PARÓQUIAS
DE NISA
Sábado,
21 de março de 2020
Sábado da III semana da Quaresma
CELEBRAR
E
REZAR
EM
TEMPO DE EPIDEMIA
SÁBADO
da semana III
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Os 6, 1-6; Sal 50 (51), 3-4. 18-19. 20-21
Ev Lc 18, 9-14
* Na Arquidiocese de Braga (Basílica de S. Bento da Porta Aberta) – Aniversário da Basílica de S. Bento da Porta Aberta – SOLENIDADE
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Pode celebrar-se a memória do Trânsito de S. Bento, abade, Padroeiro da Diocese, como se indica na p. 33, n. 8.
* Na Ordem Beneditina – Trânsito do Patriarca S. Bento, abade – FESTA
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – Trânsito de S. Bento, abade – FESTA; Aniversário da Fundação da Ordem de Cister (1098).
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Os 6, 1-6; Sal 50 (51), 3-4. 18-19. 20-21
Ev Lc 18, 9-14
* Na Arquidiocese de Braga (Basílica de S. Bento da Porta Aberta) – Aniversário da Basílica de S. Bento da Porta Aberta – SOLENIDADE
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Pode celebrar-se a memória do Trânsito de S. Bento, abade, Padroeiro da Diocese, como se indica na p. 33, n. 8.
* Na Ordem Beneditina – Trânsito do Patriarca S. Bento, abade – FESTA
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – Trânsito de S. Bento, abade – FESTA; Aniversário da Fundação da Ordem de Cister (1098).
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 102,
2-3
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.
Ele perdoa todos os teus pecados.
ORAÇÃO COLECTA
Celebrando com alegria a observância quaresmal, nós Vos suplicamos, Senhor: fazei-nos caminhar fervorosamente para os mistérios pascais, a fim de podermos gozar plenamente os seus frutos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Os 6, 1-6
«Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios»
Leitura da Profecia de Oseias
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.
Ele perdoa todos os teus pecados.
ORAÇÃO COLECTA
Celebrando com alegria a observância quaresmal, nós Vos suplicamos, Senhor: fazei-nos caminhar fervorosamente para os mistérios pascais, a fim de podermos gozar plenamente os seus frutos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Os 6, 1-6
«Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios»
Leitura da Profecia de Oseias
Vinde,
voltemos para o Senhor. Se Ele nos feriu, Ele nos curará. Se nos atingiu com os
seus golpes, Ele tratará as nossas feridas. Ao fim de dois dias, Ele nos fará
viver de novo; ao terceiro dia nos levantará e viveremos na sua presença.
Procuremos conhecer o Senhor: a sua vinda é certa como a aurora. Virá a nós
como o aguaceiro de Outono, como a chuva da Primavera sobre a face da terra.
«Que farei por ti, Efraim? Que farei por ti, Judá?» – diz o Senhor – «O vosso amor
é como o nevoeiro da manhã, como o orvalho da madrugada que logo se evapora.
Por isso os castiguei por meio dos Profetas e os matei com palavras da minha
boca; e o meu direito resplandece como a luz. Porque Eu quero a misericórdia e
não os sacrifícios, o conhecimento de Deus, mais que os holocaustos».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 50 (51), 3-4.18-19.20-21 (R. cf. Os 6, 6)
Refrão: Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios. Repete-se
Compadecei-Vos de Mim, ó Deus, por vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia,
apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas. Refrão
Não é do sacrifício que Vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido:
não desprezareis, Senhor,
um espírito humilhado e contrito. Refrão
Pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência,
reconstruí os muros de Jerusalém.
