PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
23 de março de 2020
Segunda da IV semana da Quaresma
CELEBRAR
E
REZAR
EM
TEMPO DE EPIDEMIA
SEGUNDA-FEIRA da semana IV
Roxo
– Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Is 65, 17-21; Sal 29 (30), 2 e 4. 5-6. 11-12a e 13b
Ev Jo 4, 43-54
* Pode celebrar-se a memória de S. Turíbio de Mongrovejo, bispo,
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Is 65, 17-21; Sal 29 (30), 2 e 4. 5-6. 11-12a e 13b
Ev Jo 4, 43-54
* Pode celebrar-se a memória de S. Turíbio de Mongrovejo, bispo,
MISSA
ANTÍFONA DE
ENTRADA Salmo 30, 7-8
Confio em Vós, Senhor.
Hei-de alegrar-me e exultar com a vossa misericórdia,
porque conhecestes as angústias da minha alma
e pusestes os meus pés em caminho largo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita bondade, que renovais o mundo com admiráveis sacramentos, fazei que a vossa Igreja se enriqueça sempre mais com estes benefícios eternos e nunca lhe faltem os auxílios temporais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 65, 17-21
«Nunca mais se hão de ouvir vozes de pranto nem gritos de angústia»
Leitura do Livro de Isaías
Confio em Vós, Senhor.
Hei-de alegrar-me e exultar com a vossa misericórdia,
porque conhecestes as angústias da minha alma
e pusestes os meus pés em caminho largo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita bondade, que renovais o mundo com admiráveis sacramentos, fazei que a vossa Igreja se enriqueça sempre mais com estes benefícios eternos e nunca lhe faltem os auxílios temporais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 65, 17-21
«Nunca mais se hão de ouvir vozes de pranto nem gritos de angústia»
Leitura do Livro de Isaías
Assim fala o Senhor: «Eu vou criar os novos céus e a nova terra e não mais se recordará o passado, nem voltará de novo ao pensamento. Haverá alegria e felicidade eterna por aquilo que Eu vou criar: vou fazer de Jerusalém um motivo de júbilo e do seu povo uma fonte de alegria. Exultarei por causa de Jerusalém e alegrar-Me-ei por causa do meu povo. Nunca mais se hão-de ouvir nela vozes de pranto nem gritos de angústia. Já não haverá ali uma criança que viva só alguns dias, nem um velho que não complete o número dos seus anos, porque o mais novo morrerá centenário e quem não chegar aos cem anos terá incorrido em maldição. Construirão casas e habitarão nelas; plantarão vinhas e comerão os seus frutos».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 29 (30), 2 e 4.5-6.11 e 12a e 13b (R. 2a)
Refrão: Eu Vos louvarei, Senhor, porque me salvastes. Repete-se
Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim
se regozijassem os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo. Refrão
Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,
e dai graças ao seu nome santo.
A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira. Refrão
Ao cair da noite vêm as lágrimas
e ao amanhecer volta a alegria.
Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede Vós o meu auxílio.
Vós convertestes em júbilo o meu pranto:
Senhor meu Deus, eu Vos louvarei eternamente. R.
