sexta-feira, 20 de março de 2020







PARÓQUIAS DE NISA



Sábado, 21 de março de 2020

















Sábado da III semana da Quaresma

                                     








CELEBRAR
E
REZAR
EM
TEMPO DE EPIDEMIA




SÁBADO da semana III
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.

L 1 Os 6, 1-6; Sal 50 (51), 3-4. 18-19. 20-21
Ev Lc 18, 9-14


* Na Arquidiocese de Braga (Basílica de S. Bento da Porta Aberta) – Aniversário da Basílica de S. Bento da Porta Aberta – SOLENIDADE
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Pode celebrar-se a memória do Trânsito de S. Bento, abade, Padroeiro da Diocese, como se indica na p. 33, n. 8.
* Na Ordem Beneditina – Trânsito do Patriarca S. Bento, abade – FESTA
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – Trânsito de S. Bento, abade – FESTA; Aniversário da Fundação da Ordem de Cister (1098).
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.



 MISSA

 ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 102, 2-3
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.
Ele perdoa todos os teus pecados.


ORAÇÃO COLECTA
Celebrando com alegria a observância quaresmal, nós Vos suplicamos, Senhor: fazei-nos caminhar fervorosamente para os mistérios pascais, a fim de podermos gozar plenamente os seus frutos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Os 6, 1-6
«Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios»


Leitura da Profecia de Oseias

Vinde, voltemos para o Senhor. Se Ele nos feriu, Ele nos curará. Se nos atingiu com os seus golpes, Ele tratará as nossas feridas. Ao fim de dois dias, Ele nos fará viver de novo; ao terceiro dia nos levantará e viveremos na sua presença. Procuremos conhecer o Senhor: a sua vinda é certa como a aurora. Virá a nós como o aguaceiro de Outono, como a chuva da Primavera sobre a face da terra. «Que farei por ti, Efraim? Que farei por ti, Judá?» – diz o Senhor – «O vosso amor é como o nevoeiro da manhã, como o orvalho da madrugada que logo se evapora. Por isso os castiguei por meio dos Profetas e os matei com palavras da minha boca; e o meu direito resplandece como a luz. Porque Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios, o conhecimento de Deus, mais que os holocaustos».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 50 (51), 3-4.18-19.20-21 (R. cf. Os 6, 6)
Refrão: Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios. Repete-se

Compadecei-Vos de Mim, ó Deus, por vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia,
apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas. Refrão

Não é do sacrifício que Vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido:
não desprezareis, Senhor,
um espírito humilhado e contrito. Refrão

Pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência,
reconstruí os muros de Jerusalém.
Então Vos agradareis dos sacrifícios devidos,
oblações e holocaustos,
então serão oferecidas vítimas sobre o vosso altar. Refrão


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Salmo 94 (95), 8ab
Refrão: A salvação,
a glória e o poder a Jesus Cristo,
Nosso Senhor.
Repete-se

Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações. Refrão



EVANGELHO Lc 18, 9-14
«O publicano desceu justificado para sua casa
e o fariseu não»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus disse a seguinte parábola para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros: «Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim: ‘Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo’. O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu; mas batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’. Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, que nos purificais com a vossa graça, para nos aproximarmos dignamente dos vossos mistérios, concedei que, honrando solenemente estes dons sagrados, Vos prestemos a homenagem do louvor perfeito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Quaresma


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 18, 13
O publicano batia no peito e dizia:
Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de misericórdia, que nos alimentais constantemente com os vossos mistérios, concedei-nos que os celebremos sempre de coração sincero e os recebamos com verdadeira fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.





« Família que reza unida, permanece unida»


São João Paulo II






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Os 6, 1-6 :Toda a verdadeira atitude de conversão nasce do fundo do coração, e não apenas de promessas superficiais ou do cumprimento puramente exterior de certos costumes tidos por religiosos e bons. O amor sincero e verdadeiro tem raízes fundas no coração. Há-de ser sólido e estável, e não como o orvalho da manhã que os primeiros raios do Sol fazem desaparecer. O que Deus quer de nós é o amor, e não apenas sinais exteriores sem correspondência interior. Estes três dias de que fala a leitura evocam já, de algum modo, o próximo Tríduo Pascal.

