na história do cristianismo, mesmo que nela se possam encontrar erros ou desvios - a Igreja, se é divina, também é humana! -, na história do cristianismo, a mulher sempre teve um estatuto especial de dignidade. O Magistério da Igreja tem sido pródigo em documentos e referências ao assunto e a mulher encontra-se no coração da história da salvação. Mas, de facto, não tem sido fácil essa luta pelos direitos da mulher. Só desde que ela deixou de ser apenas destinatária dessa luta e assumiu nela verdadeiro protagonismo é que se têm dado passos de aplaudir e podemos hoje celebrar o Dia Internacional da Mulher. Desde as suas reivindicações como operárias numa fábrica em Nova Iorque, em 1857, a história desta luta das mulheres tem-se vindo a construir e a fazer valer.

Aconselho a ler um elogio à mulher, no Livro dos Provérbios, um livro da Bíblia cujo conteúdo é atribuído ao rei Salomão que viveu, aproximadamente, há 3.000 anos. A compilação do Livro é imputado a um autor do século VI-V antes de Cristo. É um poema ou hino em louvor da mulher, sempre dedicada, laboriosa, empreendedora, hábil e atenta aos outros, cujos filhos e marido se erguem para a felicitar e elogiar (Provérbios 31, 10-31).

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 06-03-2020





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