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Am 5,14
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai. Repete-se
Buscai o bem e não o mal, para que vivais,
e o Senhor estará convosco. Refrão
EVANGELHO Jo 4, 43-54
«Vai, que o teu filho vive»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus saiu da Samaria e foi para a Galileia. Ele próprio tinha declarado que um profeta nunca era apreciado na sua terra. Ao chegar à Galileia, foi recebido pelos galileus, porque tinham visto quanto Ele fizera em Jerusalém, por ocasião da festa, a que também eles tinham assistido. Jesus voltou novamente a Caná da Galileia, onde convertera a água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário real cujo filho se encontrava doente. Quando ouviu dizer que Jesus viera da Judeia para a Galileia, foi ter com Ele e pediu-Lhe que descesse a curar o seu filho, que estava a morrer. Jesus disse-lhe: «Se não virdes sinais e prodígios, não acreditareis». O funcionário insistiu: «Senhor, desce, antes que meu filho morra». Jesus respondeu-lhe: «Vai, que o teu filho vive». O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe tinha dito e pôs-se a caminho. Já ele descia, quando os servos vieram ao seu encontro e lhe disseram que o filho vivia. Perguntou-lhes então a que horas tinha melhorado. Eles responderam-lhe: «Foi ontem à uma da tarde que a febre o deixou». Então o pai verificou que àquela hora Jesus lhe tinha dito: «O teu filho vive». E acreditou, ele e todos os de sua casa. Foi este o segundo milagre que Jesus realizou, ao voltar da Judeia para a Galileia.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor, o fruto da oblação que Vos é consagrada, de modo que, purificados da velha condição do homem terreno, vivamos a vida nova do homem celeste. Por Nosso Senhor.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Ez 36, 27
Diz o Senhor: Infundirei em vós o meu espírito e farei que sigais os meus preceitos e obedeçais fielmente às minhas leis.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos suplicamos, Senhor, que estes dons sagrados renovem a nossa vida, para que, seguindo o caminho da santidade, alcancemos os bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« Deus não criou o mal. O Mal é o resultado da ausência
de Deus nos corações dos seres humanos»
Einstein
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Is
65, 17-21: Com
esta semana, começa a segunda parte da Quaresma. Embora, do ponto de vista
litúrgico, não se pretenda estabelecer uma divisão deste tempo em dois, o facto
é que nestas últimas semanas, com a aproximação da Páscoa, se intensifica a
preparação para este termo. A partir de hoje leremos, de maneira contínua e até
ao fim do Tempo Pascal, o Evangelho de S. João. A liturgia da palavra sublinha
fortemente a perspetiva pascal: a Páscoa de Jesus é a nova criação, a passagem
a “novos céus e nova terra”, onde os mais ambiciosos desejos humanos
encontrarão a sua realização, se eles forem segundo a vontade de Deus, que tem
alegria no seu povo renovado. E o salmo, que será de novo cantado na Vigília
pascal, desde já dá graças pela libertação da morte. Assim, a Quaresma
orienta-se claramente para a Ressurreição.
Jo 4,
43-54: A cura de que fala o Evangelho é
apresentada por S. João, (diferentemente dos Sinópticos), como um “sinal”,
sinal de que Jesus é a Vida e fonte da Vida. Mas não é Ele o Verbo por quem
tudo foi feito? É também Ele por quem agora tudo é refeito como nova criação,
anunciada na leitura anterior.
AGENDA DO DIA
10.00 horas: Funeral em Monta Claro
10.30 horas: Funeral em Gáfete
12.00 horas: Oração em rede em toda a diocese
pedir a graça do fim da epidemia ( ver mais abaixo o pedido do Senhor Bispo)
PROPOSTA DE MOMENTO DE ORAÇÃO
Senhor Padres
Senhores Diáconos
Senhores Membros da
Vida Consagrada
Senhores Membros do
Conselho Diocesano da Pastoral
Cumprimentos respeitosos.
Pelas redes sociais, tenho apreciado como
alguns têm vivido, acompanhado e animado o povo de Deus nestes difíceis
momentos. Que a Celebração da Eucaristia, mesmo sem gente que se veja, seja o
momento mais alto do dia do Padre.
Com confiança e sem protocolos, venho apelar a
todos a que, neste momento tão preocupante, e para além de aderirmos ao que nos
é pedido pelas autoridades sanitárias, façamos um momento de oração em rede,
todos os dias, às 12 horas. O despertador do telemóvel pode assinalar o
momento. Se alguém o não conseguir fazer a essa hora, não fique com problemas
de consciência. Pode-o fazer noutra hora. Se lhes for possível, e sem quebrar
as regras sanitárias, podem fazer com que alguns dos vossos paroquianos ou amigos
(Ministros da Palavra, da Comunhão, Catequistas, Crianças, Movimentos,
serviços, etc), também se unam nesse momento, em oração diocesana. Comecemos
amanhã, Solenidade de São José e Dia do Pai.
Durante cinco minutos, ao meio dia, estaremos
unidos em oração, pedindo ao Senhor, Salvador do mundo, por intercessão de São
José e da Virgem Maria, Sua e nossa Mãe, a vitória sobre o flagelo do vírus:
- que a epidemia possa
ser contida,
- que inspire os
nossos governantes,
- que dê coragem e
sabedoria aos profissionais da saúde,
- que fortaleça as
famílias das vítimas da doença,
- que dê o eterno
descanso àqueles que já partiram.
- que a comunidade
humana se faça colaborante
- que...