Lc 18, 9-14: O fariseu é o exemplo da pessoa que julga que, por ser exteriormente cumpridora e de costumes religiosos, é já, só por isso, santa e perfeita; o publicano é o modelo da pessoa humilde e consciente da sua qualidade de pecador. A humildade do pecador alcança-lhe o perdão, ao passo que o orgulho daquele que se julga cumpridor ainda o torna mais pecador. A conversão verdadeira supõe a humildade, o arrependimento, a disposição para cumprir a vontade de Deus, mas por amor de Deus, sem comparações com os outros e sem os julgar; só Deus julga, perdoa e salva.



AGENDA DO DIA

12.00 horas: Oração em rede em toda a diocese pedir a graça do fim da epidemia ( ver mais abaixo o pedido do Senhor Bispo)

18.00 horas: Missa da zona pastoral de Nisa transmitida através da internet (facebook: Zona Pastoral de Nisa))

Dadas s circunstâncias, convidamos todos a participar nas celebrações deste modo. Passai a palavra, convidando-nos mutuamente. A celebração da eucaristia é um momento em que todos, mesmo à distância, estamos unidos e formamos comunidade. Podem, inclusive, pedir intenções tal como nas celebrações de presença física.


Estas celebrações, sem a presença física da comunidade, continuarão até não haver risco de contágio pelo Covid 19


PROPOSTA DE MOMENTO DE ORAÇÃO


Senhor Padres
Senhores Diáconos
Senhores Membros da Vida Consagrada
Senhores Membros do Conselho Diocesano da Pastoral

Cumprimentos respeitosos.
Pelas redes sociais, tenho apreciado como alguns têm vivido, acompanhado e animado o povo de Deus nestes difíceis momentos. Que a Celebração da Eucaristia, mesmo sem gente que se veja, seja o momento mais alto do dia do Padre.

Com confiança e sem protocolos, venho apelar a todos a que, neste momento tão preocupante, e para além de aderirmos ao que nos é pedido pelas autoridades sanitárias, façamos um momento de oração em rede, todos os dias, às 12 horas. O despertador do telemóvel pode assinalar o momento. Se alguém o não conseguir fazer a essa hora, não fique com problemas de consciência. Pode-o fazer noutra hora. Se lhes for possível, e sem quebrar as regras sanitárias, podem fazer com que alguns dos vossos paroquianos ou amigos (Ministros da Palavra, da Comunhão, Catequistas, Crianças, Movimentos, serviços, etc), também se unam nesse momento, em oração diocesana. Comecemos amanhã, Solenidade de São José e Dia do Pai.
Durante cinco minutos, ao meio dia, estaremos unidos em oração, pedindo ao Senhor, Salvador do mundo, por intercessão de São José e da Virgem Maria, Sua e nossa Mãe, a vitória sobre o flagelo do vírus:
- que a epidemia possa ser contida,
- que inspire os nossos governantes,
- que dê coragem e sabedoria aos profissionais da saúde,
- que fortaleça as famílias das vítimas da doença,
- que dê o eterno descanso àqueles que já partiram.
- que a comunidade humana se faça colaborante
- que...

(Porque pode ajudar, junto uma Oração dos Bispos da Europa)

Deus Pai, Criador do mundo,
omnipotente e misericordioso,
que por nosso amor
enviaste o teu Filho ao mundo
como médico dos corpos e das almas,
olha para os teus filhos
que neste momento difícil
de desorientação e consternação
em muitas regiões da Europa e do mundo
se voltam para Ti
em busca de força, salvação e alívio.

Livra-nos da doença e do medo,
cura os nossos doentes,
conforta os seus familiares,
dá sabedoria aos nossos governantes,
energia e recompensa aos médicos,
enfermeiros e voluntários,
vida eterna aos defuntos.
Não nos abandones
neste momento de provação,

mas livra-nos de todo o mal.