Então Vos agradareis dos sacrifícios devidos,
oblações e holocaustos,
então serão oferecidas vítimas sobre o vosso altar. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Salmo 94 (95), 8ab
Refrão: A salvação,
a glória e o poder a Jesus Cristo,
Nosso Senhor. Repete-se
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações. Refrão
EVANGELHO Lc 18, 9-14
«O publicano desceu justificado para sua casa
e o fariseu não»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus disse a seguinte parábola para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros: «Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim: ‘Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo’. O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu; mas batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’. Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, que nos purificais com a vossa graça, para nos aproximarmos dignamente dos vossos mistérios, concedei que, honrando solenemente estes dons sagrados, Vos prestemos a homenagem do louvor perfeito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 18, 13
O publicano batia no peito e dizia:
Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de misericórdia, que nos alimentais constantemente com os vossos mistérios, concedei-nos que os celebremos sempre de coração sincero e os recebamos com verdadeira fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« Família que reza
unida, permanece unida»
São João
Paulo II
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Os 6, 1-6 :Toda a verdadeira atitude de
conversão nasce do fundo do coração, e não apenas de promessas superficiais ou
do cumprimento puramente exterior de certos costumes tidos por religiosos e
bons. O amor sincero e verdadeiro tem raízes fundas no coração. Há-de ser
sólido e estável, e não como o orvalho da manhã que os primeiros raios do Sol
fazem desaparecer. O que Deus quer de nós é o amor, e não apenas sinais
exteriores sem correspondência interior. Estes três dias de que fala a leitura
evocam já, de algum modo, o próximo Tríduo Pascal.
Lc 18, 9-14: O fariseu é o exemplo da pessoa que
julga que, por ser exteriormente cumpridora e de costumes religiosos, é já, só
por isso, santa e perfeita; o publicano é o modelo da pessoa humilde e
consciente da sua qualidade de pecador. A humildade do pecador alcança-lhe o
perdão, ao passo que o orgulho daquele que se julga cumpridor ainda o torna
mais pecador. A conversão verdadeira supõe a humildade, o arrependimento, a
disposição para cumprir a vontade de Deus, mas por amor de Deus, sem
comparações com os outros e sem os julgar; só Deus julga, perdoa e salva.
AGENDA DO DIA
12.00 horas: Oração em rede em toda a diocese
pedir a graça do fim da epidemia ( ver mais abaixo o pedido do Senhor Bispo)
18.00 horas: Missa da zona pastoral de Nisa
transmitida através da internet (facebook:
Zona Pastoral de Nisa))
Dadas s circunstâncias, convidamos todos a
participar nas celebrações deste modo. Passai a palavra, convidando-nos
mutuamente. A celebração da eucaristia é um momento em que todos, mesmo à
distância, estamos unidos e formamos comunidade. Podem, inclusive, pedir intenções tal como nas celebrações de
presença física.
Estas celebrações, sem a presença física da
comunidade, continuarão até não haver risco de contágio pelo Covid 19
PROPOSTA DE MOMENTO DE
ORAÇÃO
Senhor
Padres
Senhores
Diáconos
Senhores
Membros da Vida Consagrada
Senhores
Membros do Conselho Diocesano da Pastoral
Cumprimentos
respeitosos.
Pelas
redes sociais, tenho apreciado como alguns têm vivido, acompanhado e animado o
povo de Deus nestes difíceis momentos. Que a Celebração da Eucaristia, mesmo
sem gente que se veja, seja o momento mais alto do dia do Padre.
Com
confiança e sem protocolos, venho apelar a todos a que, neste momento tão
preocupante, e para além de aderirmos ao que nos é pedido pelas autoridades
sanitárias, façamos um momento de oração em rede, todos os dias, às 12 horas. O
despertador do telemóvel pode assinalar o momento. Se alguém o não conseguir
fazer a essa hora, não fique com problemas de consciência. Pode-o fazer noutra
hora. Se lhes for possível, e sem quebrar as regras sanitárias, podem fazer com
que alguns dos vossos paroquianos ou amigos (Ministros da Palavra, da Comunhão,
Catequistas, Crianças, Movimentos, serviços, etc), também se unam nesse
momento, em oração diocesana. Comecemos amanhã, Solenidade de São José e Dia do
Pai.
Durante
cinco minutos, ao meio dia, estaremos unidos em oração, pedindo ao Senhor,
Salvador do mundo, por intercessão de São José e da Virgem Maria, Sua e nossa
Mãe, a vitória sobre o flagelo do vírus:
-
que a epidemia possa ser contida,
-
que inspire os nossos governantes,
-
que dê coragem e sabedoria aos profissionais da saúde,
-
que fortaleça as famílias das vítimas da doença,
-
que dê o eterno descanso àqueles que já partiram.
-
que a comunidade humana se faça colaborante
-
que...
(Porque
pode ajudar, junto uma Oração dos Bispos da Europa)
Deus Pai,
Criador do mundo,
omnipotente e
misericordioso,
que por nosso
amor
enviaste o teu
Filho ao mundo
como médico dos
corpos e das almas,
olha para os
teus filhos
que neste
momento difícil
de desorientação
e consternação
em muitas
regiões da Europa e do mundo
se voltam para
Ti
em busca de
força, salvação e alívio.