(Porque pode ajudar,
junto uma Oração dos Bispos da Europa)
Deus Pai, Criador do
mundo,
omnipotente e
misericordioso,
que por nosso amor
enviaste o teu Filho
ao mundo
como médico dos corpos
e das almas,
olha para os teus
filhos
que neste momento
difícil
de desorientação e
consternação
em muitas regiões da
Europa e do mundo
se voltam para Ti
em busca de força,
salvação e alívio.
Livra-nos da doença e
do medo,
cura os nossos
doentes,
conforta os seus
familiares,
dá sabedoria aos
nossos governantes,
energia e recompensa
aos médicos,
enfermeiros e
voluntários,
vida eterna aos
defuntos.
Não nos abandones
neste momento de
provação,
mas livra-nos de todo
o mal.
Tudo isto Te pedimos,
ó Pai
que, com o Filho e o
Espírito Santo,
vives e reinas pelos
séculos dos séculos.
Ámen.
Santa Maria,
Mãe da saúde e da
esperança,
roga por nós!
[Bispos da Europa –
CCEE e COMECE]
+Antonino Dias
Portalegre
18-03-2020
A VOZ DO PASTOR
Comunicado da Conferência Episcopal Portuguesa
Oração do Rosário e Consagração de Portugal
A Conferência
Episcopal Portuguesa comunica que no próximo dia 25, Solenidade da Anunciação
do Senhor, todas as Dioceses estarão unidas na oração do Rosário pelas
intenções de todo o mundo e em particular de Portugal, nesta situação dramática
que estamos a passar devido ao coronavírus Covid-19.
A oração do Rosário,
transmitida por várias plataformas digitais de rádio e televisão, terá início
às 18.30 horas na Basílica de Nossa Senhora do Rosário do Santuário de Fátima e
será presidida pelo Cardeal António Marto, Bispo de Leiria-Fátima e
Vice-Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
A seguir à oração, o
Cardeal António Marto fará a renovação da consagração de Portugal ao
Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria.
A partir das nossas
casas procuremos estar em sintonia espiritual nesta oração do Rosário e
consagração de Portugal.
Lisboa, 20 de março de
2020.
__________________________________
. Penitenciaria
Apostólica
DECRETO
acerca da concessão de Indulgências
especiais
aos fiéis na atual situação de
pandemia
Concede-se
o dom de Indulgências especiais aos fiéis afetados com a doença Covid-19,
comummente chamado Coronavírus, e também aos profissionais de saúde, aos
familiares e a todos os que, de alguma forma, mesmo com a oração, cuidam deles.
«Sede
alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração» (Rm
12,12). Estas palavras, escritas por São Paulo à Igreja de Roma, ecoam ao longo
de toda a história da Igreja e orientam o juízo dos fiéis diante de todos os
sofrimentos, doenças e calamidades.
O
momento presente em que está imersa toda a humanidade, ameaçada por uma doença
invisível e insidiosa, que já há algum tempo, com prepotência, começou a fazer
parte da vida de cada um de nós, é marcado, dia após dia, por medos
angustiantes, novas incertezas e, sobretudo, por um extenso sofrimento físico e
moral.
A
Igreja, a exemplo do seu Divino Mestre, desde sempre tomou a peito a
assistência dos enfermos. Como foi apontado por São João Paulo II, o valor do
sofrimento humano é duplo: «É sobrenatural, porque se radica no mistério
divino da Redenção do mundo; e é também profundamente humano, porque nele
o homem se aceita a si mesmo, com a sua própria humanidade, com a própria
dignidade e a própria missão» (Carta Apostólica Salvifici doloris, 31).
Nestes
últimos dias, também o Papa Francisco manifestou a sua paterna proximidade e
renovou o convite a rezar incessantemente pelos doentes de Coronavírus.
Para
que também todos os que sofrem por causa do Covid-19, justamente no mistério
deste sofrimento possam redescobrir «o próprio sofrimento redentor de Cristo» (ibid.,
30), esta Penitenciaria Apostólica, ex auctoritate Summi Pontificis,
confiando na palavra de Cristo Senhor e considerando com espírito de fé a
epidemia atualmente em curso, que deve ser vivida em chave de conversão
pessoal, concede o dom das Indulgências de acordo com a seguinte disposição.