Tudo isto Te pedimos, ó Pai
que, com o Filho e o Espírito Santo,
vives e reinas pelos séculos dos séculos.
Ámen.

Santa Maria,
Mãe da saúde e da esperança,
roga por nós!

[Bispos da Europa – CCEE e COMECE]

+Antonino Dias
Portalegre
18-03-2020









A VOZ DO PASTOR

PAI PRESENTE - FILHOS AGRADECIDOS

Em Portugal, celebramos o Dia do Pai no Dia da Solenidade de São José, esposo de Maria e pai adotivo de Jesus, o Filho de Deus. Homem justo e bom, homem da escuta e da ação, dos grandes e pequenos gestos, ele passou a vida amando e servindo Jesus e Maria, constituindo, com eles, a Sagrada Família de Nazaré, sempre envolvida no serviço à comunidade humana. Na figura de São José, reconhecemos a dedicação de todos os pais que vivem com alegria e esperança a difícil tarefa da educação dos seus filhos, reconhecendo que, de facto, a família é, sem dúvida, o primeiro espaço do dom e da gratuidade, onde o amor deve atuar e crescer. Se é insubstituível a presença e o contributo da mãe para a saúde e o bem estar da família, hoje vamos destacar a importância da presença e da ação do pai. Constatando a superficialidade do mundo atual, a missão do pai é a de ser capaz de educar e ensinar os filhos a adquirir e a usar todas as ferramentas adequadas para escavar bem até ao fundo, bem até à rocha firme, para que, sobre essa rocha, eles possam construir a sua pessoa e a sua vida, com abertura ao compromisso e à esperança. Esse princípio de construir sobre a rocha firme não é novo, mas Jesus tornou-o presente e necessário. De facto, não se deve construir sobre a areia movediça. A influência exercida sobre as novas gerações já não é tanto a da família, mas a do grupo, muito mais a do mundo, muito mais ainda a do fascinante mundo virtual. A maravilha e as enormes potencialidades que o mundo virtual encerra nem sempre são usadas com os critérios do bem fazer e do construir. Fogem ao real e ao verdadeiro para se deixarem subjugar pelos meros interesses económicos, cativando e explorando os mais vulneráveis que facilmente assimilam, naturalmente constroem fantasias e pensam poder construir um mundo à parte, isolando-se de tudo e de todos. Neste mundo, tão belo quão complicado e esquisito, a educação precisa de humildade e de dedicação, de verdade e de coerência, de confiança e de firmeza credível,  em liberdade e responsabilidade. Tantas vezes é preciso remar contra a maré, enfrentar a fadiga e o sacrifício para se poder optar, não pelos caminhos sombrios, esburacados e perigosos, não pelos atalhos, vielas ou carreiros de cabras, mas pelas estradas amplas e airosas que levem a viajar pela vida adentro com gosto e segurança, sempre livres e agradecidos ao Senhor da Vida que a todos ama e quer felizes.
Mesmo que as Escrituras não nos esclareçam se São José também mudava o nome ao martelo quando, em vez de acertar no prego, malhava com ele nos dedos, sim, mesmo que isso, brincando, não nos esteja claro, ele apresenta-se como pai e marido exemplar, é um estímulo, é protetor.  Pai presente e sereno, protegeu Jesus, deu-lhe o nome, ensinou-lhe o caminho do trabalho, da obediência e da cidadania. E Jesus iam crescendo “em estatura, sabedoria e graça”. Os filhos, regra geral, nas etapas mais recetivas da vida de crescimento, têm no pai o seu herói. Ele gera confiança, ensina a arriscar, a fazer opções, a encarar a vida: educa com paciência. Francisco escreveu assim: “Os pais devem saber ser pacientes. Às vezes, não há outra coisa a fazer que não seja esperar, rezar e esperar com paciência, doçura, magnanimidade, misericórdia. Um bom pai sabe esperar e sabe perdoar.”
Ao longo dos tempos, mercê da ação continuada dos Papas e de, nos tempos mais difíceis, eles pedirem aos fiéis que recorressem à sua proteção, a devoção a São José foi-se desenvolvendo gradualmente, ao ponto de ser declarado Padroeiro da Igreja Universal e Advogado dos lares cristãos. Determinou-se que, em cada ano e todos os dias, no mês de outubro, Mês do Rosário, se rezasse uma oração a São José e que se lhe consagrasse todo o mês de março, com culto diário. Àqueles lugares em que não existisse esse costume, foi-lhes proposto que, antes do Dia da Festa anual que já vem de 1621, celebrassem um tríduo de oração. E se esse dia não fosse dia de preceito, que os fiéis o santificassem como se, de facto, o fosse. São José também foi apresentado como exemplo para todos os trabalhadores e foi fixado o primeiro dia do mês de maio como festa de São José Operário, Dia do Trabalhador. O Concílio Vaticano II foi confiado à proteção de São José e o seu nome foi integrado no cânone da Missa e faz parte da oração após a Bênção do SS. Sacramento. A sua figura e missão na Vida de Cristo e da Igreja foi tema de uma Exortação Apostólica de São João Paulo II. E Santa Teresa de Ávila afirmava que quem não tivesse quem o ensinasse a rezar, tomasse São José por mestre e não erraria o caminho. Na Aparição de Outubro de 1917, em Fátima, São José, com o Menino, parecia abençoar o mundo. Tanto São José como Nossa Senhora, deram o seu “Sim” aos projetos de Deus. Que cada pai, de mão dada com a sua esposa, também possam dar o seu “Sim” agradecido a Deus, em fidelidade à missão que Ele lhes confiou: os filhos agradecem! Também eles crescerão em “estatura, sabedoria e graça”!