Livra-nos da
doença e do medo,
cura os nossos
doentes,
conforta os seus
familiares,
dá sabedoria aos
nossos governantes,
energia e
recompensa aos médicos,
enfermeiros e
voluntários,
vida eterna aos
defuntos.
Não nos abandones
neste momento de
provação,
mas livra-nos de
todo o mal.
Tudo isto Te
pedimos, ó Pai
que, com o Filho
e o Espírito Santo,
vives e reinas
pelos séculos dos séculos.
Ámen.
Santa Maria,
Mãe da saúde e
da esperança,
roga por nós!
[Bispos
da Europa – CCEE e COMECE]
+Antonino Dias
Portalegre
18-03-2020
A
VOZ DO PASTOR
PAI PRESENTE - FILHOS AGRADECIDOS
Em
Portugal, celebramos o Dia do Pai no Dia da Solenidade de São José, esposo de Maria
e pai adotivo de Jesus, o Filho de Deus. Homem justo e bom, homem da escuta e
da ação, dos grandes e pequenos gestos, ele passou a vida amando e servindo
Jesus e Maria, constituindo, com eles, a Sagrada Família de Nazaré, sempre
envolvida no serviço à comunidade humana. Na figura de São José, reconhecemos a
dedicação de todos os pais que vivem com alegria e esperança a difícil tarefa
da educação dos seus filhos, reconhecendo que, de facto, a família é, sem
dúvida, o primeiro espaço do dom e da gratuidade, onde o amor deve atuar e
crescer. Se é insubstituível a presença e o contributo da mãe para a saúde e o
bem estar da família, hoje vamos destacar a importância da presença e da ação
do pai. Constatando a superficialidade do mundo atual, a missão do pai é a de
ser capaz de educar e ensinar os filhos a adquirir e a usar todas as
ferramentas adequadas para escavar bem até ao fundo, bem até à rocha firme,
para que, sobre essa rocha, eles possam construir a sua pessoa e a sua vida,
com abertura ao compromisso e à esperança. Esse princípio de construir sobre a
rocha firme não é novo, mas Jesus tornou-o presente e necessário. De facto, não
se deve construir sobre a areia movediça. A influência exercida sobre as novas
gerações já não é tanto a da família, mas a do grupo, muito mais a do mundo,
muito mais ainda a do fascinante mundo virtual. A maravilha e as enormes
potencialidades que o mundo virtual encerra nem sempre são usadas com os
critérios do bem fazer e do construir. Fogem ao real e ao verdadeiro para se
deixarem subjugar pelos meros interesses económicos, cativando e explorando os
mais vulneráveis que facilmente assimilam, naturalmente constroem fantasias e
pensam poder construir um mundo à parte, isolando-se de tudo e de todos. Neste
mundo, tão belo quão complicado e esquisito, a educação precisa de humildade e
de dedicação, de verdade e de coerência, de confiança e de firmeza
credível, em liberdade e
responsabilidade. Tantas vezes é preciso remar contra a maré, enfrentar a
fadiga e o sacrifício para se poder optar, não pelos caminhos sombrios,
esburacados e perigosos, não pelos atalhos, vielas ou carreiros de cabras, mas
pelas estradas amplas e airosas que levem a viajar pela vida adentro com gosto
e segurança, sempre livres e agradecidos ao Senhor da Vida que a todos ama e
quer felizes.
Mesmo
que as Escrituras não nos esclareçam se São José também mudava o nome ao
martelo quando, em vez de acertar no prego, malhava com ele nos dedos, sim,
mesmo que isso, brincando, não nos esteja claro, ele apresenta-se como pai e
marido exemplar, é um estímulo, é protetor.
Pai presente e sereno, protegeu Jesus, deu-lhe o nome, ensinou-lhe o
caminho do trabalho, da obediência e da cidadania. E Jesus iam crescendo “em
estatura, sabedoria e graça”. Os filhos, regra geral, nas etapas mais recetivas
da vida de crescimento, têm no pai o seu herói. Ele gera confiança, ensina a
arriscar, a fazer opções, a encarar a vida: educa com paciência. Francisco
escreveu assim: “Os pais devem saber ser pacientes. Às vezes, não há outra coisa
a fazer que não seja esperar, rezar e esperar com paciência, doçura,
magnanimidade, misericórdia. Um bom pai sabe esperar e sabe perdoar.”