Concede-se Indulgência
Plenária aos fiéis infetados com Coronavírus, submetidos a regime de
quarantena por disposição da autoridade sanitária nos hospitais ou nas próprias
casas se, com ânimo desprendido de qualquer pecado, se unirem espiritualmente
através dos meios de comunicação à celebração da Santa Missa, à recitação do
Santo Rosário, à prática de piedade da Via Sacra ou a outras formas de devoção,
ou se pelo menos recitarem o Credo, o Pai Nosso e uma piedosa invocação à
Bem-Aventurada Virgem Maria, oferecendo esta provação em espírito de fé em Deus
e de caridade para com os irmãos, com a vontade de cumprir as usuais condições
(confissão sacramental, comunhão eucarística e oração de acordo com as
intenções do Santo Padre), mal lhes seja possível.
Os
profissionais de saúde, os familiares e todos os que, a exemplo do Bom
Samaritano, expostos ao risco de contágio, assistem os doentes de Coronavírus
de acordo com as palavras do Divino Redentor: «Ninguém tem maior amor do que
aquele que dá a vida pelos amigos» (Jo 15,13), obterão o mesmo dom da Indulgência
Plenária nas mesmas condições.
Além
disso, esta Penitenciaria Apostólica concede de bom grado, nas mesmas
condições, a Indulgência Plenária por ocasião da atual epidemia
mundial, também àqueles fiéis que oferecerem a visita ao Santíssimo Sacramento,
ou a adoração eucarística, ou a leitura das Sagradas Escrituras durante pelo
menos meia hora, ou a recitação do Santo Rosário, ou o exercício de piedade da
Via Sacra, ou a recitação do Terço da Divina Misericórdia, para implorar da
parte de Deus Omnipotente a cessação da epidemia, o conforto para aqueles que
ela aflige e a salvação eterna daqueles que o Senhor chamou a Si.
A
Igreja reza por quem estiver impossibilitado de receber o sacramento da Unção
dos Enfermos e do Viático, confiando à Misericórdia Divina todos e cada um em
virtude da comunhão dos santos e concede ao fiel a Indulgência Plenária em
ponto de morte, desde que esteja com a disposição devida e que, durante a vida,
tenha recitado habitualmente alguma oração (neste caso, a Igreja supre as três
condições habitualmente requeridas). Para obter esta indulgência, recomenda-se
o uso do crucifixo ou da cruz (cf. Enchiridion indulgentiarum, n. 12).
Que
a Bem-aventurada sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e da Igreja, Saúde dos
Enfermos e Auxílio dos Cristãos, Advogada nossa, se digne socorrer a humanidade
sofredora, afastando de nós o mal desta pandemia e obtendo-nos todos os bens
necessários à nossa salvação e santificação.
O
presente Decreto é válido não obstante qualquer disposição contrária.
Dado em Roma, da sede da Penitenciaria
Apostólica, a 19 de março de 2020.
Cardeal Mauro Piacenza, Penitenciário
Mor
Krzysztof Nykiel, Regente
____________________________
Comunicado da Conferência Episcopal Portuguesa
Semana Santa e Tríduo Pascal em tempo de
Covid-19
Nos tempos difíceis que estamos a viver,
devido à pandemia do Covid-19, a Conferência Episcopal Portuguesa reafirma as
determinações expressas no Comunicado do dia 13 de março, nomeadamente a
“suspensão da celebração comunitária da Santa Missa até ser superada a atual
situação de emergência”.
Conforme
o Decreto da Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos,
aprovado por mandato do Sumo Pontífice apenas para este ano de 2020
(19.03.2020), que acabamos de receber, a Conferência Episcopal determina quanto
segue a propósito da Semana Santa e do Tríduo Pascal:
1. A
data da Páscoa, que é Coração do ano litúrgico e não uma festa como as outras,
não pode ser transferida;
2. A
celebração dos mistérios litúrgicos do Tríduo Pascal, sem a participação física
dos fiéis, aconteça no cumprimento das deliberações das autoridades civis e de
saúde e segundo a real possibilidade;
3. Os
Bispos darão indicações para que na Igreja Catedral e nas Igrejas paroquiais,
mesmo sem a participação dos fiéis, o bispo e os párocos celebrem os mistérios
litúrgicos do Tríduo Pascal, avisando os fiéis da hora de início que julgarem
mais oportuna, de modo a que se possam unir em oração nas respetivas
habitações;
4. As
transmissões das celebrações litúrgicas são em direto, não gravadas, aliás como
tem acontecido;
5. O
Bispo Diocesano tem a faculdade de adiar a Missa Crismal para uma data
posterior;
6. O
Bispo Diocesano decidirá o que achar oportuno em relação à celebração dos
mistérios litúrgicos do Tríduo Pascal nos mosteiros, seminários e comunidades
religiosas, assim como a possibilidade de transferir para datas mais
convenientes as expressões de piedade popular e as procissões que enriquecem os
dias da Semana Santa e do Tríduo Pascal.