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-03-2020.

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DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
COMUNICADO

Havendo o risco real e grave de alastramento, em Portugal, da epidemia do Covid-19 já declarada pandemia pela OMS; querendo colaborar no imenso esforço que todos, civicamente, desde os competentes serviços até ao cidadão individual, somos chamados a fazer para conter o mais possível o contágio por Covid-19 e as suas consequências; consciente do papel e da responsabilidade da Igreja na relação direta e próxima com as Comunidades; apelando ao bom senso e ao sentido cívico próprio dos Cristãos, solicitamos aos Reverendos Párocos, às Comunidades cristãs e às suas Instituições eclesiais (Movimentos de Evangelização, Equipas de Serviços Paroquiais, Irmandades, Confrarias, Associações culturais religiosas, Comissões de Festas, Centros Sociais Paroquiais, etc.) a atenção para os seguintes aspetos:

Temos o dever ético cristão de colaborar com as autoridades de saúde e as suas orientações, avisando, repetida e pedagogicamente, e sem gerar pânico, as nossas Comunidades, da necessidade de algumas medidas de etiqueta respiratória e de maior higiene, que ajudam a prevenir a infeção, como, sobretudo, as que são indicadas pela Direção Geral de saúde;

Temos o imperativo da consciência cristã e o dever eclesial do cumprimento das orientações emanadas pela Conferência Episcopal Portuguesa:  omissão do gesto da saudação na paz; Comunhão sacramental acolhida na mão; inexistência de água nas pias de água benta; Comunhão dos concelebrantes por intinção;

Devemos instituir, se ainda o não fizemos, precauções sanitárias na preparação de todos os elementos litúrgicos, nomeadamente para a celebração da Eucaristia: cuidado extremo do manuseamento das partículas; consagração da hóstia em patena distinta das partículas; utilização da pala tapando as partículas que se destinam aos fiéis e tapando o cálice; desinfeção das mãos com solução alcoólica imediatamente antes da distribuição da Sagrada Comunhão e logo após; cuidado redobrado com os Ministros Extraordinários da Comunhão;

Porque na vivência da Quaresma e preparação da Festa da Páscoa se costumam organizar atos culturais e atos de culto como Concertos, Procissões, Vias-sacras ao ar livre e outras iniciativas que envolvem visitantes e maior aglomeração de pessoas, é imperioso sintonizar com o que as autoridades públicas indicam, cancelando essas iniciativas. Reduza-se ao indispensável o atendimento nos Cartórios paroquiais mesmo que se usem as devidas cautelas de segurança;