Ao
longo dos tempos, mercê da ação continuada dos Papas e de, nos tempos mais
difíceis, eles pedirem aos fiéis que recorressem à sua proteção, a devoção a
São José foi-se desenvolvendo gradualmente, ao ponto de ser declarado Padroeiro
da Igreja Universal e Advogado dos lares cristãos. Determinou-se que, em cada
ano e todos os dias, no mês de outubro, Mês do Rosário, se rezasse uma oração a
São José e que se lhe consagrasse todo o mês de março, com culto diário.
Àqueles lugares em que não existisse esse costume, foi-lhes proposto que, antes
do Dia da Festa anual que já vem de 1621, celebrassem um tríduo de oração. E se
esse dia não fosse dia de preceito, que os fiéis o santificassem como se, de
facto, o fosse. São José também foi apresentado como exemplo para todos os
trabalhadores e foi fixado o primeiro dia do mês de maio como festa de São José
Operário, Dia do Trabalhador. O Concílio Vaticano II foi confiado à proteção de
São José e o seu nome foi integrado no cânone da Missa e faz parte da oração
após a Bênção do SS. Sacramento. A sua figura e missão na Vida de Cristo e da
Igreja foi tema de uma Exortação Apostólica de São João Paulo II. E Santa
Teresa de Ávila afirmava que quem não tivesse quem o ensinasse a rezar, tomasse
São José por mestre e não erraria o caminho. Na Aparição de Outubro de 1917, em
Fátima, São José, com o Menino, parecia abençoar o mundo. Tanto São José como
Nossa Senhora, deram o seu “Sim” aos projetos de Deus. Que cada pai, de mão
dada com a sua esposa, também possam dar o seu “Sim” agradecido a Deus, em
fidelidade à missão que Ele lhes confiou: os filhos agradecem! Também eles
crescerão em “estatura, sabedoria e graça”!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-03-2020.
_____________________________
COMUNICADO
Havendo
o risco real e grave de alastramento, em Portugal, da epidemia do Covid-19 já
declarada pandemia pela OMS; querendo colaborar no imenso esforço que todos,
civicamente, desde os competentes serviços até ao cidadão individual, somos
chamados a fazer para conter o mais possível o contágio por Covid-19 e as suas
consequências; consciente do papel e da responsabilidade da Igreja na relação
direta e próxima com as Comunidades; apelando ao bom senso e ao sentido cívico
próprio dos Cristãos, solicitamos aos Reverendos Párocos, às Comunidades
cristãs e às suas Instituições eclesiais (Movimentos de Evangelização, Equipas
de Serviços Paroquiais, Irmandades, Confrarias, Associações culturais
religiosas, Comissões de Festas, Centros Sociais Paroquiais, etc.) a atenção
para os seguintes aspetos:
Temos
o dever ético cristão de colaborar com as autoridades de saúde e as suas
orientações, avisando, repetida e pedagogicamente, e sem gerar pânico, as
nossas Comunidades, da necessidade de algumas medidas de etiqueta respiratória
e de maior higiene, que ajudam a prevenir a infeção, como, sobretudo, as que
são indicadas pela Direção Geral de saúde;
Temos
o imperativo da consciência cristã e o dever eclesial do cumprimento das
orientações emanadas pela Conferência Episcopal Portuguesa: omissão do gesto da saudação na paz; Comunhão
sacramental acolhida na mão; inexistência de água nas pias de água benta;
Comunhão dos concelebrantes por intinção;
Devemos
instituir, se ainda o não fizemos, precauções sanitárias na preparação de todos
os elementos litúrgicos, nomeadamente para a celebração da Eucaristia: cuidado
extremo do manuseamento das partículas; consagração da hóstia em patena
distinta das partículas; utilização da pala tapando as partículas que se
destinam aos fiéis e tapando o cálice; desinfeção das mãos com solução
alcoólica imediatamente antes da distribuição da Sagrada Comunhão e logo após;
cuidado redobrado com os Ministros Extraordinários da Comunhão;
Porque
na vivência da Quaresma e preparação da Festa da Páscoa se costumam organizar
atos culturais e atos de culto como Concertos, Procissões, Vias-sacras ao ar
livre e outras iniciativas que envolvem visitantes e maior aglomeração de