Lisboa,
20 de março de 2020
_______________________
Penitenciaria Apostólica
Nota acerca do Sacramento da Reconciliação na atual situação de pandemia
«Eu
estou sempre convosco»(Mt 28,20)
A
gravidade das circunstâncias atuais impõe uma reflexão acerca da urgência e da
centralidade do Sacramento da Reconciliação, juntamente com alguns
esclarecimentos necessários, tanto para os fiéis leigos como para os ministros
chamados a celebrar o sacramento.
Também
no tempo do Covid-19, o Sacramento da Reconciliação é administrado conforme a
norma do direito canónico universal e de acordo com o que está disposto
no Ordo Paenitentiae.
A
confissão individual representa o modo ordinário para a celebração deste
sacramento (cf. cân. 960 CIC), ao passo que a absolvição simultânea a vários
penitentes sem confissão individual prévia não pode dar-se de modo geral, a
não ser que esteja iminente o perigo de morte, e não haja tempo para um ou
mais sacerdotes poderem ouvir a confissão de cada um dos penitentes (cf. can.
961 §1 CIC), ou haja necessidade grave (cf. cân. 961 §1, 2.º CIC), cujo juízo
compete ao Bispo diocesano, atendendo aos critérios fixados por acordo com os
restantes membros da Conferência Episcopal (cf. cân. 455 §2 CIC), ficando
estabelecido que, para a válida absolvição, é necessário o votum
sacramenti por parte de cada penitente, ou seja, o propósito de se
confessar individualmente, no devido tempo, dos pecados graves que no momento
não pôde confessar (cf. cân. 962 §1 CIC).
Esta
Penitenciaria Apostólica considera que, sobretudo nos lugares mais atingidos
pelo contágio pandémico e enquanto o fenómeno não desaparecer, ocorrem os casos
de grave necessidade, de que trata o acima referido cân. 961 §2 CIC.
Qualquer
especificação ulterior é delegada pelo direito aos Bispos diocesanos, tendo
sempre em conta o supremo bem da salvação das almas (cf. cân. 1752 CIC).
Caso
se viesse a verificar subitamente a necessidade de dar a absolvição sacramental
a vários fiéis em simultâneo, o sacerdote tem o dever de avisar, nos limites do
possível, o Bispo diocesano ou, se não o puder fazer, de o informar quanto
antes (cf. Ordo Paenitentiae, n. 32).
Na
presente emergência pandémica, compete, por isso, ao Bispo diocesano indicar
aos sacerdotes e aos penitentes as prudentes atenções que devem adotar na
celebração individual da reconciliação sacramental, como seja a celebração em
lugar arejado fora do confessionário, a adoção de uma distância conveniente, o
recurso a máscaras de proteção, sem prejuízo da absoluta atenção à salvaguarda
do sigilo sacramental e da necessária discrição.
Além
disso, é sempre da competência do Bispo diocesano determinar, no território da
sua circunscrição eclesiástica e em relação com o nível de contágio pandémico,
os casos de grave necessidade em que será lícito dar a absolvição simultânea:
por exemplo, à entrada das divisões hospitalares, onde se encontram internados
os fiéis contagiados em perigo de morte, usando, nos limites do possível e com
as precauções oportunas, os meios de amplificação da voz, de modo que a
absolvição seja ouvida.
Avalie-se
a necessidade e a oportunidade de constituir, onde for necessário, de acordo
com as autoridades de saúde, grupos de “capelães hospitalares extraordinários”,
mesmo à base de voluntariado e respeitando as normas de proteção contra o
contágio, de modo a garantir a necessária assistência espiritual aos doentes e
aos moribundos.
Quando
um fiel se encontrar na dolorosa impossibilidade de receber a absolvição
sacramental, recorda-se que a contrição perfeita, procedente do amor de Deus,
amado sobre todas as coisas, expressa por um sincero pedido de perdão (o pedido
que, nesse momento, o penitente é capaz de exprimir) e acompanhado pelo votum
confessionis, ou seja, o propósito firme de recorrer, logo que possível, à
confissão sacramental, obtém o perdão dos pecados, também dos mortais
(cf. Cat. Ig. Cat., n. 1452).