Nos Lares de Idosos, Infantários, Centros de Dia, Centros de Convívio, Unidades de cuidados continuados, etc., devem elaborar-se e pôr-se em prática planos de contingência. Seguindo as medidas da DGS e da Autoridade de Proteção Civil, façam-se apenas as visitas que se justifiquem, e desde que haja abertura da Instituição para que a visita possa acontecer;

O mesmo se diga das visitas aos idosos e doentes, em suas próprias casas, por parte de visitadores de doentes, Ministros Extraordinários da Comunhão, Conferências Vicentinas e outros. Reduzam- se essas visitas também ao mínimo indispensável;

Porque a visita aos Lares de idosos, a doentes e idosos em suas próprias casas, era momento importante dentro da sua programação, também já foram suspensas as Visitas Pastorais que estavam em curso no Arciprestado de Ponte de Sor;

Sem prejuízo da preparação devida para a Sagrada Comunhão, e não sendo autorizadas as “absolvições coletivas”, as Confissões quaresmais devem passar para o tempo pascal ou para outra ocasião. No entanto, não sejam negados, de forma alguma, os sacramentos aos doentes ou idosos que, em perigo de vida, os peçam, quer nos Lares quer em suas casas;

Quanto à Celebração da Eucaristia, dos Sacramentos, funerais e outras celebrações litúrgicas, dentro das igrejas, os Párocos saberão agir dentro do que for aconselhado pelas autoridades públicas. Em caso extremo, acompanhando sempre as indicações da DGS e competentes autoridades eclesiais, pode acontecer vir a ser necessário encerrar as Igrejas. Neste caso, pode indicar-se, previamente, aos cristãos uma forma de “estabelecer comunhão”, com Celebrações e momentos de oração em que se permaneça unido, mesmo à distância. Pode indicar-se a Eucaristia dominical através da TV ou, nas Paróquias e Comunidades com mais meios, através dos diretos em facebook. No caso particular dos funerais, tenha-se em grande atenção o risco do velório e do próprio funeral. Pode ser conveniente que o féretro vá diretamente para o cemitério, celebrando-se depois a Eucaristia;

É fundamental estarmos atentos aos ambientes sanitários das Escolas locais e, sempre em linha com as decisões da DGS, se as Escolas forem encerradas, suspender as Catequeses Paroquiais e as atividades dos demais grupos paroquiais;

Embora acompanhando as indicações das autoridades sanitárias, neste momento não nos é possível definir bem a forma de Celebração do Tríduo Pascal. No entanto, fica à responsabilidade dos Párocos e seus colaboradores, a decisão e comunicação atempada  à comunidade da sua realização ou não, dado que tais celebrações também implicam a vida das famílias, sobretudo de batizandos. Se for necessário encerrar as igrejas, as celebrações mais importantes e indispensáveis serão apenas participadas pelos envolvidos na ação litúrgica, sem a participação dos fiéis, e, se possível, transmitidas por algum dos meios já mencionados;

Nesta fase, e até novas indicações, será bom encerrar as Igrejas às visitas turísticas, abrindo-as apenas para as horas de Celebração litúrgica. Logo de seguida, deve proceder-se, no interior da Igreja, à higienização possível, com uma solução alcoolizada, de todos os botões, maçanetas, puxadores das portas, a possível higienização dos pavimentos, etc.;

Temos, entretanto, o dever imperioso de fé e de vida cristã de promover a oração invocando de Deus a força para fazer face ao flagelo da pandemia Covid-19 e implorando-Lhe a vitória sobre esta batalha. Rezamos e agimos sanitariamente. Não podemos deixar de rezar e de preservar o essencial da identidade cristã em momentos como este. Seria pecado se não agíssemos com base no Mandamento Novo do amor ao próximo e se não colaborássemos com as autoridades sanitárias.


Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco
11-03-2020





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