pessoas, é imperioso sintonizar com o que as autoridades públicas indicam,
cancelando essas iniciativas. Reduza-se ao indispensável o atendimento nos
Cartórios paroquiais mesmo que se usem as devidas cautelas de segurança;
Nos
Lares de Idosos, Infantários, Centros de Dia, Centros de Convívio, Unidades de
cuidados continuados, etc., devem elaborar-se e pôr-se em prática planos de
contingência. Seguindo as medidas da DGS e da Autoridade de Proteção Civil,
façam-se apenas as visitas que se justifiquem, e desde que haja abertura da
Instituição para que a visita possa acontecer;
O
mesmo se diga das visitas aos idosos e doentes, em suas próprias casas, por parte
de visitadores de doentes, Ministros Extraordinários da Comunhão, Conferências
Vicentinas e outros. Reduzam- se essas visitas também ao mínimo indispensável;
Porque
a visita aos Lares de idosos, a doentes e idosos em suas próprias casas, era
momento importante dentro da sua programação, também já foram suspensas as
Visitas Pastorais que estavam em curso no Arciprestado de Ponte de Sor;
Sem
prejuízo da preparação devida para a Sagrada Comunhão, e não sendo autorizadas
as “absolvições coletivas”, as Confissões quaresmais devem passar para o tempo
pascal ou para outra ocasião. No entanto, não sejam negados, de forma alguma,
os sacramentos aos doentes ou idosos que, em perigo de vida, os peçam, quer nos
Lares quer em suas casas;
Quanto
à Celebração da Eucaristia, dos Sacramentos, funerais e outras celebrações
litúrgicas, dentro das igrejas, os Párocos saberão agir dentro do que for
aconselhado pelas autoridades públicas. Em caso extremo, acompanhando sempre as
indicações da DGS e competentes autoridades eclesiais, pode acontecer vir a ser
necessário encerrar as Igrejas. Neste caso, pode indicar-se, previamente, aos
cristãos uma forma de “estabelecer comunhão”, com Celebrações e momentos de
oração em que se permaneça unido, mesmo à distância. Pode indicar-se a
Eucaristia dominical através da TV ou, nas Paróquias e Comunidades com mais
meios, através dos diretos em facebook. No caso particular dos funerais,
tenha-se em grande atenção o risco do velório e do próprio funeral. Pode ser
conveniente que o féretro vá diretamente para o cemitério, celebrando-se depois
a Eucaristia;
É
fundamental estarmos atentos aos ambientes sanitários das Escolas locais e,
sempre em linha com as decisões da DGS, se as Escolas forem encerradas,
suspender as Catequeses Paroquiais e as atividades dos demais grupos
paroquiais;
Embora
acompanhando as indicações das autoridades sanitárias, neste momento não nos é
possível definir bem a forma de Celebração do Tríduo Pascal. No entanto, fica à
responsabilidade dos Párocos e seus colaboradores, a decisão e comunicação
atempada à comunidade da sua realização
ou não, dado que tais celebrações também implicam a vida das famílias,
sobretudo de batizandos. Se for necessário encerrar as igrejas, as celebrações
mais importantes e indispensáveis serão apenas participadas pelos envolvidos na
ação litúrgica, sem a participação dos fiéis, e, se possível, transmitidas por
algum dos meios já mencionados;
Nesta
fase, e até novas indicações, será bom encerrar as Igrejas às visitas
turísticas, abrindo-as apenas para as horas de Celebração litúrgica. Logo de
seguida, deve proceder-se, no interior da Igreja, à higienização possível, com
uma solução alcoolizada, de todos os botões, maçanetas, puxadores das portas, a
possível higienização dos pavimentos, etc.;
Temos,
entretanto, o dever imperioso de fé e de vida cristã de promover a oração
invocando de Deus a força para fazer face ao flagelo da pandemia Covid-19 e
implorando-Lhe a vitória sobre esta batalha. Rezamos e agimos sanitariamente.
Não podemos deixar de rezar e de preservar o essencial da identidade cristã em
momentos como este. Seria pecado se não agíssemos com base no Mandamento Novo
do amor ao próximo e se não colaborássemos com as autoridades sanitárias.
Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco
11-03-2020
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