Neste
tempo mais do que nunca, a Igreja experimenta a força da comunhão dos santos,
eleva ao seu Senhor, Crucificado e Ressuscitado, votos e oração, de modo
particular o Sacrifício da Santa Missa, celebrado quotidianamente pelos
sacerdotes, mesmo sem povo.
Como
boa mãe, a Igreja implora ao Senhor que a humanidade seja libertada de um tal
flagelo, invocando a intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de
Misericórdia e Saúde dos Enfermos, e do seu Esposo São José, sob cujo
patrocínio a Igreja caminha desde sempre no mundo.
Que
Maria Santíssima e São José nos obtenham abundantes graças de reconciliação e
de salvação, na escuta atenta da Palavra do Senhor, que repete hoje à
humanidade: «Rendei-vos e reconhecei que Eu sou Deus» (Sl 46,11), «Eu estou
sempre convosco» (Mt 28,20).
Dado
em Roma, da sede da Penitenciaria Apostólica, a 19 de março de 2020,
Solenidade
de São José, Esposo da B. V. Maria, Patrono da Igreja Universal.
Cardeal
Mauro Piacenza, Penitenciário-Mor
Krzysztof
Nykiel, Regente
_______________________
Congregação para os Institutos de Vida
Consagrada
e as Sociedades de Vida Apostólica
Vaticano, 16 de março de 2020
Carta aos consagrados e consagradas
Queridos consagrados e consagradas:
O Senhor está a fazer-nos viver esta Quaresma
do ano 2020 de uma maneira muito particular, de uma maneira que ninguém poderia
pensar ou imaginar e que realmente exige em cada dia de cada um de nós uma
mudança decidida de estilo e de modo de vida.
Normalmente, na Quaresma multiplicam-se as
iniciativas de caridade e os momentos fortes de oração e reflexão para nos
prepararmos com um espírito renovado e purificado para as festas pascais, e nas
nossas comunidades os momentos de celebração e de reunião também se tornam mais
intensos. No entanto, este ano somos chamados a viver o tempo forte da fé
sempre com a mesma intensidade, mas de maneiras completamente diferentes.
O testemunho mais eficaz que podemos dar é, em
primeiro lugar, a obediência serena e convencida ao que nos pedem aqueles que
nos governam, tanto a nível estatal como eclesial, a tudo o que está disponível
para a salvaguarda da nossa saúde, como cidadãos privados e como comunidades.
É um dever de caridade e de gratidão que cada
um de nós, individualmente e como comunidade, intensifiquemos a oração
incessante por todos aqueles que estão a ajudar-nos a viver e a superar estes
momentos difíceis. Autoridades, governantes, profissionais da saúde a todos os
níveis, voluntários da Proteção Civil e das Forças Armadas, todos aqueles que
oferecem o seu valioso trabalho por esta calamidade, são objeto da nossa oração
e da oferta dos nossos sacrifícios! Não deixemos de dar o valioso contributo
que cada um pode dar com uma oração contínua e incessante.
Pensamos, em primeiro lugar, nas comunidades
contemplativas que querem ser sinal tangível de oração constante e confiante
por toda a humanidade. Pensamos nos muitos irmãos e irmãs mais idosos que
acompanham em cada dia com a sua oração o ministério e o apostolado dos que, no
ativo, se dedicam com todas as suas forças para chegar a cada irmão e irmã
necessitados. Nestes dias, com um ímpeto ainda maior, intensificai este vosso
precioso e insubstituível apostolado, com a certeza de que o Senhor não tardará
a escutar-nos e na sua infinita misericórdia afastará um flagelo tão grave.
Ofereçamos com alegria ao Senhor o grande
sacrifício que implica a não participação na celebração eucarística! Vivamo-lo
em comunhão com todos aqueles que quotidianamente não podem fazê-lo pela falta
de sacerdotes.
Aqueles que puderem não deixem de mostrar
sinais concretos de proximidade ao nosso povo, sempre em conformidade com as
disposições dadas pelas autoridades a este propósito, e em total fidelidade aos
nossos carismas, como em todos as épocas da história passada e recente,
compartilhemos os sofrimentos, as ansiedades, os medos, com a verdadeira
confiança de que a resposta do Senhor não tardará a chegar e em breve poderemos
cantar um solene Te Deum de ação de graças.
O Papa Francisco, ontem precisamente, como
peregrino diante da Virgem Salus Populi Romani e do Crucifixo
que salvou Roma da peste, quis recordar-nos que os meios de que dispomos para
erradicar desgraças e calamidades são nos nossos tempos, tão tecnológicos e
avançados, os mesmos que usaram os nossos antepassados. Oração, sacrifício,
penitência, jejum e caridade: armas poderosas para receber do Coração
Eucarístico de Jesus a graça da cura total de uma doença tão insidiosa.
Queridas irmãs e queridos irmãos, através dos
meios modernos de comunicação temos a possibilidade de participar em
celebrações e momentos formativos; temos a possibilidade de nos sentirmos menos
sozinhos e isolados e de fazer chegar a nossa voz às comunidades mais
distantes! Demos a todos um sinal de esperança e de confiança e, mesmo vivendo
estes dias com ansiedade e apreensão, estamos convencidos de que, cada um
fazendo bem a sua parte, ajudamos a comunidade a sair da presente hora obscura.
Acolhamos com entusiasmo o convite do Papa e
encomendemo-nos agora com toda a nossa fé à querida Virgem do Divino Amor.
Rezemos todos os dias, de manhã e à noite, a oração do Papa: “Tu, salvação do
povo, sabes do que necessitamos e estamos seguros de que providenciarás para
que, como em Caná da Galileia, possam voltar a alegria e a festa depois deste
momento de provação”.
Que ela, a querida Mãe do Céu, nos ajude a
viver estes dias difíceis com muita esperança, com uma unidade renovada, com
verdadeiro espírito de obediência ao que nos é ordenado, com a certeza de
chegar através desta provação à hora bendita e gloriosa da ressurreição.
Saudamo-vos a todos com afeto e estima,
desejando que a luz e o amor que provêm do Mistério Pascal do Senhor penetrem
toda a vossa vida.
Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito
Arcebispo José Rodríguez Carballo, Secretário
_______________________
DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
COMUNICADO
Havendo o risco real e grave de alastramento,
em Portugal, da epidemia do Covid-19 já declarada pandemia pela OMS; querendo
colaborar no imenso esforço que todos, civicamente, desde os competentes
serviços até ao cidadão individual, somos chamados a fazer para conter o mais
possível o contágio por Covid-19 e as suas consequências; consciente do papel e
da responsabilidade da Igreja na relação direta e próxima com as Comunidades;
apelando ao bom senso e ao sentido cívico próprio dos Cristãos, solicitamos aos
Reverendos Párocos, às Comunidades cristãs e às suas Instituições eclesiais
(Movimentos de Evangelização, Equipas de Serviços Paroquiais, Irmandades,
Confrarias, Associações culturais religiosas, Comissões de Festas, Centros
Sociais Paroquiais, etc.) a atenção para os seguintes aspetos:
Temos o dever ético cristão de colaborar com
as autoridades de saúde e as suas orientações, avisando, repetida e
pedagogicamente, e sem gerar pânico, as nossas Comunidades, da necessidade de
algumas medidas de etiqueta respiratória e de maior higiene, que ajudam a
prevenir a infeção, como, sobretudo, as que são indicadas pela Direção Geral de
saúde;
Temos o imperativo da consciência cristã e o
dever eclesial do cumprimento das orientações emanadas pela Conferência
Episcopal Portuguesa: omissão do gesto da saudação na paz; Comunhão
sacramental acolhida na mão; inexistência de água nas pias de água benta;
Comunhão dos concelebrantes por intinção;
Devemos instituir, se ainda o não fizemos,
precauções sanitárias na preparação de todos os elementos litúrgicos,
nomeadamente para a celebração da Eucaristia: cuidado extremo do manuseamento
das partículas; consagração da hóstia em patena distinta das partículas;
utilização da pala tapando as partículas que se destinam aos fiéis e tapando o
cálice; desinfeção das mãos com solução alcoólica imediatamente antes da
distribuição da Sagrada Comunhão e logo após; cuidado redobrado com os
Ministros Extraordinários da Comunhão;
Porque na vivência da Quaresma e preparação da
Festa da Páscoa se costumam organizar atos culturais e atos de culto como
Concertos, Procissões, Vias-sacras ao ar livre e outras iniciativas que envolvem
visitantes e maior aglomeração de pessoas, é imperioso sintonizar com o que as
autoridades públicas indicam, cancelando essas iniciativas. Reduza-se ao
indispensável o atendimento nos Cartórios paroquiais mesmo que se usem as
devidas cautelas de segurança;
Nos Lares de Idosos, Infantários, Centros de
Dia, Centros de Convívio, Unidades de cuidados continuados, etc., devem
elaborar-se e pôr-se em prática planos de contingência. Seguindo as medidas da
DGS e da Autoridade de Proteção Civil, façam-se apenas as visitas que se
justifiquem, e desde que haja abertura da Instituição para que a visita possa
acontecer;
O mesmo se diga das visitas aos idosos e
doentes, em suas próprias casas, por parte de visitadores de doentes, Ministros
Extraordinários da Comunhão, Conferências Vicentinas e outros. Reduzam- se
essas visitas também ao mínimo indispensável;
Porque a visita aos Lares de idosos, a doentes
e idosos em suas próprias casas, era momento importante dentro da sua
programação, também já foram suspensas as Visitas Pastorais que estavam em
curso no Arciprestado de Ponte de Sor;
Sem prejuízo da preparação devida para a
Sagrada Comunhão, e não sendo autorizadas as “absolvições coletivas”, as
Confissões quaresmais devem passar para o tempo pascal ou para outra ocasião.
No entanto, não sejam negados, de forma alguma, os sacramentos aos doentes ou
idosos que, em perigo de vida, os peçam, quer nos Lares quer em suas casas;
Quanto à Celebração da Eucaristia, dos
Sacramentos, funerais e outras celebrações litúrgicas, dentro das igrejas, os
Párocos saberão agir dentro do que for aconselhado pelas autoridades públicas.
Em caso extremo, acompanhando sempre as indicações da DGS e competentes
autoridades eclesiais, pode acontecer vir a ser necessário encerrar as Igrejas.
Neste caso, pode indicar-se, previamente, aos cristãos uma forma de
“estabelecer comunhão”, com Celebrações e momentos de oração em que se
permaneça unido, mesmo à distância. Pode indicar-se a Eucaristia dominical
através da TV ou, nas Paróquias e Comunidades com mais meios, através dos
diretos em facebook. No caso particular dos funerais, tenha-se em grande
atenção o risco do velório e do próprio funeral. Pode ser conveniente que o
féretro vá diretamente para o cemitério, celebrando-se depois a Eucaristia;
É fundamental estarmos atentos aos ambientes
sanitários das Escolas locais e, sempre em linha com as decisões da DGS, se as
Escolas forem encerradas, suspender as Catequeses Paroquiais e as atividades
dos demais grupos paroquiais;
Embora acompanhando as indicações das
autoridades sanitárias, neste momento não nos é possível definir bem a forma de
Celebração do Tríduo Pascal. No entanto, fica à responsabilidade dos Párocos e
seus colaboradores, a decisão e comunicação atempada à comunidade da
sua realização ou não, dado que tais celebrações também implicam a vida das
famílias, sobretudo de batizandos. Se for necessário encerrar as igrejas, as
celebrações mais importantes e indispensáveis serão apenas participadas pelos
envolvidos na ação litúrgica, sem a participação dos fiéis, e, se possível,
transmitidas por algum dos meios já mencionados;
Nesta fase, e até novas indicações, será bom
encerrar as Igrejas às visitas turísticas, abrindo-as apenas para as horas de
Celebração litúrgica. Logo de seguida, deve proceder-se, no interior da Igreja,
à higienização possível, com uma solução alcoolizada, de todos os botões,
maçanetas, puxadores das portas, a possível higienização dos pavimentos, etc.;
Temos, entretanto, o dever imperioso de fé e
de vida cristã de promover a oração invocando de Deus a força para fazer face
ao flagelo da pandemia Covid-19 e implorando-Lhe a vitória sobre esta batalha.
Rezamos e agimos sanitariamente. Não podemos deixar de rezar e de preservar o
essencial da identidade cristã em momentos como este. Seria pecado se não
agíssemos com base no Mandamento Novo do amor ao próximo e se não
colaborássemos com as autoridades sanitárias.
Antonino Dias
Bispo de
Portalegre-Castelo Branco
11-03-2020
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